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Zoologia II Docentes: Felipe B. Ribeiro, Régis A. Pescinelli Panarthropoda e suas relações filogenéticas com os outros Ecdysozoa Clado Nematoida ou Nematoidea - Adultos compartilham uma cutícula sem quitina, com camadas de fibras colágenas; - Ausência de musculatura circular na parede do corpo; - Ausência de protonefrídeos; SINAPOMORFIAS Scalidophora PANARTHROPODA Filos Tardigrada, Onychophora e Arthropoda Um pouco de história... - Os pan-artrópodes surgiram nos mares pré-cambrianos ancestrais, há 550 a 600 milhões de anos, e os artrópodes, em particular, passaram por um processo espetacular de radiação evolutiva a partir dessa época; - Existem mais de um milhão de espécies de artrópodes vivos descritas, em comparação com 1.200 tardígrados e 200 onicóforos; Sinapomorfias de Panarthropoda ecdise dos artrópodes redução do celoma e surgimento da hemocele pernas lobópodes ponta das pernas com almofadas e garras semelhanças químicas da cúticula (α-quitina e proteínas) coração dorsal com óstios segmentares metanefrídio modificado com óstios FILO TARDIGRADA (do latim: tardus, lento + gradus, passos) Filo Tardigrada Característica diagnóstica: aparelho bucal incluindo estilete oral protusível para perfuração de plantas e, em menor proporção, tecidos animais; - ~1200 espécies descritas; Apenas duas fósseis – Cretáceo; - Marinhos (até 5000m), água doce e terrestres úmidos; - Intersticiais, fontes termais e geleiras; - Popularmente conhecidos como “Ursos d’água” (kleiner Wasserbär; il tardigrado); - Maioria microscópicos (entre 100 a 150um). Maior com 1,5 cm. - Corpo bilateral e cilíndrico; - Composto por cabeça (com 3 segmentos) e tronco (4-5 segmentos). Revelada apenas anatomicamente (e não morfologicamente); - Cada segmento do tronco com um par de curtas pernas, com 8 a 4 garras retráteis ou discos adesivos. Filo Tardigrada - Corpo coberto por cutícula que realiza mudas, secretada pela epiderme; - Cutícula formada por α-quitina, glicoproteínas, polissacarídeos, lipídeos, etc.; - Alguns podem ter a cutícula externamente ornamentada. Filo Tardigrada - Sistema muscular com músculos em feixes; - Celoma verdadeiro que funciona como esqueleto hidrostático; - Boca se abre em um tubo bucal que se esvazia em uma faringe musculosa adaptada para sugar; - Ânus terminal. Filo Tardigrada - Sem sistema circulatório e respiratório. Trocas gasosas por difusão através da parede do corpo; - Cérebro relativamente grande, com cordão nervoso ventral e um par de gânglios (protocérebro); - Cabeça com ocelos e cirros sensoriais que podem ser mecano- e quimiorreceptores. Filo Tardigrada - Sexos separados; - Algumas espécies com machos desconhecidos (partenogênese) ou com machos anões; - Maioria com machos e fêmeas na mesma proporção; - Esperma depositado no receptáculo seminal ou injetado na cavidade corpórea perfurando a cutícula; - Postura dos ovos (e defecação) ocorre no momento da muda. Filo Tardigrada - Alguns com fertilização indireta (machos se aglomeram ao redor da cutícula descartada e fertilizam os ovos; - Desenvolvimento direto e rápido (14 dias); - Crescimento por eutelia. Filo Tardigrada - Apresentam anabiose e criptobiose – dessecação, redução da taxa metabólica e aumento da resistência a condições ambientais adversas como secas e temperaturas extremas (+149ºC; -272ºC; álcool; éter); - Tonel (do alemão Tönnchen); - Vivem de 10 a 100 anos, alternando períodos de atividades com criptobiose; - Animal mais resistente do mundo!! Filo Tardigrada FILO ONYCHOPHORA (do grego, onycho, “garra”; e phora, “portador de”) Filo Onychophora Características diagnósticas: 1) Segundo par de apêndices altamente modificado para formar mandíbulas em torno da boca; 2) Terceiro par de apêndices forma projeções curtas e grossas (papilas orais); 3) Glândulas de muco que expelem material adesivo através das aberturas das papilas orais; 4) Canais subcutâneos hemais sob a cutícula, formando parte do esqueleto hidrostático do animal. - O primeiro onicóforo vivo foi descrito pelo reverendo Lansdown Guilding, em 1826, como uma lesma (um molusco) com pernas; - ~200 espécies válidas (Peripatidae e Peripatopsidae), todas terrestres; - Popularmente conhecidos como vermes aveludados (devido à sua textura parecida com veludo e à sua aparência vermiforme); - Maioria encontrada em habitats úmidos em regiões tropicais ou temperadas do Hemisfério Sul, apresentando hábitos noturnos; Filo Onychophora Filo Onychophora - Corpo coberto de cutícula fina de alfa-quitina; - Abaixo da cutícula, está a epiderme fina, que recobre a derme de tecidos conjuntivos e as camadas de músculos circulares, diagonais e longitudinais; - A superfície dos onicóforos é coberta por tubérculos ou papilas verruciformes, dispostas em anéis ou bandas ao redor do tronco e apêndices - Três apêndices pareados estão localizados na cabeça: um par de antenas aneladas carnosas; um único par de mandíbulas; um par de papilas orais (“papilas de muco”) carnosas, que se assemelham a uma perna pequena situada atrás da boca. - Lábios circulares circundam as mandíbulas; Filo Onychophora - O comprimento dos adultos varia de 5 mm a 15 cm; - Em algumas espécies, os machos são menores que as fêmeas e normalmente têm menos pernas; Filo Onychophora - Os apêndices cefálicos anteriores são seguidos de 13 a 43 pares de pernas locomotoras simples lobopodais (saculares); - Uma série de órgãos ventrais e pré-ventrais é encontrada comumente nos onicóforos e servem como pontos de fixação para os músculos depressores segmentares dos membros. Filo Onychophora Locomoção: As pernas locomotoras segmentalmente pareadas dos onicóforos são lobos ventrolaterais inarticulados cônicos com uma garra terminal equipada com vários espinhos (algumas vezes denominados ganchos); Locomoção realizada pela mecânica das pernas combinada com a extensão e a contração do corpo, que são causadas pelas forças hidrostáticas exercidas pela hemocele. Filo Onychophora Alimentação e digestão: - São carnívoros e alimentam-se de pequenos invertebrados como lesmas, vermes, cupins e outros insetos, que eles perseguem dentro de rachaduras e fendas; - Glândulas de muco especiais, que aparentemente são nefrídios modificados, abrem-se nas extremidades das papilas orais. Filo Onychophora Circulação e trocas gasosas: - A circulação dos onicóforos ocorre através de canais hemais subepidérmicos; - Pigmentos respiratórios ausentes e sistema circulatório aberto; - As trocas gasosas ocorrem por meio de traqueias, que foram derivadas independentemente nesse filo, isto é, que não são homólogas a de insetos, aracnídeos ou isópodes terrestres. Canal hemal Filo Onychophora Excreção e osmorregulação: - Os onicóforos possuem um par de metanefrídeos modificados por segmentos e suas pernas possuem vesículas eversíveis que servem para a tomada de umidade. Filo Onychophora Sistema nervoso e órgãos do sentido: - Os onicóforos possuem um pequeno olho na base de cada antena, sensilas pelo corpo; - Além disso, seu sistema nervoso é composto por um “cérebro” suprafaríngeo, cordões nervosos ventrais e gânglios em cada segmento e possuem estrutura de “escada de corda” Filo Onychophora - Olhos arredondados estão situados nas bases das antenas da maioria das espécies, mas algumas não têm olhos; Filo Onychophora Reprodução e desenvolvimento: - São dioicos e com dimorfismo sexual; - A reprodução ocorre por impregnação hipodérmica; - Algumas espécies são ovíparas ou ovovivíparas, porém a maioria é vivípara; - O caso mais comum, como já mencionado, viviparidade, os órgãos reprodutivos das fêmeas funcionam de forma equivalente a uma placenta, alimentando os embriões dentro do corpo materno. Irradiação dos onicóforos no Cambriano FILO ARTHROPODA (Grego arthros, articulado e podos, pés)Filo Arthropoda Características diagnósticas: 1) A epiderme produz um exoesqueleto quitinoso segmentado, articulado e rígido (esclerotizado), com musculatura intrínseca entre as articulações dos apêndices; 2) Perda completa dos cílios móveis nos estágios adulto e larval; - Com mais de um milhão de espécies vivas descritas e um número entre 3 e 100 vezes maior de membros que ainda não foram descritos, além de numerosos fósseis, o filo Arthropoda é inigualável em sua diversidade; - Várias mudanças ao longo das classificações; - 4 grandes linhagens reconhecidas: Trilobita, Pancrustacea, Myriapoda e Chelicerata. Filo Arthropoda - A abordagem que os artrópodes desenvolveram para viver dentro de seus envoltórios rígidos consistiu em uma série de adaptações conhecidas coletivamente como artropodização; - Tem algumas de suas raízes nos onicóforos (Onychophora) e nos tardígrados (Tardigrada), mas alcançou perfeição máxima no próprio filo Arthropoda; - Viver encarcerado em um exoesqueleto acarretava algumas limitações evidentes ao crescimento e à locomoção; Plano corpóreo dos artrópodes e artropodização nesse exoesqueleto maldito - A locomoção foi resolvida pela evolução de articulações no corpo e nos apêndices e músculos extremamente regionalizados; - A flexibilidade foi conferida pelas áreas intersegmentares finas (articulações) do exoesqueleto nas outras partes; Plano corpóreo dos artrópodes e artropodização - À medida que os músculos se concentraram nas faixas intersegmentares associadas aos segmentos corporais separados e nas articulações dos apêndices, os músculos circulares foram quase inteiramente perdidos; - Com a perda da capacidade peristáltica resultante da rigidez corporal e o desaparecimento dos músculos circulares, o celoma tornou-se praticamente inútil como esqueleto hidrostático; - O celoma foi perdido e os artrópodes desenvolveram um sistema circulatório aberto – a cavidade corporal tornou-se uma hemocele; desenvolvendo também um vaso dorsal extremamente muscular como estrutura de bombeamento – um coração; Plano corpóreo dos artrópodes e artropodização - Os órgãos excretores tornaram-se internamente fechados, impedindo que o sangue saísse do corpo; - Órgãos sensoriais superficiais (cerdas) se tornaram numerosos e especializados, adquirindo vários dispositivos para transmitir estímulos sensoriais ao sistema nervoso, apesar do exoesqueleto rígido. Plano corpóreo dos artrópodes e artropodização Salticidae Porcellanidae - As estruturas de troca gasosa evoluíram de várias formas, que superaram a barreira imposta pelo exoesqueleto: Plano corpóreo dos artrópodes e artropodização - Para esses animais, que hoje estão encarcerados em coberturas externas rígidas, o crescimento não era mais um processo simples de aumento gradativo das dimensões do corpo. Desse modo, o processo complexo de ecdise – um tipo de muda mediado por um hormônio específico – foi “aperfeiçoado”. - Nos artrópodes, é por meio do processo de ecdise (muda) que o exoesqueleto é desprendido periodicamente para permitir um aumento real das dimensões corporais. - Se acrescentarmos ainda que os artrópodes invadiram ambientes terrestres e de água doce, os desafios evolutivos tornaram-se ainda mais intensos em razão dos estresses osmóticos e iônicos, da necessidade de realizar trocas gasosas aéreas e da necessidade de sustentação estrutural e estratégias reprodutivas eficazes Plano corpóreo dos artrópodes e artropodização - Corpo dividido em tagmas (especializações de regiões e apêndices); Plano corpóreo dos artrópodes e artropodização Parede corporal e exoesqueleto - É uma cobertura que serve para suporte e proteção dos tecidos vivos. É formado pela epiderme e cutícula, constituída por quitina e impregnação de outros compostos, como o carbonato de cálcio; - A cutícula tem poros finos para a passagem de secreção produzida pela epiderme e pode também apresentar a formação de escamas, espinhos e cerdas; - A movimentação é possível porque a cutícula é formada por placas articuladas (escleritos); Parede corporal e exoesqueleto - O endurecimento cuticular por esclerotização (tanagem) ocorre em diversos graus em todos os artrópodes. Apêndices dos artrópodes - A combinação singular de segmentação corporal e apêndices sequencialmente homólogos com o potencial evolutivo dos genes do desenvolvimento permitiu aos artrópodes desenvolverem modos de locomoção, alimentação e especialização das regiões corporais/apêndices, que não estiveram disponíveis aos outros filos de metazoários; - Os apêndices dos artrópodes são projeções articuladas da parede corporal e estão equipados com conjuntos de músculos extrínsecos (que ligam o membro ao corpo) e intrínsecos (situados inteiramente dentro do membro). Sustentação e locomoção - Os artrópodes dependem do exoesqueleto para a sustentação e a manutenção do formato de seu corpo; - Os músculos desses animais estão dispostos em faixas curtas, que se estendem de um segmento corporal ao seguinte, ou através das articulações dos apêndices e outras regiões de articulação; - A articulação entre os segmentos do corpo e os apêndices ocorre através de pontes formadas por áreas de cutícula muito fina e flexível, na qual a procutícula é muito reduzida e não endurecida (membranas artrodiais ou articulares). Sustentação e locomoção - Os artrópodes desenvolveram inúmeros dispositivos locomotores para movimentarem- se na água, na terra e no ar. Apenas os vertebrados podem ostentar uma gama comparável de capacidades, ainda que utilizando um conjunto muito menos diversificado de mecanismos. - Assim como muitos outros aspectos da biologia dos artrópodes, seus métodos de locomoção refletem a extrema plasticidade evolutiva e as qualidades adaptativas associadas à segmentação do corpo e seus apêndices. Crescimento - O aumento global das dimensões corporais ocorre por incrementos escalonados associados à perda periódica do exoesqueleto antigo e à deposição de outro mais novo e maior (muda ou ecdise); Sistema Digestivo - A grande diversidade dos artrópodes também está refletida na existência de quase todos os métodos de alimentação imagináveis; - O trato digestivo dos artrópodes é completo, geralmente retilíneo e regionalizado; - Cecos digestivos podem estar presentes e o alimento é envolvido por uma membrana peritrófica; Circulação e trocas gasosas • Sistema Vascular Sanguíneo aberto: coração dorsal + vasos + hemocele. • Coração: tubo muscular perfurado por pares de aberturas laterais => ÓSTIOS (um par por segmento). • Sangue com hemocianina ou hemoglobina; Circulação e trocas gasosas • Crustáceos e quelicerados: sangue transporta oxigênio aos tecidos; • Insetos: Transporte de gases realizado por um sistema traqueal; • Sangue transporta nutrientes desde o tubo digestivo até os tecidos, e compostos de reserva energética podem se acumular no sangue; • Sangue é capaz de coagular (perda de apêndices). Circulação e trocas gasosas Pulmão pleopodal Excreção e osmorregulação • Dois tipos de órgãos excretores: Sáculos (Nefrídios Saculiformes) e Túbulos de Malpighi. • Os dois tipos podem estar presentes no mesmo Arthropoda; Exemplos: alguns Hexapoda e alguns Arachnida. Sáculos (Nefrídios Saculiformes) • Sacos cegos pareados que abrem-se por ductos ao meio externo, adjacentes aos apêndices. • Recebem o nome de acordo com o apêndice ao qual estão associados: glândulas coxais, glândulas maxilares, etc. • Poucos pares presentes em cada animal. • Característicos de Arthropoda aquáticos, especialmente crustáceos e alguns quelicerados, mas ocorrem também em muitos quelicerados terrestres e em poucos traqueados terrestres (Chilopoda, Diplopoda e Collembola). Sáculos (Nefrídios Saculiformes) Túbulos de Malpighi • Evaginações tubulares cegas derivadas do tubo digestivo na junção intestino médio - intestino posterior;• Estendem-se dentro da hemocele onde são banhados pelo sangue. • Excretas secretados do sangue para dentro dos túbulos => intestino => ânus, sendo eliminados junto com as fezes. Túbulos de Malpighi • Ocorrência: evoluiu independentemente em vários grupos de Arthropoda terrestres para a conservação de água: Hexapoda, Arachnida e Myriapoda. Túbulos de Malpighi • Túbulos de Malphigi excretam nitrogênio na forma de Ácido Úrico e Guanina: insolúveis em água e pouco tóxicos. Túbulos de Malpighi Sistema Nervoso e Órgãos do Sentido - Sistema Nervoso com “cérebro” (gânglio cerebral) anterior dorsal e cordão nervoso ventral duplo com gânglios dilatados em cada segmento. - Gânglios se conectam pelos conectivos longitudinais e pelas comissuras transversais. Chelicerata - Cérebro dividido em três regiões: (cada uma das quais é um gânglio separado, exceto Chelicerata). • Protocérebro anterior: olhos • Deutocérebro mediano: antenas (1º par de crustáceos); ausente em Chelicerata (não possuem antenas). • Tritocérebro posterior: labium (lábio inferior), trato digestivo, quelíceras de Chelicerata e 2º par de antenas de Crustacea. Sistema Nervoso e Órgãos do Sentido • Alto grau de cefalização => órgãos sensoriais bem desenvolvidos, e complexos padrões comportamentais. • Cefalização: desenvolvimento de um tagma anterior (cabeça, céfalo, ou cefalotórax), responsável pela recepção sensorial, integração neural e alimentação. Sistema Nervoso e Órgãos do Sentido • Associados a modificações no exoesqueleto, para que o último não represente uma barreira para a detecção de estímulos externos. • Exoesqueleto tornou-se parte do sistema sensorial. • Sensilas (processos cuticulares): modificações do exoesqueleto para recepção de estímulos (exceto luz). • Formas variadas: cerdas, pêlos, canais, fendas, cavidades, etc. • Podem apresentar mais de um tipo de neurônio receptor. Sistema Nervoso e Órgãos do Sentido • Proprioceptores ligados a parte interna do tegumento ou aos músculos => endo-receptores para monitorar o ambiente externo. Sensila quimiorreceptora da antena de gafanhoto. Sistema Nervoso e Órgãos do Sentido • Mecanorreceptores: Constituídos por uma cerda oca que contém um ou mais neurônios sensoriais. Cerdas finas => pressões delicadas; Cerdas robustas => fortes pressões; • Tricobótrios: mecanorreceptores extremamente sensíveis, especializados na detecção de correntes de ar fracas e de baixa velocidade; • Quimiorreceptores: detectam substâncias químicas à distância (olfação) ou sobre contato (gustação); • Cutícula fina, permeável ou perfurada, que permita a passagem da substância química até a membrana de um neurônio quimiossensível; • Receptores de equilíbrio: detecção de gravidade, balanço e aceleração presentes em crustáceos; • Maioria dos artrópodos não possui, e se guia pela direção da luz. Sistema Nervoso e Órgãos do Sentido Olhos • Presentes na maioria dos artrópodes; desde simples até muito complexos. • Córnea (lente) e cristalino transparente (foco fixo) parte do exoesqueleto => não ajusta para objetos a diferentes distâncias. Sistema Nervoso e Órgãos do Sentido • Presentes em insetos e muitos crustáceos. Olhos Compostos Sistema Nervoso e Órgãos do Sentido • Compostos por muitas unidades longas e cilíndricas, os omatídios, cada uma possuindo todos os elementos da recepção da luz. Olhos Compostos • Cada omatídio funciona como uma única unidade fotorreceptora e transmite um sinal que representa um único ponto de luz. • Superfície convexa => grande campo visual. • Muitos apresentam visão à cores =>polinização. • Dióicos (poucas exceções). • Fecundação sempre interna nas formas terrestres e interna ou externa nas formas aquáticas. Reprodução e Desenvolvimento • Durante a cópula pode utilizar um pênis ou apêndices modificados para transferência de esperma. • Transferência de Esperma: – Direta: gonóporo masculino => gonóporo feminino. – Indireta: gonóporo masculino => substrato intermediário ou estrutura auxiliar => gonóporo feminino. • Fêmeas freqüentemente com receptáculos seminais. • Desenvolvimento indireto (condição ancestral) ou direto Afinal, quem é grupo-irmão de quem? Filogenia - - - Origem: mares do Pré-Cambriano => mais de 600 milhões de anos atrás; - Grupo mais abundante e rico em espécies do período; - Conquistam o ambiente terrestre do Siluriano; - Evolução das plantas terrestres diretamente relacionadas a evolução dos insetos. Origem e evolução - Talvez 3 (ou 4) invasões do ambiente terrestre: 1. Arachnideos no inicio do Siluriano; 2. Myriapoda (se monofileticos) do meio para o fim do Siluriano; e 3. Hexapoda, a partir de um ancestral crustáceo, no fim do Siluriano; Poucas espécies de crustáceos terrestres (Isopoda e Amphipoda) colonizaram o ambiente terrestre apenas recentemente. Siluriano: - Concentração de CO2 10x maior que hoje. Junto com as altas temperaturas eram barreiras para colonização do ambiente terrestre por animais; - Mas o ambiente se torna menos inóspito com a colonização das plantas vasculares, formando o solo e permitindo a invasão dos artrópodes. Origem e evolução