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629 Simulado Mege Delegado de Polícia (Gabarito Comentado) (03-06-2023)

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PACHEGO GONÇALVES | 9999999999 | alesantosf2020@gmail.com | CPF: 860.542.154-18
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
 
1 
CURSO MEGE 
 
Site: www.mege.com.br 
E-mail: atendimento@mege.com.br 
Celular/Whatsapp: (99) 982622200 (Tim) 
Face: /cursomege 
Instagram: @cursomege 
Material: 629º Simulado Mege Delegado de Polícia – (Gabarito Comentado) 
 
 
 
 
 
 
629º Simulado Mege Delegado de 
Polícia 
(Gabarito Comentado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 
SUMÁRIO 
 
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 3 
DIREITO PROCESSUAL PENAL ......................................................................................... 25 
DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................. 47 
DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................................................. 65 
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL ......................................................................................... 85 
DIREITO CIVIL ................................................................................................................ 104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CPF: 860.542.154-18
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3 
DIREITO PENAL 
 
01. Com base na lei penal, configura crime de falsificação de documento particular o 
ato de falsificar: 
(A) Testamento particular. 
(B) Livros mercantis. 
(C) Ações de sociedade comercial. 
(D) Título ao portador ou título transmissível por endosso. 
(E) Cartão de crédito ou débito. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar 
documento público verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se 
do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado 
de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, 
as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento 
particular. 
(B) INCORRETA. Vide comentário da alternativa (A). 
(C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa (A). 
(D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa (A). 
(E) CORRETA. 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar 
documento particular verdadeiro: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento 
particular o cartão de crédito ou débito. 
_______________________________________________________________________ 
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4 
02. A conduta do agente que frauda arrematação judicial: 
(A) Configura crime próprio, por exigir que o sujeito ativo seja parte na arrematação 
judicial. 
(B) É atípica, podendo ser punida por litigância de má-fé no processo que originou a 
hasta pública. 
(C) Configura crime, punido com reclusão, na modalidade dolosa, e detenção, na forma 
culposa. 
(D) Não admite tentativa, por ser crime formal, de consumação antecipada. 
(E) Configura crime de ação penal pública incondicionada, punido com pena de 
detenção. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Não configura crime próprio, pode ser praticado por qualquer pessoa. 
(B) INCORRETA. Não é conduta atipica, conforme fundamentado na alternativa (E). 
(C) INCORRETA. Conforme fundamentado alternativa (E). 
(D) INCORRETA. É crime material, tem que haver a concretização dos verbos da norma, 
ou seja, impedir, perturbar ou fraudar. 
(E) CORRETA. 
 
Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou 
procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave 
ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da pena 
correspondente à violência. 
_______________________________________________________________________ 
03. A respeito dos crimes contra a fé pública, julgue os itens abaixo e marque a 
alternativa incorreta à luz da legislação vigente e do entendimento dos tribunais 
superiores. 
(A) Ao funcionário público que, prevalecendo-se do cargo, falsificar documento público 
aplicar-se-á a mesma penalidade cominada aos demais agentes. 
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5 
(B) Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público as ações de sociedade 
comercial e o testamento particular. 
(C) O crime de corrupção passiva praticado por meio das condutas de “aceitar 
promessa” ou “solicitar” é formal e se consuma com a mera solicitação ou aceitação da 
vantagem indevida. 
(D) De acordo com entendimento jurisprudencial pertinente, a elementar do crime de 
peculato se comunica aos coautores e partícipes estranhos ao serviço público. 
(E) O funcionário público que se utilizar de violência ou grave ameaça para obter 
vantagem indevida cometerá o crime de extorsão e não o de concussão. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar 
documento público verdadeiro: 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se 
do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
(B) CORRETA. 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar 
documento público verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se 
do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado 
de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, 
as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento 
particular. 
(C) CORRETA. A corrupção passiva é crime formal, de consumação antecipada ou de 
resultado cortado, ou seja, o tipo penal possui conduta e resultado naturalístico, o crime 
se consuma com a prática da conduta prevista em lei (o resultado naturalístico é 
dispensável). Assim, o crime se consuma quando o funcionário público 
solicita/recebe/aceita a vantagem indevida. 
(D) CORRETA. O peculato corresponde à infração penal praticada por funcionário 
público contra a administração em geral. Denominado crime próprio, exige a condição 
de funcionário público como característica especial do agente - de caráter pessoal - 
elementar do crime, admitindo-se "o concurso de agentes entre funcionários públicos 
(ou equiparados, nos termos do art. 327, § 1º, do Código Penal) e terceiros, desde que 
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6 
esses tenham ciência da condição pessoal daqueles, pois referida condição é elementar 
do crime em tela (artigo 30 do Código Penal) (STJ. 5ª Turma. HC 213.143/RJ, Rel. Min. 
Ribeiro Dantas, julgado em 01/06/2017) 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime. 
(E) CORRETA. Na extorsão, sempre há o uso de violência ou grave ameaça. Ademais, a 
vantagem pretendida é necessariamente econômica. 
Na concussão, existe uma exigência que, obrigatoriamente, tem um tom intimidativo, 
podendo consistir em uma ameaça, mas que não é grave. Outra diferença reside no fato 
de que, embora haja divergência doutrinária, caberia outros tipos de vantagem indevida 
além da patrimonial. 
Nesse sentido: 
“O emprego de violência ou grave ameaça é circunstância elementar do crime de 
extorsão tipificado no art. 158 do Código Penal. Assim, se o funcionário público se utiliza 
desse meio para obter vantagem indevida, comete o crime de extorsão e não o de 
concussão” (STJ — AgRg no REsp 1763917/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, 5ª Turma, 
julgado em 18- 10-2018, DJe 24-10-2018). 
_____________________________________________________________________ 
04. No que diz respeito às excludentes de ilicitude e à imputabilidade, assinale a opção 
CORRETA. 
(A) Não responde por excesso doloso o agente que age em legítima defesa ou estrito 
cumprimento do dever legal. 
(B) É isento de pena o agente que, por doença mental ao tempo da ação, não era 
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato. 
(C) Descaracteriza a legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão 
a vítima mantida refém durante a prática de crimes. 
(D) Sendo razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado no estado de necessidade, 
a pena será agravada. 
(E) O agente que tem o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar estado de 
necessidade. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: E 
COMENTÁRIOS 
 
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7 
(A) INCORRETA. 
Art. 23, Parágrafo único, do CP - O agente, em qualquer das hipóteses deste 
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
(B) INCORRETA. Só é isento de pena quem era ao tempo da ação inteiramente incapaz. 
(C) INCORRETA. 
Art. 25, Parágrafo único, do CP. Observados os requisitos 
previstos no caput deste artigo, considera-se também em 
legítima defesa o agente de segurança pública que repele 
agressão ou risco de agressão 
(D) INCORRETA. Será reduzida. 
Art.24, § 2º, do CP - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito 
ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. 
(E) CORRETA. 
Art. 24, § 1º, do CP - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o 
dever legal de enfrentar o perigo. 
_______________________________________________________________________ 
05. Assinale a opção CORRETA, no que diz respeito às contravenções penais. 
(A) É aplicável o princípio da extraterritorialidade às contravenções penais. 
(B) Como regra, aplica-se o princípio da culpabilidade às contravenções penais. 
(C) O princípio da subsidiariedade é aplicável às contravenções penais. 
(D) São puníveis as contravenções praticadas nas formas tentada e consumada. 
(E) Nas contravenções penais, é possível a conversão da pena de multa em prisão 
simples. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 3º, LCP.A lei brasileira se aplica apenas às contravenções ocorridas 
no território nacional. 
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(B) INCORRETA. O art. 3º do Decreto-lei 3.688/41 dispõe que “Para a existência da 
contravenção, basta a ação ou omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o dolo 
ou a culpa, se a lei faz depender, de um ou de outra, qualquer efeito jurídico”. 
A doutrina critica o dispositivo e o considera inaplicável porque não se analisa a 
existência de dolo ou culpa, o que fere o princípio da culpabilidade. De acordo com 
Nucci, “Essa postura não se liga, em hipótese alguma, à adoção do causalismo ou do 
finalismo, nem de qualquer outra posição em relação ao conceito de crime e do seu 
elemento subjetivo. Cuida-se de opção de política criminal, tomada no início dos anos 
40, em pleno Estado Novo, sem apego, portanto, aos princípios de um Estado 
Democrático de Direito” (Leis Penais e Processuais Comentadas, 2017, vol. 1, p. 104). 
(C) CORRETA. 
Art. 1º LCP. Aplicam-se as contravenções às regras gerais do Código Penal, 
sempre que a presente lei não disponha de modo diverso. 
(D) INCORRETA. 
Art. 4, LCP. Não é punível a tentativa de contravenção. 
(E) INCORRETA. A lei nº 9.268/96 alterou diversos dispositivos do Código Penal, inclusive 
o artigo 51 que tratava sobre a conversão da pena de multa em prisão, sendo que após 
a alteração a multa é considerada dívida de valor, aplicando as normas relativa à dívida 
ativa da Fazenda Pública; não podendo de forma alguma a multa ser transmutada em 
prisão, como antes previa o artigo 9º da LCP. 
_______________________________________________________________________ 
06. Sobre a tipicidade, analise as seguintes assertivas: 
(I) A tipicidade material é a conformidade entre o fato praticado e o tipo penal, ou seja, 
é a adequação do fato ao tipo penal. 
(II) A norma contida no art. 14, inciso II, do Código Penal (crime tentado) é exemplo de 
tipicidade formal indireta ou mediata (adequação típica por subordinação mediata ou 
indireta). 
(III) Segundo a tipicidade conglobante, idealizada por Eugenio Zaffaroni, no caso de 
condutas em que a ordem normativa ordena, fomenta, permite ou tolera, não há que 
se falar em exclusão da ilicitude, mas sim em ausência de tipicidade conglobante. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
(A) Somente a assertiva III é verdadeira. 
(B) Somente a assertiva II é verdadeira. 
(C) Somente as assertivas I e II são verdadeiras. 
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(D) Somente as assertivas II e III são verdadeiras. 
(E) Todas as assertivas são falsas. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
(I) INCORRETA. A assertiva se refere ao conceito de tipicidade formal, e não da material. 
A tipicidade formal é a adequação do fato à norma. Por sua vez, a tipicidade material é 
a conduta que provoca uma lesão ou ameaça de lesão intolerável ao bem jurídico 
protegido. 
 
(II) CORRETA. A tipicidade formal indireta ou mediata se dá quando o fato não se amolda 
ao tipo penal de forma imediata, sendo necessária a aplicação de outra norma, chamada 
de norma de extensão. No caso, a tentativa (art. 14, inc. II, do CP) é uma norma de 
extensão temporal, ampliando a incriminação no tempo (a norma de extensão faz com 
que se retroceda no tempo e alcance o fato antes da consumação). Registra-se que ainda 
existe a norma de extensão pessoal espacial, ampliando-se a tipicidade no espaço para 
atingir o partícipe (concurso de pessoas - art. 29, do CP), e a norma de extensão causal, 
em que se amplia o nexo causal para atingir o omitente (omissão imprópria - art. 13, 
par. 2º, CP). 
 
(III) INCORRETA. A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, uma vez 
que pretende excluir do âmbito da tipicidade certas condutas que, pela doutrina 
tradicional, são tratadascomo excludentes da ilicitude. No caso de condutas em que a 
ordem normativa ordena ou fomenta (apenas), segundo Zaffaroni, não se fala em 
exclusão da ilicitude, mas de ausência de tipicidade conglobante. Por uma questão 
lógica, o tipo não pode proibir o que o direito ordena ou fomenta. Exemplo: o estrito 
cumprimento do dever legal não exclui a ilicitude da conduta, mas exclui a tipicidade 
conglobante. Do contrário, se teria que considerar que o oficial de justiça que sequestra 
uma coisa móvel estaria cometendo um furto justificado ou que o policial que prende 
em flagrante cometeria uma privação ilegal de liberdade justificado (ou crime de 
sequestro ou de cárcere privado justificado). 
 
Contudo, ainda segundo Zaffaroni, nas condutas permitidas ou toleradas (como as 
condutas baseadas nas excludentes da legítima defesa ou estado de necessidade), é 
possível falar em exclusão da ilicitude, já que o legislador não determina ou incentiva, 
mas apenas permite ou tolera a prática dessas condutas. 
_______________________________________________________________________ 
07. Analise a seguinte situação hipotética. Por um crime de peculato praticado em 10 
de janeiro de 2010, Caio e Mévio foram processados criminalmente, sendo a denúncia 
recebida em 05 de fevereiro de 2011. Em 07 de junho de 2012 foi publicada a sentença 
condenando Caio à pena de 02 (dois) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa, sem 
recurso das partes. Na mesma sentença, foi determinado o desmembramento do 
processo em relação ao Mévio, que é nascido em 11/01/1989, para a instauração de 
incidente de insanidade mental que, ao final, o considerou plenamente imputável. 
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10 
Posteriormente, sobreveio sentença publicada em 01/04/2013, condenando Mévio 
pelo mesmo crime à pena de 02 (dois) anos de reclusão e 10 (dez) dias-multa, não 
havendo recurso das partes. Considerando que, segundo o art. 109, inciso V, do Código 
Penal, a prescrição ocorre em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, 
sendo superior, não excede a dois, é correto afirmar que em relação a Mévio: 
(A) Não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva retroativa, uma vez que o incidente 
de insanidade mental interrompeu a prescrição. 
(B) Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva retroativa, uma vez que o incidente de 
insanidade mental não tem o condão de interromper a prescrição. 
(C) Não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva retroativa, já que, com o advento da 
lei 12.234, de 05 de maio de 2010, não é mais possível que tal prescrição tenha por 
termo inicial data posterior à da denúncia ou queixa. 
(D) Ocorreu a prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois o crime foi praticado 
antes da entrada em vigor da lei 12.234, de 05 de maio de 2010, norma esta que não 
pode retroagir para prejudicar o réu. 
(E) Não ocorreu a prescrição da pretensão punitiva retroativa, posto que a condenação 
de Caio interrompeu a prescrição tanto para ele como para Mévio. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
Antes de analisarmos os dados contidos na questão, faz-se mister fazer uma breve 
introdução sobre o instituto da prescrição retroativa. 
A prescrição da pretensão punitiva retroativa é aquela contada para trás, ou seja, da 
sentença penal condenatória até o recebimento da denúncia ou queixa, a qual recebe o 
nome de retroatividade processual, ou então, calculada do recebimento da denúncia ou 
queixa até a prática do fato delituoso, que recebe o nome de retroatividade pré-
processual. 
Se o crime foi cometido antes da lei 12.234, de 05/05/2010, e por ser norma penal mais 
gravosa, essa lei é inaplicável ao autor desse delito. A referida lei trouxe duas situações 
mais gravosas ao réu: 
a) aumentou o prazo prescricional para os crimes cuja pena é inferior a 01 (um) ano, 
passando de 02 (dois) para 03 (três) anos – art. 109, VI, do CP; 
b) extinguiu a prescrição retroativa pré-processual, aquela que poderia ser alegada pela 
demora na fase investigativa policial, contada da data do fato até o recebimento da peça 
acusatória (art. 110, § 1º, do CP), permanecendo a prescrição retroativa processual. 
Analisando o caso apresentado, temos que: 
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11 
Data do crime praticado por Caio e Mévio: 10/01/2010 (começa a correr o prazo da 
prescrição, conforme art. 111, inciso I, do CP). 
Data do recebimento da denúncia: 05/02/2011 (interrompe a prescrição, conforme art. 
117, inciso I, do CP). 
Data da publicação da sentença penal condenatória de Caio: 07/06/2012 (interrompe a 
prescrição, conforme art. 117, inciso IV, do CP). 
ATENÇÃO: a condenação de Caio interrompeu a prescrição tanto para ele quanto para 
Mévio, em respeito ao contido no art. 117, parágrafo 1º, do Código Penal, in verbis: 
“Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz 
efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam 
objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer 
deles”. 
OBS. 1: Conforme a doutrina, o exame de insanidade mental não interrompe a 
prescrição, ante a ausência de previsão legal. 
OBS. 2: Como Mévio possuía menos de 21 anos de idade à época da prática delituosa, 
há a redução pela metade dos prazos prescricionais, conforme prevê o art. 115, do CP. 
Como foi condenado à pena de 2 (dois) anos de reclusão, para Mévio a prescrição se 
dará em 02 (dois) anos (art. 109, inciso V, c/c art. 115, ambos do CP). 
Data da publicação da sentença penal condenatória de Mévio: 01/04/2013. 
ANÁLISE DOS MARCOS INTERRUPTIVOS: 
- Retroatividade pré-processual (aplicável ao Mévio, por ter praticado o crime antes da 
vigência da lei 12.234/2010): 10/01/2010 (consumação do delito - início da contagem 
do prazo prescricional) à 05/02/2011(recebimento da denúncia – interrupção da 
prescrição): não ocorreu a prescrição, pois não se passaram mais de dois anos. 
- Retroatividade processual (aplicável a qualquer réu): a) 05/02/2011(recebimento da 
denúncia – interrupção da prescrição) à 07/06/2012 (sentença condenatória de Caio, 
que interrompeu a prescrição para ambos os acusados, conforme art. 117, inciso IV, c/c 
art. 117, par. 1º, ambos do CP): não se passaram mais do que 02 (dois) anos, não 
ocorrendo a prescrição; b) 07/06/2012 (sentença condenatória de Caio, que 
interrompeu a prescrição para ambos os acusados) à 01/04/2013 (sentença 
condenatória de Mévio): não se passaram mais do que 02 (dois) anos, não ocorrendo a 
prescrição. 
Observe que a alternativa “c” está incorreta, seja por que o motivo da não ocorrência 
da prescrição é a aplicação do art. 117, parágrafo 1º, do CP, seja porque, com o advento 
da lei 12.234, de 05 de maio de 2010, não é mais possível ter por termo inicial data 
anterior à da denúncia ou queixa. 
Diante de todo o exposto, é correto afirmar que não ocorreu a prescrição da pretensão 
punitiva retroativa, posto que a condenação de Caio interrompeu a prescrição tanto 
para ele como para Mévio(art. 117, parágrafo 1º, do Código Penal). 
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12 
_______________________________________________________________________ 
08. Sobre a culpabilidade, analise as seguintes assertivas: 
(I) Os elementos da culpabilidade são a imputabilidade, a potencial consciência da 
ilicitude e a inexigibilidadede conduta diversa. 
(II) A teoria ou princípio da coculpabilidade refere-se ao exame de reprovação que deve 
ser analisado conforme o contexto social em que se encontra o acusado, de forma que 
a sociedade também é culpada se ela não deu educação, saúde, emprego e inclusão 
social ao infrator. Por esta teoria, pode-se concluir que a sociedade é a grande culpada 
pela existência de considerável parte das infrações penais, pois ao mesmo tempo em 
que exige metas individuais de sucesso, ela nega os meios para a grande maioria das 
pessoas, causando uma estigmatização dos indivíduos que ficaram excluídos dos 
processos cultural e intelectual que a compõe. 
(III) Segundo a doutrina, a circunstância agravante da reincidência é um exemplo da 
chamada coculpabilidade às avessas. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
(A) Somente a assertiva I é verdadeira. 
(B) Somente a assertiva II é verdadeira. 
(C) Somente as assertivas II e III são verdadeiras. 
(D) Somente as assertivas I e II são verdadeiras. 
(E) Todas as assertivas são verdadeiras. 
_______________________________________________________________________ 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
 
(I) CORRETA. Os elementos da culpabilidade são a imputabilidade, a potencial 
consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 
(II) CORRETA. Trata-se do conceito de coculpabilidade, que se consubstancia no fato de 
que, como a sociedade organizada não consegue garantir a todos os homens as mesmas 
oportunidades, acaba por gerar, aos menos favorecidos, um menor âmbito de 
autodeterminação, condicionado por causas sociais (Zaffaroni e Pierangeli, Manual, 
p.611), de sorte que, se a sociedade contribui para o delito deverá arcar com sua parcela 
de culpa (coculpabilidade). 
(III) CORRETA. A teoria da coculpabilidade às avessas se dá quando o Estado, além de 
não dividir a responsabilidade pelas infrações penais praticadas pelos “excluídos sociais” 
(coculpabilidade), vai além, criminalizando tais condutas, ou agravando a situação do 
infrator. O estado, além de não prestar a devida assistência social, ainda criminaliza 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
 
13 
certas atitudes, aludindo que essas pessoas poderiam ter uma conduta conforme o 
direito, apesar de marginalizadas. A “criminalização” das contravenções penais da 
vadiagem e da mendicância (esta última revogada pela lei 11.983/2009) é uma forma de 
juridicização da exclusão social. De igual forma, a agravante da reincidência é um 
autêntico exemplo de coculpabilidade às avessas, já que não deveria sequer ser uma 
agravante, mas sim uma atenuante, já que o fato de o réu ter reincidido revela que o 
Estado foi incompetente em sua função de ressocializar o indivíduo. 
_______________________________________________________________________ 
09. Em relação à tentativa, assinale a alternativa CORRETA: 
(A) Temos o chamado crime falho quando o agente é impedido de prosseguir na 
execução, não conseguindo esgotar os atos executórios. 
(B) A tentativa imperfeita se dá quando o agente, apesar de praticar todos os atos 
executórios, não consegue consumar o delito por circunstâncias alheias à sua vontade. 
(C) Não se admite a tentativa nos crimes plurissubsistentes. 
(D) A caracterização da tentativa perfeita ou imperfeita não influencia no patamar de 
redução da causa de diminuição de pena (art. 14, inciso II, do Código Penal). 
(E) Ocorre o crime tentado, conforme o art. 14, inciso II, do Código Penal, quando, 
iniciada a execução, o delito não se consuma por circunstâncias inerentes à vontade do 
agente. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) e (B) INCORRETAS. Não se deve confundir os conceitos de tentativa perfeita e 
imperfeita. 
Tentativa perfeita, acabada ou crime falho se dá quando o agente, apesar de praticar 
todos os atos executórios, não consegue consumar o delito, por circunstâncias alheias à 
sua vontade. 
Por sua vez, a tentativa imperfeita ou inacabada se caracteriza quando o agente é 
impedido de prosseguir na execução, não conseguindo esgotar os atos executórios. 
(C) INCORRETA. Os crimes plurissubsistentes são aqueles que admitem fracionamento 
na fase de execução. Admitem que o agente pratique vários atos para conseguir produzir 
o resultado. Ex.: o agente desfere várias facadas na vítima para matá-la. Nestes crimes 
poderá ocorrer tanto a tentativa imperfeita quanto a perfeita. Por outro lado, os crimes 
unissubsistentes se consumam com apenas um ato, não admitindo fracionamento da 
execução. Nesse caso, ao praticar o ato, o crime estará consumado, sendo, segundo a 
doutrina prevalecente, incompatível com a tentativa. Exemplo de crime unissubsistente: 
injúria verbal. 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
 
14 
(D) CORRETA. O critério que influencia no patamar de redução da pena é a proximidade 
da consumação, caso em que o bem jurídico terá maior exposição a perigo. Quanto 
maior a proximidade da consumação menor será a diminuição, e vice-versa. Assim, leva-
se em conta o iter criminis percorrido pelo agente, e não o fato da tentativa ser 
caracterizada como perfeita ou imperfeita. Exemplo: a redução de pena na tentativa de 
homicídio em que a vítima sequer tenha sido atingida deve ser maior do que no caso de 
a vítima ser gravemente lesionada. 
(E) INCORRETA. Vejam o teor do art. 14, inciso II, do CP, in verbis: 
“Diz-se o crime: II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por 
circunstâncias alheias à vontade do agente”. 
Registra-se que, se o crime não se consumar por circunstâncias inerentes à vontade do 
agente, podem estar caracterizados os institutos da desistência voluntária ou do 
arrependimento eficaz, conforme o caso (art. 15, caput, do Código Penal). 
_______________________________________________________________________ 
 
10. Em relação ao concurso de crimes, assinale a alternativa INCORRETA: 
(A) No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente. 
(B) Segundo a doutrina majoritária, aplica-se ao crime continuado a teoria da ficção 
jurídica. 
(C) Para fins de reconhecimento de crime continuado, segundo o STF, os delitos de 
roubo e latrocínio são crimes da mesma espécie. 
(D) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a 
sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
(E) Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, 
idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente 
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. É a transcrição literal do art. 72 do Código Penal. Assim, havendo concurso 
formal de delitos, quanto à pena de multa, aplica-se o sistema de cumulação material 
(somam-se as penas), não se aplicando o sistema da exasperação, que é voltado apenas 
para as penas privativas de liberdade. 
(B) CORRETA. Para a teoria da ficção jurídica, o crime continuado é uma criação da lei, 
pois na realidade existem vários delitos distintos, que, por razões de política criminal, 
são punidos como se formasse um único crime (somente para o efeito da pena todos os 
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15 
crimes seriam um só). Segundo a doutrina, é a teoria adotada noCódigo Penal para o 
crime continuado. 
(C) INCORRETA. Para o STF, apesar de estarem no mesmo tipo penal, os crimes de roubo 
e latrocínio protegem bens jurídicos diversos, não configurando delitos da mesma 
espécie, sendo impossível o reconhecimento da continuidade delitiva. 
(D) CORRETA. Trata-se da transcrição literal da Súmula 711 do STF. Assim, se o agente 
que prosseguiu na continuidade delitiva (ou no crime permanente) após o advento da 
lei nova, é porque tinha possibilidade de orientar-se de acordo com os novos ditames, 
em vez de prosseguir na prática dos crimes. 
(E) CORRETA. É a transcrição literal do art. 70, caput, primeira parte do Código Penal. 
Trata-se do concurso formal próprio ou perfeito. 
_______________________________________________________________________ 
11. Sobre o instituto da reabilitação, assinale a alternativa INCORRETA: 
(A) A reabilitação poderá ser requerida, decorrido 1 (um) ano do dia em que for extinta, 
de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de 
prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde 
que o condenado cumpra outras condições legais. 
(B) A reabilitação deverá ser requerida ao juiz da condenação. 
(C) Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido 
seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários. 
(D) Segundo a legislação pátria, da decisão que conceder a reabilitação haverá recurso 
de ofício. 
(E) A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o 
reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja 
de multa. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 94, caput, do CP: 
“A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que 
for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, 
computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento 
condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado(...)”. 
(B) CORRETA. É a transcrição literal do art. 743, do Código de Processo Penal. A 
reabilitação é endereçada ao juiz da condenação, e não ao juízo executório, pois já 
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houve a execução da pena. Lembre-se que um dos requisitos da reabilitação é o 
transcurso de dois anos da extinção ou cumprimento da pena. 
(C) CORRETA. Trata-se da transcrição literal do art. 94, parágrafo único do Código Penal. 
(D) CORRETA. Apesar de haver divergência doutrinária, prevalece que o recurso de 
ofício da decisão concessiva da reabilitação foi recepcionado. A previsão está contida no 
art. 746 do Código de Processo Penal. 
(E) CORRETA. Trata-se da transcrição literal art. 95, do Código Penal. 
_______________________________________________________________________ 
12. Com relação ao crime de roubo, analise as proposições abaixo e assinale a 
alternativa CORRETA: 
(A) A violência e a grave ameaça podem ser exercidas contra outra coisa que não seja a 
pessoa. 
(B) A violência só pode ser exercida antes da subtração da coisa, pois se for depois da 
subtração da coisa o crime será de furto. 
(C) Caso haja lesão corporal na vítima a pena deve ser aumentada. 
(D) Se no crime de roubo havia dois agentes praticando o crime, sendo um deles 
adolescente, não se aplica a majorante do concurso de pessoas. 
(E) É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante 
do roubo. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. A violência ou a grave ameaça, conforme o próprio art. 157, caput, do 
CP só pode ser exercido contra a pessoa. 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
(B) INCORRETA. Quando a violência é exercida após a subtração do bem, ocorre o 
chamado roubo improprio, disposto no art. 155, § 1º, do CP. 
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17 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, 
emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a 
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
(C) INCORRETA. Pois no caso, somente se houver lesão corporal grave é que no caso 
surgiria uma qualificadora e não uma majorante como diz o enunciado. Conforme o art. 
157, § 3º, do CP: 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete 
a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta 
anos, sem prejuízo da multa. 
(D) INCORRETA. Já é entendimento pacificado na doutrina e na jurisprudência que a 
menoridade de um dos agentes não desfigura o concurso de pessoas. 
(E) CORRETA. Súmula 442 - STJ - É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo 
concurso de agentes, a majorante do roubo. 
_______________________________________________________________________ 
13. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa 
de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no 
exercício da função, comete o crime de: 
(A) Corrupção passiva. 
(B) Excesso de exação. 
(C) Concussão 
(D) Tráfico de influência. 
(E) Advocacia administrativa. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Corrupção passiva 
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18 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
(B) INCORRETA. Excesso de exação 
Art. 316, § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe 
ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio 
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: 
(C) INCORRETA. Concussão 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
(D) CORRETA. Tráfico de Influência 
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem 
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por 
funcionário público no exercício da função: 
(E) INCORRETA. Advocacia administrativa 
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a 
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: 
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. 
_______________________________________________________________________14. Analise as afirmações abaixo sobre o instituto da tentativa e marque INCORRETA. 
(A) Não se admite tentativa em crime culposo. 
(B) No que concerne à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota a teoria objetiva. 
(C) Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir atingir a pessoa 
ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta. 
(D) Configura-se tentativa cruenta no caso de o agente conseguir atingir a pessoa ou a 
coisa contra a qual deveria recair sua conduta. 
(E) Em relação à tentativa, adota-se, no Código Penal, a teoria subjetiva. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
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(A) CORRETA. Nos crimes culposos o agente não tem dolo de consumação, o que o torna 
essa modalidade de delito incompatível com o instituto da tentativa. 
 
(B) CORRETA. A punibilidade da tentativa é disciplinada pelo art. 14, parágrafo único. E, 
nesse campo, o Código Penal acolheu como regra teoria objetiva, realística ou dualista, 
ao determinar que a pena da tentativa deve ser correspondente à pena do crime 
consumado, diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços). Como o desvalor do resultado é 
menor quando comparado ao do crime consumado, o conatus deve suportar uma 
punição mais branda. Excecionalmente, entretanto, é aceita a teoria subjetiva, 
voluntarística ou monista, consagrada pela expressão “salvo disposição em contrário”. 
(Fonte: Cléber Rogério Masson - Direito Penal Esquematizado). 
(C) CORRETA. A tentativa incruenta ou branca acontece quando é aquela na qual a 
vítima não chega a ser fisicamente atingida, ou seja, quando a vítima sai ilesa. 
(D) CORRETA. Tentativa vermelha ou cruenta, na qual a vítima é atingida e sofre a lesão. 
(E) INCORRETA. Como afirmado no item A, o código penal adota a teoria objetiva. 
Na Teoria Subjetiva: A punição da tentativa deve observar seu aspecto subjetivo do 
delito, da perspectiva do dolo do agente. Sabendo que, seja na consumação seja na 
tentativa, o crime é subjetivamente completo, não pode haver, para esta teoria, 
distinção entre as penas nas duas modalidades. A tentativa merece a mesma pena do 
crime consumado. 
_______________________________________________________________________ 
15. Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue os itens 
subsequentes e marque a alternativa CORRETA. 
(A) O consentimento do ofendido é uma excludente de ilicitude e poderá ser 
manifestado antes, durante ou depois da conduta do agente. 
(B) Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da análise 
das excludentes de ilicitudes será punido apenas se o tiver cometido dolosamente. 
(C) Somente na legitima defesa que será punido o agente pelo excesso doloso. 
(D) O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade 
sem antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade. 
(E) Nas excludentes de antijuridicidade, quando há o excesso, ele pode ocorrer na forma 
de excesso intensivo e excesso extensivo. O excesso extensivo é aquele onde o agente 
usa imoderadamente os meios necessários para repelir a injusta agressão. 
_______________________________________________________________________ 
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20 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. O consentimento do ofendido, a depender da construção do tipo 
incriminador diante do qual analisado, pode apresentar-se como: 
a) causa de exclusão da tipicidade: se o tipo penal exige o dissenso da vítima enquanto 
um dos requisitos objetivos formais necessários à completude da figura incriminadora, 
é claro que o válido consentimento do ofendido exclui a tipicidade. Exemplo: crimes de 
violação de domicílio — artigo 150 do Código Penal (se alguém permite ou tolera que 
terceiro ingresse em sua casa, ausente estará a tipicidade da conduta) e estupro — artigo 
213 do Código Penal (se a mulher consente na relação sexual, inexiste tipicidade); 
b) causa supralegal de exclusão da ilicitude: o consentimento do ofendido, fora essas 
hipóteses em que o dissenso da vítima constitui requisito da figura típica, pode excluir a 
ilicitude, se praticado em situação justificante. Exemplo: aquele que realiza tatuagens no 
corpo de terceiros pratica conduta típica de lesões corporais (art. 129 do CP), muito 
embora lícita, se verificado o consentimento do ofendido; aquele que inutiliza coisa de 
terceiro, ainda que apedido deste, pratica conduta típica de dano (art. 163 do CP), muito 
embora lícita, se presente o consentimento da vítima. 
O consentimento do ofendido só pode ser reconhecido validamente se presentes os 
seguintes requisitos, em caráter cumulativo: bem jurídico disponível, ofendido capaz, 
consentimento livre, indubitável e anterior ou, no máximo, contemporâneo à conduta, 
bem como que o autor do consentimento seja titular exclusivo ou expressamente 
autorizado a dispor sobre o bem jurídico. 
(B) INCORRETA. Exclusão de ilicitude 
CP: Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício 
regular de direito. 
Excesso punível 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, 
responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
(C) INCORRETA. Não só na legitima defesa, como em qualquer exclusão da ilicitude do 
art. 23, do CP. 
Exclusão de ilicitude 
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21 
CP: Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
 
Excesso punível 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, 
responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
(D) CORRETA. Pode ocorrer tipicidade sem antijuridicidade, exemplo são as causas de 
excludente de ilicitude. E o fato pode ser antijurídico e não ser culpável, nos casos de 
exclusão de culpabilidade que isenta o agente de pena. 
É fato típico mas sem antijuridicidade: Legitima defesa, estado de necessidade, estrito 
cumprimento de dever legal e exercício regular de direito. 
E fato antijurídico mas sem culpabilidade: crimes cometidos por inimputáveis, quando 
não há consciência da ilicitude, coação moral irresistível e obediência hierárquica. 
 
(E) INCORRETA. Excesso - Excedendo-se o agente na conduta de preservar o bem 
jurídico, responderá por ilícito penal se atuou dolosa ou culposamente. O excesso pode 
ser dividido em dois tipos: 
- Excesso Intensivo - Neste a reação sem moderação ocorre quando a agressão injusta 
está em curso. 
- Excesso Extensivo - No excesso extensivo aquele que reage excede sua reação após o 
agressor ter acabado a agressão. 
_______________________________________________________________________ 
16. Com relação ao entendimento sumular do STF, assinale a alternativa CORRETA. 
(A) Há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna possível a sua 
consumação. 
(B) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se 
a sua vigência é posterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
(C) A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir 
exige motivação idônea. 
(D) A opinião do julgador sobre a gravidadeem abstrato do crime constitui motivação 
idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena 
aplicada. 
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22 
(E) A extinção do mandato do prefeito impede a instauração de processo pela prática 
dos crimes previstos no art. 1º do decreto-lei 201/1967. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. SÚMULA Nº 145 
Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua 
consumação. 
(B) INCORRETA. SÚMULA Nº 711 
A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua 
vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
(C) CORRETA. SÚMULA Nº 719 
A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir 
exige motivação idônea. 
(D) INCORRETA. SÚMULA Nº 718 
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação 
idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena 
aplicada. 
(E) CORRETA. SÚMULA Nº 703 
A extinção do mandato do prefeito não impede a instauração de processo pela prática 
dos crimes previstos no art. 1º do decreto-lei 201/1967. 
_______________________________________________________________________ 
 
17. A respeito do concurso de crimes, assinale a alternativa INCORRETA: 
(A) As penas de multa são aplicadas de forma distinta e integral. 
(B) No concurso material de crimes, havendo aplicação cumulativa das penas de 
detenção e reclusão, executa-se primeiro aquela. 
(C) No crime continuado o juiz ao aplicar a pena deverá aumentá-la de um sexto a dois 
terços. 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
 
23 
(D) No concurso formal, as penas deverão ser aplicadas de forma cumulativa se a ação 
ou a omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos 
(E) Tratando-se de crimes culposos é perfeitamente possível o concurso de delitos. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
 
(A) CORRETA. Nos termos do art. 72 do CP. Vejamos: 
Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e 
integralmente. 
 
(B) INCORRETA. É justamente o contrário: a de reclusão deverá ser executada 
primeiramente. Vejamos: 
Concurso material 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas 
privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação 
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
 
(C) CORRETA. 
Crime continuado 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, 
maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser 
havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos 
crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer 
caso, de um sexto a dois terços. 
 
(D) CORRETA. 
Concurso formal 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis 
ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um 
sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a 
ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios 
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
 
(E) CORRETA. 
_______________________________________________________________________ 
18. Sobre a prescrição é CORRETO afirmar que: 
(A) A sentença penal que absolve o réu é causa de interrupção da prescrição. 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
 
24 
(B) Ainda que seja causa que interrompe a prescrição, o início do cumprimento da pena 
não faz com que o prazo volte a correr da data dessa interrupção. 
(C) Com a concessão do livramento condicional volta a correr o prazo para a prescrição 
da pretensão executória. 
(D) O acórdão meramente confirmatório da decisão de pronúncia não interrompe a 
prescrição da pretensão punitiva. 
(E) Entre a data do fato e o recebimento da denúncia a prescrição pode ocorrer de forma 
retroativa com base na pena aplicada na sentença. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
(B) CORRETA. 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, 
todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção. 
(C) INCORRETA. Já que a concessão do livramento condicional faz parte do cumprimento 
da pena, não interrompendo e nem muito menos suspende o prazo da prescrição 
executória. Está só será interrompida se o condenado deixar de cumprir as condições e 
restrições impostas no livramento. 
(D) INCORRETA. 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
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25 
(E) INCORRETA. 
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença 
condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no 
artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é 
reincidente. 
§ 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado 
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena 
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data 
anterior à da denúncia ou queixa. 
_______________________________________________________________________ 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
19. Acerca da ação penal, assinale a alternativa CORRETA. 
(A) No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial ou 
por despacho da autoridade policial, o direito de representação passará ao cônjuge, 
ascendente, descendente ou irmão. 
(B) A queixa poderá ser dada por procurador, independentemente de poderes especiais, 
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato 
criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser 
previamente requeridas no juízo criminal. 
(C) Deve ser rejeitada a queixa-crime que impute ao querelado a prática de crime contra 
a honra, masque se limite a transcrever algumas frases, escritas pelo querelado em sua 
rede social, sem esclarecimentos que possibilitem uma análise do elemento subjetivo 
da conduta do querelado consistente no intento positivo e deliberado de lesar a honra 
do ofendido. 
(D) Não é possível condenar o querelante em honorários advocatícios sucumbenciais na 
hipótese de rejeição de queixa-crime por ausência de justa causa. 
(E) Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta 
a ação penal quando a pessoa jurídica se extinguir, por mais que deixe sucessor. 
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
 
(A) INCORRETA. O despacho da autoridade policial não serve para declarar o ofendido 
ausente e assim passar o direito de representação para o seu cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão, nos termos preconizados pelo art. 24, §1º, do CPP: 
 
Art. 24. (...) 
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26 
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão 
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. 
 
(B)INCORRETA. O procurador deve possuir poderes especiais para a queixa, nos termos 
do art. 44 do CPP: 
 
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, 
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a 
menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem 
de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. 
 
(C) CORRETA. Assertiva em conformidade com o entendimento da Corte Especial do STJ, 
que entende que “deve ser rejeitada a queixa-crime que impute ao querelado a prática 
de crime contra a honra, mas que se limite a transcrever algumas frases, escritas pelo 
querelado em sua rede social, sem esclarecimentos que possibilitem uma análise do 
elemento subjetivo da conduta do querelado consistente no intento positivo e 
deliberado de lesar a honra do ofendido”. (STJ. Corte Especial. AP 724-DF, Rel. Min. Og 
Fernandes, julgado em 20/08/2014) 
 
(D)INCORRETA. De acordo com a 3ª Seção do STJ, “é possível condenar o querelante 
em honorários advocatícios sucumbenciais na hipótese de rejeição de queixa-crime por 
ausência de justa causa”. (STJ. 3ª Seção. EREsp .1218.726-RJ, Rel. Min. Felix Fischer, 
julgado em 22/6/2016) 
 
(E)INCORRETA. Assertiva que contraria a previsão descrita no art. 60, IV, do CPP: 
 
“Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-á perempta a ação penal: 
(...) 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar 
sucessor”. 
_______________________________________________________________________ 
20. Assinale a assertiva CORRETA a respeito das questões e processos incidentes 
no âmbito do direito processual penal. 
(A) Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão sobre o 
estado civil das pessoas, e se no âmbito cível houver sido proposta ação para resolvê-la, 
o juiz criminal poderá, desde que essa questão seja de difícil solução e não verse sobre 
direito cuja prova a lei civil limite, suspender o curso do processo, após a inquirição das 
testemunhas e realização das outras provas de natureza urgente. 
(B) A suspeição dos jurados deverá ser argüida oralmente, decidindo de plano o 
presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for 
imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata. 
(C) De acordo com o CPP, poderão ser opostas as exceções de suspeição, impedimento, 
litispendência, ilegitimidade de parte e coisa julgada. 
(D) A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal 
acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
 
27 
(E) Não é possível a arguição de suspeição do Procurador-Geral da República nos 
processos que tramitam no âmbito do STF. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
 
(A) INCORRETA. Assertiva que contraria a previsão trazida no art. 92 do CPP: 
 
“Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de 
controvérsia, que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das 
pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo cível seja a 
controvérsia dirimida por sentença passada em julgado, sem prejuízo, 
entretanto, da inquirição das testemunhas e de outras provas de natureza 
urgente.” 
 
(B) CORRETA. Alternativa em conformidade com o art. 106 do CPP: 
 
Art. 106. A suspeição dos jurados deverá ser argüida oralmente, decidindo de 
plano do presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo 
recusado, não for imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata. 
 
(C) INCORRETA. Alternativa que contraria o rol descrito no art. 95 do CPP: 
 
“Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: 
I - suspeição; 
II - incompetência de juízo; 
III - litispendência; 
IV - ilegitimidade de parte; 
V - coisa julgada.” 
 
(D) INCORRETA. Alternativa que contraria os termos da Súmula 234 do STJ: 
 
S. 234. A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal 
não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
 
(E) INCORRETA. De acordo com o Plenário do STF, é possível a argüição de suspeição do 
Procurador-Geral da República nos processos que tramitam no âmbito do STF. (STF. 
Plenário. AS 89/DF. Rel. min. Edson Fachin, julgado em 13/9/2017) 
______________________________________________________________________ 
 
21. Com relação à prisão, às medidas cautelares e à liberdade provisória, assinale a 
alternativa CORRETA. 
(A) Se o Ministério Público formula pedido de prisão preventiva na audiência, o juiz não 
será obrigado, antes de decidir, a ouvir a defesa. 
(B) A fuga do acusado do distrito da culpa não é fundamentação suficiente para a 
manutenção da custódia preventiva ordenada para garantir a aplicação da lei penal. 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
 
28 
(C) A alegação de desproporcionalidade da prisão preventiva somente poderá ser 
aferível após a prolação da sentença, não cabendo, durante o curso do processo, a 
antecipação da análise quanto a possibilidade de cumprimento de pena em regime 
menos gravoso, caso seja prolatada sentença condenatória. 
(D) Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando a agente for 
gestante, desde que a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. 
(E) A inovação da classificação do delito não constitui motivo para que seja exigido o 
reforço da fiança. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. De acordo com a 6ª Turma do STJ, “se o Ministério Público formula 
pedido de prisão preventiva na audiência, o juiz deverá, antes de decidir, a ouvir a 
defesa”. (STJ. 6ª Turma. RHC 75.176/MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. 
p/ acórdão Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 13/12/2016). 
 
(B) INCORRETA. De acordo com a 5ª Turma do STJ, “a fuga do acusado do distrito da 
culpa é fundamentação suficiente para a manutenção da custódia preventiva ordenada 
para garantir a aplicação da lei penal”. (STJ. 5ª Turma. HC 239.269-SP, Rel. Min. Jorge 
Mussi, julgado em 13/11/2012). 
 
(C) CORRETA. Assertiva em conformidade com o entendimento da 5ª e da 6ª Turma do 
STJ sobre o tema, no sentido de que “a alegação de desproporcionalidadeda prisão 
preventiva somente poderá ser aferível após a prolação da sentença, não cabendo, 
durante o curso do processo, a antecipação da análise quanto a possibilidade de 
cumprimento de pena em regime menos gravoso, caso seja prolatada sentença 
condenatória”. (STJ. 5ª Turma. RHC 77.070/MG, Rel. Min. Félix Fischer, julgado em 
16/02/2017). 
 
(D) INCORRETA. Assertiva que contraria o art. 318, IV, do CPP, que exige apenas que a 
agente seja gestante. Vejamos: 
 
“Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando 
o agente for: 
(...) 
IV- gestante;” 
 
(E) INCORRETA. Assertiva que contraria o art. 340, III, do CPP: 
 
“Art. 340. Será exigido o reforço da fiança: 
(...) 
III - quando for inovada a classificação do delito”. 
_______________________________________________________________________ 
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29 
22. Acerca das nulidades no âmbito processual penal, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
(A) A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, 
quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. 
(B) Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que 
tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária 
interesse. 
(C) A ausência de assinatura do magistrado na ata de julgamento configura nulidade 
absoluta. 
(D) Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a 
acusação ou para a defesa. 
(E) A inobservância da ordem de inquirição de testemunhas prevista no CPP é causa de 
nulidade relativa, devendo ser argüida em momento oportuno e ser comprovado 
prejuízo para a defesa. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. Assertiva em conformidade com o art. 567 do CPP. Como a assertiva pede 
a incorreta, não deveria ser marcada. 
“Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, 
devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz 
competente”. 
(B) CORRETA. Assertiva em conformidade com o art. 565 do CPP. Como a assertiva pede 
a incorreta, não deveria ser marcada. 
“Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, 
ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância 
só à parte contrária interesse”. 
 
(C)INCORRETA. A ausência da assinatura do magistrado na ata de julgamento configura, 
tão-somente, mera irregularidade formal, porquanto, consoante o princípio informador 
do sistema das nulidades pas de nullitésansgrief, só será declarado nulo o ato que à 
parte resultar prejuízo. (STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.954.334/MG, Rel. Min. Jesuíno 
Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), julgado em 19/10/2021). 
 
(D) CORRETA. Assertiva em conformidade com o art. 563 do CPP. Como a assertiva pede 
a incorreta, não deveria ser marcada. 
 
“Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar 
prejuízo para a acusação ou para a defesa”. 
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30 
 
(E) CORRETA. Assertiva em conformidade com o entendimento da 6ª Turma do STJ 
sobre o assunto, que entende que, “a inobservância da ordem de inquirição de 
testemunhas prevista no CPP é causa de nulidade relativa, devendo ser argüida em 
momento oportuno e ser comprovado prejuízo para a defesa”. (STJ. 6ª Turma. HC 
212.618-RS, Rel. originário Min. Og Fernandes, Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis 
Junior, julgado em 24/4/2012). Como a assertiva pede a incorreta, não deveria ser 
marcada. 
_______________________________________________________________________ 
23. Acerca dos recursos no âmbito do direito processual penal, assinale a alternativa 
CORRETA. 
(A) O prazo para interposição de recurso flui a partir da última publicação da decisão a 
ser impugnada, de modo que a republicação, mesmo que desnecessária ou feita por 
equívoco acarreta a reabertura do prazo recursal. 
(B) Não caracteriza erro grosseiro a interposição de apelação, em vez de RESE, contra 
decisão que desclassificou o crime determinando a remessa dos autos ao Juizado 
Especial Criminal, podendo, assim, ser aplicado o princípio da fungibilidade. 
(C) O filho da vítima do homicídio, quando não tenha sido assistente de acusação, não 
tem legitimidade para ajuizar reclamação contra decisão do TJ que absolveu o réu, se 
outro membro da família havia sido assistente de acusação. 
(D) Caberá carta testemunhável da decisão que denegar a apelação ou a julgar deserta. 
(E) Diante da reiterada oposição de aclaratórios meramente protelatórios pela parte, 
deve ser determinada a baixa dos autos à origem, independentemente da publicação do 
acórdão recorrido e da certificação do trânsito em julgado, sendo possível, ainda, a 
consequente fixação de multa por litigância de má-fé. 
_______________________________________________________________________ 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. O prazo para interposição de recurso flui a partir da última publicação da 
decisão a ser impugnada, de modo que a republicação, mesmo que desnecessária ou 
feita por equívoco acarreta a reabertura do prazo recursal. (STJ. 5ª Turma. HC 238.698-
SP, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ-SE), julgado em 
20/11/2012) 
 
(B) INCORRETA. Caracteriza erro grosseiro a interposição de apelação, em vez de RESE, 
contra decisão que desclassificou o crime determinando a remessa dos autos ao Juizado 
Especial Criminal. Não pode, assim, ser aplicado o princípio da fungibilidade. (STJ. 6ª 
Turma. REsp 611.877-PR, Rel. originário Min. Og Fernandes, Rel. para acórdão Min. 
Sebastião Reis Junior, julgado em 17/4/2012). 
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31 
 
(C)INCORRETA. O filho da vítima do homicídio, mesmo que não tenha sido assistente de 
acusação, tem legitimidade para ajuizar reclamação contra decisão do TJ que absolveu 
o réu, se outro membro da família havia sido assistente de acusação. (Rcl 29621 AgR, 
Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 25/06/2019, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-213 DIVULG 30-09-2019 PUBLIC 01-10-2019) 
 
(D) INCORRETA. Caberá recurso em sentido estrito e não carta testemunhável da 
decisão que denegar a apelação ou a julgar deserta, nos termos do art. 581, do CPP: 
 
“Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou 
sentença: 
(...) 
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;” 
 
(E) INCORRETA. Ainda que na esfera penal não seja comum a fixação de multa por 
litigância de má-fé, a insistência do embargante, diante das sucessivas oposições de 
embargos de declaração contra o acórdão impugnado, revela não só o exagerado 
inconformismo, bem como o desrespeito ao Poder Judiciário e o seu nítido caráter 
protelatório, constituindo abuso de direito. 
A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça pacificou-se no sentido de que, diante 
da reiterada oposição de aclaratórios meramente protelatórios pela parte, deve ser 
determinada a baixa dos autos à origem, independentemente da publicação do acórdão 
recorrido e da certificação do trânsito em julgado. 
(EDcl nos EDcl no AgRg no RE nos EDcl no AgRg no AREsp n. 1.442.541/AC, relator 
Ministro Jorge Mussi, Corte Especial, julgado em 12/4/2022, DJe de 22/4/2022.) 
_______________________________________________________________________ 
24. Assinale a alternativa quecorresponde ao entendimento dos Tribunais Superiores 
brasileiros acerca da suspensão condicional do processo. 
(A) A existência de ações penais em curso contra o denunciado não impede a concessão 
do sursis processual ao réu. 
(B) O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais 
cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a 
pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, 
ultrapassar o limite de 2 (dois) anos. 
(C) Se descumpridas as condições impostas durante o período de prova da suspensão 
condicional do processo, o benefício poderá ser revogado, mesmo se já ultrapassado o 
prazo legal, desde que referente a fato ocorrido durante sua vigência. 
(D) A suspensão condicional do processo e a transação penal se aplicam na hipótese de 
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
(E) Como não é possível ao magistrado a fixação de outras condições para o sursis, além 
daquelas previstas no §1º, do art. 89, da Lei 9.099/95, não pode o magistrado impor o 
perdimento do valor da fiança como forma equivalente à prestação pecuniária. 
_______________________________________________________________________ 
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32 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Dispõe o art. 89 da Lei 9.099/95, que: 
 
“Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 
um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a 
denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, 
desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido 
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam 
a suspensão condicional da pena”. 
 
A inconstitucionalidade deste dispositivo jamais foi declarada pelo STF, que tem 
considerado legítimos os requisitos nele estabelecidos para a proposta de suspensão 
condicional do processo em diversos julgados. (STJ, 5ª Turma. RHC 58.082/PA. Min. 
Leopoldo de Arruda Raposo). 
 
(B) INCORRETA. O erro da alternativa reside apenas na sua parte final, mais 
especificamente na pena, que não deve ultrapassar o limite de 1 ano, e não de 2 anos, 
como disposto na questão. Neste sentido, vejamos o teor da Súmula 723 do STF: 
 
“O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais 
cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a 
pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, 
ultrapassar o limite de 1 (um) ano”. 
 
(C) CORRETA. Enunciado que reproduz o entendimento da 3ª Seção do STJ. Vejamos: 
 
“Se descumpridas as condições impostas durante o período de prova da suspensão 
condicional do processo, o benefício poderá ser revogado, mesmo se já ultrapassado o 
prazo legal, desde que referente a fato ocorrido durante sua vigência”. (STJ. 3ª Seção. 
REsp 3.498.034-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/11/2015). 
 
(D) INCORRETA. Assertiva em desconformidade com a Súmula 536 do STJ: 
 
“A suspensão condicional do processo e a transação penal nãose aplicam na hipótese 
de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha”. 
 
(E) INCORRETA. Assertiva em desconformidade com os termos do seguinte julgado da 
6ª Turma do STJ, senão vejamos: 
“É possível ao magistrado a fixação de outras condições para o sursis, além daquelas 
previstas no §1º, do art. 89, da Lei 9.099/95, desde que adequadas ao fato e à situação 
pessoal do acusado. Essa liberdade de fixação de outras condições permite ao 
magistrado impor o perdimento do valor da fiança como forma equivalente à prestação 
pecuniária. (STJ. 6ª Turma. RHC 53.172/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 
17/12/2015). 
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_______________________________________________________________________ 
25. A respeito dos princípios processuais penais, assinale a alternativa CORRETA. 
(A) A juntada do voto vencido em momento posterior à publicação do acórdão não 
afronta o princípio da ampla defesa. 
(B) O princípio da contemporaneidade, que se encontra positivado no nosso 
ordenamento processual penal, revela-se quando, para a decretação de prisão 
preventiva, analisa-se a distância do envolvimento criminal para justificar uma atual 
privação do status libertatis. 
(C) Viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a 
atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de 
função de um dos denunciados. 
(D) De acordo com o princípio da vedação da autoincriminação, previsto expressamente 
no Pacto de São José da Costa Rica, se, no curso da instrução processual, o acusado se 
retratar de confissão anteriormente oferecida, inclusive já no curso do processo, essa 
confissão não poderá ser considerada pelo juiz para fundamentar eventual sentença 
condenatória. 
(E) Por meio de um juízo de ponderação de interesses, a garantia constitucional da 
inadmissibilidade da prova ilícita pode ser afastada a fim de permitir, no caso concreto, 
a prevalência do interesse público consubstanciado na eficácia da repressão penal. 
_______________________________________________________________________ 
GABARITO: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Para o STF, juntada do voto vencido em momento posterior à 
publicação do acórdão afronta o princípio da ampla defesa. (2ª Turma. HC 118344/GO, 
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/3/2014 - Info 739). 
(B) CORRETA. O STF entende que a contemporaneidade da prisão preventiva diz 
respeito aos motivos ensejadores da prisão e não ao momento da prática do fato ilícito 
(HC 192519 AgR). 
Seguindo a mesma linha, o STJ (HC 192519) entende que não é importante que o fato 
ilícito tenha sido praticado há lapso temporal longínquo, sendo necessária, no entanto, 
a efetiva demonstração de que, mesmo com o transcurso de tal período, continuam 
presentes os requisitos (i) do risco à ordem pública ou (ii) à ordem econômica, (iii) da 
conveniência da instrução ou, ainda, (iv) da necessidade de assegurar a aplicação da lei 
penal. 
O art. 312, §2º, do CPP evidencia no texto da lei tal situação: 
CPP. Art. 312. (...) 
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§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e 
fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou 
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. 
(C) INCORRETA. Súmula 704: “Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e 
do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu 
ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados”. 
(D) INCORRETA. Com efeito, a confissão isoladamente não é fundamento para 
condenação, todavia, quando examinada em conjunto com as demais provas constantes 
dos autos e aliada a retratação , não gera impedimento para eventual condenação. 
Seguindo essa linha, vejamos o que dispõe o art. 200 do CPP 
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre 
convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto. 
(E) INCORRETA. O erro está em afirmar que seria admitido afastar em virtude do 
interesse público. O único interesse que pode afastar é o da dignidade do cidadão, do 
status libertatis, da "vida livre" da pessoa. 
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