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Sociologia Criminal e Criminologia

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criminologia 
(Ponto 4) 
Sociologia Criminal 
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2 
CURSO MEGE 
 
Site: www.mege.com.br 
Celular/Whatsapp: (99) 982622200 (Tim) 
Fanpage: /cursomege 
Instagram: @cursomege 
Material: Criminologia (Ponto 4) 
 
 
 
 
Criminologia 
Ponto 4 
Sociologia Criminal 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
SUMÁRIO 
 
SOCIOLOGIA CRIMINAL..................................................................................................... 4 
MACROSSOCIOLOGIA X MICROSSOCIOLOGIA .............................................................. 4 
FATORES SOCIAIS DA CRIMINALIDADE ............................................................................. 6 
MODELOS SOCIOLÓGICOS DO CONSENSO E DO CONFLITO ............................................ 8 
TEORIAS DO CONSENSO ................................................................................................... 8 
TEORIAS DO CONFLITO ..................................................................................................... 8 
TEORIA SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE .................................................................... 9 
CIDADE DESORGANIZADA PRODUZ CRIMES .................................................................. 11 
TEORIA ESPACIAL ............................................................................................................ 12 
TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS ................................................................................ 12 
TEORIA DA TOLERÂNCIA ZERO ....................................................................................... 13 
TEORIA DOS TESTÍCULOS DESPEDAÇADOS (BREAKING BALLS THEORY) ........................ 14 
TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL .......................................................................... 14 
TEORIA DA SUBCULTURA DELINQUENTE ....................................................................... 17 
CRIMINOLOGIA CRÍTICA ................................................................................................. 19 
QUESTÕES ....................................................................................................................... 21 
GABARITO COMENTADO ................................................................................................ 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
SOCIOLOGIA CRIMINAL 
 
De um estudo de criminalidade focado no indivíduo ou em pequenos grupos, a 
Criminologia passou a se preocupar com grande ênfase no estudo da 
macrocriminalidade, uma abordagem dos fatores que levam a sociedade como um todo 
a praticar ou não infrações criminais. 
A obra, “Criminologia Crítica e Crítica ao Direito Penal”, de Alessandro Baratta, 
define a Sociologia Jurídica e a diferencia da Sociologia Jurídica Penal, trazendo a ideia 
de uma Sociologia Criminal que vem a desmistificar as análises realizadas ao longo do 
tempo pela criminologia, observando o comportamento desviante, sua gênese e sua 
função dentro da estrutura social. 
Para o autor, o direito penal apresenta a tendência de privilegiar interesses de 
classes dominantes no sistema e a imunizar o processo tendente à criminalização de 
indivíduos que pertencem a tal classe. Tais indivíduos são ligados funcionalmente à 
existência de acumulação capitalista e tendem a dirigir o processo de criminalização 
para as formas de desvio típicas das classes consideradas subalternas. Entende que o 
direito penal possui seu processo de separação e proteção de uma classe mais abastada 
e arraigada nos moldes capitalistas em detrimento de outros. Portanto, identifica que 
existem estamentos sociais e que dentre eles encontram-se aqueles considerados para 
um controle intensificado do direito penal: 
 
“Podemos determinar a relação da sociologia jurídica com a ciência do 
direito, tendo em vista o objeto, dizendo que o objeto da ciência do direito 
são normas e estruturas normativas, enquanto a sociologia jurídica tem a ver 
com modos de ação e estruturas sociais. É mais difícil precisar a relação com 
a filosofia do direito e com a teoria do direito. Na verdade, trata-se aqui, 
principalmente, de problemas de terminologia: "filosofia do direito" e "teoria 
do direito" são usadas pelos interlocutores para denotar conceitos diversos.” 
 
MACROSSOCIOLOGIA X MICROSSOCIOLOGIA 
A fim de melhor diferenciar essas duas vertentes da Sociologia, amparamo-nos 
nos ensinamentos de Francis Cullen e Robert Agnew (Criminological Theory: Pastto 
Present – Essential Readings) e Ryanna Palas Veras (Nova Criminologia e os Crimes do 
Colarinho Branco) 
“As Teorias psicológicas ou microssociológicas estudam o problema do crime 
sob a perspectiva do indivíduo e, interação com o meio social. A sociedade 
cria as condições para o desvio (o espaço geográfico, a pressão por sucesso, 
a falta de oportunidades, etc.), e a microssociologia estuda como essas 
condições atuam no indivíduo, de forma particular. Encontram a 
predeterminação do crime no sujeito. Analisam as formas de transmissão do 
comportamento criminoso e as motivações sociais que levam um indivíduo a 
delinquir. São Teorias que abandonaram a variante puramente individualista 
(biológica) e consideram importante a influência da sociedade sobre o 
homem, enfatizando a formação, os valores e os contatos sociais. A linha de 
pesquisa microssociológica é a predominante nos Estados Unidos.” (Francis 
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5 
Cullen e Robert Agnew - Criminological Theory: Past to Present – Essential 
Readings) 
“A segunda linha de pesquisa da sociologia, a perspectiva macrossociológica, 
detém-se na estrutura social, não considerando o indivíduo como objeto de seu estudo. 
Considera a própria ‘sociedade criminógena’ seu objeto de estudo. O crime é tomado 
como um fato puramente social, produto da atuação das estruturas sociais, sem 
referência a condições individuais. Assim, o objeto de estudo da macrossociologia não é 
o indivíduo, mas o funcionamento da sociedade por si só.” (Ryanna Palas Veras - Nova 
Criminologia e os Crimes do Colarinho Branco) 
O mesmo autor recém citado, Alessandro Barata, afirma sobre impossibilidade 
de se dissociar a “macrossociologia” da “microssociologia”. Antes disso, fundamental 
definir cada uma e seu campo de atuação. 
Macrossociologia: Analisa os fatores sociológicos de uma maneira mais ampla. 
Estuda seus reflexos na sociedade como um todo. Utiliza-se de meios especulativos. (ex. 
sistema político, ordem econômica, industrialismo). 
 
Microssociologia: Foca sua observação no indivíduo e pequenos grupos, 
interações sociais humanas e cotidianas. Emprega meios interpretativos. (ex. assédio 
sofrido pelas mulheres). 
 
Nesse contexto,Alessandro Barata assevera que: 
 
“Assim, não se trata, apenas, de determinar a área de pesquisa de uma 
sociologia especial, mas também,e talvez ainda mais, o problema da relação 
funcional, e portanto explicativa, dos fenômenos estudados na área assim 
circunscrita, com a estrutura socioeconômica global de que fazem parte. Só 
enfatizando este aspecto da unidade da sociologia jurídica, a nossa matéria 
pode realizar a função de teoria crítica da realidade social do direito, que 
consideramos sua tarefa fundamental. Por outro lado, só com esta condição 
se pode realizar a função prática da sociologia jurídica, em sua mais vasta 
dimensão política, sem cair em um mero instrumentalismo tecnocrático, 
como aconteceria se esta função, por exemplo, se circunscrevesse a fornecer 
dados ao "político" para suas decisões legislativas e administrativas.” 
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6 
 
Para o autor, os objetos da criminologia devem ser analisados sobre um prisma 
“microssociológicos”, ou seja, individualizando as condições do autor, vítima e do delito 
em si. Porém, por ser adepto da corrente crítica da criminologia, que entende o 
criminoso como uma vítima do sistema capitalista, a análise dos fatores 
socioeconômicos devem ser estudados em uma vertente “macrossociológica”. 
Para Eduardo Viana (Criminologia), também merece destaque essa divergência 
entre a macrossociologia (social) e a microssociologia (indivíduo): 
“Considerando a multiplicidade de teorias que se debruçam sobre a realidade 
do crime, imperioso um recorte para abordar, apenas, aquelas cuja estruturação 
desenvolve-se sob o viés social (ou macrossociológico). Nos capítulos antecedentes as 
teorias focavam a explicação do crime a partir de uma perspectiva individual – do 
homem delinquente; agora, vou me deter nas explicações criminológicas a partir das 
relações e interação do indivíduo com a sociedade. São, pois, teorias que elevam a 
sociedade ao patamar de fator criminógeno.” 
O citado autor faz essa diferenciação após abordar as Escola Clássica e 
Positivista, e antes de inicias os estudos das teorias sociológicas. Ainda esclarece que 
“são sociológicas todas aquelas estruturações que não têm como paradigma etiológico 
fatores patológicos individuais.” 
 
FATORES SOCIAIS DA CRIMINALIDADE 
 
Nos tempos atuais, não há dúvidas que fatores sociais influenciam a 
criminalidade de modo direto. Como insistimos em destacar nesse ponto, nenhuma 
matéria isolada é capaz de diagnosticar e determinar a origem da criminalidade no 
indivíduo. Justamente por isso, ressaltamos que os fatores sociais a seguir elencados, 
podem “influenciar” ou “despertar” a criminalidade. 
Nesse sentido, convido os alunos a fazerem um exercício individual e 
hipotético. De antemão informo que não há uma resposta precisa e certa, até mesmo 
porque no campo das hipóteses não há certezas. 
Imagine se você aluno, crescesse em uma família desestabilizada, com pais 
viciados em drogas, presenciando quase diariamente agressões entre seus pais e 
sofrendo também severas lesões, convivesse com a criminalidade, miséria e o abandono 
de perto, será que teriam a mesma mente que possuem hoje? 
Não podemos responder essa pergunta com grau de confiança, mas se mostra 
interessante analisar como fatores sociais podem influenciar a criminalidade. 
Auxiliando esse exercício mental proposto, indico aos alunos procurarem ouvir 
a música “Eu não pedi pra nascer”, do grupo “Facção Central”. Independente do gênero 
musical de preferência, atente-se para a letra que retrata uma situação hipotética para 
a música, mas que é a realidade de muitas crianças. 
Nessa seara, destacaremos alguns fatores sociais que podem influenciar a 
criminalidade em uma sociedade: 
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Sistema Econômico: A criminalidade é um excelente diagnóstico da situação 
econômica de uma sociedade. Situações de desemprego geradas por fechamento de 
empresas aumenta a criminalidade na área respectiva; 
Pobreza e Miséria: Adolphe Quetelet elaborou um estudo associando a pobreza 
à criminalidade apresentando estatísticas criminais. Que fique claro que a pobreza e a 
miséria não são fundamentais para que o indivíduo se torne um criminoso, mas, se 
associada a outros fatores (ainda que não só sociológicos), há influência na 
criminalidade. 
Más condições de Vida: Várias circunstâncias podem levar à más condições de 
vida, tais como uma infância abandonada, miséria, doença (alcoolismo, vício em drogas, 
debilidade mental), etc. 
Fome e Desnutrição: Autores como J. Maxwell (o crime e a sociedade) e W. 
Bonger, afirmam que a fome é a origem de muitos delitos, sendo importantes fatores 
da criminalidade. 
Educação e Alfabetismo: 
 Não há dúvidas que a educação é fator de grande relevância para diminuir a 
criminalidade, em contrapartida, a má educação (formal) e o analfabetismo exerce 
grande influência para elevar os índices de criminalidade. Infelizmente, percebemos que 
o Poder Público parece não vislumbrar desse entendimento, pois um dos grandes 
problemas do País na atualidade é o baixo nível de educação. 
 
Meios de Comunicação: Em tempos recentes, cresce no meio da Criminologia, 
um ramo específico voltado para esse estudo (dentre outros mais amplos): A 
Criminologia Cultural (tema de capítulo futuro) e a Criminologia Midiática. Vemos hoje, 
principalmente na televisão, a banalização de relevantes temas como sexo e violência 
que influenciam na criminalidade individual. Além disso, as matérias jornalísticas 
possuem enfoque diferente conforme a crime específico (quem cometeu o crime, que 
crime foi cometido, quem foi a vítima, etc.) 
Política: 
“A forma de governo determina tipos de comportamento diferentes no povo 
e a criminalidade, igualmente, terá tipos diferentes, na proporção exata em 
que os cidadãos gozem de maior ou menor liberdade. Isto porque o povo, 
independente do regime político, por meio de um mimetismo quase 
generalizado, passa a imitar as elites governantes.” (FERNANDES. Newton; 
FERNANDES, Valter. Criminologia Integrada) 
 
Desigualdade Social: A desigualdade social é um dos principais fatores 
sociológicos que interferem no estudo criminológico. Se uma sociedade é toda 
miserável, não há comparação entre seus indivíduos em relação aos demais aspectos. 
Já na sociedade com desigualdade acentuada, os contrastes se agravam, causando um 
“desconforto” naqueles desfavorecidos. 
 
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MODELOS SOCIOLÓGICOS DO CONSENSO E DO CONFLITO 
 
Como vimos anteriormente, um dos objetivos da Criminologia é entender os 
elementos justificadores de um delito, para isso, partindo de uma análise 
macrossociológica, a “estrutura” da sociedade passa a ser estudada como fator 
preponderante na produção criminológica. 
Com visões distintas, duas grandes correntes surgiram com posições 
antagônicas em relação aos objetivos da comunidade como um todo: Teorias do 
Consenso e Teorias do Conflito. 
 
TEORIAS DO CONSENSO 
 
As Teorias do Consenso também são chamadas de Teorias de Integração e 
Teorias de Cunho Funcionalista. 
O grande marco dessas teorias é defender que a sociedade possui objetivos 
comuns a todos os indivíduos. Prega que existe um consenso entre os membros de uma 
comunidade quando esta age em um perfeito funcionamento. Entendem que a 
finalidade da sociedade é atingida quando há um perfeito funcionamento de suas 
instituições. 
A Teoria do Consenso para Jorge de Figueredo Dias e Manoel da Costa Andrade 
(Criminologia)se resume a “O poder (...) é exercido em nome, no interesse e com o 
apoio de todos.” 
Ralf Dahrendorf (Sociedad y liberdad) vai mais além ao afirmar que para a 
Teoria do Consenso “A sociedade se mantém, graças ao consenso de todos os membros 
acerca de determinados valores comuns (...) um paraíso na terra.” 
As teorias do consenso são mais ligada a pensamentos conservadores, que 
entendiam os objetivos da sociedade eram estanques. Afirmam que toda sociedade tem 
uma estrutura estável que se sustenta no consenso entre seus integrantes. 
Exemplos de teorias do Consenso: 
• Escola de Chicago; 
• Teoria da Associação Diferencial; 
• Teoria da Anomia; 
• Teoria da Subcultura Deliquente 
 
TEORIAS DO CONFLITO 
 
As Teorias do Conflito também são chamadas de Teorias de cunho 
Argumentativo. 
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Para essas teorias, não há na sociedade um senso comum. De fato, há objetivos 
definidos pela coletividade, mas esses objetivos são impostos por uma classe dominante 
sobre uma classe dominada. Os objetivos da sociedade são mutáveis durante o tempo, 
assim, não há como defini-lo de maneira perene. 
 A teoria sociológica do conflito vincula-se a orientações ideológicas e políticas 
progressistas, entendem que a sociedade é uma organização dinâmica, que se altera 
com o tempo. Considera ainda que a harmonia social advém da coerção e do uso da 
força, pois as sociedades estão sujeitas a mudanças contínuas e são predispostas à 
dissolução. 
 
Segundo Eduardo Viana (Criminologia): 
“Em linhas gerais, este sistema conflitual determina, em sede de Direito 
penal, um planejamento de produção de normas (criminalização primária) 
voltado para assegurar o triunfo da classe dominadora. A histórica 
preferência da programação criminalizante pelas classes inferiores seria uma 
comprovação da essência conflitual, a exemplo do que postulam os teóricos 
da reação social (ou crítica) 
A harmonia social é imposta à força, por meio de coerção, ignorando a 
voluntariedade de cada indivíduo. 
Exemplos de teorias do Conflito: 
• Teoria Crítica ou Radical 
• Teoria do Labelling Approach, Etiquetamento, Reação Social ou Interacionismo 
Simbólico 
 
CARACTERÍSTICAS TEORIAS DO CONSENSO TEORIAS DO CONFLITO 
CUNHO Funcionalista/Integração Argumentativo/Coerção 
IDEAIS Conservadores Progressistas 
SOCIEDADE Estanque Dinâmica 
 
 
TEORIAS 
Escola de Chicago Labeling Approach/Etiquetamento 
Associação Diferencial Crítica/Radical 
Funcionalista Feminista 
Anomia Cultural 
Subcultura Deliquente Queer 
 
TEORIA SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE 
 
Nesse capítulo estudaremos as principais Teorias Sociológicas da 
Criminalidade, ou seja, aqueles modelos teóricos que estudam como os fatores da 
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sociedade de um modo geral (política, economia, espaços urbanos, etc.) influenciam na 
produção criminológica. 
Escola de Chicago e Teoria Ecológica ou Desorganização Social 
Academicamente, trata-se de duas teorias distintas, mas que possuem grande 
ligação e vários pontos incomuns. Por isso, didaticamente preferimos compilar seus 
ensinamentos em um mesmo capítulo a fim de facilitar a compreensão do aluno. 
Escola de Chicago é uma das teorias do consenso que surgiu nas décadas de 20 
e 30 nos Estados Unidos, mais precisamente na Universidade de Chicago com o estudo 
nomeado “sociologia das grandes cidades”. É considerada o “berço da moderna 
criminologia americana”. 
Seu estudo baseava-se na teoria ecológica ou teoria da desorganização social, 
ou seja, como o espaço urbano pode influenciar o desenvolvimento da criminalidade, 
conhecida como “Antropologia Urbana”. 
O surgimento dessa Escola reflete o período marcado por grande migração e 
formação das grandes metrópoles. Aqueles que se mudavam para esses grandes centros 
tinham um choque cultural e a tendência é que se unissem na formação de “guetos”. 
Essa Teoria prega que um dos principais fatores que levam ao aumento da 
criminalidade é a ausência de um Controle Social Informal decorrente do crescimento 
exponencial das grandes metrópoles. 
“A teoria ecológica explica esse efeito criminógeno da grande cidade, valendo-
se dos conceitos de desorganização e contágio inerentes aos modernos núcleos urbanos 
e, sobretudo, invocando o debilitamento do controle social desses núcleos. A 
deterioração dos grupos primários (família, etc.), a modificação qualitativa das relações 
interpessoais que se tornam superficiais, a alta mobilidade e a consequente perda de 
raízes no lugar da residência, a crise dos valores tradicionais e familiares, a 
superpopulação, a tentadora proximidade às áreas comerciais e industriais onde se 
acumula riqueza e o citado enfraquecimento do controle social criam meio 
desorganizado e criminógeno” (Antonio García-Pablos de Molina. Criminologia) 
O crescimento da cidade de Chicago ocorreu de maneira centrífuga (do centro 
para a periferia), viabilizando grandes problemas de criminalidade. As zonas mais 
periféricas contribuem para a proliferação de “gangues”. Um fato curioso sobre o 
surgimento das “Teorias das Zonas Concêntricas”, é que ela foi idealizada por um 
jornalista (além de sociólogo), o que ressalta papel da pesquisa nessa Escola: 
Explicando melhor as Zonas Concêntricas de Ernest Burgess, utilizamos os 
ensinamentos de Wagner Cinelli de Paula Freitas (Espaço urbano e criminalidade – 
Lições da Escola de Chicago. São Paulo): 
 
• A Zona I: É o bairro central, com comércio, bancos, serviços, etc. Burgess 
chamou esse distrito de ‘loop’. 
• A Zona II: É a área imediatamente em torno da Zona I e representa a 
transição do distrito comercial para as residências. Normalmente 
ocupada pelas pessoas mais pobres, é a chamada zona de transição. 
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• A Zona III: Contém residências de trabalhadores que conseguiram 
escapar as péssimas condições de vida da Zona II, sendo composta 
geralmente pela segunda geração de imigrantes. 
• A Zona IV: É chamada de suburbia, é formada por bairros residenciais e 
é caracterizada por casas e apartamentos de luxo. É onde residem as 
classes média e alta. 
• A Zona V: Denominada exurbia, fica além dos limites da cidade e 
contém áreas suburbanas e ‘cidades-satélites’. É habitada por pessoas 
que trabalham no centro e dependem um tempo razoável no trajeto 
entre casa e trabalho. Esta área não é caracterizada por residências 
proletárias.Ao contrário, normalmente é composta de casas de classe 
média-alta e alta. 
 
O conceito de subúrbio das cidades norte-americanas é diverso do das cidades 
da América Latina. Enquanto nas cidades latino-americanas o subúrbio é usualmente 
caracterizado por ser uma área pobre, nos EUA, é onde residem pessoas de alto padrão 
socioeconômico. 
Para os pesquisadores dessa Escola, a Zona II era onde se concentrava os 
maiores índices de criminalidade. Justamente decorrente dessa pesquisa é que se 
passou a dar uma maior atenção a um produto analisado posteriormente por outras 
escolas: “as gangues e a delinquência juvenil”. 
Para a Escola de Chicago e Teoria Ecológica são fatores que influenciam a 
produção de crimes: 
• Explosão Demográfica 
• Industrialização 
• Migrações 
• Conflitos Culturais 
• Deterioração da Família 
• Relações Superficiais 
• Alta Mobilidade 
• Falta de Raízes 
• Crise de Valores 
• Desorganização Social 
 
CIDADEDESORGANIZADA PRODUZ CRIMES 
 
Outro marco da Escola de Chicago foi a aplicação do empirismo, pois os 
indivíduos da comunidade eram “interrogados” por uma equipe especial a fim de 
desenhar um gráfico da criminalidade em relação a cada região da metrópole. Outro 
método muito empregado para se conhecer o real índice de criminalidade foi o emprego 
dos “Inquéritos Sociais” (social surveys). 
“Park pregava que a sociologia não estava interessada em fatos, mas em 
como as pessoas reagiam a eles. Nesse compasso, a experiência prática era 
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12 
considerada fundamental, visto que a melhor estratégia de pesquisa era 
aquela em que o pesquisador participava diretamente do objeto de seu 
estudo. Este método inovador e cuja introdução na pesquisa se deve à Escola 
de Chicago é o da observação participante. Nesse método, o observador toma 
parte no fenômeno social que estuda, o que lhe permite examiná-lo da 
maneira como realmente ocorre.Assim, o conhecimento tem por base não a 
experiência alheia, mas a própria experiência do pesquisador.” (FREITAS, 
Wagner Cinelli de Paula. Espaço urbano e criminalidade – Lições da Escola de 
Chicago. São Paulo) 
Muitas outras Escolas/Teorias criminológicas decorreram da Escola de Chicago, 
são elas: Teoria Espacial, Teoria das Janelas Quebradas, Teoria da Tolerância Zero. 
 
TEORIA ESPACIAL 
 
Essa Teoria decorre da Escola de Chicago e da Teoria Ecológica. Teve seu ápice 
na década de 1940 e defendia a influência arquitetônica e urbanística das grandes urbes 
como meio de prevenir o crime. 
As imagens acima demonstram como a revitalização de espaços urbanos pode 
contribuir para redução da criminalidade. Um grande caso prático é a cidade de Medelin, 
dominada pelo crime organizado nas décadas de 80 e 90, passou por grande 
transformação e consequente redução dos índices de crime. 
 
 
TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS 
Assim como a Escola de Chicago, a Teoria das Janelas Quebradas teve seu 
surgimento nos Estados Unidos, e ambas possuem pontos em comum. Seu 
aparecimento é atribuído a James Q. Wilson e George Kelling, dois criminólogos da 
Universidade de Harvard que apresentaram um estudo, intitulado “The Police and 
Neiborghood Safety” (A polícia e a Segurança da Comunidade) em 1982 na Revista 
Atlantic Monthy relacionando o crime com a desordem. 
O estudo apresentado pelos dois criminólogos acima, baseou-se em um 
experimento realizado por Philip Zimbardo, psicólogo e professor da Universidade de 
Santanford que comparou o comportamento de sociedades perante a desordem. 
Dois carros foram deixados em bairros distintos: um em um bairro de luxo em 
Palo Alto, Califórnia e outro no bairro do Bronx, em Nova Yorque. O automóvel deixado 
no Bronx foi “depenado” em trinta minutos, enquanto o veículo deixado no bairro de 
classe alta em Palo Alto permaneceu intacto por uma semana. Contudo, após umas das 
janelas do carro deixado em Palo Alto ser quebrada, o restante do automóvel não durou 
mais que poucas horas. 
Uma das conclusões desse experimento reflete o que já era pregado pela Escola 
de Chicago: que a ausência de controle informal gera uma elevação dos índices de 
criminalidade. Assim assevera João Milanez da Cunha Lima e Luis Fernando da Cunha 
Lima (Perfil Social do Crime): 
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
 
 
 
13 
“... estes fatos estão a demonstrar que uma área se torna vulnerável ao crime 
quando os moradores se descuidam dos seus padrões de controle social, 
quando deixam de tomar as providências devidas para eliminar fatores 
adversos, quando se isolam em suas próprias casas, quando não se 
interessam pelo que se passa à sua volta, evitando até os vizinhos. O 
ambiente de desleixo e abandono, por falta de coesão social, dando a 
sensação de que as pessoas ‘não estão nem aí’, constitui claro indício do 
afrouxamento do controle social, que não deixará de fomentar desordens, 
pequenas infrações, arruaças e bebedeiras, em detrimento da qualidade de 
vida. Não tarda mudarem-se dali as pessoas ordeiras, mais apegadas ao 
bairro, sendo substituídas por moradores mais instáveis, que passam a 
habitá-lo em caráter provisório. O caminho fica aberto para o tráfico de 
entorpecentes e o crime violento, pragas de nossa época.” 
Essa teoria assevera que os pequenos delitos devem ser reprimidos para que 
se evite uma proliferação de crimes mais severos por deixar transparecer que há 
ausência de autoridade sobre os bens. Como se verá a seguir, essa premissa está 
diretamente ligada à Teoria da Tolerância Zero. 
 
TEORIA DA TOLERÂNCIA ZERO 
 
Mais uma teoria decorrente da Escola de Chicago e da Teoria Ecológica que se 
enquadra no “Movimento de Lei e Ordem” que se caracteriza por uma maior atuação 
policial visando à diminuição da criminalidade, seja de crimes de repercussão, ou de 
pequenas infrações, todas combatidas com o mesmo rigor. 
Essa teoria foi implementada na prática nas décadas de 80 e 90, na cidade de 
Nova Iorque. George Kelling, um dos precursores da Teoria das Janelas Quebradas 
exerceu a função de consultor do Departamento de Trânsito da cidade de Nova Iorque 
em 1985. O então Comissário de Polícia de Nova Iorque, Willian Bratton, nomeado pelo 
prefeito Rudolph Giuliani, seguindo os preceitos de George Kelling e sua Teoria das 
Janelas Quebradas delineou a Teoria da “Zero Tolerance” (Tolerância Zero). 
A polícia nova-iorquina passou a adotar uma postura rigorosa contra pequenas 
infrações e pessoas em situação de “vadiagem”, tais como os homeless (sem-teto), 
mendigos, pichadores (em especial das estações de metrô), executores de serviços 
informais (ex. “squeegeemen” – limpadores de para-brisas e vendedores em 
semáforos), bêbados, adolescentes baderneiros e até mesmo contra pedestres 
imprudentes. 
Willian Bratton chegou a afirmar que “os simples boletins de ocorrência nas 
delegacias acabaram(nos Estados Unidos trata-se de DATS – ‘deskappearance tickets’, 
que obrigam, legalmente, o cidadão a se dirigir à delegacia de polícia local, onde as 
acusações contra ele serão formalizadas). Se você urinar na rua, vai para a cadeia. 
Estamos decididos a consertar as janelas quebradas e impedir quem quer que seja de 
quebrá-las de novo” (Declaração extraída da autobiografia de Bratton, citada por Loïs 
Wacquant. Cf. WACQUANT, Loïs. Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados 
Unidos. 3. Ed. Rio de Janeiro: Revan, 2007.) 
ATENÇÃO 
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14 
“Teoria das Janelas Quebradas” não se confunde com a “Teoria da Tolerância 
Zero” 
Importante mencionar que, apesar de terem a mesma origem e se basearem 
em princípios semelhantes, a Teoria das Janelas Quebradas não se confunde com a 
Teoria da Tolerância Zero, pois esta tem como modo de atuação uma resposta mais 
agressiva por parte do poder policial ante os delitos menores. 
Conforme afirma Tiago Ivo Odon na elaboração do Texto para Discussão nº 194 
do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa do Senado Federal: 
“Importante ressaltar, contudo, que uma política do tipo “janelas quebradas” 
é diferente de uma política do tipo “tolerância zero”. Esta última adicionou como 
ingredientes a resposta dura da autoridade policial aos pequenos infratores e o aumento 
da eficiência do aparato de vigilância.” (grifo não original) 
 
TEORIA DOS TESTÍCULOS DESPEDAÇADOS (BREAKING BALLS THEORY) 
 
A "teoriados testículos despedaçados" (breaking balls theory), originária da 
sabedoria policial comum, estipula que se os policiais perseguirem com insistência um 
criminoso notório por pequenos crimes ele acabaria vencido pelo cansaço e 
abandonaria o bairro para ir cometer seus delitos em outro lugar. 
Fundamenta a teoria das janelas quebradas quanto a intolerância com os 
pequenos delitos. Segundo esta teoria, a repressão imediata e severa das menores 
infrações na via pública detém o desencadeamento de grandes atentados criminosas 
(r)estabelecendo nas ruas um clima sadio de ordem – prender os ladrões de galinhas 
permitiria paralisar potenciais bandidos maiores. 
Teoria dos testículos quebrados (ou despedaçados) liga-se intimamente com a 
Teoria das janelas quebradas. 
 
TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL 
A premissa básica dessa Teoria assevera que o comportamento desviante era 
aprendido por associação. Ela combatia a ideia de que se tratasse de algo hereditário. 
Não se trata especificamente de uma ligação entre criminosos e não criminosos, mas 
sim de fatores favoráveis ou desfavoráveis ao delito. 
Para se assimilar esses fatores, necessitar-se-ia de conhecimento especializado 
e habilidade além da propensão em querer tirar proveito dessas situações. O crime não 
pode ser definido apenas como disfunção ou inadaptação das pessoas de classe menos 
favorecidas, pois, alguns comportamentos desviantes requerem conhecimento 
especializado, ou ainda habilidade de seu agente, o qual aprende tal conduta desviada 
e associa-se a ela. Nas palavras de Sérgio Salomão Shecaira: 
 
A teoria da associação diferencial parte da ideia segundo a qual o crime não 
pode ser definido simplesmente como disfunção ou inadaptação das pessoas 
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15 
de classes menos favorecidas, não sendo ele exclusividade destas. Em certo 
sentido, ainda que influenciado pelo pensamento da desorganização social de 
Willian Thomas, Sutherland supera o conceito acima para falar de uma 
organização diferencial e da aprendizagem dos valores criminais. A vantagem 
dessa teoria é que, ao contrário do positivismo, que já estava centrado no 
perfil biológico do criminoso, tal pensamento traduz uma grande discussão 
dentro da perspectiva social. O homem aprende a conduta desviada e 
associa-se com referência nela. 
Um aspecto importante destacado por Alessandro Baratta é a relação que o 
autor emprega entre os crimes de colarinho branco e a teoria de Sutherland e Merton 
(Anomia): 
Para Merton, a análise da criminalidade de colarinho branco constituía, ao 
contrário, principalmente um reforço da sua tese sobre o desvio inovador: a 
classe dos homens de negócio, da qual se recruta grande parte desta 
população amplamente desviante, mas escassamente perseguida, 
corresponde, de fato ao tipo caracterizado pela proposta inovadora. Estes 
sujeitos – observa Merton -aderem e personificam decididamente o fim social 
dominante na sociedade norte-americana (o sucesso econômico) sem ter 
interiorizado as normas institucionais, através das quais são determinadas as 
modalidades e os meios para a obtenção dos fins culturais.”(Criminologia 
Crítica e Crítica ao Direito Penal) 
Luis Flavio Gomes e Antonio García-Pablos de Molina (Criminologia – 
Introdução a seus fundamentos teóricos) elencam algumas proposições que 
caracterizam a teoria da associação diferencial: 
A conduta criminal se aprende, como se aprende também o comportamento 
virtuoso ou qualquer outra atividade: os mecanismos são idênticos em todos 
os casos. 
A conduta criminal se aprende em interação com outras pessoas, mediante um 
processo de comunicação. Requer, pois, uma aprendizagem ativa por parte do 
indivíduo. Não basta viver em um meio criminógeno, nem manifestar é evidente, 
determinados traços da personalidade ou situações frequentemente associadas ao 
delito. Não obstante, em referido processo participam também ativamente, também, 
os demais. 
A parte decisiva do citado processo de aprendizagem ocorre no seio das 
relações mais íntimas do indivíduo com seus familiares ou com pessoas de seu meio. A 
influência criminógena depende do grau de intimidade do contato interpessoal. 
A aprendizagem do comportamento criminal inclui também a das técnicas de 
cometimento do delito, assim como a da orientação específica das correspondentes 
motivações, impulsos, atitudes e da própria racionalização (justificação) da conduta 
delitiva. 
A direção específica dos motivos e dos impulsos se aprende com as definições 
mais variadas dos preceitos legais, favoráveis ou desfavoráveis a eles. A resposta aos 
mandamentos legais não é uniforme dentro do corpo social, razão pela qual o indivíduo 
acha-se em permanentemente contato com outras pessoas que têm diversos pontos de 
vista quanto à conveniência de acatá-los. Nas sociedades pluralistas, dito conflito de 
valorações é inerente ao próprio sistema e constitui a base e o fundamento da teoria 
sutherlaniana da associação diferencial. 
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Uma pessoa se converte em delinquente quando as definições favoráveis, isto 
é, quando por seus contatos diferenciais aprendeu mais modelos criminais que modelos 
respeitosos ao Direito. 
As associações e contatos diferenciais do indivíduo podem ser distintas 
conforme a frequência, duração, prioridade e intensidade dos mesmos. Contatos 
duradouros e frequentes, é lógico, devem ter maior influência pedagógica, mais que 
outros fugazes ou ocasionais, do mesmo modo que o impacto que exerce qualquer 
modelo nos primeiros anos de vida do homem costuma ser mais significativo que o que 
tem lugar em etapas posteriores; o modelo é tanto mais convincente para o indivíduo 
quanto maior seja o prestígio que este atribui à pessoa ou grupos cujas definições e 
exemplos aprende. 
Precisamente porque o crime se aprende, isto é, não se imita, o processo de 
aprendizagem do comportamento criminal mediante contato diferencial do indivíduo 
com modelos delitivos e não delitivos implica a aprendizagem de todos os mecanismos 
inerentes a qualquer processo deste tipo. 
Embora a conduta delitiva seja uma expressão de necessidades e valores gerais, 
não pode ser explicada como concretização deles, já que também a conduta adequada 
ao Direito corresponde a idênticas necessidade e valores. 
 
Teoria da Anomia 
 
Émile Durkhein defende o desvio com um caráter funcional para a sociedade e 
não como uma patologia da vida social como muitos entendiam. Alessandro Baratta 
(Criminologia Crítica e Crítica ao Direito Penal) afirma que a teoria funcionalista e 
Durkhein representa uma virada sociológica que rompe os paradigmas do “bem e do 
mal”. 
“No âmbito das teorias mais propriamente sociológicas, o principal do bem e 
do mal foi posto em dúvida pela teoria estrutural funcionalista da anomia e da 
criminalidade. (...) A teoria estrutural-funcionalista da anomia e da criminalidade afirma: 
1) As causas do desvio não devem ser pesquisadas nem em fatores 
bioantropológicos e naturais (clima, raça), nem em uma situação patológica da estrutura 
social. 
2) O desvio é um fenômeno normal de toda estrutura social. 
3) Somente quando são ultrapassados determinados limites o fenômeno do 
desvio é negativo para a existência e o desenvolvimento da estrutura social, seguindo-
se um estado de desorganização, no qual todo o sistema de regras de conduta perde 
valor, enquanto um novo sistema ainda não se afirmou (esta é a situação de "anomia"). 
Ao contrário, dentro de seus limites funcionais, o comportamento desviante é um fator 
necessário e útil para o equilíbrioe o desenvolvimento sócio-cultura” 
A sociedade transmite a seus cidadãos metas culturais, em contrapartida, lhe 
oferece meios (institucionalizados) para alcançá-las. Quando os meios não são 
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17 
suficientes para o atingimento das metas, ocorre uma situação de “anomia” (ausência 
de norma) em que as regras sociais são ignoradas. 
Merton criou um quadro que tenta justificar o comportamento dos indivíduos 
de acordo com as metas culturais (objetivos para atingir a ‘felicidade’) e os meios 
institucionalizados (“ferramentas” que o Estado oferece para alcançar a “felicidade”). 
 
• CONFORMIDADE: Comportamento conformista. Fora as situações 
excepcionais, é a situação mais comum. O indivíduo acata os meios 
institucionalizados para atingir as metas sociais. 
• INOVAÇÃO: Para a Anomia, aqui reside o indivíduo desviante, pois ele aceita 
as metas impostas pela sociedade, mas não enxerga os meios institucionais 
disponíveis para alcançá-las, assim, ele rompe com as normas (A-nomia) para 
buscar a “felicidade”. 
• RITUALISMO: Os indivíduos aceitam as metas impostas pela sociedade, mas 
refutam os meios disponibilizados por entenderem que as metas jamais serão 
alcançadas. 
• EVASÃO/RETRAIMENTO: Renunciam a tudo. Em regra são os bêbados, párias, 
mendigos, drogados, etc. 
• REBELIÃO: Assim como na “Evasão/Retraimento”, os indivíduos renunciam às 
metas culturais e aos meios institucionalizados, porém, essa renúncia é ativa. 
Ou seja, lutam para estabelecer novos paradigmas e uma nova “ordem social” 
 
Dessa maneira, a adesão aos fins culturais sem o respeito aos meios 
institucionais levaria ao comportamento criminoso (Ex. Propagandas onde incutem que 
a “felicidade” só pode ser alcançada mediante aquisição de determinado bem). Assim, 
o indivíduo que não aceita o grupo social em que está inserido sem condições de “ser 
feliz”, opta pelo comportamento criminoso. 
A Anomia surge em uma situação em que as metas culturais e os meios 
institucionais são abandonados. Um bom exemplo pra ilustrar essa situação é o caso da 
greve dos policiais militares no estado do Espírito Santo ocorrida em fevereiro de 2017 
e mencionando no capítulo anterior. 
 
TEORIA DA SUBCULTURA DELINQUENTE 
A Subcultura Delinquente estuda a gênese de grupos subculturais que não se 
encaixam nos padrões impostos pela sociedade, e por essa razão, adotam uma postura 
de INOVAÇÃO (comportamento destacado pela Teoria da Anomia em que os indivíduos 
aceitam as metas culturais, mas repudiam os meios institucionais). 
Essa teoria é contrária à noção de uma ordem social, ofertada pela criminologia 
tradicional. Identificam-se como exemplos as gangues de jovens delinquentes, em que 
o garoto passa a aceitar os valores daquele grupo, admitindo-os para si mesmo, mais 
que os valores sociais dominantes. Assim, o crime acaba por se tornar sinônimo de 
protesto ou forma de “aparecer”, de ter status e adquirir respeito diante da 
comunidade. 
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Albert Cohen enumera 3 (três) fatores específicos para sua teoria: não 
utilitarismo da ação, malícia e negativismo: 
• Não Utilitarismo da Ação: muitos crimes não possuem motivação 
prática (ex. jovens subtraem bens que não vão usar). 
• Malícia: é o prazer em prejudicar ou outro (ex. temor que joves de uma 
gangue empregam naqueles que não pertencem ao grupo). 
• Negativismo: apresentam-se como um contraponto aos padrões 
impostos pela sociedade. 
Em se tratando de análise feita por ALESSANDRO BARATTA, autor do livro 
Criminologia Crítica e Crítica ao Direito Penal, insta salientar o capítulo destacado à 
“Uma correção das subculturas criminais: a teoria das técnicas de neutralização.” 
Sob seu ponto de vista, a teoria das subculturas criminais é relativizada pela 
teoria da Analise das técnicas de Neutralização: 
“(...) esta oposição de sistemas de valores e de normas não ocorre sempre, 
porque o mundo dos delinquentes não é nitidamente separado, mas inserido, 
também, na sociedade, e porque os delinquentes estão, normalmente, 
submetidos a mecanismos de socialização que não são tão específicos e 
exclusivos de modo a não lhes permitir interiorizar valores e normas 
colocados na base do comportamento conformista.” 
Essas técnicas de neutralização possuem tipos fundamentais: 
Exclusão da própria responsabilidade: o delinquente se vê como “arrastado” ao 
desvio, e não agindo ativamente; 
Negação de Ilicitude: o delinquente faz redefinições para que enxergue suas 
condutas mais como proibidas do que imorais ou danosas (ex. brigas de torcidas como 
conflitos privados sem importância para a comunidade) 
 
Teoria da Labelling Approach, Reação Social, Interacionismo Simbólico ou 
Etiquetamento 
Para essa teoria, o ponto central da criminalidade não é uma característica do 
comportamento humano, mas sim a consequência de um processo de estigmatização 
do indivíduo como criminoso. Logo, o delinquente só se diferencia do homem comum 
pela “etiqueta” que lhe é atribuída. 
Para Raul Eugênio Zaffaroni, a tese central desta teoria pode ser definida, em 
termos gerais, pela afirmação de que “cada um de nós se torna aquilo que os outros 
vêem em nós”e, de acordo com essa mecânica, a prisão cumpre função reprodutora, ou 
seja, a pessoa rotulada como delinquente assume o papel que lhe é consignado, 
comportando-se de acordo com o mesmo. 
A teoria da rotulação de criminosos cria um processo de estigma para os 
condenados, funcionando a pena como geradora de desigualdades. O sujeito acaba 
sofrendo reação da família, amigos, conhecidos, colegas, o que acarreta a 
marginalização no trabalho, na escola. 
A teoria entende que a criminalização primária (primeira ação delitiva) produz 
uma etiqueta (rótulo) de criminoso, o que acaba influenciando para a criminalização 
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secundária (repetição de atos delitivos). Ou seja, a estigmatização de criminoso acaba 
influindo na interação com a sociedade que faz com que o indivíduo assuma essa 
condição. 
Um bom exemplo, até mesmo grotesco, de uma situação de etiquetamento (na 
prática) ocorreu em São Paulo em junho de 2017 onde um adolescente teve sua testa 
tatuada com os dizeres “sou ladrão e vacilão” por ter sido pego em atitude suspeita em 
que os autores da tatuagem entenderam que o menor iria subtrair uma bicicleta. 
Esse rótulo de criminoso acaba impregnando no indivíduo que tem dificuldade 
de se libertar pelo fato das barreiras que a sociedade impõe para aceitar novamente o 
“delinquente” na comunidade e porque o próprio indivíduo acaba se enxergando com 
um criminoso. 
Há uma corrente mais radical que entende que entende que “as etiquetas” são 
impostas pelas instituições do Controle Formal: polícias, promotores, juízes, etc. 
No campo prático jurídico, há alguns bons exemplos de políticas criminais 
embasadas nessa teoria: Despenalização do uso de drogas, STF HC 143.641, que 
entendeu que o Brasil vive uma politica de encarceramento e decidiu pela liberdade (em 
regra) de mulheres gestantes e mães com filho na primeira infância, progressão de 
regimes, etc. 
 
CRIMINOLOGIA CRÍTICA 
CRIMINOLOGIA RADICAL OU NOVA CRIMINOLOGIA 
 
Citando os ensinamentos da professora Monica Gamboa (Criminologia, matéria 
básica): “Essa teoria Consolidou-se ao criticar as posturas tradicionais da teoria do 
consenso, eis que, ancoradano pensamento marxista, acredita ser o modelo econômico 
adotado em determinado local o principal fator gerador da criminalidade.” 
Importante mencionar que essa corrente da Criminologia se originou em um 
momento de elevado conflito politico-ideológico marcado pela disputa entre direita e 
esquerda (Guerra Fria: EUA x URSS). 
Segundo Jorge de Figueiredo Dias e Manuel da Costa Andrade: “A Criminologia 
radical é, em grande parte, uma criminologia da Criminologia, principalmente a 
discussão e análise de dois temas: a definição do objeto e do papel da investigação 
criminológica.” (Criminologia – O homem delinquente e a sociedade criminológica). 
O principal objetivo da Criminologia crítica foi a desconstrução do discurso 
jurídico penal, por meio de uma descrição macrossociológica da realidade, ou 
seja, sua meta inicial é demonstrar como o programa oficial do direito penal 
é falso e encobre uma função real e oculta, que é a de reproduzir as 
desigualdades sociais e manter de forma eficiente o ‘stutus quo’ social.” 
(Ryanna Pala Veras – Nova Criminologia e os Crimes do Colarinho Branco) 
A Criminologia Crítica serviu de base para o surgimento de outras teorias 
criminológicas como o abolicionismo criminal, direito penal mínimo e o neorrealismo. 
• Abolicionismo Penal: Defende o fim as prisões e abolir o próprio Direito 
Penal, que pode ser substituído pelo diálogo, entendimento e 
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solidariedade. Direito penal só serve para destacar as desigualdades 
sociais. 
• Direito Penal Mínimo (Criminologia Minimalista): Defende a redução 
drástica do Direito Penal, pois entende que ele na atual situação 
encontra-se apenas legitimando interesses de uma minoria 
• Neorrealismo: Assevera que a criminalidade decorre da pobreza, não 
unicamente, mas somada a outros fatores como individualismo, 
competitividade, ganância, machismo, etc. Defende também uma 
menor discricionariedade por parte da Justiça, pregando que os crimes 
mais graves devem ser combatidos com resposta exemplar, 
aumentando assim a possibilidade de medidas cautelares detentiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES 
 
1. VUNESP – 2014 – Fotógrafo Pericial – PCSP. Pode-se citar como um dos fatores . 
sociais desencadeantes da criminalidade: 
a) as condições favoráveis de habitação ou moradia. 
b) o desemprego, no caso dos crimes do colarinho branco. 
c) a migração, pela facilidade de adaptação em hábitos e culturas locais. 
d) o crescimento populacional ordenado e planejado. 
e) a pobreza, no caso dos crimes contra o patrimônio. 
 
2. VUNESP – 2014 – Fotógrafo Pericial – PCSP. Os fatores que contribuem para a 
criminalidade de cunho social são: 
a) biológicos e mesológicos 
b) ambientais e locais 
c) oportunistas e costumeiros 
d) ocasionais e cotidianos 
e) relevantes e irrelevantes 
 
3. FCC– 2018 – Defensor Público – DPE-AM. Sobre as escolas criminológicas, é correto 
afirmar: 
a) A Escola de Chicago fomentou a utilização de métodos de pesquisa que propiciou o 
conhecimento da realidade da cidade antes de se estabelecer a política criminal 
adequada para intervenção estatal. 
b) A teoria da rotulação social busca compreender as causas da criminalidade por meio 
do processo de aprendizagem das condutas desviantes. 
c) O positivismo criminológico desenvolveu a ideia de criminoso nato, aplicável 
contemporaneamente apenas aos inimputáveis. 
d) O abolicionismo penal de LoukHulsman defende o fim da pena de prisão e um direito 
penal baseado em penas restritivas de direito e multa. e) A teoria da subcultura 
delinquente foi o primeiro conjunto teórico a empreender uma explicação 
generalizadora da criminalidade. 
 
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4. CESPE – 2018 – Defensor Público – DPE-PE. Com relação às escolas e às teorias 
jurídicas do direito penal, assinale a opção correta. 
a) Os positivistas conclamavam a justiça a olhar para o crime como uma entidade 
jurídica, enquanto os clássicos encaravam o crime como fatos sociais e humanos. 
b) Na primeira metade do século passado, floresceu, na Universidade de Chicago, a 
chamada teoria ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um 
fenômeno ligado a áreas naturais. 
c) A labelling approach enxerga o comportamento criminoso como motivado por razões 
ontológicas ou intrínsecas, e não como decorrente do sistema de controle social. 
d) A escola clássica ficou marcada pelo método de fundo dedutivo que empregava na 
ciência do direito penal: o jurista deveria partir do concreto, ou seja, das questões 
jurídico-penais, para passar ao abstrato, ou seja, ao direito positivo. 
e) Os clássicos adotavam princípios relativos e que não se sobrepunham às leis em vigor, 
evitando leis draconianas e excessivamente rigorosas, com penas desproporcionais. 
 
5. FCC– 2017 – Defensor Público – DPE-PR. A criminologia da reação social 
a) concentra seus estudos nos processos de criminalização 
b) corresponde a uma teoria do consenso 
c) explica o comportamento criminoso como fruto de um aprendizado. 
d) identificou as subculturas delinquentes. 
e) explica a existência do homem criminoso pelo atavismo. 
 
6. MPE-SC – 2016 – Promotor de Justiça – MPE-SC. No âmbito das teorias 
criminológicas, a teoria da subcultura delinquente, originariamente conhecida 
como “Escola de Chicago”, assevera que a delinquência surge como resultado da 
estrutura das classes sociais, que faz com que alguns grupos aceitem a violência 
como forma de resolver os conflitos sociais. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
7. VUNESP – 2015 – Delegado de Polícia Substituto – PC-CE. Sobre a teoria da 
“anomia”, é correto afirmar: 
a) é classificada como uma das “teorias de conflito” e teve, como autores, Erving 
Goffman e Howard Becker. 
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b) foi desenvolvida pelo sociólogo americano Edwin Sutherland e deu origem à 
expressão white collar crimes. 
c) surgiu em 1890 com a escola de Chicago e teve o apoio de John Rockefeller. 
d) iniciou-se com as obras de Émile Durkheim e Robert King Merton, e significa ausência 
de lei. 
e) foi desenvolvida por Rudolph Giuliani, também conhecida como “Teoria da Tolerância 
Zero”. 
 
8. CESPE – 2018 – Delegado de Polícia – PC-SE. Em seu início, a sociologia criminal 
buscava associar a gênese delituosa a fatores biológicos. Posteriormente, ela 
passou a englobar as chamadas teorias macrossociológicas, que não se limitavam 
à análise do delito segundo uma visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas 
consideravam a sociedade como um todo. 
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item a seguir, 
relativo a teorias sociológicas em criminologia. 
Relacionada a movimentos conservadores e a orientações políticas também 
conservadoras, a teoria sociológica do conflito considera que a harmonia social advém 
da coerção e do uso da força, pois as sociedades estão sujeitas a mudanças contínuas 
e são predispostas à dissolução. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
9. CESPE – 2018 – Delegado de Polícia – DPF. Julgue o item a seguir, relativos a 
modelos teóricosda criminologia. Para a teoria da reação social, o delinquente é 
fruto de uma construção social, e a causa dos delitos é a própria lei; segundo essa 
teoria, o próprio sistema e sua reação às condutas desviantes, por meio do exercício 
de controle social, definem o que se entende por criminalidade. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
10. CESPE – 2018 – Delegado de Polícia – DPF. Julgue o item a seguir, relativos a 
modelos teóricos da criminologia. De acordo com a teoria da anomia, o crime se 
origina da impossibilidade social do indivíduo de atingir suas metas pessoais, o que o 
faz negar a norma imposta e criar suas próprias regras, conforme o seu próprio 
interesse. 
( ) Certo 
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( ) Errado 
 
11. CESPE – 2019 – Juiz de Direito Substituto – TJ-BA. A explicação do crime como 
fenômeno coletivo cuja origem pode ser encontrada nas mais variadas causas 
sociais, como a pobreza, a educação, a família e o ambiente moral, corresponde à 
perspectiva criminológica denominada 
a) sociologia criminal 
b) criminologia da escola positiva 
c) criminologia socialista 
d) labeling approach, ou etiquetamento. 
e) ecologia criminal 
 
12. FUMARC – 2018 – Escrivão de Polícia Civil – PC-MG. Analise com atenção o trecho 
abaixo: “[...] surgido nos anos 60, é o verdadeiro marco da chamada teoria do 
conflito. Ele significa, desde logo, um abandono do paradigma etiológico-
determinista e a substituição de um modelo estático e monolítico de análise social 
por uma perspectiva dinâmica e contínua de corte democrático. A superação do 
monismo cultural pelo pluralismo axiológico de pensamento. Assim, a ideia de 
encarar a sociedade como um todo pacífico, sem fissuras interiores, que trabalha 
para a manutenção da coesão social, é substituída, em face de uma crise de valores, 
por uma referência que aponta para as relações conflitivas existentes dentro da 
sociedade e que estavam mascaradas pelo sucesso do Estado de Bem-Estar Social” 
(SCHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
2012. p. 236). Sobre o trecho, é CORRETO afirmar que se refere ao movimento 
criminológico 
A explicação do crime como fenômeno coletivo cuja origem pode ser encontrada 
nas mais variadas causas sociais, como a pobreza, a educação, a família e o 
ambiente moral, corresponde à perspectiva criminológica denominada 
a) do labelling approach, ramificação da Criminologia do Conflito. 
b) da anomia, ramificação da Criminologia do Consenso. 
c) da associação diferencial, ramificação da Criminologia do Consenso. 
d) da subcultura delinquente, ramificação da Criminologia do Conflito. 
 
13. FUMARC – 2018 – Escrivão de Polícia Civil – PC-MG. Analise com atenção o trecho 
abaixo: Pesquisa inédita diz que não há relação direta entre homicídios na zona 
sul de São Paulo e o tráfico de drogas 
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Estudo desvincula tráfico de violência 
Pesquisa inédita reproduz a geografia das drogas em São Paulo e revela que não se 
pode associar diretamente o tráfico à violência, principalmente aos homicídios. 
Mostra também que a maconha é a droga mais apreendida e que ela é mais usada 
em bairros de classe média da região sudoeste da cidade, como Pinheiros, Campo 
Belo e Vila Mariana. 
O estudo, realizado pela Fundação Escola de Sociologia e Política (Fesp), com apoio 
do Ilanud, órgão da ONU que trata da violência, e do Conen (Conselho Estadual de 
Entorpecentes), fez o levantamento das prisões de pessoas acusadas de uso e de 
tráfico de drogas nos distritos policiais da capital, durante o segundo semestre de 
1996. O trabalho foi concluído no final de 1997. 
Nesse período, houve 501 casos de apreensão de maconha, 362 de cocaína e 358 de 
crack. A maconha representou mais de um terço das apreensões. 
Segundo a pesquisa, o maior volume de prisões de traficantes acontece no centro e 
na zona norte da cidade. Nessas regiões, estão os bairros onde ocorreram entre 6 e 
mais de 20 prisões de traficantes no segundo semestre de 1996. 
De acordo com o chefe do CPM (Comando de Policiamento Metropolitano de São 
Paulo), coronel Valdir Suzano, a distribuição do efetivo da PM é proporcional à 
quantidade de habitantes de cada região da cidade, o que, em princípio, descartaria 
a hipótese de um número menor de apreensões de drogas na zona sul em razão de 
uma menor presença da polícia. 
O estudo questiona a habitual vinculação dos homicídios ocorridos na zona sul ao 
envolvimento de seus autores e vítimas com o tráfico ou o uso de drogas. 
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), 40% das 
chacinas ocorridas na região sul de São Paulo têm envolvimento de drogas. 
No entanto, de acordo com a pesquisa da Fesp, na região sul, a mais violenta da 
cidade, é onde acontece o menor número de prisões por causa de drogas. 
"A Seccional Santo Amaro vem sendo a campeã dos homicídios na cidade (em sua 
área ocorrem cerca de 25% dos assassinatos da capital). Contudo, apresenta taxa 
pequena ou média de tráfico", disse o pesquisador Guaracy Mingardi. 
 "Portanto, não se pode dizer que exista uma correlação imediata entre homicídio e 
tráfico de entorpecentes." 
Segundo Mingardi, a alta incidência de criminalidade na zona sul pode ser explicada 
pela ocupação desordenada da região. 
"Lá é a zona desorganizada, de ocupação recente. Ela é mais violenta porque não há 
uma sociabilidade antiga que una as pessoas. É uma região pobre, sem 
infraestrutura, onde predomina a cultura da violência. O tráfico mata, mas não é 
tanto quanto se supõe". 
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https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff12069801.htm 
De acordo com a teoria da ecologia criminal formulada pela Escola de Chicago, 
aplicada à reportagem, é INCORRETO afirmar: 
a) A ausência completa do Estado dá origem a uma sensação de completa anomia, 
condição potencializadora para o surgimento de grupos justiceiros, bandos armados que 
acabam por substituir o Estado na tarefa do Estado de controle da ordem. 
b) Com as transformações muito profundas na cidade, o papel de controle social 
informal desempenhado pela vizinhança continua a manter o controle da criminalidade. 
Apesar da fragmentação do controle social formal, a família, a igreja, a escola, o local de 
trabalho, os clubes de serviço conseguem refrear as condutas humanas. 
c) É na periferia, ao menos segundo consta da reportagem, que o maior número de 
crimes ocorre, pois nessas áreas não há uma forte presença do Estado; os laços que 
comumente são formados entre as pessoas praticamente inexistem. 
d) Os índices mais preocupantes de criminalidade são encontrados naquelas áreas da 
cidade onde o nível de desorganização social é maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO COMENTADO 
 
1. GABARITO: E 
a) INCORRETA. As condições de moradia podem influenciar na criminalidade, mas desde 
que desfavoráveis. 
b) INCORRETA. Da mesma maneira, o desemprego é um dos fatores condicionantes da 
criminalidade, mas não tem, em regra, relação com os crimes do colarinho branco. 
c) INCORRETA. A migração, em geral,ocasiona um “choque cultural” que pode ensejar 
uma produção de crimes. 
d) INCORRETA. Vimos que a Escola de Chicago (entre outras) analisa o crescimento 
desordenado como fator primordial para o aumento da criminalidade. 
e) CORRETA. 
 
2. GABARITO: A 
A Mesologia estuda as relações entre o ambiente e indivíduos que o habitam. Também 
pode ser entendida como sendo a "influência do meio" sobre o indivíduo. 
 
3. GABARITO: A 
a) CORRETA. Outro marco da Escola de Chicago foi aaplicação do empirismo, pois os 
indivíduos da comunidade eram “interrogados” por uma equipe especial a fim de 
desenhar um gráfico da criminalidade em relação a cada região da metrópole. Outro 
método muito empregado para se conhecer o real índice de criminalidade foi o emprego 
dos “Inquéritos Sociais” (social surveys). 
b) INCORRETA. Alternativa atribui à Rotulação Social os ensinamentos da Associação 
Diferencial. 
c) INCORRETA. A primeira parte da assertiva está correta. Porém, a ideia de criminoso 
nato não é aplicada contemporaneamente no Brasil nem mesmo em relação ao 
inimputável. 
d) INCORRETA. O Abolicionismo Penal é mais radical, defendendo o fim do direito penal, 
inclusive das penas restritivas de direito e multa. Diferentemente do Direito Penal 
Mínimo. 
e) INCORRETA. A subcultura delinquente não se preocupou em explicar a criminalidade 
de uma maneira genérica, tampouco foi a primeira teoria sociológica. 
4. GABARITO: B 
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a) INCORRETA. A questão inverteu as visões das escolas clássica e positivista. A primeira 
enxergava o crime como um ente jurídico, enquanto os positivistas atribuíam a um fato 
social e humano. 
b) CORRETA. Ainda que o termo “áreas naturais” possa ter sido mal formulado, tendo 
sido mais adequado “áreas urbanas”. 
c) INCORRETA. O crime, para o Labelling Approach decorre da interação entre a 
sociedade e o indivíduo estigmatizado como criminoso, e não de um caráter ontológico 
e intrínseco. 
d) INCORRETA. De fato a Escola Clássica aplicava o método dedutivo. Contudo a 
alternativa explica esse método de maneira invertida. O processo dedutivo parte o 
abstrato para o concreto. O indutivo (aplicado pelos positivistas) que partia de uma 
análise fática para gerar um entendimento amplo. 
e) INCORRETA. Os princípios poderiam, em algumas situações, se sobrepor às leis. 
 
5. GABARITO: A 
REAÇÃO SOCIAL , também chamada de Labelling Approach, Etiquetamento, Rotulação 
ou Interacionismo Simbólico. Seu estudo deixou de lado o delito em si e dedicou atenção 
à Reação Social, ou seja, à interação entre a sociedade e o crime. 
Para o Labelling Approach, o indivíduo acaba assumindo a "etiqueta" de criminoso que 
a sociedade lhe impõe passando a adotar uma conduta desviante. 
 
6. GABARITO: ERRADO 
A questão mistura conceito da Criminologia Crítica (a delinquência surge como 
resultado da estrutura das classes sociais) atribuído à Subcultura delinquente. E 
ainda afirma que essa teoria é a mesma que a “Escola de Chicago”. 
 
7. GABARITO: D 
a) INCORRETA. Teoria do Labelling Approach (Etiquetamento) 
b) INCORRETA. Teoria da Associação Diferencial. 
c) INCORRETA. Teoria de Chicago: A Universidade de Chicago foi fundada em 1890, a 
partir principalmente de investimentos de John Rockefeller. 
d) CORRETA. 
e) INCORRETA. Teoria decorrente da Escola de Chicago – Teoria da Tolerância Zero. 
 
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8. GABARITO: ERRADO 
O único erro da questão está em afirmar que as teorias do conflito pertencem a ideais 
conservadores. 
CARACTERÍSTICAS TEORIAS DO CONSENSO TEORIAS DO CONFLITO 
CUNHO Funcionalista/Integração Argumentativo/Coerção 
IDEAIS Conservadores Progressistas 
SOCIEDADE Estanque Dinâmica 
TEORIAS Escola de Chicago Labeling 
Approach/Etiquetamento 
Associação Diferencial Crítica/Radical 
Funcionalista Feminista 
Anomia Cultural 
Subcultura Deliquente Queer 
 
9. GABARITO: CERTO 
A Teoria da Reação Social critica os meios de controle social e afirma que a lei é desigual 
a elencar determinados fatos como crime. Não se preocupa com o crime em si, mas sim 
em como ocorre a interação perante àquels etiquetados como desviantes. 
10. GABARITO: CERTO 
A situação de anomia (abandono das leis) ocorre quando o indivíduo enxerga as metas 
culturais como inalcansáveis pelos meios institucionalizados ofertados. 
 
11. GABARITO: A 
A Sociologia tem seus estudos voltados para uma visão “Macro” da criminalidade, pois 
avalia a influência de seus fatores perante uma coletividade (ex: como a pobreza 
influencia o aspecto criminológico em uma comunidade?) 
12. GABARITO: A 
Considerada uma das mais importantes Teorias do Conflito. Surgiu nos anos 60 através 
do estudo de Erving Goffman e Howard Becker. Seu estudo deixou de lado o delito em 
si e dedicou atenção à Reação Social, ou seja, à interação entre a sociedade e o 
crime. Para o Labelling Approach, o indivíduo acaba assumindo a "etiqueta" de 
criminoso que a sociedade lhe impõe passando a adotar uma conduta desviante. 
13. GABARITO: B 
O surgimento dessa Escola reflete o período marcado por grande migração e formação 
das grandes metrópoles. Aqueles que se mudavam para esses grandes centros tinham 
um choque cultural e a tendência é que se unissem na formação de “guetos”. 
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Essa Teoria prega que um dos principais fatores que levam ao aumento da criminalidade 
é a ausência de um Controle Social Informal decorrente do crescimento exponencial das 
grandes metrópoles. 
“A teoria ecológica explica esse efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos 
conceitos de desorganização e contágio inerentes aos modernos núcleos urbanos e, 
sobretudo, invocando o debilitamento do controle social desses núcleos. A deterioração 
dos grupos primários (família, etc.), a modificação qualitativa das relações interpessoais 
que se tornam superficiais, a alta mobilidade e a consequente perda de raízes no lugar 
da residência, a crise dos valores tradicionais e familiares, a superpopulação, a tentadora 
proximidade às áreas comerciais e industriais onde se acumula riqueza e o citado 
enfraquecimento do controle social criam meio desorganizado e criminógeno” (Antonio 
García-Pablos de Molina. Criminologia)

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