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Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA ANATOMIA E FUNÇÕES DOS TECIDOS LINFOIDES ÓRGÃOS LINFOIDES GERADORES ± PRIMÁRIOS Duas funções importantes compartilhadas por eles são o fornecimento de fatores de crescimento e outros sinais moleculares para a maturação dos linfócitos e a apresentação de autoantígenos para reconhecimento e seleção dos linfócitos em maturação (para que eles não ataquem o que é próprio) x Medula óssea Æ sítio de maturação das células B o Os linfócitos B são produzidos e amadurecem parcialmente na medula e vão pro baço, onde completa a maturação. Depois, migram para os órgãos linfoides secundários x Timo Æ maturação das células T o São produzidos na medula mas amadurecem no timo e migram para os órgãos linfoides periféricos ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS x Linfonodos x Baço x MALT (tecido linfoide associado à mucosa) o Anel de Waldeyer: tonsila palatina, lingual, faríngea e tubária Esses órgãos são necessários para se dar inicio das respostas imunes adaptativas, pois os linfócitos e as APCs estão localizados e concentrados em áreas para onde os antígenos estranhos vão ser levados. Isso garante que antígenos e linfócitos naive antígeno-específico fiquem localizados nas mesmas regiões. MEDULA ÓSSEA É o sítio de geração de células sanguíneas circulantes (hematopoiese) e sítio de maturação dos linfócitos B (parcialmente, pois depois eles vão pro baço para completar) Obs: quando a medula é lesada ou quando exige uma demanda muito grande de novas células sanguíneas, o fígado e o baço se tornam sítios de hematopoiese extramedulares x No feto A hematopoiese ocorre nas ilhotas sanguíneas junto ao saco vitelínico e mesenquima para-aórtico. Depois, entre o 3º e 4º mês de gestação muda pro fígado. x Nascimento-puberdade Ao nascimento, a hematopoiese ocorre nos ossos longos de todo o esqueleto x Adulto Restrita à medula de ossos chatos Æ esterno, vértebras, ossos ilíacos e costela HEMATOPOIESE Ambas as respostas, inata adquirda dependem das atividades dos leucócitos, que juntamente com as hemácias e as plaquetas são originários da medula óssea. Todas elas se originam de células-tronco hematopoiéticas (HSC) que são pluripotentes da medula, que dão origem a progenitoras imediatas de hemácias e plaquetas, além das 2 principais categorias de leucócitos: linhagem linfoide e mieloide LINHAGEM MIELOIDE O progenitor mieloide comum é da origem mieloide que inclui a maioria das células do sistema imune inato, exceto as células NK. Esse progenitor vai ser precursor x Monócitos (não maduros) que originam os macrófagos (quando vai pro sangue, está maduro) x Granulócitos Æ neutrófilos, eosinófilos e basófilos x Célula dendríticas Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA ORIGEM LINFOIDE O progenitor linfoide comum da medula óssea dará origem aos linfócitos do sistema imune adaptativo e as células NK da imunidade inata Obs: as células NK é um tipo de linfócito que responde à presença de infecção, mas não é específico par antígeno, por isso é do sistema imune inato x Linfócitos B ou células B Æ após um antígeno se ligar a um receptor de antígenos de célula B, o linfócito irá se proliferar e diferenciar-se em células plasmáticas x Linfócitos T ou células T Æ após sua ativação depois do seu primeiro contato com o antígeno, diferencia-se em um dos tipos funcionais de linfócitos T efetores x Células natural killer, ou NK TIMO Mediastino anterior, local de maturação da célula T, que involui após a puberdade de modo que no adulto é praticamente indetectável. Possui 2 lobos e cada um possui córtex e medula Os linfócitos no timo, ou timócitos, são células T em vários estágios de maturação. Primeiro começa no córtex, depois vai pra medula, por isso ela possui principalmente células T maduras. Somente as células T naive maduras saem do timo e entram na circulação para ir em direção aos tecidos linfoides periféricos Obs: depois que o timo atrofia, as células T são armazenadas em diversos locais do corpo, principalmente as tonsilas palatinas (amigdalas) CÓRTEX Contém uma coleção densa de linfócitos T Por todo o timo, há células epiteliais não linfoides contendo muito citoplasma, as células epiteliais corticais produzem IL- 7 (interleucina 7, um tipo de citocina) necessária ao desenvolvimento inicial da célula T MEDULA Na medula existe um tipo de célula epitelial chamada células epiteliais medulares tímicas, que exercem papel especial na apresentação de autoantígenos para as células T em desenvolvimento, causando sua eliminação. x É como se no processo de maturação, houvesse um teste com autoantígenos (próprios) para ver se os linfócitos T atacam, se eles atacarem, eles são eliminados x Mecanismo que garante que o sistema imune permaneça tolerante aos autoantígenos Na medula também existem os corpúsculos de Hassal, compostas por espirais firmemente compactadas de células epiteliais que podem ser remanescentes de células em degeneração SÍNDROME DE DIGEORGE Distúrbio congênito resultante de defeito embrionário das células da crista neural das 3ª e 4ª bolsas faríngeas, que vão dar origem ao timo, paratireoides e arco aórtico Ocorre pela deleção dos genes envolvidos do cromossomo 22 (gene 22q11) ASPECTOS CLÍNICOS Podem ser observados ainda no período neonatal DISMORFISMOS CRÂNIO FASCIAIS Hipertelorismo, orelhas de implantação baixa e chanfradas, fendas palatinas etc Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA MALFORMAÇÕES DE VIAS AÉREAS Insuficiência velofaringeana, ou seja, fechamento incompleto da velafaringeana durante a fala CARDIOPATIAS Ocorre em 80% dos pacientes, por causa de um defeito na migração e interação das células da crista neural durante a formação embrionária da árvore aorticopulmonar x Malformações truncais x Tetralogia de fallot x Interrupção do arco aórtico x Defeito no septo ventricular OUTROS x Malformações renais x Hipocalcemia, tetanias e convulsões Æ por causa da hipo ou aplasia das paratireoides x Alterações neurológicas e comportamentais x Distúrbios de linguagem x Citopenias auto-imunes e artrite reumatoide infantil (ARJ) SISTEMA IMUNOLÓGICO 80% dos casos apresentam baixo número de linfócito T e maior susceptibilidade a infecções por vírus e fungos Forma completa de SDG Æ linfócito T inferior a 1 a 2% de linfócitos totais SDG parcial Æ número de células T normal, com adequada linfoproliferação por mitógenos É comum em muitos casos as infecções de repetição, sem comprometimento celular, mas decorrente principalmente dos defeitos anatômicos das vias aéreas A maioria dos pacientes possuem função tímica normal, ao nascer os pacientes podem ter o numero reduzido de células, mas com resposta significativa à estimulação com mitógenos e antígenos, além de produção normal de anticorpos a antígenos vacinais Obs: para administrar as vacinas de forma segura, contagem de células TCD4+ igual ou acima de 500 cels/mm3 Quando há defeito grave de célula T, principalmente em casos de aplasia do timo, é indicado o transplante de células tímicas, com sobrevida em torno de 50% DIAGÓSTICO x Aconselhamento genético, visto que é de caráter familiar x Devem ser seguidos critérios para a realização do teste FISH SISTEMA LINFÁTICO Os vasos linfáticos desse sistema vão drenar o liquido intersticial, um filtrado de plasma para fora dos capilares, para os linfonodos ao longo dos vasos. Esses vasos possuem válvulas de sentindo único junto aos seus lumens, prevenindo o fluxo retrógrado do liquido, que é a linfa. A linfa é bombeada para o interior de vasos linfáticos maiores por meio da contração dascélulas musculares lisas e pela pressão do movimento dos tecidos musculoesqueléticos Os vasos se fundem aos aferentes linfáticos que drenam para dentro de linfonodos, e do linfonodo para outro a partir dos linfáticos eferentes (que saem) Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA Os indivíduos sem baço são suscetíveis a infecções disseminadas por bactérias encapsuladas (por isso eles precisam tomar a vacina delas), como os pneumococos e meningococos, porque eles são depurados por opsonização e fagocitose, e essa função é defeituosa se o baço estiver ausente. No fim, o ducto torácico e o ducto linfático direito recebem toda a drenagem das regiões do corpo e os esvaziam na veia cava superior, para que o liquido retorne à corrente sanguínea Os vasos linfáticos coletam antígenos antimicrobianos de suas portas de entrada (pele, TGI e respiratório) e os distribuem aos linfonodos, onde esses antígenos estimulam respostas imunes adaptativas Todos esses tecidos são revestidos por barreira epiteliais que contem DCs (células dendríticas) que capturam antígenos microbianos e a sua migração dos vasos para os linfonodos é guiado pelas quimiocinas produzidas no linfonodo. Então, os linfonodos dos vasos são como filtros que amostram a linfa para antígenos solúveis e DC associados, esses DQWtJHQRV�SRGHP�VHU�µ¶YLVWRV¶¶�SHODV�FpOXODV�GR�VLVWHPD�LPXQH� adaptativo para começar a resposta. LINFONODOS Possuem acesso aos antígenos que são drenados pelos vasos linfáticos, favorecendo a iniciação de respostas imunes adaptativas. Os linfáticos aferentes esvaziam dentro do seio subscapular (contem macrófagos que fagocitam os organismos infeciosos, reconhecidos por receptores de superfície) e depois a linfa vai para o seio medular conectado, para depois sair pelos linfonodos eferentes. Sob o assoalho interno do seio subescapular, tem o córtex rico em linfócitos B que estão agregados dentro das células chamadas folículos. O córtex ao redor dos folículos (parafolicular) é povoado por linfócitos T e DCs Obs: essa segregação anatômica entre esses linfócitos garante que eles estejam em contato com as APCs (células apresentadoras de antígenos) apropriadas, por exemplo, células B com FDCs (células dendríticas foliculares) e células T com DCs BAÇO Altamente vascularizados, que tem a função de x Remover da circulação as células sanguíneas envelhecidas e danificadas x Remover as partículas, como imunocomplexos e microrganismos opsonizados (cobertos com anticorpos) x Iniciar respostas imunes adaptativas a antígenos transportados pelo sangue O parênquima esplênico é dividido em polpa vermelha e polpa branca POLPA VERMELHA Constituídas de sinusoides vasculares cheios de sangue, e macrófagos que atuam removendo microrganismos, células danificadas e microrganismos opsonizados POLPA BRANCA Rica em linfócitos, células mediadoras de respostas imunes adaptativas. A arquitetura da polpa branca é análoga aos dos linfonodos, com zonas segregadas de linfócitos T e B SISTEMAS IMUNES CUTÂNEO E DE MUCOSA Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA As principais barreiras epiteliais do corpo, como a pele, mucosa TGI e mucosa bronquial possui seu próprio sistema de linfonodo. O da pele evoluiu para responder a uma ampla variedade de microrganismos ambientais Os das mucosas são chamados de tecidos linfoides associado à mucosa (MALT) e estão envolvidos nas respostas imunes a antígenos e microrganismos ingeridos e inalados. Ambos possuem muitas células tanto do sistema inato quando do adaptativo e uma características desses tecidos é que eles são densamente povoados por microrganismos comensais, alguns essenciais à fisiologia, o sistema imune evoluiu para não eliminar esses seres. CONCEITOS INICIAIS IMUNIDADE É a proteção contra uma doença infecciosa SISTEMA E RESPOSTA IMUNE O sistema imune vai ser constituído de células e moléculas que vão promover a imunidade e a resposta imune vai ser a reação aos microorganismos, assim como as moléculas, que são reconhecidas estranhas, independentemente da consequência fisiológica ou patológica de tal reação. Isso porque pode acontecer das moléculas próprias do corpo desencadearem respostas imune (doenças autoimunes) IMUNIDADE INATA E ADPTATIVA A defesa contra os microorganismos pode ser mediada por dois tipos de respostas: imunidade inata (ou natural ou nativa) e imunidade adquirida (ou adaptativa ou imunidade específica) A imunidade inata é essencial para a defesa contra os microorganismos nas primeiras horas/dias após a infecção, sendo mediada por mecanismos que já existiam antes mesmo da infecção (por isso, inata) e que facilitam rápidas respostas contra os invasores. A imunidade adquirida vai depender de uma resposta que vai ser estimulada pela exposição a agentes infecciosos, e que vão aumentar a magntitude e a resposta à infecção após cada infecção sucessiva a um microorganismo em particular (específica), porque ela vai gerar a memória. Esse sistema vai reconhecer e reagir a um grande número de substancias microbianas e não microbianas, chamadas antígenos. Esses dois tipos de imunidade estabelecem conexão entre si. Por exemplo, a resposta inata aos microorganismos vai fornecer os primeiros sinais de perigo que vão estimular as respostas imunes adaptativas. Por outro lado, as respostas adaptativas podem trabalhar de modo a intensificar os mecanismos protetores da imunidade inata, para que eles se tornem mais capazes de combater os microrganismos. CARACTERÍSTICAS 1. TOLERÂNCIA A SI PRÓPRIO O nosso sistema imune normalmente não reage aos antígenos próprios do nosso corpo. existem diferentes mecanismos que são usados pelo sistema imune inato e adaptativo para prevenir essas reações contra as células próprias sadias 2. A IMUNIDADE É SISTÊMICA Porque os linfócitos e outras células imune conseguem transitar pelos tecidos, de forma que se a resposta imune for iniciada em um local, ela também vai poder proteger locais distantes desse inicial. Essa característica é essencial para o sucesso da vacinação, porque a vacina administrada no tecido subcutâneo ou muscular do braço consegue proteger contra infecções em qualquer outro tecido 3. AS RESPOSTAS IMUNE SÃO REGULADAS Elas são reguladas por um sistema de alças de feedback positivo que vão ampliar a reação e também por mecanismos de controle que vão prevenir reações inapropriadas ou patológicas. Isso porque, quando os linfócitos são ativados, eles disparam mecanismos que aumentam a magnitude da resposta, causando um feedback positivo que vai capacitar um pequeno numero de linfócitos, específicos, a gerarem uma ampla resposta (por exemplo, aumentando o número daquele linfócito Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA especifico que estava em pequena quantidade para melhorar o combate) Os mecanismos de controle também servem para por limite nas respostas, ou seja, vão prevenir a ativação excessiva de linfócitos, pois isso poderia causar danos aos tecidos normais, além de prevenirem respostas contra os autoantígenos IMUNIDADE INATA: A DEFESA INICIAL x Impedem, controlam e eliminam a infecção x Também é capaz de estimular resposta adquirida O sistema imune inato responde quase imediatamente a microorganismos e células lesadas, e como eles não são específicos, vão provocar respostas praticamente idênticas. Os receptores vão ser específicos, mas para aquelas estruturas que são comuns a grupos de microorganismos relacionados, não fazendo a distinção das pequenas diferenças entre eles. Por exemplo, reconhecem uma proteína de parede que é compartilhada por diversos tipos de bactérias.BARREIRAS EPITELIAIS As superfícies corporais são protegidas por epitélios, que impõem uma barreira física entre o meio interno e externo que contém patógenos. A perda da integridade dessas camadas epiteliais por traumatismo predispõe um individuo à infecções. Esses epitélios incluem x Pele x Mucosa do trato gastrointestinal, Respiratório e Genitourinário CÉLULAS EPITELIAIS Formam zonas de oclusão umas com as outras, bloqueando a passagem de microrganismos entre as células. As camadas de queratinas que provem dos queratinócitos mortos, servem para bloquear a penetração microbiana, por exemplo. MUCOSA EPITELIAL Secreta o muco, que impede os microrganismos de aderir ao epitélio e, no trato respiratório, podem ser expelidos pelo fluxo de muco devido ao movimento dos cílios do epitélio da mucosa. Obs: a fibrose cística é uma doença que produz um muco anormalmente espesso ou com inibição do movimento ciliar, por isso as pessoas com essa doença frequentemente possuem infecções pulmonares. No intestino, o peristaltismo é importante para manter tanto a comida quanto os agentes infecciosos em movimento Obs: pessoas com falha no peristaltismo podem ter um supercrescimento de bactérias no lumen intestinal, promovendo infecções A microbiota comensal do intestino também produz ácido láticos (pelos lactobacilos vaginais) e bactericidas. Obs: quando os comensais são destruídos com antibióticos, os patógenos com frequência os substituem e causam doenças PROTEÍNAS ANTIMICROBIANAS A superfície epitelial também produz substancias químicas que são microbicidas ou que inibem o crescimento microbiano, os peptídeos antimicrobianos: x Defensinas x Catelicidinas Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA x Histatinas DEFENSINAS Possui estrutura anfipática e rompe a membrana celular de bactérias, fungos e a membrana envelopada de alguns vírus São produzidas por células epiteliais, leucócitos granulócitos, células NK e linfócitos T citotóxicos CATELICIDINAS Produzidas por neutrófilos e células epiteliais de barreira na pele, TGI e trato respiratório Quando ativas, conferem proteção contra infecções, pois é toxica a muitos microrganismos HISTATINAS Produzidos pelas glândulas paratireoide, sublingual, submadibular da cavidade oral São ativos contra fungos patogenisoc, como Candida albicans LINFÓCITOS T INTRAEPITELIAIS Os epitélios de barreira contem certos tipos de linfócitos, incluindo os linfócitos T intraepiteliais, que reconhecem e respondem aos microrganismos comumente encontrados Embora a maioria dos T sejam mediadores da imunidade adquirida, os linfócitos T intraepiteliais são diferentes porque possuem diversidade limitada de receptores antigênicos, comparada aos da imunidade adquirida Além disso, é possível que esses linfócitos sejam ativados por citocinas e outras moléculas em resposta ao estresse das células epiteliais, não por reconhecimento do antígeno IMUNIDADE ADAPTATIVA x Reconhecem as substancias que induzem respostas no hospedeiro, ou seja, os antígenos x É uma defesa tardia o Específica ao agressor o Depende de uma exposição a aquele microorganismo o Gera células de memória A resposta vai ser mediada por linfócitos B e T, que expressão receptores altamente diversos que são capazes de reconhecer muitos antígenos (substancia que induz resposta). CARACTERÍSTICAS DAS RESPOSTAS ADAPTATIVAS ESPECIFICIDADE E DIVERSIDADE As respostas são específicas para: x Antígenos distintos x Determinantes ou epítopos (porções diferentesde um único complexo proteico, polissacarídeo ou de outra macromolécula) Essa especificidade existe porque cada linfócito expressa receptores de membrana que conseguem distinguir as diferenças de cada epítopos distintos SELEÇÃO CLONAL De acordo com essa hipótese de Macfarlane Burnet, clones de linfócitos antígeno-específicos se desenvolvem antes e independentemente da exposição ao antígeno, ou seja, estão presentes em indivíduos não imunizados e são capazes de reconhecer e responder aos antígenos estranhos. Ou seja, nós temos tantos linfócitos para responder a diferentes antígenos que pode acontecer de um microrganismo entrar no corpo e já estarmos preparados para recebe-lo, mas isso não quer dizer que vai haver resposta, pois precisa haver um reconhecimento para depois acontecer a ativação e gerar a resposta. EXPANSÃO CLONAL Um atígeno introduzido se liga (seleciona) às células do clone antígeno-específico preexistente e a ativa, assim, essa célula se prolifera e gera milhões de descendentes com a mesma especificidade. A diversidade é a capacidade do repertório de linfócitos (total de especificidades antigênicas dos linfócitos em uma pessoa) para reconhecer um numero grande de antígenos. Essa diversidade é o resultado da variabilidade nas estruturas dos sítios de ligação ao antígeno dos receptores antigênicos dos linfócitos. A diversidade é essencial para defender os indivíduos contra diversos patógenos no ambiente Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA A expansão clonal é como se eu tenho milhões de linfócitos, com um pouco de cada especifico para cada antígeno, e quando for necessário e ocorrer a ativação de um clone, gerar outros milhares de clones para aumentar a quantidade de linfócitos para combater aquele microrganismo. MEMÓRIA A exposição do sistema imune a um antígeno estranho aumenta sua capacidade de responder àquele antígeno, de modo que as respostas imunes secundárias são mais rápidas, de maior magnitude e com frequência diferente da primeira. A memoria imunológica ocorre porque cada exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa específicas para ele. Existem 2 razões para a reposta 2ª ser mais forte: 1. As células de memória se acumulam, sendo mais do que os linfócitos naive específicos para o antígeno no momento da exposição inicial 2. Células de memória reagem mais rápida e vigorosamente ao antígeno do que os linfócitos naive Assim, a memória permite que o sistema imune combata infecções por microrganismos prevalente no ambiente e encontrados repetidamente NÃO REATIVIDADE AO PRÓPRIO (AUTOTOLERÂNCIA) O sistema imune não reage prejudicialmente aos antígenos do próprio individuo, mas sim aos antígenos não próprios. A não responsividade (responder) imunológica também é chamada de tolerância, que é mantida por diversos mecanismos: x Eliminação de linfócitos que expressam receptores específicos para alguns autoantígenos, inativando os linfócitos autorreativos ou suprimindo essas células pela ação de células reguladoras Anormalidades na indução ou manutenção desse mecanismo leva a respostas imunes contra os autoantígenos (antígenos autólogos), podendo resultar em doenças autoimunes. VISÃO GERAL DA IMUNIDADE HUMORAL E MEDIADA POR CÉLULAS A resposta imune adaptativa pode se dar por 2 tipos, que são induzidos por linfócitos diferentes, atuando contra diferentes tipos de microrganismos: x Imunidade humoral x Imunidade mediada por células Pesquisadores clarearam o significado dos termos: Anticorpo Æ proteínas séricas que se ligam a substâncias estranhas, como toxinas Antígenos Æ são as substancias estranhas IMUNIDADE HUMORAL x Mecanismo de defesa contra microrganismos e suas toxinas que estão fora das células o Ex.: lumen do TGI e respiratório e no sangue x Mediado por moléculas no sangue (chamados humores) e em secreções mucosas, que são os anticorpos x Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B x Eles reconhecem antígenos microbianos, se ligam ao microrganismo e suas toxinas, neutraliza e ajuda na eliminação x Ajuda na eliminação marcando os microrganismos para que eles sejam eliminados pelos fagócitos e pelo sistema complementoIMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS x Mecanismos de defesa contra microrganismos intracelulares o Como um vírus que sobreviveu dentro do fagócito e continua se replicando, sendo inacessíveis aos anticorpos circulantes Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA x Mediado pelos linfócitos T x Promove a destruição do microrganismo dentro dos fagócitos x Pode acontecer de eliminar a célula infectada junto, para acabar com o reservatório da infecção e o microrganismo IMUNIDADE ATIVA É uma forma de imunidade induzida pela exposição de um antígeno (a pessoa é dita sensibilizada ao antígeno), porque o individuo tem um papel ativo na resposta ao antígeno Linfócitos naive Æ linfócitos dos indivíduos que nunca encontraram um antígeno particular, implicando que ambos são imunologicamente inexperientes Individuo imune Æ resposderam a um antígeno microbriano e agora estão protegidos de exposições futuras contra esse mesmo microrganismo IMUNIDADE PASSIVA Imunidade conferida por meio da transferência de anticorpos de um individuo imunizado para um que nunca encontrou o antígeno. É um método útil na medicina para conferir resistência rapidamente, sem precisar esperar a resposta imune ativa x Transferência de anticorpos da mãe para o feto pela placenta e pela amamentação x Soros para infecções rábicas ou picadas de serpentes x Pacientes com doenças imunodeficientes genéticas são imunizados passivamente pela transferência de um pool de anticorpos de doadores saudáveis CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE INATO O progenitor mieloide comum é precursor das células do sistema imune inato Os do sistema imune adquirido, são os linfócitos T e B 1- FAGÓCITOS Os fagócitos são constituídos de várias células, dentre elas, os neutrófilos e os macrófagos (monócitos maduros) são a primeira linha de defesa da imunidade inata depois que o microrganismo atravessa as barreiras epiteliais, mas também são importantes na fase efetora das respostas imunes adaptativas MONÓCITOS E MACRÓFAGOS ± FAGÓCITOS e APCs Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA Os macrófagos residem na maioria dos tecidos corporais e são a forma madura dos monócitos, que circulam no sangue. Quando os monócitos saem do sangue para os tecidos eles viram macrófagos Durante o desenvolvimento fetal, o fígado e o saco vitelínico produziam macrófagos que iam para os tecidos e se diferenciavam em diferentes células com funções de macrófagos x Engolfam e matam os microrganismos, sendo uma importante defesa de 1ª linha da imunidade inata x Possuem vida relativamente longa, por isso eles conseguem apresentar o antígeno para as células T e estimular a imunidade adaptativa x Vivem mais que os neutrófilos, por isso eles são as células efetoras dominantes nos estágios mais tardios da resposta imune inata, decorridos vários dias do inicio de uma infecção Funções específicas dos macrófagos x Ingerem microrganismos pela fagocitose e os destroem x Ingerem células necróticas do hospedeiro e neutrófilos que morrem após se acumularem em sítios de infecção, além de reconhecerem e englobarem células apoptóticas (pois seus conteúdos podem induzir respostas inflamatórias), por isso são limpadoras do organismo x Atuam também como APCs que exigem fragmentos de antígenos proteicos e ativam os linfócitos T x Também coordenam respostas imunes, pois secretam citocinas sinalizadoras que ativam outras células do sistema do sistema imune para gerar respostas x Por fim, promovem o reparo dos tecidos lesados, estimulando a angiogênese e a síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose) NEUTRÓFILOS ± GRANULÓCITOS FAGÓCITOS São as células mais numerosas e importantes na imunidade inata. São produzidos na medula óssea e surgem do progenitor mieloide comum, que também vai originar os monócitos x Fagocitam e destroem microrganismos, bactérias e fungos em vesículas intracelulares x Principalmente microrganismos opsonizados e produtos de células mortas x O citoplasma é cheio de grânulos, contendo enzimas (lisozima, colagenase e elastase) e substâncias microbicidas, principalmente, defensinas e catelicidinas x Após entrarem nos tecidos, os neutrófilos atuam e depois de 1-2 morrem, por isso possui baixa expectativa de vida Além disso, os neutrófilos também podem matar os microrganismos extracelulares, mas com a liberação dos seus grânulos e substâncias antimicrobicidas elas podem danificar os tecidos sadios Obs: deficiência hereditárias na função dos neutrófilos levam a uma infecção bacteriana devastadora, que será fatal se não for tratada EUSINÓFILOS E BASÓFILOS ± GRANULÓCITOS FAGÓCITOS Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA Ambos derivam da medula óssea e circulam no sangue, podendo ser recrutados para os sítios inflamatórios Ambos expressão grânulos citoplasmáticos contendo enzimas nocivas às paredes celulares de parasitas, mas que também podem danificar as células do hospedeiro, processo chamado de eusinofilia Acredita-se que eles sejam importantes na defesa contra parasitos que são muito grandes para serem ingeridos por macrófagos ou neutrófilos, por isso eles fazem a digestão extracelular x Os basófilos produzem e secretam histamina, por isso ele está relacionado com processos inflamatórios também, em que seus efeitos são mais prejudiciais que protetores x Os eosinófilos também possuem IgE na sua superfície, e quando um exame mostrar que tem IgE aumentado e negativo para parasitose, o aumento de eosinófilos pode estar associado a questões alérgicas CÉLULAS DENTRÍTICAS (DCs) ± FAGÓCITOS E APCs São residentes nos tecidos e também circulam no sangue, elas percebem a presença de microrganismos e iniciam reações da defesa inata, além de iniciar respostas imunes adaptativas Por esse motivo, elas formam uma ligação crucial entre a resposta imune inata e a adaptativa A maioria das DCs fazem parte da linha mieloide de células hematopoiéticas e surge de um precursor que também consegue se diferenciar em monócito Função na imunidade inata Elas fazem fagocitose e degradam os patógenos que capturam, pois elas expressam TLRs e outros receptores que reconhecem moléculas microbianas, e respondem aos microrganismos secretando citocinas que recrutam e ativam células inatas no sítio de infecção Função na imunidade adquirida A principal função delas é ativar os linfócitos T pela apresentação de antígenos derivados de patógenos em sua superfície, ativando os receptores de antígenos dos linfócitos T Æ por isso elas são denominadas como células apresentadoras de antígenos (APCs) x DCs clássicas Capturam antígenos proteicos de microrganismos que entram através dos epitélios e estimulam as células T x DCs plasmocitoides São as principais produtoras de citocinas interferons (IFNs) de tipo I, que promovem atividades antivirais potentes e exercem papel importante na defesa do hospedeiros contra o vírus x Células dentríticas foliculares Exibem morfologia dendríticas mas não estão associadas às DCs discutidas. Não derivam de precursores da medula e não apresentam antígenos a células T, mas estão envolvidas na ativação da célula B junto aos órgãos linfoides 2- MASTÓCITOS Derivados da medula óssea a estão presentes nos tecidos adjacentes a vasos e nervos. Expressão receptores de membrana com alta afinidade com o anticorpo IgE e geralmente são cobertos por ele, quando o IgE se liga a um antígeno, os mastócitos são ativados e liberam seus conteúdos dos grânulos citoplasmático no meio extracelular, como a histamina Æ promove alterações nos vasos sanguíneos que causam inflamação Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.comEsther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA Os mastócitos também são ativados independentes de IgE, por exemplo quando reconhecem produtos microbianos, atuando como sentinela do sistema inato 3- CÉLULAS NATURAL KILLER (NK) Possui morfologia e funções efetoras similares a das células T, porém são desprovidas de receptores antigênicos de célula T Como ele reconhece a infecção mas não é especifico para antígeno, é considerado como célula do sistema imune inato Elas podem reconhecer e matar algumas células anormais, como células tumorais e células infectadas por vírus. CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO A imunidade adaptativa é composta pelos linfócitos antígenos-específicos, de dois tipos: linfócitos T e B Linfócitos virgens Æ aqueles que ainda não fora ativados por antígenos Linfócitos efetores Æ já encontraram seu antígeno, já foram ativados e se diferenciaram em linfócitos totalmente funcionais LINFÓCITOS B Responsáveis pela produção de anticorpos (imunoglobulinas, Igs) Após o antígeno se ligar a um receptor de célula B (BCR), também conhecido como imunoglobulina de membrana, o linfócito B irá se proliferar e se diferenciar em células plasmáticas (forma efetora) Existem 3 principais subpopulações de células B que estão encontradas em localizações anatômicas distintas junto aos tecidos linfoides x Células B foliculares Encontradas nos tecidos linfoides e sangue, são as moléculas efetoras-chave secretadas de imunidade adaptativa humoral Elas originam a maioria dos anticorpos de alta afinidade e ela que protege o indivíduo contra infecções repetidas pelos mesmos microrganismos x Células B da zona marginal Encontrada no baço, produz anticorpos com diversidade limitada x Célula B-1 Encontradas nos tecidos de mucosa, na cavidade peritoneal e pleural, produz anticorpos com diversidade limitada LINFÓCITOS T São as células mediadoras da imunidade celular, que surgem a partir de células precursoras na medula óssea que migram e amadurecem no timo, portanto, são derivados de lá Linfócitos naive Æ linfócito T maduro que nunca encontrou um antígeno estranho Após a ativação dos linfócitos naive, eles se tornam maiores e começam a se proliferar e de diferencia em um dos diferentes tipos de linfócitos T efetores, que possuem funções divididas em 3 grandes classes x Morte Æ células T citotóxicas x Ativação Æ células T auxiliares x Regulação Æ células T reguladoras CÉLULAS T CITOTÓXICAS (CTLS CD8+) Expressam uma proteína de superfície que a diferencia, CD8+, e eles possuem grânulos citoplasmáticos diversos de proteínas que, quando liberadas, matam as células reconhecidas pelas células T citotóxicas Essas células são principalmente vírus ou outro patógeno intracelular CÉLULAS T AUXILIARES (CD4+) Expressão o marcador CD4+ elas ativam os linfócitos B, macrófagos e células dendríticas via moléculas de superfície, como CD40-ligante (CD154) Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos ± 77 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA Assim, elas produzem sinais adicionais que influenciam o comportamente e a atividade de outras células Para as células B Æ estimulam a produção de anticorpos Para ao macrófagos Æ influenciam que eles se tornem mais eficientes para matar os patógenos capturados CÉLULAS T REGULADORAS Suprimem a atividade de outros linfócitos e auxiliam a controlar as respostas imunes CÉLULAS DE MEMÓRIA Durante o desenvolvimento de uma resposta imune, algumas células B e T são ativadas por antígenos e se diferenciam em células de memória, responsáveis pela imunidade de longa duração, que podem ser produzidas após doença ou vacinação Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO PAMP ± PADRÕES MOLECULARES ASSOCIADOS AO PATÓGENO O sistema inato reconhece estruturas moleculares produzidas por patógenos microbianos, pois são moléculas que o hospedeiro não tem x RNA de fita dupla (não temos) x Lipopolissacarideo (LPS) em bactérias gram-negativas x Ácido lipoteitoico em gram-positivas Os padrões vão ser reconhecidos pelos receptores tipo TOLL e outros que existem O objetivo é mostrar para o sistema imune que houve uma invasão, porém, não sabe quem é o invasor (só sabe que é um) Ativa mecanismos de inflamação (por isso o PAMP pode preceder uma doença autoimune, pois essas doenças precisam de uma infecção antes) DAMP ± PADRÕES DE MOLÉCULAS ASSOCIADAS AO DANO O sistema inato reconhece moléculas liberadas após células danificadas (toxinas, queimaduras, traumatismos, perda de sangue) ou necróticas, principalmente porque elas vão ficar extracelularmente, mas o lugar delas é intracelular, por isso reconhece. x TGO, TGP, ATP, AMPc (são moléculas que se encontram dentro das células, não fora) Quando ocorre o dano celular de células sadias, as moléculas liberadas são as alarminas, porque o objetivo delas é mostrar para o sistema imune inato que houve uma lesão intracelular Ativa o mecanismo de cicatrização (anti-inflamatória), por isso na hepatite, depois da lesão das células (libera TGO e TGP) vai acontecer o processo de cicatrização, que vai gerar a fibrose e tecidos cicatriciais no fígado RECEPTORES DE RECONHECIMENTO PADRÃO ± INATA Eles são expressos em diferentes locais que os micro podem estar Æ na superfície da membrana, em vesículas fagocíticas e no citosol Quando esses receptores se ligam aos PAMPs e DAMPs, ativam vias de transdução de sinal que promovem funções antimicrobianas e pró-inflamatórias Além dos receptores, os PAMPs também pode ser reconhecido por x Moléculas solúveis Æ proteínas presentes no sangue que reconhecem PAMPs, intensifica a captação para dentro dos fagócitos ou pela ativação de mecanismos killing extracelular CARACTERÍSTICAS DOS RECEPTORES x Codificados na linhagem germinativa, não sendo produzidos pela recombinação genética Æ por isso tem menor diversidade comparado aos da adaptativa x Os receptores não são distribuídos clonalmente (como na adaptativa, onde cada clone de linfócitos tem um receptor especifico para cada antígeno), mas sim os receptores idênticos são expressos em todas as células de um determinado tipo, como os macrófagos x Não reage contra o hospedeiro x Estão em várias localizações celulares Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO TIPOS DE RECEPTORES Existem 4 famílias principais de receptores das células da imunidade inata: x TLR (tipo TOLL) x CLR (receptores de lectina tipo C) x NLR (receptores tipo NOD) x RLR (receptores tipo RIG) RECEPTORES TIPO TOLL (TLR) Existem diversos tipos de receptores TLR, por exemplo x TLR-2 reconhece lipoglicanos bacterianos x TLR-3, 7 e 8 são específicos para nucleicos virais x TLR-5 é específico para a flagelina, uma proteína flagelar que tem nas bactérias, mas não em nós Os sinais gerados pela ligação dos receptores TOLL ativam fatores de transcrição que estimulam a produção de genes que codificam citocinas, enzimas e proteínas envolvidas nas funções antimicrobianas dos fagócitos ativados Entre os mais importantes fatores de transcrição ativados, estão o NF-KB (lê-se NF-capabeta) que promove a expressão de citocinas e moléculas de adesão endotelial, e os fatores de resposta ao interferon (IRF) que estimulam a produção das citocinas antivirais, interferons tipo I Obs: raras mutações herdadas dos TLR estão associadas a infecções recorrentes e graves, principalmente a pneumonia bacteriana, pois não vai conseguir reconhecer e ativar mecanismos de resposta RECEPTORES TIPO NOD (NLR) E O INFLASSOMA Família de receptores citosólicos que detectam PAMP e DAMP no citoplasma um dos NLR mais conhecido é o NLRP-3 que detecta: x a presença de produtos microbianos x substancias que indicam dano e mortecelular (como ATP, cristais de ácido úrico e alterações do K) x Substancias endógenas que são depositadas excessivamente em células e tecidos (cristais de colesterol e AGL) Após o reconhecimento, o NLR-3 se oligomeriza em uma (pró) forma inativada da enzima capsase-1, conhecida como inflassoma, que é cliva uma molécula precursora da IL-1 (citocina) que induz inflamação aguda e febre, importante para a defesa do hospedeiro Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO Obs: mutações de função da inflassoma são a causa de doenças raras, as síndromes autoinflamatórias, caracterizadas por inflamação descontrolada e espontânea, e os antagonistas de IL-1 são tratamentos eficazes. Obs: a gota é uma doença comum das articulações, causada pela deposição de cristais de urato e acredita-se que a inflamação é mediada pelo reconhecimento dos cristais pelo inflassoma e pela produção de IL-1B Obs: inflassoma também pode contribuir para asterosclerose, DM2 associado à obesidade (onde IL-1 contribui para a resistência dos tecidos à insulina) OUTROS RECEPTORES x Família tipo RIG Reconhece ácidos nucleicos virais ou peptídeos bacterianos x Receptores de lectina Reconhecem carboidratos e são específicos para glicanos fúngicos e para resíduos de manose terminal (receptores de manose) Envolvidos na fagocitose de fungos e bactérias e em respostas inflamatórias a esses patógenos RECEPTORES ANTIGÊNICOS DOS LINFÓCITOS (ADAPTATIVA) Cada clone de linfócito é especifico para um antígeno diferente e possui um receptor diferente dos receptores de outros clones Embora cada clone reconheça um antígeno diferente, os receptores de antígenos transmitem os mesmos sinais bioquímicos em todos os LB e LT RECEPTORES DA LB = ANTICORPOS x Tambem são chamados de imunoglobulinas (Ig) x Os receptores da LB e os anticorpos que elas secretam são capazes de reconhecer muitas macromoléculas (proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos) x Os anticorpos conseguem reconhecer muito mais antígenos, seja de patógenos ou toxinas x Os anticorpos existem de 2 formas = ou ligados à membrana ou secretados (livres) x Conseguem neutralizar e eliminar microrganismos e toxinas, pois são moléculas efetoras da imunidade humoral RECEPTORES DA LT = TRL x Consegue reconhecer apenas peptídeos e somente quando eles são mostrados por APCs ligados pelo MHC x Os LT realizam a função efetora de eliminação na imunidade mediada por células Considerações gerais sobre os receptores dos linfócitos Possuem domínios que reconhecem os antígenos e eles variam entre os clones dos linfócitos x Porções de reconhecimento = regiões variáveis (V) o a variabilidade é concentrada em curtos trechos das V, que são as regiões hipervariáveis, pois elas formam a parte do receptor que se liga ao antígeno (são estruturas complementares) x Porções preservadas = porções constantes (C) Os receptores estão associados à proteínas que fornecem sinais intracelulares acionados após o reconhecimento, podendo fazer com que o linfócito se divida, diferencie ou morra. Complexo receptor da célula B = BCR = conjunto de anticorpos como receptores + moléculas sinalizadoras Complexo receptor da célula T = TCR = receptor da célula T + moléculas sinalizadoras Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO ANTICORPOS x Mediadores da imunidade humoral x Pode estar circulante ou na membrana do LB x Os circulantes se ligam aos antígenos e os neutraliza, tampando os sítios de ligação dele com as nossas células, impedindo a infecção Um antígeno é formado por 2 cadeias leves (tem um domínio V e outro C) e 2 cadeias pesadas (tem 1V e 3 ou mais domínios C) O local de ligação do antígeno é formado pelos domínios variáveis da cadeia leve e da cadeia curta, Vh e Vl e em cada anticorpo existem 2 sítios de ligação (um em cada braço) Cada região variável vai possuir 3 regiões hipervariaveis (CDR), das quais a maior de variabilidade é a CDR3, e esse circuito CDR de ligação ao antígeno forma fendas capazes de acomodar diversas macromoléculas e pequenas moléculas químicas (não é só peptídeo como nos LT) As partes dos antígenos que são reconhecidas são chamadas de epítopos, pois não reconhece o antígeno inteiro, apenas parte dele Região Fab = região que se liga ao antígeno, formada por uma parte constante e outra variável = existem 2 Região Fc = formada pelo restante de cadeia pesada que se liga a algum receptor (ou na membrana da célula B ou no complemento etc) = responsável pela funções efetoras dos anticorpos Região C terminal = pode estar ancorada na membrana da LB ou pode estar sem ancoragem, no caso quando o antígeno é secretado e esta livre TIPOS DE CADEIAS LEVES Temos 2 tipos = capa ou lambda, que diferem em suas regiões C Cada célula B expressa ou capa ou lambda =, mas não ambas TIPOS DE CADEIA PESADA Os diferentes tipos de cadeia pesada determinam diferentes tipos de anticorpos (classes ou isótipos), por isso, cada anticorpo terá uma função diferente, pois é a cadeia pesada que dá a função efetora do anticorpo Gene alfa (A) = pertencem ao IgA Gene epslon (E) = IgE Gene mi (M) = IgM (está na membrana, mas pode ser secretada também) Gene gama (G) = IgG Gene delta (D) = IgD (nunca é secretado, sempre vai estar presente na membrana da célula B) Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO ALTERAÇÕES SOFRIDAS PELO ANTICORPO DEPOIS QUE ELE SE ENCONTRA COM O ANTÍGENO O anticorpo na membrana, ao encontrar com seu antígeno, vai sofrer diversas modificações 1. Maturação da afinidade A força que o antígeno se liga a um epítopo de antígeno é chamada de afinidade de interação Com a repetida estimulação antigênica (como em uma resposta imune 2ª) a afinidade aumenta, como se ficasse mais forte e mais encaixado 2. Mudança da forma membranar para a secretada Depois que acontece o reconhecimento, o linfócito B vai começar a produzir e secretar o determinado anticorpo que neutralize o antígeno 3. Mudança de classe Depois do reconhecimento, o primeiro anticorpo secretado é o IgM e a citocina que está sendo secretado pelo LT vai determinar quais anticorpos seram produzidos e secretados (de qual classe) Obs: se tiver LB sendo ativado em uma região que não existe LT, logo não vai existir citocina e não vai existir mudança de classe, vai ter só IgM sendo secretado Obs: o IgM vai ser o primeiro anticorpo secretado depois da ativação, e se no exame do paciente tiver dado IgM alto, quer dizer que o paciente está com uma infecção recente RECEPTORES DAS CÉLULAS T (TCR) O TCR reconhece antígenos peptídicos apresentados por MHC na membrana de APCs É composto por uma cadeia A e uma B, cada uma contendo uma região V e outra C Na região V de cada cadeia do TCR há 3 regiões hipervariáveis e, assim como nos anticorpos, a região CDR3 é a mais variável Tanto a cadeia A e B participam do reconheciemento especifico das moléculas de MHC e peptídeos ligados Associado ao TCR há um complexo de proteínas, chamado de CD3 e zeta (z) que formam o complexo TCR e transmitem alguns sinais que são iniciados quando o TCR reconhece o antígeno A ligação do TCR com o antígeno tem uma afinidade baixa, por isso a ligação das células T com a APC precisa ser fortalecida com as moléculas acessórias Ambas as cadeias A e B são ligadas na membrana e os TCR não são produzidos na forma secretada e não passam pela troca de classe ou maturação da afinidade A ativação do LT requer 2 sinais x Ligação com o antígeno via MHC pelo TCR do LT x Enganjamento com as moléculas co-receptoras (CD4 ou CD8) que reconhece as porções não polimórficas das moléculas de MHC Licensed to Luana Cochlar Bento- luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO Além disso, tem os sinais emitidos pelo CD3 e cadeia zeta assim que ocorre o reconhecimento A chavinha lateral que se liga ao MHC é a molécula de CD8 ou CD4, a chavinha do meio é o TCR SUBPOPULAÇÕES DE TCR x TCR gama-delta Reconhece uma variedade de antígenos proteicos e não proteicos, apresentado pelas MHC x TCR alfa-beta (células T natural killer, NK ±T) Reconhecem antígenos de lipídios apresentados por moléculas não polimórficas semelhantes ao MHC RECONHECIMENTO DOS ANTÍGENOS POR LINFÓCITOS T Os receptores de antígenos das células T a maioria só identifica fragmentos peptídicos proteicos, e só conseguem reconhecer quando o antígeno é apresentado por APCs x Macrófagos x Dcs (mais efetiva para iniciar a expansão clonal das células T) x Linfócito B As APCs (células apresentadoras) apresentam o antígeno para o LB pelas moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) x Propriedade de restrição pelo MHC Diz que os diferentes clones de células TCD4+ (auxiliares) e TCD8+ (citotóxicas) só podem reconhecer os peptídeos apresentados via moléculas de MHC O receptor da célula T é o TCR que se liga ao MHC CAPTURA DOS ANTÍGENOS PROTEICOS PELAS APCs Os antígenos proteicos dos microrganismos são capturados principalmente pelas células dendríticas e concentradas nos órgãos linfoides periféricos, onde a resposta imune adaptativa vai ser iniciada Eles entram por contato (pele), ingestão (TGI) e inalação (trato respiratório) As CD estão nos epitélios e nos órgãos linfoides periféricos, para que eles possam apresentar os antígenos para os LT via MHC (receptor do LT é o TCR) principalmente no linfonodo ou no baço RECEPTORES DAS CÉLULAS DENDRÍTICAS PARA CAPTURAR ANTÍGENO Os microrganismos podem ser capturados por endocitose pelas DC (ou células epiteliais ou macrófagos que também fagocitam) ou por pinocitose (caso o antígeno seja solúvel), e existem diversos tipos de receptores, como a lectina e receptores tipo TOLL (TLR) Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO x Quando se ligam ao tipo TOLL, estimulam as reações da imunidade inata o Produção de citocinas inflamatórias, como fator de necrose tumral (TNF) e IL-1 o A combinação de citocinas com a sinalização do TLR ativa a DC ATIVAÇÃO E ALTERAÇÕES DAS DCS (INATA) Quando as DCs são ativadas (aquelas convencionais) elas perdem sua adesividade para os epitélios e passam a expressar receptor para quimiocinas na CCR7 (específica para quimiocinas produzidas nas zonas de células T dos linfonodos) A quimiocina vai guiar as DCs ativadas (desde o epitélio) para que elas possam ir ao encontro com um linfócito T através dos vasos linfáticos Durante a migração as DCs amadurecem, passando de fagócitos para APCs capazes de estimular o LT, que é o aumento da síntese e da expressão estável de moléculas de MHC (apresentam os antígenos às células T) e de coestimuladores (necessária para dar o segundo sinal) x 2 sinais para ocorrer a ativação do LT o Apresentação do antígeno via MHC o Coestimuladores Obs: esse processo também ocorre para os antígenos capturados no sangue, que no caso vão ser direcionados para o baço, para serem apresentados aos LT Ao chegar no linfonodo, os linfócitos T expressam CCR7 que promove a entrada da APC nas zonas de células T dos linfonodos x Processo eficiente que permite que os antígenos microbianos, seja qual for a parte do corpo que ele entrar, os linfonodos que drenam aquela região vai poder começar uma resposta das células T em 12 a 18 horas TIPOS DE APC x Células dendríticas São as principais indutoras porque são as mais potentes para ativar os LT virgens x Macrófagos Presente em muitos tecidos, vai fagocitar os microrganismos e apresentar seus antígenos as células T efetoras, que, por sua vez, ativam os macrófagos para que eles destruam os microrganismos x Linfócitos B Ingerem os antígenos proteicos, apresentando-os às células T auxiliares, que vai ser importante para o desenvolvimento da imunidade humoral TIPOS DE MHC MHC CLASSE I x Presente em todas as células nucleadas x Se liga ao TCR do linfótico T CD8+ citotóxico x Adquirem peptídeos provenientes de proteínas citosólicas, ou seja, o microrganismo estava fora da célula (extracelular) e quando foi capturado liberou o antígeno o Por exemplo, as proteínas antigênicas podem ser produzidas nos citoplasma de vírus que vivem em células infectadas o Ou podem vir dos microrganismos que foram fagocitados e conseguiram sair do fagossoma e ir pro citoplasma MHC CLASSE II x Presente só em APCs (DC, macrófago e LB) x Se liga ao TCR do LT CD4+ auxiliar x Adquirem proteínas que são absorvidas nas vesículas intracelulares, ou seja, as APCs ingeriram o antígeno, ocorreu a proteólise nas vesículas e associou os peptídeos com as moléculas de classe II Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO APRESENTAÇÃO CRUZADA DOS ANTÍGENOS INTERNALIZADOS ÀS CÉLULAS TCD8+ Consiste no fato de que as DCs podem apresentar os antígenos de outras células que estão infectadas e ativar LT virgens para aquele antígeno (é como se as DCs fizessem o trabalho das que não conseguem) Por exemplo, alguns vírus não contaminam as DCs, mas podem contaminar outras células, deixando-as incapazes de produzirem os sinais para ativar os LT Assim, as DC ingerem essas células, processam os antígenos dela, transportam eles para o citosol, de onde elas entram no RE e ligam-se a MHC de classe I (mesmo que a DC é uma APC que se liga com MHC de classe II que reconhece pela TCD4+) e, por fim, exibem seus antígenos para reconhecimento das células TCD8+ Desse modo, duas classes de LT (CD4+ e CD8+) específicas para o mesmo microrganismo podem ser ativadas próximas umas das outras DESENVOLVIMENTO PRECOCE DOS LINFÓCITOS Ocorre a maturação, expansão e seleção dos linfócitos, para que no fim reste os linfócitos imunocompetentes, e para isso, existem diversos pontos de checagem no processo x Maturação dos LB Æ medula x Maturação do LT Æ timo Os linfócitos imaturos passam por uma proliferação em vários estágios durante sua maturação, a proliferação e a sobrevivência dos precursores iniciais dos linfócitos é dada pelo estimulo da IL-7 que é produzida pelas células estromais da medula e do timo A IL-7 mantem e expande o numero de linfócitos antes deles expressarem receptores gerando muitas células para que diversos receptores diferentes possam ser produzidos A maior expansão ocorre depois dos linfócitos concluírem o rearranjo dos primeiros genes do receptor antígeno e criarem um receptor de pré-antígeno (esse é um ponto de verificação) PROCESSOS QUE ACONTECEM NA MEDULA E NO TIMO Célula tronco Æ pró-linfócitoÆ pré-linfócito (receptor incompleto) Æ linfócito imaturo (receptor completo) Æ linfócito maduro (receptor completo e testado) PROCESSO QUE OCORRE NOS ÓRGÃOS LINFOIDES O processo de linfócito efetor diferenciado vai acontecer na etapa de ativação que ocorre nos órgãos linfoides periféricos 1. Compromisso Progenitor linfoide comum presente no processo de hematopoiese na medula São estimuladas a se proliferarem na próxima etapa através dos estímulos pela IL-7 que células do timo e do baço produzem 2. Proliferação (pró-B/T) Células pró-B ou T sofrem proliferação por estimulo da IL-7 3. Expressão do receptor antigênico pré-B/T A célula pró-B/T vira pré-B/T desde que seja capaz de expressar 1 cadeia do receptor antigênico: x Anticorpo Æ expressa só a cadeia pesada x TCR Æ expressa só a cadeia B 1º ponto de checagem Æ se as células pré-B não conseguirem expressar os receptores incompletos, elas sofrem apoptose 4. Proliferação As célulaspré-B/T já selecionadas que conseguiram expressar os receptores incompletos sofrem expansão, e essa é a maior expansão que tem Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO 5. Expressão do receptor antigênico A célula pré-B/T que antes tinham só metade da expressão do receptor antigênico agora vai expressar a outra metade e se tornar célula B/T imatura x Anticorpo Æ produz cadeia leve x TCR Æ produz cadeia A Nessa fase também ocorre a recombinação somática (VDJ e VJ) para que os receptores sejam o bastante para reconhecer diversos tipos de antígenos 2º ponto de checagem Æ se os linfócitos imaturos não produzirem os receptores antigênicos completos Æ morte celular por apoptose 6. Seleção positiva e negativa Nessa fase os linfócitos imaturos com expressão completa dos receptores são testados para ver se os receptores são funcionais x Seleção positiva Æ célula T/B madura Se acontecer um reconhecimento antigênico fraco com os antígenos próprios, essa célula T ou B vai ser aprovada e tem um receptor funcional, podendo ir para a circulação x Seleção negativa Æ morte por apoptose Se acontecer um reconhecimento forte contra antígeno próprio elas vão ser eliminadas para evitar respostas autoimunes Ou também se o receptor não ligar com o antígeno, ele não é funcional, será eliminado PRODUÇÃO DE RECEPTORES DE ANTÍGENOS DIVERSOS A formação de genes funcionais que codificam os receptores antigênicos dos linfócitos T ou B é iniciada pela recombinação somática dos segmentos variáveis dos receptores, gerando a diversidade de receptores x Linfócito B Æ os loci da cadeia pesada e da cadeia leve do anticorpo possuem regiões V e algumas regiões C (constantes) x Linfócito T Æ os loci das cadeias alfa e beta do TCR contém regiões V e C Entre V e C existem fragmentos, que são segmentos gênicos de diversidade (D) e de junção (J) x Loci da cadeia pesada e cadeia beta Æ só eles possuem segmentos D RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA NO ANTICORPO x Cadeia pesada (H) Vai sofrer a recombinação VDJ mediada pela enzima recombinase VDJ, ou seja, os genes VDJ vão se recombinar gerando cada uma um receptor diferente A região C vai ter os genes que identifica a classe do anticorpo (se for o gene M vai ser o IgM por exemplo) As regiões constantes permanecem iguais (para os anticorpos de mesma classe) Logo uma mesma classe de anticorpo consegue reconhecer antígeno diferente, pois suas regiões V sofreram recombinação VDJ Note que o primeiro MRNA traduzido vai ser o do gene M por isso a IgM vai ser a primeira proteína sintetizada da célula B durante a maturação da célula, indicando uma resposta a infecção recente x Cadeia leve Tem recombinação apenas VJ, pois não tem o gene D As cadeias constantes vão ser iguais para a mesma classe de anticorpo, pois a região C de IgM é diferente da região C de IgG, por exemplo RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA NO TCR x Cadeia B Æ recombinação VDJ x Cadeia A Æ recombinação VJ CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO A diversidade de receptores de antígenos vai ser produzida pelo uso da diversidade combinatória e da diversidade juncional Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO x Diversidade combinatória Usar diferentes combinações de segmentos gênicos V, D e J (pois em um segmento V tem diversos genes) É limitada pelo número de segmentos de V, D e J que tem x Diversidade juncional Alterar a sequência de nucleotídeos inseridos nas junções dos segmentos gênicos recombinados VDJ É quase ilimitada, por isso a diversidade juncional maximiza a variabilidade de anticorpos e TCR nas regiões que ligam os antígenos No processo de diversidade juncional pode ocorrer se serem produzidas sequencias que não codificam proteínas, produzindo receptores não funcionais, que vão ser removidos pelo ponto de checagem nos linfócitos imaturos MATURAÇÃO E SELEÇÃO DOS LINFÓCITOS B A maturação dos linfócitos vai ocorrer na medula óssea 1. Os progenitores da linhagem B se proliferam (IL-7) dando origem a um grande número de precursores de LB, chamada célula pró-B (ainda não tem receptor 2. As células pró-B começam a rearranjar os genes VDJ na cadeia pesada e desenvolvem as células pré-B (possui apenas a expressão da cadeia pesada na superfície, de proteína M (IgM) Ponto de checagem: se a célula pró-B não conseguir expressar a cadeia pesada Æ apoptose 3. A célula pró-B depois sofre recombinação VJ da cadeia leve e se torna célula B imatura, que deve ser capaz de expressar na superfície o anticorpo completo 2º ponto de checagem: se a célula imatura não expressar receptores antigênicos completos, ela sofre apoptose 4. A célula imatura com os receptores expressos completos passa pela seleção positiva e se torna célula B madura Esse processo de maturação de tornar a imatura em imatura pode ocorrer na medula óssea ou no baço, após a célula ter deixado a medula O estágio de maturação final vai envolver também a coexpressao da IgD juntamente com a IgM Na membrana dessa célula, agora tem tanto o IgM na membrana (mas também pode ser secretado) e o IgD (só é presente na membrana) capazes de reconhecer os antígenos nos tecidos linfoides periféricos Seleção negativa vai ocorrer se: x Célula B imatura tiver alta afinidade a antígenos próprios que estão sendo testados com os da medula óssea (proteínas do sangue e as moléculas de membrana comum a todas as células) Æ elimina as autorreativas x Elimina as que não reconhecem nenhuma antígeno, embora tenham a expressão do anticorpo completo SUBPOPULAÇÕES DE CÉLULAS B x Células B foliculares São a maioria das células B maduras, pois são encontradas dentro de linfonodos e folículos do baço x Células B da zona marginal São encontradas nas margens dos folículos do baço, desenvolvem-se a partir dos mesmos progenitores (células pró- B) x Linfócito B-1 Uma população distinta encontrada em órgãos linfoides e na cavidade peritoneal MATURAÇÃO E SELEÇÃO DOS LINFÓCITOS T Os progenitores das células T produzidas na medula mudam para o timo, onde ocorre a maturação Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 RECEPTORES E MATURAÇÃO 1. A maioria das pró-células T são células T duplno- negativas, pois não expressam nem CD4 nem CD8 Essas células se expandem sob influencia da IL-7 produzida no timo 2. Depois, essa pró-T expressa parte do TCR (só a cadeia B), se transformando em pré-T Ponto de checagem: se a pré-T não conseguir expressar a cadeia B, a célula sofre apoptose 3. Depois, a célula passa a expressar CD4+ e CD8+ além do TCR completo (cadeia A também) SELEÇÃO POSITIVA x Reconhecimento de MHC classe II As células T cujos TCR reconhecem o MHC classe II vai manter a expressão CD4+ e perder a expressão CD8+ (vai ser englobada) Æ célula T CD4+ madura x Reconhecimento de MHC classe I As células T cujo TCR reconhecem MHC classe I vai manter a expressão CD8+ e perder a CD4+ Æ célula T CD8+ madura SELEÇÃO NEGATIVA x Aquelas células T ainda imaturas que no teste reconhecem fortemente o complexo peptídeo-MHC no timo Æ apoptose Esse processo serve para eliminar os LT que poderiam reagir de maneira perigosa contra proteínas próprias do timo x Se não houver reconhecimento MHC + peptídeo Æ apoptose Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T O principal papel dos linfócitos T é na imunidade mediada por células, que fornece defesa contra infecções causados por microrganismos intracelulares: x Ou os microrganismos (bactérias e protozoários) criaram resistência contra os microbicidas após serem fagocitados e continuam infectando as células x Ou os vírus que possuem receptores nas superfíciede várias células conseguem entrar e infectar o citoplasma da célula e se duplicar, sendo a célula incapaz de destruí-lo As principais funções dos linfóticos T são x Ativação de fagócitos x Morte de células infectadas x Auxílio para as células B ETAPAS DAS RESPOSTAS DAS CÉLULAS T Os linfócitos T ficam nos órgãos linfoides periféricos, e quando são apresentado para eles os antígenos via MHC por uma APC (principalmente DC), vai acontecer a ativação do linfócito, proliferação e diferenciação em células efetoras (CD4, CD8) e células de memoria. Após o reconhecimento, proliferação e diferenciação, os linfócitos T formados migram para o local da infecção, para que possa combater os microrganismos Uma das primeiras respostas depois do reconhecimento é a secreção de citocinas, como a IL-2 que estimulam a proliferação de células T antígeno-específicas Æ expansão clonal Uma parte deles que foram ativados vão sofrer o processo de diferenciação Æ células T efetoras e células de memória Quando os LT eliminam o agente infeccioso, as células-clone expandida também morrem, com as células de memória sendo o restante da resposta imunitária TRÊS TIPOS DE SINAIS PARA A ATIVAÇÃO TOTAL DE CÉLULAS T: x Reconhecimento do antígeno (MHC pela DC) x Coestimulação que aumenta a resposta x Citocinas liberadas que amplificam a resposta e a direciona de várias vias de diferenciação especializadas RECONHECIMENTO E COESTIMULAÇÃO DE UM ANTÍGENO Para a resposta do LT iniciar, é preciso de vários receptores: x TRC reconhece MHC x CD4 ou CD8 reconhece MHC x Moléculas de adesão reforçam ligação do LT com as APC x Receptores para os coestimuladores reconhecem os sinais secundários produzidos pela APC Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T RECONHECIMENTO DE PEPTÍDEOS ASSOCIADOS AO MHC x TCR reconhece peptídeos do MHC x Correceptor CD4/CD8 reconhece MHC Esse reconhecimento simultâneo produz o primeiro sinal para a ativação das células T MHC de classe I Æ apresenta para LT CD8 os antígenos proteicos presentes no citosol, que foram transformados em peptídeos (ou seja, os antígenos estava no meio intracelular, no citosol ou no núcleo) MHC classe II Æ apresenta para o LT CD4 os antígenos proteicos que estavam no meio extracelular e foram englobados pela APC e confinados em vesísculas, onde foram transformados em peptídeos A especificidade disso é assegurar que diferentes classes de LT respondam e defendam contra microrganismos de tipos diferentes SINAIS BIOQUÍMICOS QUE LEVAM À ATIVAÇÃO DOS LT CD4 E CD8 O TCR sozinho, depois de reconhecer o antígeno, não é capaz de transmitir sinais bioquímicos para a célula Para isso, ele é associado a varias proteínas que foram o complexo TCR Æ ele é associado não covalentemente com um complexo de moléculas de sinalização de transmembrana: x 3 proteínas CD3 x Proteína zeta Complexo TCR = TCR + CD3 + zeta Æ depois do reconhecimento do antígeno, envia sinais para a célula PAPEL DAS MOLÉCULAS DE ADESÃO NA ATIVAÇÃO DOS LT Os linfócitos T selecionados positivamente são aqueles que se ligam fracamente com o MHC próprio (o teste não é feito com antígenos estranhos porque eles não estão presente no timo) Assim, para a resposta eficaz, as moléculas da família integrina presentes no LT (LFA-1) se ligam aos ligantes que estão no APC para estabilizar a ligação para que o tempo seja suficiente para que o limiar de sinalização seja alcançado x Integrinas o LFA-1 (antígeno-1) no LT Æ se liga ao ICAM-1 que está no APC Papel da coestimulação na ativação das células T Não basta só o reconhecimento do antígeno (1º sinal), para ativar os linfócitos, tem que ter os coestimuladores também, eles são o segundo sinal para a ativação os presentes nas células APC são: x B7-1 (CD80) x B7-2 (CD86) Ambas as proteínas B7 são reconhecidas pelo receptor CD28 das células T Essa ligação B7-1/2 Æ CD28 Æ gera sinais A importância dos coestimuladores é para a ativação de fato dos linfócitos T, porque se vier um antígeno próprio, ele pode ser reconhecido via MHC (pois o processo de seleção pode não ser 100%) mas não vai conseguir ser ativado porque antígenos próprios não produzem coestimuladores Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T Obs: os agentes que bloqueiam as interações B7-CD28 são usados no tratamento da artrite reumatoide x CD40 e CD40L (ligante) Outro grupo de moléculas que promove mais ativação e mais sinais são os CD40 (na APC) que se liga ao CD40L (no linfócito T) Isso faz com que as próprias ACPC sejam ativadas expressando mais coestimulador B7 (mais ativação) e secreção de citocinas (IL-2) que intensifica a diferenciação das células T Ou seja, ativa a APC Æ ativa mais ainda os LT x Importância dos coestimuladores para as vacinas Os antígenos proteicos, como aqueles usados nas vacinas, não conseguem ativar tanto a APC, por isso são administrada juntamente com adjuvantes, (como micobactérias mortas) que ativam as APC, principalmente as células dendríticas, as mais potentes para ativarem os LT Os adjuvantes se ligam a receptores de reconhecimento de padrões do sistema inato, os receptores tipo TOLL, enganando o sistema imunológico na resposta aos antígenos proteicos purificados em uma vacina como se fossem partes de microrganismos infecciosos x Papel da CTLA-4 na regulação negativa ESTÍMULOS PARA A ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS TCD8+ (citotóxicas) x 1º sinal = reconhecimento do antígeno via MHC x 2º sinal = coestimulação e/ou células T auxiliares Uma característica das T CD8+ é que as vezes para elas serem ativadas os antígenos citoplasmáticos (por exemplo, células infectadas com vírus) devam ser apresentadas de forma cruzada pelas DCs Outra coisa, é que a diferenciação delas em linfócitos T citotóxico (CTL) ou de memória precisa da ativação ao mesmo tempo das células T auxiliares CD4+ Assim, a DC é reconhecida pelos dois tipos de linfócito T e eles dois são ativados. As células T CD4+ produzem citocinas ou moléculas de membrana que auxiliam a CD8+ se diferenciar em CTL e destruir a célula x Relação com o HIV Essa necessidade de células T auxiliares nas respostas da CD8+ explica as respostas incompletas dos CTL a muitos pacientes infectados com o HIV, o qual mata as células auxiliares (CD4+), mas não as CD8+ VIAS BIOQUÍMICAS DA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T Depois do reconhecimento do antígeno e dos coestimuladores, as células T expressam proteínas envolvidas na proliferação, diferenciação e nas funções efetoras das células Depois que o antígeno foi reconhecido, o complexo TCR ativado, as células T recebem transdução de sinais que x Ativam enzimas x Recruta proteínas adaptoras x Produção de fatores de transcrição ativos Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T Há um disparo de cascata intracelular de proteínas que culminam na produção de fatores de transcrição x NFAT x NK- capaB x AP-1 Que resultam em uma maior síntese de proteínas, fazendo a tradução de genes que codificam x Crescimento de células T (IL-2) x Componentes dos receptores da IL2 x Indutores do ciclo celular e moléculas efetoras, como o CD40L RESPOSTAS FUNCIONAIS DOS LINFÓCITOS T AOS ANTÍGENOS E À COESTIMULAÇÃO Sinais = antígeno e coestimulador Resultado = expansão de clones de linfócitos específicos para antígeno + diferenciação dos LT virgens em células efetoras + células de memoria Muitas dessas respostas são mediadas por citocinas SECREÇÃO DE CITOCINAS E NA EXPRESSÃO DOS RECEPTORES PARA CITOCINAS Depois da ativação, principalmente os linfócitos TCD4+ secretam várias citocinas diferentes com diversas funções, uma vez que elas são mediadorasda imunidade e da inflamação Obs: na imunidade inata, as citocinas eram produzidas por DC e macrófagos. Na adaptativa, as citocinas são secretadas principalmente pelas células T CD4+ A primeira citocina produzida pelos TCD4+ é a IL-2 dentro de 1 a 2 horas depois da ativação, aumentando ao mesmo tempo a capacidade dessa IL-2 produzida pelo linfócito T se ligar a ele, por meio da regulação do receptor de alta afinidade para IL-2 que possui 3 cadeias sinalizadoras Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T Isso porque antes da ativação, o receptor só possui 2 cadeias, mas depois da ativação pelos antígenos e pelos coestimuladores, as células T produzem a 3ª cadeia, completando o receptor e fazendo com que a IL-2 se ligue fortemente Assim, essa citocina será autócrina, pois ela foi produzida pela célula T e se ligou a essa mesma célula T As principais funções da IL-2 são x Estimular a sobrevivência das células T x Promover a proliferação (expansão clonal) x Manutenção das células T reguladoras EXPANSÃO CLONAL Depois de 1 ou 2 dias da ativação, os linfócitos específicos para o antígeno começam a se proliferar, sendo as CD8+ em maior número do que a CD4+ Isso porque a CD8+ se transformam em CTL são efetoras para exterminar as células infectadas por contato direto, e se tiver muitas células infectadas, vai precisar de muito CTL Já a CD4+ secretam citocinas que vão ativar outras células efetoras, então só há necessidade de um pequeno número delas Várias características podem ser discutidas sobre a expansão clonal 1. A expansão clonal não é acompanhada por um aumento detectável de células espectadoras que não reconhecem esse microrganismo Æ ou seja, expande as células certas e específicas 2. Mesmo nas infecções que os microrganismos são complexos e possuem muitos antígenos proteicos, a maioria dos clones expandidos é especifica para apenas alguns peptídeos imunodominantes Dentro de 1 ou 2 semanas, a maioria das células morrerão quando os estímulos que iniciaram as respostas acabarem, restando mais as células de memória DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS T VIRGENS EM CÉLULAS EFETORAS Depois de terem sido estimuladas, elas se diferenciam, expressando genes que codificam citocinas (CD4+) ou proteínas citolíticas (CTL CD8+), e essa diferenciação começa junto com a expansão clonal dentro de 3 a 4 dias depois da exposição ao microrganismo Depois de terem sido transformadas em células efetoras, elas migram para os locais de infecção CÉLULAS TCD4+ AUXILIARES x Ativa macrófagos x Ajudam os linfócitos B na produção de anticorpo x Secreta citocinas Para fazer esse estimulo a outras células, a proteína mais importante envolvida é o ligante CD40 que se liga ao seu receptor CD40 expresso na superfície de células apresentadoras de antígenos (macrófagos, LB e DC) As citocinas produzidas no processo estimulam ainda mais as células T Æ mecanismo de retroalimentação positiva para a ativação do LT induzidas pelas APC CÉLULAS TCD8+ Os linfócitos ativados por antígenos e coestimuladores diferenciam em linfócitos T citotóxicos Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T x Destroem as células infectadas x Facilita a entrada de enzimas que induzem a apoptose SUBGRUPOS DE TCD4+ DISTINGUIDOS POR PERFIS DE CITOCINAS Citocinas diferentes induzem a diferenciação de diferentes grupos de células TCD4+, o que explica como o sistema imune responde diferentemente a diferentes microrganismos Elas podem se diferenciar em subgrupos de células efetoras que produzem grupos distindos de citocinas, realizando funções diferentes x TH1 x TH2 x TH17 Cada subgrupo é induzido em resposta aos tipos de microrganismo que ele está destinado a combater Então, tipo de microrganismo Æ ativa linfócito T CD4+ Æ intermédio de citocinas (produzidas de acordo com o contexto da infecção) Æ promovem fatores de transcrição Æ diferenciação no subgrupo adequado Æ resposta DIFERENCIAÇÃO DE TH1 Responde a bactérias intracelulares e alguns vírus x IFN-gama Æ produzidas pelas células NK x ILL-12 Æ produzidas por DC e macrófagos Essas duas citocinas ativam fatores de transcrição que promove a diferenciação de LT em TH1 DIFERENCIAÇÃO DE TH2 Mais adequada em respostas aos helmintos x IL-4 Æ mastócitos e eosinófilos produzem, depois de serem ativados pelos helmintos Essa citocina ativa os fatores de transcrição que promove a diferenciação em TH2 DIFERENCIAÇÃO DE TH17 Bactérias extracelular e fungos induzem a diferenciação x IL-6 x IL-1 São citocinas inflamatórias que vão ativar os fatores de transcrição FUNÇÕES DOS SUBGRUPOS DAS CÉLULAS TCD4+ SUBGRUPO TH1 Estimulam o englobamento pelos fagócitos e o extermínio de microrganismos, além de ativar o sistema complemento A citocina mais importante produzida pelas TH1 é o inferferon- gama (IF-Y) x Ativa macrófago Æ mata o microrganismo ingerido x Produz isótipos de anticorpos que ativam o complemento, gerando produtos que se ligam aos receptores para complemento dos fagócitos Æ opsonização (marca) para fagocitar Obs: indivíduos com mutações que afetam a geração das células TH1 são extremamente suscetíveis a infecções bacterianas, principalmente as micobactérias atípicas do meio ambiente que geralmente não fazem mal aos indivíduos saudáveis Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com Esther Santos - 77 IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T O SUBGRUPO TH2 É independente de fagocitose, pois é estimulada frente a helmintos, que são muito grandes para serem fagocitados, por isso vai ativar células do sistema imune inato, os granulócitos, que conseguem liberar grânulos que os digerem extracelularmente A citocina produzida pelo TH2 mais importante é a IL-4 que faz muitos estímulos x Na célula B Æ produção de IgE que ativa os eosinófilos x IgE reveste os helmintos e os eosinófilos, estes são ativados para liberar conteúdos granulares com enzimas para digerir o helminto Obs: a liberação desses grânulos provocam reações inflamatórias grandes, porque embora eles destruam os helmintos, geram lesão nos tecidos saudáveis x Ativa o macrófago (não para fagocitar) Æ produz fibras para promover o reparo dos tecidos lesados pelos grânulos x Aumenta a secreção de muco intestinal e peristaltismo Æ expulsão dos parasitas pelas suas vias de entradas O SUBGRUPO TH17 Induz a inflamação que funciona para destruir bactérias extracelulares e fungos, podendo contribuir para várias doenças inflamatórias x Esclerose múltipla, doença intestinal inflamatória e artrite reumatoide Essas células secretam citocinas que recrutam leucócitos, principalmente neutrófilos, para os locais de reconhecimento de antígenos Obs: mutações envolvidos nesses genes resultam na suscetibilidade aumentada a infecções bacterianas e fungicas, principalmente a candidíase mucocutânea INFLUÊNCIA DO CORTISOL NO SISTEMA IMUNE ± IMUNOSUPRESSORES Existem alguns fármacos usados em respostas imunes indesejadas, como doença autoimune, na rejeição de transplantes e na alergia que são imunossupressores (anti- inflamatórios) A maioria deles exercem inibição ampla do sistema imune e suprime tanto as respostas uteis quanto as respostas nocivas Por isso, a infecção oportunista é uma complicação comum da terapia com fármacos imunossupressores CORTICOSTEROIDES ± PREDNISONA Amplamente usados para suprimir efeitos nocivos das respostas imunes de origem autoimune ou alérgica, principalmente a prednisona, um anaálogo sintético do cortisol Corticosteroides ligam-se a receptores intracelulares, entram no núcleo e regulam genes expressos nos leucócitos Tem como alvo as funções pró-inflamatórias dos monócitos e macrófagos e reduzem o número de células