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Licensed to Luana Cochlar Bento - luanacochlar@gmail.com
Esther Santos ± 77 
IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
ANATOMIA E FUNÇÕES DOS TECIDOS LINFOIDES 
ÓRGÃOS LINFOIDES GERADORES ± PRIMÁRIOS 
Duas funções importantes compartilhadas por eles são o 
fornecimento de fatores de crescimento e outros sinais 
moleculares para a maturação dos linfócitos e a apresentação 
de autoantígenos para reconhecimento e seleção dos 
linfócitos em maturação (para que eles não ataquem o que é 
próprio) 
x Medula óssea Æ sítio de maturação das células B 
o Os linfócitos B são produzidos e amadurecem 
parcialmente na medula e vão pro baço, onde 
completa a maturação. Depois, migram para os 
órgãos linfoides secundários 
x Timo Æ maturação das células T 
o São produzidos na medula mas amadurecem no 
timo e migram para os órgãos linfoides periféricos 
ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS 
x Linfonodos 
x Baço 
x MALT (tecido linfoide associado à mucosa) 
o Anel de Waldeyer: tonsila palatina, lingual, faríngea 
e tubária 
Esses órgãos são necessários para se dar inicio das 
respostas imunes adaptativas, pois os linfócitos e as APCs 
estão localizados e concentrados em áreas para onde os 
antígenos estranhos vão ser levados. Isso garante que 
antígenos e linfócitos naive antígeno-específico fiquem 
localizados nas mesmas regiões. 
MEDULA ÓSSEA 
É o sítio de geração de células sanguíneas circulantes 
(hematopoiese) e sítio de maturação dos linfócitos B 
(parcialmente, pois depois eles vão pro baço para completar) 
 
Obs: quando a medula é lesada ou quando exige uma 
demanda muito grande de novas células sanguíneas, o fígado 
e o baço se tornam sítios de hematopoiese extramedulares 
x No feto 
A hematopoiese ocorre nas ilhotas sanguíneas junto ao saco 
vitelínico e mesenquima para-aórtico. Depois, entre o 3º e 4º 
mês de gestação muda pro fígado. 
x Nascimento-puberdade 
Ao nascimento, a hematopoiese ocorre nos ossos longos de 
todo o esqueleto 
x Adulto 
Restrita à medula de ossos chatos Æ esterno, vértebras, ossos 
ilíacos e costela 
HEMATOPOIESE 
Ambas as respostas, inata adquirda dependem das atividades 
dos leucócitos, que juntamente com as hemácias e as 
plaquetas são originários da medula óssea. 
Todas elas se originam de células-tronco hematopoiéticas 
(HSC) que são pluripotentes da medula, que dão origem a 
progenitoras imediatas de hemácias e plaquetas, além das 2 
principais categorias de leucócitos: linhagem linfoide e 
mieloide 
 
LINHAGEM MIELOIDE 
O progenitor mieloide comum é da origem mieloide que inclui 
a maioria das células do sistema imune inato, exceto as 
células NK. 
Esse progenitor vai ser precursor 
x Monócitos (não maduros) que originam os macrófagos 
(quando vai pro sangue, está maduro) 
x Granulócitos Æ neutrófilos, eosinófilos e basófilos 
x Célula dendríticas 
 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
ORIGEM LINFOIDE 
O progenitor linfoide comum da medula óssea dará origem 
aos linfócitos do sistema imune adaptativo e as células NK da 
imunidade inata 
Obs: as células NK é um tipo de linfócito que responde à 
presença de infecção, mas não é específico par antígeno, por 
isso é do sistema imune inato 
x Linfócitos B ou células B Æ após um antígeno se ligar a 
um receptor de antígenos de célula B, o linfócito irá se 
proliferar e diferenciar-se em células plasmáticas 
x Linfócitos T ou células T Æ após sua ativação depois do 
seu primeiro contato com o antígeno, diferencia-se em um 
dos tipos funcionais de linfócitos T efetores 
x Células natural killer, ou NK 
TIMO 
Mediastino anterior, local de maturação da célula T, que 
involui após a puberdade de modo que no adulto é 
praticamente indetectável. Possui 2 lobos e cada um possui 
córtex e medula 
 
Os linfócitos no timo, ou timócitos, são células T em vários 
estágios de maturação. 
Primeiro começa no córtex, depois vai pra medula, por isso ela 
possui principalmente células T maduras. 
Somente as células T naive maduras saem do timo e entram 
na circulação para ir em direção aos tecidos linfoides periféricos 
Obs: depois que o timo atrofia, as células T são armazenadas 
em diversos locais do corpo, principalmente as tonsilas 
palatinas (amigdalas) 
CÓRTEX 
 
Contém uma coleção densa de linfócitos T 
Por todo o timo, há células epiteliais não linfoides contendo 
muito citoplasma, as células epiteliais corticais produzem IL-
7 (interleucina 7, um tipo de citocina) necessária ao 
desenvolvimento inicial da célula T 
MEDULA 
 
Na medula existe um tipo de célula epitelial chamada células 
epiteliais medulares tímicas, que exercem papel especial na 
apresentação de autoantígenos para as células T em 
desenvolvimento, causando sua eliminação. 
x É como se no processo de maturação, houvesse um teste 
com autoantígenos (próprios) para ver se os linfócitos T 
atacam, se eles atacarem, eles são eliminados 
x Mecanismo que garante que o sistema imune permaneça 
tolerante aos autoantígenos 
Na medula também existem os corpúsculos de Hassal, 
compostas por espirais firmemente compactadas de células 
epiteliais que podem ser remanescentes de células em 
degeneração 
SÍNDROME DE DIGEORGE 
Distúrbio congênito resultante de defeito embrionário das 
células da crista neural das 3ª e 4ª bolsas faríngeas, que vão 
dar origem ao timo, paratireoides e arco aórtico 
Ocorre pela deleção dos genes envolvidos do cromossomo 22 
(gene 22q11) 
ASPECTOS CLÍNICOS 
Podem ser observados ainda no período neonatal 
DISMORFISMOS CRÂNIO FASCIAIS 
 
Hipertelorismo, orelhas de implantação baixa e chanfradas, 
fendas palatinas etc 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
MALFORMAÇÕES DE VIAS AÉREAS 
Insuficiência velofaringeana, ou seja, fechamento incompleto 
da velafaringeana durante a fala 
 
CARDIOPATIAS 
Ocorre em 80% dos pacientes, por causa de um defeito na 
migração e interação das células da crista neural durante a 
formação embrionária da árvore aorticopulmonar 
x Malformações truncais 
x Tetralogia de fallot 
x Interrupção do arco aórtico 
x Defeito no septo ventricular 
OUTROS 
x Malformações renais 
x Hipocalcemia, tetanias e convulsões Æ por causa da hipo 
ou aplasia das paratireoides 
x Alterações neurológicas e comportamentais 
x Distúrbios de linguagem 
x Citopenias auto-imunes e artrite reumatoide infantil (ARJ) 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
80% dos casos apresentam baixo número de linfócito T e 
maior susceptibilidade a infecções por vírus e fungos 
Forma completa de SDG Æ linfócito T inferior a 1 a 2% de 
linfócitos totais 
SDG parcial Æ número de células T normal, com adequada 
linfoproliferação por mitógenos 
É comum em muitos casos as infecções de repetição, sem 
comprometimento celular, mas decorrente principalmente dos 
defeitos anatômicos das vias aéreas 
A maioria dos pacientes possuem função tímica normal, ao 
nascer os pacientes podem ter o numero reduzido de células, 
mas com resposta significativa à estimulação com mitógenos e 
antígenos, além de produção normal de anticorpos a 
antígenos vacinais 
Obs: para administrar as vacinas de forma segura, contagem 
de células TCD4+ igual ou acima de 500 cels/mm3 
Quando há defeito grave de célula T, principalmente em 
casos de aplasia do timo, é indicado o transplante de células 
tímicas, com sobrevida em torno de 50% 
DIAGÓSTICO 
x Aconselhamento genético, visto que é de caráter familiar 
x Devem ser seguidos critérios para a realização do teste 
FISH 
 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
Os vasos linfáticos desse sistema vão drenar o liquido 
intersticial, um filtrado de plasma para fora dos capilares, para 
os linfonodos ao longo dos vasos. 
Esses vasos possuem válvulas de sentindo único junto aos 
seus lumens, prevenindo o fluxo retrógrado do liquido, que é a 
linfa. 
A linfa é bombeada para o interior de vasos linfáticos maiores 
por meio da contração dascélulas musculares lisas e pela 
pressão do movimento dos tecidos musculoesqueléticos 
Os vasos se fundem aos aferentes linfáticos que drenam para 
dentro de linfonodos, e do linfonodo para outro a partir dos 
linfáticos eferentes (que saem) 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
Os indivíduos sem baço são suscetíveis a infecções 
disseminadas por bactérias encapsuladas (por isso 
eles precisam tomar a vacina delas), como os 
pneumococos e meningococos, porque eles são 
depurados por opsonização e fagocitose, e essa 
função é defeituosa se o baço estiver ausente. 
 
No fim, o ducto torácico e o ducto linfático direito recebem 
toda a drenagem das regiões do corpo e os esvaziam na veia 
cava superior, para que o liquido retorne à corrente sanguínea 
 
Os vasos linfáticos coletam antígenos antimicrobianos de suas 
portas de entrada (pele, TGI e respiratório) e os distribuem 
aos linfonodos, onde esses antígenos estimulam 
respostas imunes adaptativas 
Todos esses tecidos são revestidos por barreira epiteliais que 
contem DCs (células dendríticas) que capturam antígenos 
microbianos e a sua migração dos vasos para os linfonodos é 
guiado pelas quimiocinas produzidas no linfonodo. 
Então, os linfonodos dos vasos são como filtros que amostram 
a linfa para antígenos solúveis e DC associados, esses 
DQWtJHQRV�SRGHP�VHU�µ¶YLVWRV¶¶�SHODV�FpOXODV�GR�VLVWHPD�LPXQH�
adaptativo para começar a resposta. 
LINFONODOS 
Possuem acesso aos antígenos que são drenados pelos vasos 
linfáticos, favorecendo a iniciação de respostas imunes 
adaptativas. 
Os linfáticos aferentes esvaziam dentro do seio subscapular 
(contem macrófagos que fagocitam os organismos infeciosos, 
reconhecidos por receptores de superfície) e depois a linfa vai 
para o seio medular conectado, para depois sair pelos 
linfonodos eferentes. 
 
 
 
 
 
Sob o assoalho interno do seio subescapular, tem o córtex 
rico em linfócitos B que estão agregados dentro das células 
chamadas folículos. 
O córtex ao redor dos folículos (parafolicular) é povoado por 
linfócitos T e DCs 
Obs: essa segregação anatômica entre esses linfócitos 
garante que eles estejam em contato com as APCs (células 
apresentadoras de antígenos) apropriadas, por exemplo, 
células B com FDCs (células dendríticas foliculares) e células 
T com DCs 
BAÇO 
 
Altamente vascularizados, que tem a função de 
x Remover da circulação as células sanguíneas 
envelhecidas e danificadas 
x Remover as partículas, como imunocomplexos e 
microrganismos opsonizados (cobertos com anticorpos) 
x Iniciar respostas imunes adaptativas a antígenos 
transportados pelo sangue 
 
 
 
 
 
O parênquima esplênico é dividido em polpa vermelha e polpa 
branca 
POLPA VERMELHA 
Constituídas de sinusoides vasculares cheios de sangue, e 
macrófagos que atuam removendo microrganismos, células 
danificadas e microrganismos opsonizados 
POLPA BRANCA 
Rica em linfócitos, células mediadoras de respostas imunes 
adaptativas. A arquitetura da polpa branca é análoga aos dos 
linfonodos, com zonas segregadas de linfócitos T e B 
SISTEMAS IMUNES CUTÂNEO E DE MUCOSA 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
As principais barreiras epiteliais do corpo, como a pele, 
mucosa TGI e mucosa bronquial possui seu próprio sistema 
de linfonodo. 
O da pele evoluiu para responder a uma ampla variedade de 
microrganismos ambientais 
Os das mucosas são chamados de tecidos linfoides 
associado à mucosa (MALT) e estão envolvidos nas 
respostas imunes a antígenos e microrganismos ingeridos e 
inalados. 
Ambos possuem muitas células tanto do sistema inato quando 
do adaptativo e uma características desses tecidos é que eles 
são densamente povoados por microrganismos 
comensais, alguns essenciais à fisiologia, o sistema imune 
evoluiu para não eliminar esses seres. 
CONCEITOS INICIAIS 
IMUNIDADE 
É a proteção contra uma doença infecciosa 
SISTEMA E RESPOSTA IMUNE 
O sistema imune vai ser constituído de células e moléculas que 
vão promover a imunidade e a resposta imune vai ser a reação 
aos microorganismos, assim como as moléculas, que são 
reconhecidas estranhas, independentemente da consequência 
fisiológica ou patológica de tal reação. 
Isso porque pode acontecer das moléculas próprias do corpo 
desencadearem respostas imune (doenças autoimunes) 
IMUNIDADE INATA E ADPTATIVA 
 
A defesa contra os microorganismos pode ser mediada por dois 
tipos de respostas: imunidade inata (ou natural ou nativa) e 
imunidade adquirida (ou adaptativa ou imunidade específica) 
A imunidade inata é essencial para a defesa contra os 
microorganismos nas primeiras horas/dias após a infecção, 
sendo mediada por mecanismos que já existiam antes mesmo 
da infecção (por isso, inata) e que facilitam rápidas respostas 
contra os invasores. 
A imunidade adquirida vai depender de uma resposta que vai 
ser estimulada pela exposição a agentes infecciosos, e que vão 
aumentar a magntitude e a resposta à infecção após cada 
infecção sucessiva a um microorganismo em particular 
(específica), porque ela vai gerar a memória. 
Esse sistema vai reconhecer e reagir a um grande número de 
substancias microbianas e não microbianas, chamadas 
antígenos. 
Esses dois tipos de imunidade estabelecem conexão entre si. 
Por exemplo, a resposta inata aos microorganismos vai 
fornecer os primeiros sinais de perigo que vão estimular as 
respostas imunes adaptativas. 
Por outro lado, as respostas adaptativas podem trabalhar de 
modo a intensificar os mecanismos protetores da imunidade 
inata, para que eles se tornem mais capazes de combater os 
microrganismos. 
CARACTERÍSTICAS 
1. TOLERÂNCIA A SI PRÓPRIO 
O nosso sistema imune normalmente não reage aos 
antígenos próprios do nosso corpo. 
existem diferentes mecanismos que são usados pelo sistema 
imune inato e adaptativo para prevenir essas reações contra as 
células próprias sadias 
2. A IMUNIDADE É SISTÊMICA 
Porque os linfócitos e outras células imune conseguem transitar 
pelos tecidos, de forma que se a resposta imune for iniciada em 
um local, ela também vai poder proteger locais distantes desse 
inicial. 
Essa característica é essencial para o sucesso da vacinação, 
porque a vacina administrada no tecido subcutâneo ou 
muscular do braço consegue proteger contra infecções em 
qualquer outro tecido 
3. AS RESPOSTAS IMUNE SÃO REGULADAS 
Elas são reguladas por um sistema de alças de feedback 
positivo que vão ampliar a reação e também por mecanismos 
de controle que vão prevenir reações inapropriadas ou 
patológicas. 
Isso porque, quando os linfócitos são ativados, eles disparam 
mecanismos que aumentam a magnitude da resposta, 
causando um feedback positivo que vai capacitar um pequeno 
numero de linfócitos, específicos, a gerarem uma ampla 
resposta (por exemplo, aumentando o número daquele linfócito 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
especifico que estava em pequena quantidade para melhorar o 
combate) 
Os mecanismos de controle também servem para por limite nas 
respostas, ou seja, vão prevenir a ativação excessiva de 
linfócitos, pois isso poderia causar danos aos tecidos normais, 
além de prevenirem respostas contra os autoantígenos 
 
 
IMUNIDADE INATA: A DEFESA INICIAL 
x Impedem, controlam e eliminam a infecção 
x Também é capaz de estimular resposta adquirida 
O sistema imune inato responde quase imediatamente a 
microorganismos e células lesadas, e como eles não são 
específicos, vão provocar respostas praticamente idênticas. 
Os receptores vão ser específicos, mas para aquelas estruturas 
que são comuns a grupos de microorganismos 
relacionados, não fazendo a distinção das pequenas diferenças 
entre eles. Por exemplo, reconhecem uma proteína de parede 
que é compartilhada por diversos tipos de bactérias.BARREIRAS EPITELIAIS 
As superfícies corporais são protegidas por epitélios, que 
impõem uma barreira física entre o meio interno e externo que 
contém patógenos. A perda da integridade dessas camadas 
epiteliais por traumatismo predispõe um individuo à infecções. 
Esses epitélios incluem 
x Pele 
x Mucosa do trato gastrointestinal, Respiratório e 
Genitourinário 
 
CÉLULAS EPITELIAIS 
Formam zonas de oclusão umas com as outras, bloqueando a 
passagem de microrganismos entre as células. As camadas de 
queratinas que provem dos queratinócitos mortos, servem para 
bloquear a penetração microbiana, por exemplo. 
MUCOSA EPITELIAL 
Secreta o muco, que impede os microrganismos de aderir ao 
epitélio e, no trato respiratório, podem ser expelidos pelo fluxo 
de muco devido ao movimento dos cílios do epitélio da mucosa. 
Obs: a fibrose cística é uma doença que produz um muco 
anormalmente espesso ou com inibição do movimento ciliar, 
por isso as pessoas com essa doença frequentemente 
possuem infecções pulmonares. 
No intestino, o peristaltismo é importante para manter tanto a 
comida quanto os agentes infecciosos em movimento 
Obs: pessoas com falha no peristaltismo podem ter um 
supercrescimento de bactérias no lumen intestinal, 
promovendo infecções 
A microbiota comensal do intestino também produz ácido 
láticos (pelos lactobacilos vaginais) e bactericidas. 
Obs: quando os comensais são destruídos com antibióticos, os 
patógenos com frequência os substituem e causam doenças 
PROTEÍNAS ANTIMICROBIANAS 
A superfície epitelial também produz substancias químicas que 
são microbicidas ou que inibem o crescimento microbiano, os 
peptídeos antimicrobianos: 
x Defensinas 
x Catelicidinas 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
x Histatinas 
DEFENSINAS 
Possui estrutura anfipática e rompe a membrana celular de 
bactérias, fungos e a membrana envelopada de alguns vírus 
São produzidas por células epiteliais, leucócitos granulócitos, 
células NK e linfócitos T citotóxicos 
CATELICIDINAS 
Produzidas por neutrófilos e células epiteliais de barreira na 
pele, TGI e trato respiratório 
Quando ativas, conferem proteção contra infecções, pois é 
toxica a muitos microrganismos 
HISTATINAS 
Produzidos pelas glândulas paratireoide, sublingual, 
submadibular da cavidade oral 
São ativos contra fungos patogenisoc, como Candida 
albicans 
LINFÓCITOS T INTRAEPITELIAIS 
Os epitélios de barreira contem certos tipos de linfócitos, 
incluindo os linfócitos T intraepiteliais, que reconhecem e 
respondem aos microrganismos comumente encontrados 
Embora a maioria dos T sejam mediadores da imunidade 
adquirida, os linfócitos T intraepiteliais são diferentes porque 
possuem diversidade limitada de receptores antigênicos, 
comparada aos da imunidade adquirida 
Além disso, é possível que esses linfócitos sejam ativados por 
citocinas e outras moléculas em resposta ao estresse das 
células epiteliais, não por reconhecimento do antígeno 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
x Reconhecem as substancias que induzem respostas no 
hospedeiro, ou seja, os antígenos 
x É uma defesa tardia 
o Específica ao agressor 
o Depende de uma exposição a aquele 
microorganismo 
o Gera células de memória 
A resposta vai ser mediada por linfócitos B e T, que expressão 
receptores altamente diversos que são capazes de reconhecer 
muitos antígenos (substancia que induz resposta). 
CARACTERÍSTICAS DAS RESPOSTAS ADAPTATIVAS 
ESPECIFICIDADE E DIVERSIDADE 
As respostas são específicas para: 
x Antígenos distintos 
x Determinantes ou epítopos (porções diferentesde um 
único complexo proteico, polissacarídeo ou de outra 
macromolécula) 
Essa especificidade existe porque cada linfócito expressa 
receptores de membrana que conseguem distinguir as 
diferenças de cada epítopos distintos 
SELEÇÃO CLONAL 
De acordo com essa hipótese de Macfarlane Burnet, clones de 
linfócitos antígeno-específicos se desenvolvem antes e 
independentemente da exposição ao antígeno, ou seja, estão 
presentes em indivíduos não imunizados e são capazes de 
reconhecer e responder aos antígenos estranhos. 
Ou seja, nós temos tantos linfócitos para responder a diferentes 
antígenos que pode acontecer de um microrganismo entrar no 
corpo e já estarmos preparados para recebe-lo, mas isso não 
quer dizer que vai haver resposta, pois precisa haver um 
reconhecimento para depois acontecer a ativação e gerar a 
resposta. 
EXPANSÃO CLONAL 
Um atígeno introduzido se liga (seleciona) às células do clone 
antígeno-específico preexistente e a ativa, assim, essa célula 
se prolifera e gera milhões de descendentes com a mesma 
especificidade. 
A diversidade é a capacidade do repertório de linfócitos (total 
de especificidades antigênicas dos linfócitos em uma pessoa) 
para reconhecer um numero grande de antígenos. 
Essa diversidade é o resultado da variabilidade nas estruturas 
dos sítios de ligação ao antígeno dos receptores antigênicos 
dos linfócitos. 
A diversidade é essencial para defender os indivíduos contra 
diversos patógenos no ambiente 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
 
A expansão clonal é como se eu tenho milhões de linfócitos, 
com um pouco de cada especifico para cada antígeno, e 
quando for necessário e ocorrer a ativação de um clone, gerar 
outros milhares de clones para aumentar a quantidade de 
linfócitos para combater aquele microrganismo. 
MEMÓRIA 
A exposição do sistema imune a um antígeno estranho 
aumenta sua capacidade de responder àquele antígeno, de 
modo que as respostas imunes secundárias são mais rápidas, 
de maior magnitude e com frequência diferente da primeira. 
A memoria imunológica ocorre porque cada exposição a um 
antígeno gera células de memória de vida longa específicas 
para ele. 
Existem 2 razões para a reposta 2ª ser mais forte: 
1. As células de memória se acumulam, sendo mais do que 
os linfócitos naive específicos para o antígeno no 
momento da exposição inicial 
2. Células de memória reagem mais rápida e vigorosamente 
ao antígeno do que os linfócitos naive 
Assim, a memória permite que o sistema imune combata 
infecções por microrganismos prevalente no ambiente e 
encontrados repetidamente 
 
 
 
NÃO REATIVIDADE AO PRÓPRIO (AUTOTOLERÂNCIA) 
O sistema imune não reage prejudicialmente aos antígenos do 
próprio individuo, mas sim aos antígenos não próprios. 
A não responsividade (responder) imunológica também é 
chamada de tolerância, que é mantida por diversos 
mecanismos: 
x Eliminação de linfócitos que expressam receptores 
específicos para alguns autoantígenos, inativando os 
linfócitos autorreativos ou suprimindo essas células 
pela ação de células reguladoras 
Anormalidades na indução ou manutenção desse mecanismo 
leva a respostas imunes contra os autoantígenos (antígenos 
autólogos), podendo resultar em doenças autoimunes. 
VISÃO GERAL DA IMUNIDADE HUMORAL E MEDIADA 
POR CÉLULAS 
A resposta imune adaptativa pode se dar por 2 tipos, que são 
induzidos por linfócitos diferentes, atuando contra diferentes 
tipos de microrganismos: 
x Imunidade humoral 
x Imunidade mediada por células 
Pesquisadores clarearam o significado dos termos: 
Anticorpo Æ proteínas séricas que se ligam a substâncias 
estranhas, como toxinas 
Antígenos Æ são as substancias estranhas 
IMUNIDADE HUMORAL 
x Mecanismo de defesa contra microrganismos e suas 
toxinas que estão fora das células 
o Ex.: lumen do TGI e respiratório e no sangue 
x Mediado por moléculas no sangue (chamados humores) e 
em secreções mucosas, que são os anticorpos 
x Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B 
x Eles reconhecem antígenos microbianos, se ligam ao 
microrganismo e suas toxinas, neutraliza e ajuda na 
eliminação 
x Ajuda na eliminação marcando os microrganismos para 
que eles sejam eliminados pelos fagócitos e pelo sistema 
complementoIMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS 
x Mecanismos de defesa contra microrganismos 
intracelulares 
o Como um vírus que sobreviveu dentro do fagócito e 
continua se replicando, sendo inacessíveis aos 
anticorpos circulantes 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
x Mediado pelos linfócitos T 
x Promove a destruição do microrganismo dentro dos 
fagócitos 
x Pode acontecer de eliminar a célula infectada junto, 
para acabar com o reservatório da infecção e o 
microrganismo 
 
IMUNIDADE ATIVA 
É uma forma de imunidade induzida pela exposição de um 
antígeno (a pessoa é dita sensibilizada ao antígeno), porque o 
individuo tem um papel ativo na resposta ao antígeno 
Linfócitos naive Æ linfócitos dos indivíduos que nunca 
encontraram um antígeno particular, implicando que ambos são 
imunologicamente inexperientes 
Individuo imune Æ resposderam a um antígeno microbriano 
e agora estão protegidos de exposições futuras contra esse 
mesmo microrganismo 
IMUNIDADE PASSIVA 
Imunidade conferida por meio da transferência de anticorpos 
de um individuo imunizado para um que nunca encontrou o 
antígeno. É um método útil na medicina para conferir 
resistência rapidamente, sem precisar esperar a resposta 
imune ativa 
x Transferência de anticorpos da mãe para o feto pela 
placenta e pela amamentação 
x Soros para infecções rábicas ou picadas de serpentes 
x Pacientes com doenças imunodeficientes genéticas são 
imunizados passivamente pela transferência de um pool 
de anticorpos de doadores saudáveis 
 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE INATO 
O progenitor mieloide comum é precursor das células do 
sistema imune inato 
 
Os do sistema imune adquirido, são os linfócitos T e B 
 
1- FAGÓCITOS 
Os fagócitos são constituídos de várias células, dentre elas, os 
neutrófilos e os macrófagos (monócitos maduros) são a 
primeira linha de defesa da imunidade inata depois que o 
microrganismo atravessa as barreiras epiteliais, mas também 
são importantes na fase efetora das respostas imunes 
adaptativas 
 
MONÓCITOS E MACRÓFAGOS ± FAGÓCITOS e APCs 
 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
Os macrófagos residem na maioria dos tecidos corporais e são 
a forma madura dos monócitos, que circulam no sangue. 
Quando os monócitos saem do sangue para os tecidos eles 
viram macrófagos 
Durante o desenvolvimento fetal, o fígado e o saco vitelínico 
produziam macrófagos que iam para os tecidos e se 
diferenciavam em diferentes células com funções de 
macrófagos 
 
x Engolfam e matam os microrganismos, sendo uma 
importante defesa de 1ª linha da imunidade inata 
x Possuem vida relativamente longa, por isso eles 
conseguem apresentar o antígeno para as células T e 
estimular a imunidade adaptativa 
x Vivem mais que os neutrófilos, por isso eles são as células 
efetoras dominantes nos estágios mais tardios da resposta 
imune inata, decorridos vários dias do inicio de uma 
infecção 
Funções específicas dos macrófagos 
x Ingerem microrganismos pela fagocitose e os destroem 
x Ingerem células necróticas do hospedeiro e neutrófilos que 
morrem após se acumularem em sítios de infecção, além 
de reconhecerem e englobarem células apoptóticas (pois 
seus conteúdos podem induzir respostas inflamatórias), 
por isso são limpadoras do organismo 
x Atuam também como APCs que exigem fragmentos de 
antígenos proteicos e ativam os linfócitos T 
x Também coordenam respostas imunes, pois secretam 
citocinas sinalizadoras que ativam outras células do 
sistema do sistema imune para gerar respostas 
x Por fim, promovem o reparo dos tecidos lesados, 
estimulando a angiogênese e a síntese de matriz 
extracelular rica em colágeno (fibrose) 
NEUTRÓFILOS ± GRANULÓCITOS FAGÓCITOS 
 
São as células mais numerosas e importantes na imunidade 
inata. São produzidos na medula óssea e surgem do progenitor 
mieloide comum, que também vai originar os monócitos 
x Fagocitam e destroem microrganismos, bactérias e 
fungos em vesículas intracelulares 
x Principalmente microrganismos opsonizados e produtos 
de células mortas 
x O citoplasma é cheio de grânulos, contendo enzimas 
(lisozima, colagenase e elastase) e substâncias 
microbicidas, principalmente, defensinas e catelicidinas 
x Após entrarem nos tecidos, os neutrófilos atuam e depois 
de 1-2 morrem, por isso possui baixa expectativa de vida 
Além disso, os neutrófilos também podem matar os 
microrganismos extracelulares, mas com a liberação dos seus 
grânulos e substâncias antimicrobicidas elas podem danificar 
os tecidos sadios 
Obs: deficiência hereditárias na função dos neutrófilos levam a 
uma infecção bacteriana devastadora, que será fatal se não for 
tratada 
 
EUSINÓFILOS E BASÓFILOS ± GRANULÓCITOS 
FAGÓCITOS 
 
 
 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
 
 
 
 
Ambos derivam da medula óssea e circulam no sangue, 
podendo ser recrutados para os sítios inflamatórios 
Ambos expressão grânulos citoplasmáticos contendo 
enzimas nocivas às paredes celulares de parasitas, mas 
que também podem danificar as células do hospedeiro, 
processo chamado de eusinofilia 
Acredita-se que eles sejam importantes na defesa contra 
parasitos que são muito grandes para serem ingeridos por 
macrófagos ou neutrófilos, por isso eles fazem a digestão 
extracelular 
x Os basófilos produzem e secretam histamina, por isso 
ele está relacionado com processos inflamatórios também, 
em que seus efeitos são mais prejudiciais que protetores 
x Os eosinófilos também possuem IgE na sua superfície, e 
quando um exame mostrar que tem IgE aumentado e 
negativo para parasitose, o aumento de eosinófilos pode 
estar associado a questões alérgicas 
CÉLULAS DENTRÍTICAS (DCs) ± FAGÓCITOS E APCs 
São residentes nos tecidos e também circulam no sangue, elas 
percebem a presença de microrganismos e iniciam reações da 
defesa inata, além de iniciar respostas imunes adaptativas 
Por esse motivo, elas formam uma ligação crucial entre a 
resposta imune inata e a adaptativa 
 
A maioria das DCs fazem parte da linha mieloide de células 
hematopoiéticas e surge de um precursor que também 
consegue se diferenciar em monócito 
Função na imunidade inata 
Elas fazem fagocitose e degradam os patógenos que 
capturam, pois elas expressam TLRs e outros receptores que 
reconhecem moléculas microbianas, e respondem aos 
microrganismos secretando citocinas que recrutam e ativam 
células inatas no sítio de infecção 
 
Função na imunidade adquirida 
A principal função delas é ativar os linfócitos T pela 
apresentação de antígenos derivados de patógenos em sua 
superfície, ativando os receptores de antígenos dos linfócitos T 
Æ por isso elas são denominadas como células 
apresentadoras de antígenos (APCs) 
x DCs clássicas 
Capturam antígenos proteicos de microrganismos que entram 
através dos epitélios e estimulam as células T 
x DCs plasmocitoides 
São as principais produtoras de citocinas interferons (IFNs) de 
tipo I, que promovem atividades antivirais potentes e exercem 
papel importante na defesa do hospedeiros contra o vírus 
 
x Células dentríticas foliculares 
Exibem morfologia dendríticas mas não estão associadas às 
DCs discutidas. 
Não derivam de precursores da medula e não apresentam 
antígenos a células T, mas estão envolvidas na ativação da 
célula B junto aos órgãos linfoides 
2- MASTÓCITOS 
 
Derivados da medula óssea a estão presentes nos tecidos 
adjacentes a vasos e nervos. 
Expressão receptores de membrana com alta afinidade com o 
anticorpo IgE e geralmente são cobertos por ele, quando o IgE 
se liga a um antígeno, os mastócitos são ativados e liberam 
seus conteúdos dos grânulos citoplasmático no meio 
extracelular, como a histamina Æ promove alterações nos 
vasos sanguíneos que causam inflamação 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
Os mastócitos também são ativados independentes de IgE, 
por exemplo quando reconhecem produtos microbianos, 
atuando como sentinela do sistema inato 
3- CÉLULAS NATURAL KILLER (NK) 
 
Possui morfologia e funções efetoras similares a das células T, 
porém são desprovidas de receptores antigênicos de célula 
T 
Como ele reconhece a infecção mas não é especifico para 
antígeno, é considerado como célula do sistema imune inato 
Elas podem reconhecer e matar algumas células anormais, 
como células tumorais e células infectadas por vírus. 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO 
A imunidade adaptativa é composta pelos linfócitos 
antígenos-específicos, de dois tipos: linfócitos T e B 
Linfócitos virgens Æ aqueles que ainda não fora ativados por 
antígenos 
Linfócitos efetores Æ já encontraram seu antígeno, já foram 
ativados e se diferenciaram em linfócitos totalmente funcionais 
LINFÓCITOS B 
Responsáveis pela produção de anticorpos 
(imunoglobulinas, Igs) 
Após o antígeno se ligar a um receptor de célula B (BCR), 
também conhecido como imunoglobulina de membrana, o 
linfócito B irá se proliferar e se diferenciar em células 
plasmáticas (forma efetora) 
Existem 3 principais subpopulações de células B que estão 
encontradas em localizações anatômicas distintas junto aos 
tecidos linfoides 
x Células B foliculares 
Encontradas nos tecidos linfoides e sangue, são as moléculas 
efetoras-chave secretadas de imunidade adaptativa 
humoral 
Elas originam a maioria dos anticorpos de alta afinidade e ela 
que protege o indivíduo contra infecções repetidas pelos 
mesmos microrganismos 
x Células B da zona marginal 
Encontrada no baço, produz anticorpos com diversidade 
limitada 
x Célula B-1 
Encontradas nos tecidos de mucosa, na cavidade peritoneal e 
pleural, produz anticorpos com diversidade limitada 
 
LINFÓCITOS T 
São as células mediadoras da imunidade celular, que 
surgem a partir de células precursoras na medula óssea que 
migram e amadurecem no timo, portanto, são derivados de lá 
Linfócitos naive Æ linfócito T maduro que nunca encontrou 
um antígeno estranho 
Após a ativação dos linfócitos naive, eles se tornam maiores e 
começam a se proliferar e de diferencia em um dos diferentes 
tipos de linfócitos T efetores, que possuem funções divididas 
em 3 grandes classes 
x Morte Æ células T citotóxicas 
x Ativação Æ células T auxiliares 
x Regulação Æ células T reguladoras 
CÉLULAS T CITOTÓXICAS (CTLS CD8+) 
Expressam uma proteína de superfície que a diferencia, CD8+, 
e eles possuem grânulos citoplasmáticos diversos de proteínas 
que, quando liberadas, matam as células reconhecidas pelas 
células T citotóxicas 
Essas células são principalmente vírus ou outro patógeno 
intracelular 
CÉLULAS T AUXILIARES (CD4+) 
Expressão o marcador CD4+ elas ativam os linfócitos B, 
macrófagos e células dendríticas via moléculas de 
superfície, como CD40-ligante (CD154) 
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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
Assim, elas produzem sinais adicionais que influenciam o 
comportamente e a atividade de outras células 
Para as células B Æ estimulam a produção de anticorpos 
Para ao macrófagos Æ influenciam que eles se tornem mais 
eficientes para matar os patógenos capturados 
CÉLULAS T REGULADORAS 
Suprimem a atividade de outros linfócitos e auxiliam a controlar 
as respostas imunes 
CÉLULAS DE MEMÓRIA 
Durante o desenvolvimento de uma resposta imune, algumas 
células B e T são ativadas por antígenos e se diferenciam em 
células de memória, responsáveis pela imunidade de longa 
duração, que podem ser produzidas após doença ou 
vacinação 
 
 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
PAMP ± PADRÕES MOLECULARES ASSOCIADOS AO 
PATÓGENO 
O sistema inato reconhece estruturas moleculares 
produzidas por patógenos microbianos, pois são moléculas 
que o hospedeiro não tem 
x RNA de fita dupla (não temos) 
x Lipopolissacarideo (LPS) em bactérias gram-negativas 
x Ácido lipoteitoico em gram-positivas 
Os padrões vão ser reconhecidos pelos receptores tipo TOLL 
e outros que existem 
O objetivo é mostrar para o sistema imune que houve uma 
invasão, porém, não sabe quem é o invasor (só sabe que é 
um) 
Ativa mecanismos de inflamação (por isso o PAMP pode 
preceder uma doença autoimune, pois essas doenças 
precisam de uma infecção antes) 
 
DAMP ± PADRÕES DE MOLÉCULAS ASSOCIADAS AO 
DANO 
O sistema inato reconhece moléculas liberadas após células 
danificadas (toxinas, queimaduras, traumatismos, perda de 
sangue) ou necróticas, principalmente porque elas vão ficar 
extracelularmente, mas o lugar delas é intracelular, por isso 
reconhece. 
x TGO, TGP, ATP, AMPc (são moléculas que se encontram 
dentro das células, não fora) 
Quando ocorre o dano celular de células sadias, as moléculas 
liberadas são as alarminas, porque o objetivo delas é mostrar 
para o sistema imune inato que houve uma lesão intracelular 
Ativa o mecanismo de cicatrização (anti-inflamatória), por isso 
na hepatite, depois da lesão das células (libera TGO e TGP) 
vai acontecer o processo de cicatrização, que vai gerar a 
fibrose e tecidos cicatriciais no fígado 
 
 
RECEPTORES DE RECONHECIMENTO PADRÃO ± INATA 
Eles são expressos em diferentes locais que os micro 
podem estar Æ na superfície da membrana, em vesículas 
fagocíticas e no citosol 
Quando esses receptores se ligam aos PAMPs e DAMPs, 
ativam vias de transdução de sinal que promovem funções 
antimicrobianas e pró-inflamatórias 
Além dos receptores, os PAMPs também pode ser reconhecido 
por 
x Moléculas solúveis Æ proteínas presentes no sangue 
que reconhecem PAMPs, intensifica a captação para 
dentro dos fagócitos ou pela ativação de mecanismos 
killing extracelular 
 
CARACTERÍSTICAS DOS RECEPTORES 
x Codificados na linhagem germinativa, não sendo 
produzidos pela recombinação genética Æ por isso tem 
menor diversidade comparado aos da adaptativa 
x Os receptores não são distribuídos clonalmente (como na 
adaptativa, onde cada clone de linfócitos tem um receptor 
especifico para cada antígeno), mas sim os receptores 
idênticos são expressos em todas as células de um 
determinado tipo, como os macrófagos 
x Não reage contra o hospedeiro 
x Estão em várias localizações celulares 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
 
TIPOS DE RECEPTORES 
Existem 4 famílias principais de receptores das células da 
imunidade inata: 
x TLR (tipo TOLL) 
x CLR (receptores de lectina tipo C) 
x NLR (receptores tipo NOD) 
x RLR (receptores tipo RIG) 
 
RECEPTORES TIPO TOLL (TLR) 
Existem diversos tipos de receptores TLR, por exemplo 
x TLR-2 reconhece lipoglicanos bacterianos 
x TLR-3, 7 e 8 são específicos para nucleicos virais 
x TLR-5 é específico para a flagelina, uma proteína flagelar 
que tem nas bactérias, mas não em nós 
Os sinais gerados pela ligação dos receptores TOLL ativam 
fatores de transcrição que estimulam a produção de genes 
que codificam citocinas, enzimas e proteínas envolvidas nas 
funções antimicrobianas dos fagócitos ativados 
Entre os mais importantes fatores de transcrição ativados, 
estão o NF-KB (lê-se NF-capabeta) que promove a expressão 
de citocinas e moléculas de adesão endotelial, e os fatores de 
resposta ao interferon (IRF) que estimulam a produção das 
citocinas antivirais, interferons tipo I 
 
Obs: raras mutações herdadas dos TLR estão associadas a 
infecções recorrentes e graves, principalmente a pneumonia 
bacteriana, pois não vai conseguir reconhecer e ativar 
mecanismos de resposta 
RECEPTORES TIPO NOD (NLR) E O INFLASSOMA 
Família de receptores citosólicos que detectam PAMP e 
DAMP no citoplasma 
um dos NLR mais conhecido é o NLRP-3 que detecta: 
x a presença de produtos microbianos 
x substancias que indicam dano e mortecelular (como ATP, 
cristais de ácido úrico e alterações do K) 
x Substancias endógenas que são depositadas 
excessivamente em células e tecidos (cristais de colesterol 
e AGL) 
Após o reconhecimento, o NLR-3 se oligomeriza em uma (pró) 
forma inativada da enzima capsase-1, conhecida como 
inflassoma, que é cliva uma molécula precursora da IL-1 
(citocina) que induz inflamação aguda e febre, importante para 
a defesa do hospedeiro 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
 
Obs: mutações de função da inflassoma são a causa de 
doenças raras, as síndromes autoinflamatórias, 
caracterizadas por inflamação descontrolada e espontânea, e 
os antagonistas de IL-1 são tratamentos eficazes. 
Obs: a gota é uma doença comum das articulações, causada 
pela deposição de cristais de urato e acredita-se que a 
inflamação é mediada pelo reconhecimento dos cristais pelo 
inflassoma e pela produção de IL-1B 
Obs: inflassoma também pode contribuir para asterosclerose, 
DM2 associado à obesidade (onde IL-1 contribui para a 
resistência dos tecidos à insulina) 
OUTROS RECEPTORES 
x Família tipo RIG 
Reconhece ácidos nucleicos virais ou peptídeos bacterianos 
x Receptores de lectina 
Reconhecem carboidratos e são específicos para glicanos 
fúngicos e para resíduos de manose terminal (receptores de 
manose) 
Envolvidos na fagocitose de fungos e bactérias e em respostas 
inflamatórias a esses patógenos 
RECEPTORES ANTIGÊNICOS DOS LINFÓCITOS 
(ADAPTATIVA) 
Cada clone de linfócito é especifico para um antígeno diferente 
e possui um receptor diferente dos receptores de outros clones 
Embora cada clone reconheça um antígeno diferente, os 
receptores de antígenos transmitem os mesmos sinais 
bioquímicos em todos os LB e LT 
 
RECEPTORES DA LB = ANTICORPOS 
x Tambem são chamados de imunoglobulinas (Ig) 
x Os receptores da LB e os anticorpos que elas secretam 
são capazes de reconhecer muitas macromoléculas 
(proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos) 
x Os anticorpos conseguem reconhecer muito mais 
antígenos, seja de patógenos ou toxinas 
x Os anticorpos existem de 2 formas = ou ligados à 
membrana ou secretados (livres) 
x Conseguem neutralizar e eliminar microrganismos e 
toxinas, pois são moléculas efetoras da imunidade 
humoral 
RECEPTORES DA LT = TRL 
x Consegue reconhecer apenas peptídeos e somente 
quando eles são mostrados por APCs ligados pelo MHC 
x Os LT realizam a função efetora de eliminação na 
imunidade mediada por células 
Considerações gerais sobre os receptores dos linfócitos 
Possuem domínios que reconhecem os antígenos e eles 
variam entre os clones dos linfócitos 
x Porções de reconhecimento = regiões variáveis (V) 
o a variabilidade é concentrada em curtos trechos 
das V, que são as regiões hipervariáveis, pois 
elas formam a parte do receptor que se liga ao 
antígeno (são estruturas complementares) 
x Porções preservadas = porções constantes (C) 
Os receptores estão associados à proteínas que fornecem 
sinais intracelulares acionados após o reconhecimento, 
podendo fazer com que o linfócito se divida, diferencie ou 
morra. 
Complexo receptor da célula B = BCR = conjunto de 
anticorpos como receptores + moléculas sinalizadoras 
Complexo receptor da célula T = TCR = receptor da célula T 
+ moléculas sinalizadoras 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
 
ANTICORPOS 
x Mediadores da imunidade humoral 
x Pode estar circulante ou na membrana do LB 
x Os circulantes se ligam aos antígenos e os neutraliza, 
tampando os sítios de ligação dele com as nossas células, 
impedindo a infecção 
Um antígeno é formado por 2 cadeias leves (tem um domínio V 
e outro C) e 2 cadeias pesadas (tem 1V e 3 ou mais domínios 
C) 
 
O local de ligação do antígeno é formado pelos domínios 
variáveis da cadeia leve e da cadeia curta, Vh e Vl e em cada 
anticorpo existem 2 sítios de ligação (um em cada braço) 
Cada região variável vai possuir 3 regiões hipervariaveis 
(CDR), das quais a maior de variabilidade é a CDR3, e esse 
circuito CDR de ligação ao antígeno forma fendas capazes de 
acomodar diversas macromoléculas e pequenas moléculas 
químicas (não é só peptídeo como nos LT) 
 
As partes dos antígenos que são reconhecidas são chamadas 
de epítopos, pois não reconhece o antígeno inteiro, apenas 
parte dele 
Região Fab = região que se liga ao antígeno, formada por uma 
parte constante e outra variável = existem 2 
Região Fc = formada pelo restante de cadeia pesada que se 
liga a algum receptor (ou na membrana da célula B ou no 
complemento etc) = responsável pela funções efetoras dos 
anticorpos 
Região C terminal = pode estar ancorada na membrana da LB 
ou pode estar sem ancoragem, no caso quando o antígeno é 
secretado e esta livre 
TIPOS DE CADEIAS LEVES 
Temos 2 tipos = capa ou lambda, que diferem em suas regiões 
C 
Cada célula B expressa ou capa ou lambda =, mas não ambas 
TIPOS DE CADEIA PESADA 
Os diferentes tipos de cadeia pesada determinam 
diferentes tipos de anticorpos (classes ou isótipos), por isso, 
cada anticorpo terá uma função diferente, pois é a cadeia 
pesada que dá a função efetora do anticorpo 
Gene alfa (A) = pertencem ao IgA 
Gene epslon (E) = IgE 
Gene mi (M) = IgM (está na membrana, mas pode ser 
secretada também) 
Gene gama (G) = IgG 
Gene delta (D) = IgD (nunca é secretado, sempre vai estar 
presente na membrana da célula B) 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
 
ALTERAÇÕES SOFRIDAS PELO ANTICORPO DEPOIS QUE 
ELE SE ENCONTRA COM O ANTÍGENO 
O anticorpo na membrana, ao encontrar com seu antígeno, vai 
sofrer diversas modificações 
1. Maturação da afinidade 
A força que o antígeno se liga a um epítopo de antígeno é 
chamada de afinidade de interação 
Com a repetida estimulação antigênica (como em uma resposta 
imune 2ª) a afinidade aumenta, como se ficasse mais forte e 
mais encaixado 
2. Mudança da forma membranar para a secretada 
Depois que acontece o reconhecimento, o linfócito B vai 
começar a produzir e secretar o determinado anticorpo que 
neutralize o antígeno 
3. Mudança de classe 
Depois do reconhecimento, o primeiro anticorpo secretado é 
o IgM e a citocina que está sendo secretado pelo LT vai 
determinar quais anticorpos seram produzidos e secretados (de 
qual classe) 
 
Obs: se tiver LB sendo ativado em uma região que não existe 
LT, logo não vai existir citocina e não vai existir mudança de 
classe, vai ter só IgM sendo secretado 
Obs: o IgM vai ser o primeiro anticorpo secretado depois da 
ativação, e se no exame do paciente tiver dado IgM alto, quer 
dizer que o paciente está com uma infecção recente 
RECEPTORES DAS CÉLULAS T (TCR) 
O TCR reconhece antígenos peptídicos apresentados por 
MHC na membrana de APCs 
É composto por uma cadeia A e uma B, cada uma contendo 
uma região V e outra C 
Na região V de cada cadeia do TCR há 3 regiões hipervariáveis 
e, assim como nos anticorpos, a região CDR3 é a mais 
variável 
Tanto a cadeia A e B participam do reconheciemento especifico 
das moléculas de MHC e peptídeos ligados 
 
Associado ao TCR há um complexo de proteínas, chamado de 
CD3 e zeta (z) que formam o complexo TCR e transmitem 
alguns sinais que são iniciados quando o TCR reconhece o 
antígeno 
A ligação do TCR com o antígeno tem uma afinidade baixa, por 
isso a ligação das células T com a APC precisa ser fortalecida 
com as moléculas acessórias 
Ambas as cadeias A e B são ligadas na membrana e os TCR 
não são produzidos na forma secretada e não passam pela 
troca de classe ou maturação da afinidade 
A ativação do LT requer 2 sinais 
x Ligação com o antígeno via MHC pelo TCR do LT 
x Enganjamento com as moléculas co-receptoras (CD4 ou 
CD8) que reconhece as porções não polimórficas das 
moléculas de MHC 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
Além disso, tem os sinais emitidos pelo CD3 e cadeia zeta 
assim que ocorre o reconhecimento 
 
A chavinha lateral que se liga ao MHC é a molécula de CD8 ou 
CD4, a chavinha do meio é o TCR 
SUBPOPULAÇÕES DE TCR 
x TCR gama-delta 
Reconhece uma variedade de antígenos proteicos e não 
proteicos, apresentado pelas MHC 
x TCR alfa-beta (células T natural killer, NK ±T) 
Reconhecem antígenos de lipídios apresentados por moléculas 
não polimórficas semelhantes ao MHC 
 
RECONHECIMENTO DOS ANTÍGENOS POR LINFÓCITOS T 
Os receptores de antígenos das células T a maioria só 
identifica fragmentos peptídicos proteicos, e só conseguem 
reconhecer quando o antígeno é apresentado por APCs 
x Macrófagos 
x Dcs (mais efetiva para iniciar a expansão clonal das 
células T) 
x Linfócito B 
As APCs (células apresentadoras) apresentam o antígeno para 
o LB pelas moléculas do complexo principal de 
histocompatibilidade (MHC) 
x Propriedade de restrição pelo MHC 
Diz que os diferentes clones de células TCD4+ (auxiliares) e 
TCD8+ (citotóxicas) só podem reconhecer os peptídeos 
apresentados via moléculas de MHC 
O receptor da célula T é o TCR que se liga ao MHC 
 
CAPTURA DOS ANTÍGENOS PROTEICOS PELAS APCs 
Os antígenos proteicos dos microrganismos são capturados 
principalmente pelas células dendríticas e concentradas nos 
órgãos linfoides periféricos, onde a resposta imune adaptativa 
vai ser iniciada 
Eles entram por contato (pele), ingestão (TGI) e inalação (trato 
respiratório) 
As CD estão nos epitélios e nos órgãos linfoides 
periféricos, para que eles possam apresentar os antígenos 
para os LT via MHC (receptor do LT é o TCR) principalmente 
no linfonodo ou no baço 
 
RECEPTORES DAS CÉLULAS DENDRÍTICAS PARA 
CAPTURAR ANTÍGENO 
Os microrganismos podem ser capturados por endocitose 
pelas DC (ou células epiteliais ou macrófagos que também 
fagocitam) ou por pinocitose (caso o antígeno seja solúvel), e 
existem diversos tipos de receptores, como a lectina e 
receptores tipo TOLL (TLR) 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
x Quando se ligam ao tipo TOLL, estimulam as reações da 
imunidade inata 
o Produção de citocinas inflamatórias, como fator de 
necrose tumral (TNF) e IL-1 
o A combinação de citocinas com a sinalização do 
TLR ativa a DC 
ATIVAÇÃO E ALTERAÇÕES DAS DCS (INATA) 
Quando as DCs são ativadas (aquelas convencionais) elas 
perdem sua adesividade para os epitélios e passam a 
expressar receptor para quimiocinas na CCR7 (específica 
para quimiocinas produzidas nas zonas de células T dos 
linfonodos) 
A quimiocina vai guiar as DCs ativadas (desde o epitélio) para 
que elas possam ir ao encontro com um linfócito T através dos 
vasos linfáticos 
Durante a migração as DCs amadurecem, passando de 
fagócitos para APCs capazes de estimular o LT, que é o 
aumento da síntese e da expressão estável de moléculas 
de MHC (apresentam os antígenos às células T) e de 
coestimuladores (necessária para dar o segundo sinal) 
x 2 sinais para ocorrer a ativação do LT 
o Apresentação do antígeno via MHC 
o Coestimuladores 
Obs: esse processo também ocorre para os antígenos 
capturados no sangue, que no caso vão ser direcionados 
para o baço, para serem apresentados aos LT 
Ao chegar no linfonodo, os linfócitos T expressam CCR7 que 
promove a entrada da APC nas zonas de células T dos 
linfonodos 
 
x Processo eficiente que permite que os antígenos 
microbianos, seja qual for a parte do corpo que ele entrar, 
os linfonodos que drenam aquela região vai poder começar 
uma resposta das células T em 12 a 18 horas 
TIPOS DE APC 
x Células dendríticas 
São as principais indutoras porque são as mais potentes para 
ativar os LT virgens 
x Macrófagos 
Presente em muitos tecidos, vai fagocitar os microrganismos e 
apresentar seus antígenos as células T efetoras, que, por sua 
vez, ativam os macrófagos para que eles destruam os 
microrganismos 
x Linfócitos B 
Ingerem os antígenos proteicos, apresentando-os às células T 
auxiliares, que vai ser importante para o desenvolvimento da 
imunidade humoral 
TIPOS DE MHC 
MHC CLASSE I 
x Presente em todas as células nucleadas 
x Se liga ao TCR do linfótico T CD8+ citotóxico 
x Adquirem peptídeos provenientes de proteínas citosólicas, 
ou seja, o microrganismo estava fora da célula 
(extracelular) e quando foi capturado liberou o antígeno 
o Por exemplo, as proteínas antigênicas podem ser 
produzidas nos citoplasma de vírus que vivem em 
células infectadas 
o Ou podem vir dos microrganismos que foram 
fagocitados e conseguiram sair do fagossoma e ir 
pro citoplasma 
MHC CLASSE II 
x Presente só em APCs (DC, macrófago e LB) 
x Se liga ao TCR do LT CD4+ auxiliar 
x Adquirem proteínas que são absorvidas nas vesículas 
intracelulares, ou seja, as APCs ingeriram o antígeno, 
ocorreu a proteólise nas vesículas e associou os peptídeos 
com as moléculas de classe II 
 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
APRESENTAÇÃO CRUZADA DOS ANTÍGENOS 
INTERNALIZADOS ÀS CÉLULAS TCD8+ 
Consiste no fato de que as DCs podem apresentar os 
antígenos de outras células que estão infectadas e ativar 
LT virgens para aquele antígeno (é como se as DCs fizessem 
o trabalho das que não conseguem) 
Por exemplo, alguns vírus não contaminam as DCs, mas 
podem contaminar outras células, deixando-as incapazes de 
produzirem os sinais para ativar os LT 
Assim, as DC ingerem essas células, processam os 
antígenos dela, transportam eles para o citosol, de onde elas 
entram no RE e ligam-se a MHC de classe I (mesmo que a DC 
é uma APC que se liga com MHC de classe II que reconhece 
pela TCD4+) e, por fim, exibem seus antígenos para 
reconhecimento das células TCD8+ 
Desse modo, duas classes de LT (CD4+ e CD8+) específicas 
para o mesmo microrganismo podem ser ativadas próximas 
umas das outras 
 
DESENVOLVIMENTO PRECOCE DOS LINFÓCITOS 
Ocorre a maturação, expansão e seleção dos linfócitos, para 
que no fim reste os linfócitos imunocompetentes, e para isso, 
existem diversos pontos de checagem no processo 
x Maturação dos LB Æ medula 
x Maturação do LT Æ timo 
Os linfócitos imaturos passam por uma proliferação em vários 
estágios durante sua maturação, a proliferação e a 
sobrevivência dos precursores iniciais dos linfócitos é dada 
pelo estimulo da IL-7 que é produzida pelas células estromais 
da medula e do timo 
A IL-7 mantem e expande o numero de linfócitos antes deles 
expressarem receptores gerando muitas células para que 
diversos receptores diferentes possam ser produzidos 
A maior expansão ocorre depois dos linfócitos concluírem o 
rearranjo dos primeiros genes do receptor antígeno e criarem 
um receptor de pré-antígeno (esse é um ponto de verificação) 
PROCESSOS QUE ACONTECEM NA MEDULA E NO TIMO 
Célula tronco Æ pró-linfócitoÆ pré-linfócito (receptor 
incompleto) Æ linfócito imaturo (receptor completo) Æ linfócito 
maduro (receptor completo e testado) 
PROCESSO QUE OCORRE NOS ÓRGÃOS LINFOIDES 
O processo de linfócito efetor diferenciado vai acontecer na 
etapa de ativação que ocorre nos órgãos linfoides periféricos 
 
1. Compromisso 
Progenitor linfoide comum presente no processo de 
hematopoiese na medula 
São estimuladas a se proliferarem na próxima etapa através 
dos estímulos pela IL-7 que células do timo e do baço 
produzem 
2. Proliferação (pró-B/T) 
Células pró-B ou T sofrem proliferação por estimulo da IL-7 
3. Expressão do receptor antigênico pré-B/T 
A célula pró-B/T vira pré-B/T desde que seja capaz de 
expressar 1 cadeia do receptor antigênico: 
x Anticorpo Æ expressa só a cadeia pesada 
x TCR Æ expressa só a cadeia B 
1º ponto de checagem Æ se as células pré-B não 
conseguirem expressar os receptores incompletos, elas sofrem 
apoptose 
4. Proliferação 
As célulaspré-B/T já selecionadas que conseguiram expressar 
os receptores incompletos sofrem expansão, e essa é a maior 
expansão que tem 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
5. Expressão do receptor antigênico 
A célula pré-B/T que antes tinham só metade da expressão do 
receptor antigênico agora vai expressar a outra metade e se 
tornar célula B/T imatura 
x Anticorpo Æ produz cadeia leve 
x TCR Æ produz cadeia A 
Nessa fase também ocorre a recombinação somática (VDJ e 
VJ) para que os receptores sejam o bastante para reconhecer 
diversos tipos de antígenos 
2º ponto de checagem Æ se os linfócitos imaturos não 
produzirem os receptores antigênicos completos Æ morte 
celular por apoptose 
6. Seleção positiva e negativa 
Nessa fase os linfócitos imaturos com expressão completa 
dos receptores são testados para ver se os receptores são 
funcionais 
x Seleção positiva Æ célula T/B madura 
Se acontecer um reconhecimento antigênico fraco com os 
antígenos próprios, essa célula T ou B vai ser aprovada e tem 
um receptor funcional, podendo ir para a circulação 
x Seleção negativa Æ morte por apoptose 
Se acontecer um reconhecimento forte contra antígeno 
próprio elas vão ser eliminadas para evitar respostas 
autoimunes 
Ou também se o receptor não ligar com o antígeno, ele não 
é funcional, será eliminado 
PRODUÇÃO DE RECEPTORES DE ANTÍGENOS DIVERSOS 
A formação de genes funcionais que codificam os receptores 
antigênicos dos linfócitos T ou B é iniciada pela recombinação 
somática dos segmentos variáveis dos receptores, gerando a 
diversidade de receptores 
x Linfócito B Æ os loci da cadeia pesada e da cadeia leve 
do anticorpo possuem regiões V e algumas regiões C 
(constantes) 
x Linfócito T Æ os loci das cadeias alfa e beta do TCR 
contém regiões V e C 
Entre V e C existem fragmentos, que são segmentos gênicos 
de diversidade (D) e de junção (J) 
x Loci da cadeia pesada e cadeia beta Æ só eles possuem 
segmentos D 
 
RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA NO ANTICORPO 
 
x Cadeia pesada (H) 
Vai sofrer a recombinação VDJ mediada pela enzima 
recombinase VDJ, ou seja, os genes VDJ vão se recombinar 
gerando cada uma um receptor diferente 
A região C vai ter os genes que identifica a classe do anticorpo 
(se for o gene M vai ser o IgM por exemplo) 
As regiões constantes permanecem iguais (para os 
anticorpos de mesma classe) 
Logo uma mesma classe de anticorpo consegue 
reconhecer antígeno diferente, pois suas regiões V sofreram 
recombinação VDJ 
Note que o primeiro MRNA traduzido vai ser o do gene M 
por isso a IgM vai ser a primeira proteína sintetizada da célula 
B durante a maturação da célula, indicando uma resposta a 
infecção recente 
x Cadeia leve 
Tem recombinação apenas VJ, pois não tem o gene D 
As cadeias constantes vão ser iguais para a mesma classe de 
anticorpo, pois a região C de IgM é diferente da região C de 
IgG, por exemplo 
RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA NO TCR 
 
x Cadeia B Æ recombinação VDJ 
x Cadeia A Æ recombinação VJ 
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO 
A diversidade de receptores de antígenos vai ser produzida 
pelo uso da diversidade combinatória e da diversidade 
juncional 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
x Diversidade combinatória 
Usar diferentes combinações de segmentos gênicos V, D e J 
(pois em um segmento V tem diversos genes) 
É limitada pelo número de segmentos de V, D e J que tem 
x Diversidade juncional 
Alterar a sequência de nucleotídeos inseridos nas junções dos 
segmentos gênicos recombinados VDJ 
É quase ilimitada, por isso a diversidade juncional maximiza 
a variabilidade de anticorpos e TCR nas regiões que ligam 
os antígenos 
No processo de diversidade juncional pode ocorrer se serem 
produzidas sequencias que não codificam proteínas, 
produzindo receptores não funcionais, que vão ser removidos 
pelo ponto de checagem nos linfócitos imaturos 
MATURAÇÃO E SELEÇÃO DOS LINFÓCITOS B 
A maturação dos linfócitos vai ocorrer na medula óssea 
 
1. Os progenitores da linhagem B se proliferam (IL-7) dando 
origem a um grande número de precursores de LB, 
chamada célula pró-B (ainda não tem receptor 
2. As células pró-B começam a rearranjar os genes VDJ na 
cadeia pesada e desenvolvem as células pré-B (possui 
apenas a expressão da cadeia pesada na superfície, de 
proteína M (IgM) 
Ponto de checagem: se a célula pró-B não conseguir 
expressar a cadeia pesada Æ apoptose 
3. A célula pró-B depois sofre recombinação VJ da cadeia 
leve e se torna célula B imatura, que deve ser capaz de 
expressar na superfície o anticorpo completo 
2º ponto de checagem: se a célula imatura não expressar 
receptores antigênicos completos, ela sofre apoptose 
4. A célula imatura com os receptores expressos completos 
passa pela seleção positiva e se torna célula B madura 
Esse processo de maturação de tornar a imatura em imatura 
pode ocorrer na medula óssea ou no baço, após a célula ter 
deixado a medula 
O estágio de maturação final vai envolver também a 
coexpressao da IgD juntamente com a IgM 
Na membrana dessa célula, agora tem tanto o IgM na 
membrana (mas também pode ser secretado) e o IgD (só é 
presente na membrana) capazes de reconhecer os antígenos 
nos tecidos linfoides periféricos 
Seleção negativa vai ocorrer se: 
x Célula B imatura tiver alta afinidade a antígenos próprios 
que estão sendo testados com os da medula óssea 
(proteínas do sangue e as moléculas de membrana 
comum a todas as células) Æ elimina as autorreativas 
x Elimina as que não reconhecem nenhuma antígeno, 
embora tenham a expressão do anticorpo completo 
SUBPOPULAÇÕES DE CÉLULAS B 
x Células B foliculares 
São a maioria das células B maduras, pois são encontradas 
dentro de linfonodos e folículos do baço 
x Células B da zona marginal 
São encontradas nas margens dos folículos do baço, 
desenvolvem-se a partir dos mesmos progenitores (células pró-
B) 
x Linfócito B-1 
Uma população distinta encontrada em órgãos linfoides e na 
cavidade peritoneal 
MATURAÇÃO E SELEÇÃO DOS LINFÓCITOS T 
Os progenitores das células T produzidas na medula mudam 
para o timo, onde ocorre a maturação 
 
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RECEPTORES E MATURAÇÃO 
1. A maioria das pró-células T são células T duplno-
negativas, pois não expressam nem CD4 nem CD8 
Essas células se expandem sob influencia da IL-7 produzida no 
timo 
2. Depois, essa pró-T expressa parte do TCR (só a cadeia 
B), se transformando em pré-T 
Ponto de checagem: se a pré-T não conseguir expressar a 
cadeia B, a célula sofre apoptose 
3. Depois, a célula passa a expressar CD4+ e CD8+ além do 
TCR completo (cadeia A também) 
SELEÇÃO POSITIVA 
x Reconhecimento de MHC classe II 
As células T cujos TCR reconhecem o MHC classe II vai 
manter a expressão CD4+ e perder a expressão CD8+ (vai ser 
englobada) Æ célula T CD4+ madura 
x Reconhecimento de MHC classe I 
As células T cujo TCR reconhecem MHC classe I vai manter a 
expressão CD8+ e perder a CD4+ Æ célula T CD8+ madura 
SELEÇÃO NEGATIVA 
x Aquelas células T ainda imaturas que no teste reconhecem 
fortemente o complexo peptídeo-MHC no timo Æ 
apoptose 
Esse processo serve para eliminar os LT que poderiam reagir 
de maneira perigosa contra proteínas próprias do timo 
x Se não houver reconhecimento MHC + peptídeo Æ 
apoptose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T 
O principal papel dos linfócitos T é na imunidade mediada 
por células, que fornece defesa contra infecções causados por 
microrganismos intracelulares: 
x Ou os microrganismos (bactérias e protozoários) criaram 
resistência contra os microbicidas após serem fagocitados 
e continuam infectando as células 
x Ou os vírus que possuem receptores nas superfíciede 
várias células conseguem entrar e infectar o citoplasma da 
célula e se duplicar, sendo a célula incapaz de destruí-lo 
 
As principais funções dos linfóticos T são 
x Ativação de fagócitos 
x Morte de células infectadas 
x Auxílio para as células B 
ETAPAS DAS RESPOSTAS DAS CÉLULAS T 
Os linfócitos T ficam nos órgãos linfoides periféricos, e quando 
são apresentado para eles os antígenos via MHC por uma APC 
(principalmente DC), vai acontecer a ativação do linfócito, 
proliferação e diferenciação em células efetoras (CD4, CD8) e 
células de memoria. 
Após o reconhecimento, proliferação e diferenciação, os 
linfócitos T formados migram para o local da infecção, para que 
possa combater os microrganismos 
 
Uma das primeiras respostas depois do reconhecimento é a 
secreção de citocinas, como a IL-2 que estimulam a 
proliferação de células T antígeno-específicas Æ expansão 
clonal 
Uma parte deles que foram ativados vão sofrer o processo de 
diferenciação Æ células T efetoras e células de memória 
 
Quando os LT eliminam o agente infeccioso, as células-clone 
expandida também morrem, com as células de memória sendo 
o restante da resposta imunitária 
TRÊS TIPOS DE SINAIS PARA A ATIVAÇÃO TOTAL DE 
CÉLULAS T: 
x Reconhecimento do antígeno (MHC pela DC) 
x Coestimulação que aumenta a resposta 
x Citocinas liberadas que amplificam a resposta e a 
direciona de várias vias de diferenciação especializadas 
RECONHECIMENTO E COESTIMULAÇÃO DE UM 
ANTÍGENO 
Para a resposta do LT iniciar, é preciso de vários receptores: 
x TRC reconhece MHC 
x CD4 ou CD8 reconhece MHC 
x Moléculas de adesão reforçam ligação do LT com as APC 
x Receptores para os coestimuladores reconhecem os sinais 
secundários produzidos pela APC 
 
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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T 
 
RECONHECIMENTO DE PEPTÍDEOS ASSOCIADOS AO 
MHC 
x TCR reconhece peptídeos do MHC 
x Correceptor CD4/CD8 reconhece MHC 
Esse reconhecimento simultâneo produz o primeiro sinal para 
a ativação das células T 
MHC de classe I Æ apresenta para LT CD8 os antígenos 
proteicos presentes no citosol, que foram transformados em 
peptídeos (ou seja, os antígenos estava no meio intracelular, 
no citosol ou no núcleo) 
MHC classe II Æ apresenta para o LT CD4 os antígenos 
proteicos que estavam no meio extracelular e foram 
englobados pela APC e confinados em vesísculas, onde foram 
transformados em peptídeos 
A especificidade disso é assegurar que diferentes classes de 
LT respondam e defendam contra microrganismos de tipos 
diferentes 
SINAIS BIOQUÍMICOS QUE LEVAM À ATIVAÇÃO DOS LT 
CD4 E CD8 
O TCR sozinho, depois de reconhecer o antígeno, não é capaz 
de transmitir sinais bioquímicos para a célula 
Para isso, ele é associado a varias proteínas que foram o 
complexo TCR Æ ele é associado não covalentemente com 
um complexo de moléculas de sinalização de transmembrana: 
x 3 proteínas CD3 
x Proteína zeta 
Complexo TCR = TCR + CD3 + zeta Æ depois do 
reconhecimento do antígeno, envia sinais para a célula 
 
PAPEL DAS MOLÉCULAS DE ADESÃO NA ATIVAÇÃO DOS 
LT 
Os linfócitos T selecionados positivamente são aqueles que se 
ligam fracamente com o MHC próprio (o teste não é feito com 
antígenos estranhos porque eles não estão presente no timo) 
Assim, para a resposta eficaz, as moléculas da família 
integrina presentes no LT (LFA-1) se ligam aos ligantes que 
estão no APC para estabilizar a ligação para que o tempo seja 
suficiente para que o limiar de sinalização seja alcançado 
x Integrinas 
o LFA-1 (antígeno-1) no LT Æ se liga ao 
ICAM-1 que está no APC 
Papel da coestimulação na ativação das células T 
Não basta só o reconhecimento do antígeno (1º sinal), para 
ativar os linfócitos, tem que ter os coestimuladores também, 
eles são o segundo sinal para a ativação 
os presentes nas células APC são: 
x B7-1 (CD80) 
x B7-2 (CD86) 
Ambas as proteínas B7 são reconhecidas pelo receptor CD28 
das células T 
Essa ligação B7-1/2 Æ CD28 Æ gera sinais 
A importância dos coestimuladores é para a ativação de fato 
dos linfócitos T, porque se vier um antígeno próprio, ele pode 
ser reconhecido via MHC (pois o processo de seleção pode não 
ser 100%) mas não vai conseguir ser ativado porque antígenos 
próprios não produzem coestimuladores 
 
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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T 
Obs: os agentes que bloqueiam as interações B7-CD28 são 
usados no tratamento da artrite reumatoide 
x CD40 e CD40L (ligante) 
Outro grupo de moléculas que promove mais ativação e mais 
sinais são os CD40 (na APC) que se liga ao CD40L (no linfócito 
T) 
Isso faz com que as próprias ACPC sejam ativadas 
expressando mais coestimulador B7 (mais ativação) e 
secreção de citocinas (IL-2) que intensifica a diferenciação 
das células T 
Ou seja, ativa a APC Æ ativa mais ainda os LT 
 
x Importância dos coestimuladores para as vacinas 
Os antígenos proteicos, como aqueles usados nas vacinas, não 
conseguem ativar tanto a APC, por isso são administrada 
juntamente com adjuvantes, (como micobactérias mortas) que 
ativam as APC, principalmente as células dendríticas, as 
mais potentes para ativarem os LT 
Os adjuvantes se ligam a receptores de reconhecimento de 
padrões do sistema inato, os receptores tipo TOLL, 
enganando o sistema imunológico na resposta aos antígenos 
proteicos purificados em uma vacina como se fossem partes de 
microrganismos infecciosos 
x Papel da CTLA-4 na regulação negativa 
 
ESTÍMULOS PARA A ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS TCD8+ 
(citotóxicas) 
x 1º sinal = reconhecimento do antígeno via MHC 
x 2º sinal = coestimulação e/ou células T auxiliares 
Uma característica das T CD8+ é que as vezes para elas serem 
ativadas os antígenos citoplasmáticos (por exemplo, células 
infectadas com vírus) devam ser apresentadas de forma 
cruzada pelas DCs 
Outra coisa, é que a diferenciação delas em linfócitos T 
citotóxico (CTL) ou de memória precisa da ativação ao mesmo 
tempo das células T auxiliares CD4+ 
 
Assim, a DC é reconhecida pelos dois tipos de linfócito T e eles 
dois são ativados. 
As células T CD4+ produzem citocinas ou moléculas de 
membrana que auxiliam a CD8+ se diferenciar em CTL e 
destruir a célula 
x Relação com o HIV 
Essa necessidade de células T auxiliares nas respostas da 
CD8+ explica as respostas incompletas dos CTL a muitos 
pacientes infectados com o HIV, o qual mata as células 
auxiliares (CD4+), mas não as CD8+ 
VIAS BIOQUÍMICAS DA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS T 
Depois do reconhecimento do antígeno e dos coestimuladores, 
as células T expressam proteínas envolvidas na proliferação, 
diferenciação e nas funções efetoras das células 
 
Depois que o antígeno foi reconhecido, o complexo TCR 
ativado, as células T recebem transdução de sinais que 
x Ativam enzimas 
x Recruta proteínas adaptoras 
x Produção de fatores de transcrição ativos 
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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T 
 
Há um disparo de cascata intracelular de proteínas que 
culminam na produção de fatores de transcrição 
x NFAT 
x NK- capaB 
x AP-1 
Que resultam em uma maior síntese de proteínas, fazendo a 
tradução de genes que codificam 
x Crescimento de células T (IL-2) 
x Componentes dos receptores da IL2 
x Indutores do ciclo celular e moléculas efetoras, como o 
CD40L 
RESPOSTAS FUNCIONAIS DOS LINFÓCITOS T AOS 
ANTÍGENOS E À COESTIMULAÇÃO 
Sinais = antígeno e coestimulador 
Resultado = expansão de clones de linfócitos específicos para 
antígeno + diferenciação dos LT virgens em células efetoras + 
células de memoria 
Muitas dessas respostas são mediadas por citocinas 
SECREÇÃO DE CITOCINAS E NA EXPRESSÃO DOS 
RECEPTORES PARA CITOCINAS 
Depois da ativação, principalmente os linfócitos TCD4+ 
secretam várias citocinas diferentes com diversas funções, 
uma vez que elas são mediadorasda imunidade e da 
inflamação 
Obs: na imunidade inata, as citocinas eram produzidas por DC 
e macrófagos. 
 
Na adaptativa, as citocinas são secretadas principalmente 
pelas células T CD4+ 
 
A primeira citocina produzida pelos TCD4+ é a IL-2 dentro 
de 1 a 2 horas depois da ativação, aumentando ao mesmo 
tempo a capacidade dessa IL-2 produzida pelo linfócito T se 
ligar a ele, por meio da regulação do receptor de alta 
afinidade para IL-2 que possui 3 cadeias sinalizadoras 
 
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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T 
Isso porque antes da ativação, o receptor só possui 2 cadeias, 
mas depois da ativação pelos antígenos e pelos 
coestimuladores, as células T produzem a 3ª cadeia, 
completando o receptor e fazendo com que a IL-2 se ligue 
fortemente 
Assim, essa citocina será autócrina, pois ela foi produzida pela 
célula T e se ligou a essa mesma célula T 
As principais funções da IL-2 são 
x Estimular a sobrevivência das células T 
x Promover a proliferação (expansão clonal) 
x Manutenção das células T reguladoras 
 
EXPANSÃO CLONAL 
Depois de 1 ou 2 dias da ativação, os linfócitos específicos para 
o antígeno começam a se proliferar, sendo as CD8+ em maior 
número do que a CD4+ 
Isso porque a CD8+ se transformam em CTL são efetoras para 
exterminar as células infectadas por contato direto, e se tiver 
muitas células infectadas, vai precisar de muito CTL 
Já a CD4+ secretam citocinas que vão ativar outras células 
efetoras, então só há necessidade de um pequeno número 
delas 
 
Várias características podem ser discutidas sobre a expansão 
clonal 
1. A expansão clonal não é acompanhada por um aumento 
detectável de células espectadoras que não reconhecem 
esse microrganismo Æ ou seja, expande as células certas 
e específicas 
2. Mesmo nas infecções que os microrganismos são 
complexos e possuem muitos antígenos proteicos, a 
maioria dos clones expandidos é especifica para apenas 
alguns peptídeos imunodominantes 
Dentro de 1 ou 2 semanas, a maioria das células morrerão 
quando os estímulos que iniciaram as respostas acabarem, 
restando mais as células de memória 
DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS T VIRGENS EM CÉLULAS 
EFETORAS 
Depois de terem sido estimuladas, elas se diferenciam, 
expressando genes que codificam citocinas (CD4+) ou 
proteínas citolíticas (CTL CD8+), e essa diferenciação começa 
junto com a expansão clonal dentro de 3 a 4 dias depois da 
exposição ao microrganismo 
Depois de terem sido transformadas em células efetoras, elas 
migram para os locais de infecção 
CÉLULAS TCD4+ AUXILIARES 
x Ativa macrófagos 
x Ajudam os linfócitos B na produção de anticorpo 
x Secreta citocinas 
Para fazer esse estimulo a outras células, a proteína mais 
importante envolvida é o ligante CD40 que se liga ao seu 
receptor CD40 expresso na superfície de células 
apresentadoras de antígenos (macrófagos, LB e DC) 
As citocinas produzidas no processo estimulam ainda mais as 
células T Æ mecanismo de retroalimentação positiva para a 
ativação do LT induzidas pelas APC 
 
CÉLULAS TCD8+ 
Os linfócitos ativados por antígenos e coestimuladores 
diferenciam em linfócitos T citotóxicos 
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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T 
x Destroem as células infectadas 
x Facilita a entrada de enzimas que induzem a apoptose 
SUBGRUPOS DE TCD4+ DISTINGUIDOS POR PERFIS DE 
CITOCINAS 
Citocinas diferentes induzem a diferenciação de diferentes 
grupos de células TCD4+, o que explica como o sistema imune 
responde diferentemente a diferentes microrganismos 
Elas podem se diferenciar em subgrupos de células efetoras 
que produzem grupos distindos de citocinas, realizando 
funções diferentes 
x TH1 
x TH2 
x TH17 
 
Cada subgrupo é induzido em resposta aos tipos de 
microrganismo que ele está destinado a combater 
Então, tipo de microrganismo Æ ativa linfócito T CD4+ Æ 
intermédio de citocinas (produzidas de acordo com o contexto 
da infecção) Æ promovem fatores de transcrição Æ 
diferenciação no subgrupo adequado Æ resposta 
 
DIFERENCIAÇÃO DE TH1 
Responde a bactérias intracelulares e alguns vírus 
x IFN-gama Æ produzidas pelas células NK 
x ILL-12 Æ produzidas por DC e macrófagos 
Essas duas citocinas ativam fatores de transcrição que 
promove a diferenciação de LT em TH1 
DIFERENCIAÇÃO DE TH2 
Mais adequada em respostas aos helmintos 
x IL-4 Æ mastócitos e eosinófilos produzem, depois de 
serem ativados pelos helmintos 
Essa citocina ativa os fatores de transcrição que promove a 
diferenciação em TH2 
DIFERENCIAÇÃO DE TH17 
Bactérias extracelular e fungos induzem a diferenciação 
x IL-6 
x IL-1 
São citocinas inflamatórias que vão ativar os fatores de 
transcrição 
FUNÇÕES DOS SUBGRUPOS DAS CÉLULAS TCD4+ 
SUBGRUPO TH1 
 
Estimulam o englobamento pelos fagócitos e o extermínio de 
microrganismos, além de ativar o sistema complemento 
A citocina mais importante produzida pelas TH1 é o inferferon-
gama (IF-Y) 
x Ativa macrófago Æ mata o microrganismo ingerido 
x Produz isótipos de anticorpos que ativam o complemento, 
gerando produtos que se ligam aos receptores para 
complemento dos fagócitos Æ opsonização (marca) para 
fagocitar 
Obs: indivíduos com mutações que afetam a geração das 
células TH1 são extremamente suscetíveis a infecções 
bacterianas, principalmente as micobactérias atípicas do meio 
ambiente que geralmente não fazem mal aos indivíduos 
saudáveis 
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IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS T 
O SUBGRUPO TH2 
 
É independente de fagocitose, pois é estimulada frente a 
helmintos, que são muito grandes para serem fagocitados, por 
isso vai ativar células do sistema imune inato, os granulócitos, 
que conseguem liberar grânulos que os digerem 
extracelularmente 
A citocina produzida pelo TH2 mais importante é a IL-4 que faz 
muitos estímulos 
x Na célula B Æ produção de IgE que ativa os eosinófilos 
x IgE reveste os helmintos e os eosinófilos, estes são 
ativados para liberar conteúdos granulares com enzimas 
para digerir o helminto 
Obs: a liberação desses grânulos provocam reações 
inflamatórias grandes, porque embora eles destruam os 
helmintos, geram lesão nos tecidos saudáveis 
x Ativa o macrófago (não para fagocitar) Æ produz fibras 
para promover o reparo dos tecidos lesados pelos grânulos 
x Aumenta a secreção de muco intestinal e peristaltismo Æ 
expulsão dos parasitas pelas suas vias de entradas 
O SUBGRUPO TH17 
 
Induz a inflamação que funciona para destruir bactérias 
extracelulares e fungos, podendo contribuir para várias 
doenças inflamatórias 
x Esclerose múltipla, doença intestinal inflamatória e artrite 
reumatoide 
Essas células secretam citocinas que recrutam leucócitos, 
principalmente neutrófilos, para os locais de reconhecimento de 
antígenos 
Obs: mutações envolvidos nesses genes resultam na 
suscetibilidade aumentada a infecções bacterianas e fungicas, 
principalmente a candidíase mucocutânea 
INFLUÊNCIA DO CORTISOL NO SISTEMA IMUNE ± 
IMUNOSUPRESSORES 
Existem alguns fármacos usados em respostas imunes 
indesejadas, como doença autoimune, na rejeição de 
transplantes e na alergia que são imunossupressores (anti-
inflamatórios) 
A maioria deles exercem inibição ampla do sistema imune e 
suprime tanto as respostas uteis quanto as respostas nocivas 
Por isso, a infecção oportunista é uma complicação comum 
da terapia com fármacos imunossupressores 
 
CORTICOSTEROIDES ± PREDNISONA 
Amplamente usados para suprimir efeitos nocivos das 
respostas imunes de origem autoimune ou alérgica, 
principalmente a prednisona, um anaálogo sintético do 
cortisol 
Corticosteroides ligam-se a receptores intracelulares, entram 
no núcleo e regulam genes expressos nos leucócitos 
Tem como alvo as funções pró-inflamatórias dos monócitos e 
macrófagos e reduzem o número de células

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