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Greve I
DIREITO DO TRABALHO
GREVE I
1 – Previsão Constitucional
CF/88 – Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir 
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Obs.: trata-se de um direito fundamental.
“DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE. (...) A Constituição reconhece a greve como um 
direito fundamental de caráter coletivo, resultante da autonomia privada coletiva inerente às 
sociedades democráticas. (...)” (RO-7628-42.2016.5.15.0000, Seção Especializada em Dis-
sídios Coletivos, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 30/07/2020).
Obs.: é necessário compreender, porém, que existem limites. Não se pode pensar que este 
é um direito absoluto, como visto no § 1º do art. 9º da CF/88.
STF – “O direito à greve não é absoluto, devendo a categoria observar os parâmetros 
legais de regência. (...) Descabe falar em transgressão à Carta da República quando o inde-
ferimento da garantia de emprego decorre do fato de se haver enquadrado a greve como 
ilegal.” (RE 184.083, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 7-11-2000, Segunda Turma, 
DJ de 18-5-2001.)
TST – (...) APLICAÇÃO DE MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL. 
(...) A greve é um direito dos trabalhadores assegurado pela Carta Magna (art. 9º da CF/88). 
Porém, como todos os outros, não se trata de um direito absoluto. O Texto Maior estabelece 
diretrizes limitadoras ao seu exercício, que remete à legislação infraconstitucional a definição 
dos serviços ou atividades essenciais, o disciplinamento sobre o atendimento das necessi-
dades inadiáveis da comunidade, bem como a responsabilização pelos abusos cometidos. 
(...) (RO – 316- 67.2014.5.12.0000, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de 
Julgamento: 09/10/2017, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de Publica-
ção: DEJT 18/10/2017)
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Greve I
DIREITO DO TRABALHO
“I – DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE 1 - PARALISAÇÃO DOS EMPREGADOS DA 
PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL S.A. ABUSIVIDADE DO MOVIMENTO. INOBSERVÂN-
CIA DOS REQUISITOS DA LEI 7.783/89. 1.1 - A greve constitui um direito fundamental dos 
trabalhadores, expressamente assegurado no art. 9º da Constituição Federal, que serve de 
instrumento de pressão para o alcance de melhores condições sociais ou o cumprimento das 
conquistas já normatizadas. 1.2 - Embora garantido pela Carta Política, o seu exercício não é 
absoluto, devendo ser compatibilizado com o ordenamento jurídico vigente, em especial com 
as disposições da Lei 7.783/89, que a regulamenta. (...)” (DCG-1000791-92.2021.5.00.0000, 
Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Relatora Ministra Delaide Alves Miranda 
Arantes, DEJT 26/10/2022).
Obs.: logo, percebe-se que o regramento para as greves deve sempre ser observado.
Quem decide ou quando se deve realizar a Greve?
Lei 7.783/89 – Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhado-
res decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio 
dele defender.
DIRETO DO CONCURSO
154. (MPT/MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2020) Sobre o direito de greve é INCOR-
RETO afirmar:
c. A Constituição de 1988 assegura o direito de greve, competindo aos trabalhadores 
decidir sobre oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio 
dele defender.
2 – Conceito
Lei 7.783/89 – Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de 
greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de 
serviços a empregador.
Obs.: portanto, não existe greve com apenas um indivíduo. 
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DIREITO DO TRABALHO
3 – Requisitos de Greve Válida – a) Autorização Assemblear
Lei 7.783/89 – Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do 
seu estatuto, assembleia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre 
a paralisação coletiva da prestação de serviços.
§ 1º O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o 
quórum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve.
§ 2º Na falta de entidade sindical, a assembleia geral dos trabalhadores interessados 
deliberará para os fins previstos no “caput”, constituindo comissão de negociação.
Obs.: a regra é excepcionada quando há adesão significativa de trabalhadores ao movimento.
“RECURSO ORDINÁRIO. DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE. NÃO ABUSIVIDADE DO 
MOVIMENTO PAREDISTA. DIREITO FUNDAMENTAL COLETIVO INSCRITO NO ART. 9º 
DA CF. ARTS. 3º E 4º DA LEI 7.783/89. A Constituição reconhece a greve como um direito 
fundamental de caráter coletivo, resultante da autonomia privada coletiva inerente às socie-
dades democráticas. Não se considera abusivo o movimento paredista se observados os 
requisitos estabelecidos pela ordem jurídica para sua validade: tentativa de negociação; apro-
vação pela respectiva assembleia de trabalhadores; aviso prévio à parte adversa. Embora 
se reconheça que o direito de greve se submete às condições estabelecidas nos arts. 3º e 
4º da Lei 7.783/1989, torna-se indubitável, em casos concretos – revestidos de peculiarida-
des que demonstrem o justo exercício, pelos trabalhadores, da prerrogativa de pressiona-
rem a classe patronal para obtenção de melhores condições de trabalho –, que não se pode 
interpretar a Lei com rigor exagerado, compreendendo um preceito legal de forma isolada, 
sem integrá-lo ao sistema jurídico. A regulamentação do instituto da greve não pode traduzir 
um estreitamento ao direito de deflagração do movimento, sobretudo porque a Constituição 
Federal – que implementou o mais relevante avanço democrático no Direito Coletivo brasi-
leiro –, em seu art. 9º, caput, conferiu larga amplitude a esse direito: ‘É assegurado o direito 
de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre 
os interesses que devam por meio dele defender’. Dessa forma, a aprovação por assem-
bleia não pode - em situações especiais em que o movimento paredista foi realizado com 
razoabilidade, aprovação e adesão dos obreiros – exprimir uma formalidade intransponível 
a cercear o legítimo exercício do direito de greve. Assim sendo, a despeito de eventuais 
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irregularidades formais ou até mesmo a ausência de prova escrita da assembleia-geral que 
autorizou a deflagração da greve, se os elementos dos autos permitem a convicção de ter 
havido aprovação da greve pela parcela de empregados envolvidos, considera-se atendido 
o requisito formal estabelecido pelo art. 4º da Lei 7.783/89, na substância - caso dos autos. 
Julgados desta SDC. Recurso ordinário desprovido.” (RO-663- 91.2016.5.17.0000, Seção 
Especializada em Dissídios Coletivos, Redator Ministro Mauricio Godinho Delgado, 
DEJT 24/05/2019).
Obs.: portanto, não se pode tratar com rigor exagerado os que estão envolvidos na Lei de Gre-
ve. Devem-se analisar as peculiaridades do caso e verificar se realmente foi atendida a 
ideia de que houve exercício do direito fundamental no exercício do direito de greve. A 
ausência de ata da assembleia, por si, não torna a greve automaticamente abusiva. 
“DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE. RECURSO ORDINÁRIO DO SINDICATO DOS TRA-
BALHADORES. NÃOABUSIVIDADE DO MOVIMENTO PAREDISTA. DIREITO FUNDA-
MENTAL COLETIVO INSCRITO NO ART. 9º DA CF. ARTS. 3º E 4º DA LEI 7.783/89. A Cons-
tituição reconhece a greve como um direito fundamental de caráter coletivo, resultante da 
autonomia privada coletiva inerente às sociedades democráticas. Não se considera abusivo 
o movimento paredista se observados os requisitos estabelecidos pela ordem jurídica para 
sua validade: tentativa de negociação; aprovação pela respectiva assembleia de trabalhado-
res; aviso prévio à parte adversa. Embora se reconheça que o direito de greve se submete às 
condições estabelecidas nos arts. 3º e 4º da Lei 7.783/1989, torna-se indubitável, em casos 
concretos – revestidos de peculiaridades que demonstrem o justo exercício, pelos trabalha-
dores, da prerrogativa de pressionarem a classe patronal para obtenção de melhores condi-
ções de trabalho –, que não se pode interpretar a Lei com rigor exagerado, compreendendo 
um preceito legal de forma isolada, sem integrá-lo ao sistema jurídico. A regulamentação 
do instituto da greve não pode traduzir um estreitamento ao direito de deflagração do 
movimento, sobretudo porque a Constituição Federal – que implementou o mais relevante 
avanço democrático no Direito Coletivo brasileiro –, em seu art. 9º, caput, conferiu larga 
amplitude a esse direito: ‘É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores 
decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele 
defender’. Dessa forma, a aprovação por assembleia não pode – em situações especiais em 
que o movimento paredista foi realizado com razoabilidade, aprovação e adesão dos obreiros 
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– exprimir uma formalidade intransponível a cercear o legítimo exercício do direito de greve. 
No caso concreto, houve o cumprimento de quase todos os requisitos formais para a 
deflagração da greve (negociação prévia, convocação da assembleia geral e comunica-
ção prévia da paralisação). Constatou-se irregularidade apenas na ata da assembleia, a 
qual não veio em forma documental aos autos. Nada obstante, vieram aos autos listas 
de presença, com o registro de mais de 300 trabalhadores presentes na reunião que 
autorizou a cessação da prestação de serviços, e comunicado expresso do Sindicato 
Obreiro à Empresa, no dia 3/8/2021 (data da assembleia geral extraordinária), acerca da 
decisão da categoria, à unanimidade, de rejeitar a proposta de ACT e deflagrar greve, 
por tempo indeterminado, a partir de 9/8/2021. Atente-se ao fato de que a greve ocorreu 
de forma incontroversa, com paralisação das atividades pelos trabalhadores, demons-
trando a adesão e a organização prévia da categoria para a deflagração do movimento 
– circunstância que, a despeito da inexistência de prova escrita completa, traz con-
vicção acerca da realização do requisito previsto no art. 4º da Lei 7.783/89 (aprovação 
da assembleia de trabalhadores). Destaca-se, ademais, o elevado grau de respeito da 
categoria profissional aos aspectos mais fundamentais para a civilidade do exercício 
do direito de greve, considerando tratar-se de greve envolvendo serviços essenciais 
(no caso, serviço de telecomunicações): a comunicação prévia sobre a deflagração da greve 
foi dada com mais de 5 dias de antecedência; e a prestação dos serviços indispensáveis ao 
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade foi integralmente atendida (art. 11 
da Lei 7783/89), bem como todas as decisões liminares proferidas nos autos. Assim sendo, 
diante das particularidades do movimento paredista em exame – o cumprimento de 
quase todos os requisitos formais prévios, a constatação de que houve uma decisão 
coletiva dos trabalhadores para a deflagração da greve e a condução do movimento 
com lealdade e razoabilidade –, tem-se que a deficiência formal da prova escrita em 
relação à aprovação assemblear foi suprida por outras evidências colhidas dos autos, 
considerando-se atendido o requisito formal estabelecido pelo art. 4º da Lei 7.783/89, 
na substância – caso dos autos. Julgados desta SDC. Pelo exposto, dá-se provimento par-
cial ao apelo, no aspecto, para declarar a greve não abusiva. Com relação ao desconto dos 
dias parados, a Lei de Greve estabelece, expressamente (art. 7º), que os movimentos gre-
vistas suspendem (ao invés de interromperem) os contratos de trabalho dos participantes da 
greve. (...)” (ROT-592-11.2021.5.10.0000, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, 
Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 24/03/2023).
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DIREITO DO TRABALHO
b) Frustração da Negociação Coletiva e Impossibilidade de Recursos via Arbitral
Lei 7.783/89 – Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos 
via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.
OJ N. 11 da SDC – GREVE. IMPRESCINDIBILIDADE DE TENTATIVA DIRETA E PACÍ-
FICA DA SOLUÇÃO DO CONFLITO. ETAPA NEGOCIAL PRÉVIA. Inserida em 27.03.1998. 
É abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado, direta e pacificamente, 
solucionar o conflito que lhe constitui o objeto.
DIRETO DO CONCURSO
156. (FCC/TRT DA 1ª REGIÃO-RJ/JUIZ DO TRABALHO/2016) Em relação aos direitos de 
associação e de greve, considerada a Constituição da República e a Lei n. 7.783/89, é 
correto afirmar:
d. Em respeito à liberdade sindical, torna-se desnecessária a tentativa de solução pací-
fica do conflito antes da deflagração de movimento grevista. 
c) Comunicação Prévia ao Empregador
Lei 7.783/89 – Art. 3º (…).
Parágrafo único. A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente inte-
ressados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.
Obs.: não se pode realizar greve surpresa.
Art. 13. Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou 
os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e 
aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação.
Obs.: exemplifica-se a questão de notificar o usuário com relação aos transportes coleti-
vos, que são essenciais para os trabalhadores.
Obs.: o prazo pode ser inclusive alargado pela norma coletiva.
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“(…) 2. CLÁUSULA 11. PRIMEIRA PARTE. DEFLAGRAÇÃO DE GREVE. PRAZO DE 
PRÉVIA COMUNICAÇÃO AO EMPREGADOR. Pretensão de decretação de nulidade de 
cláusula de acordo coletivo em que se estabelece, na hipótese de greve, prazo de antece-
dência de 96 (noventa e seis horas) para a comunicação a respeito da deflagração do movi-
mento, independentemente da atividade do empregador, sob o argumento de violação do 
disposto no art. 3º da Lei n. 7.783/89. Declaração de improcedência da pretensão anulatória 
pelo Tribunal a quo. Manutenção dessa decisão. Lei em referência, em que se fixam prazos 
mínimos de 48 (quarenta e oito) e 72 (setenta e duas) horas para a prévia comunicação na 
ocorrência de greve, em relação aos serviços considerados não essenciais e essenciais, 
respectivamente, a ensejar a estipulação de prazo de antecedência maior do que aquele já 
estipulado para a referida comunicação, por meio de negociação coletiva. Violação do art. 
3º da Lei n. 7.783/89 que não se observa.” (…) (ROAA - 13900-52.2006.5.24.0000 Relator 
Ministro: Fernando Eizo Ono, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de 
Publicação: DEJT 10/12/2010.)
d) Cumprimento de Obrigações Durante a Greve
Lei 7783/89 – Art. 6º São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:
I – o emprego de meios pacíficos tendentesa persuadir ou aliciar os trabalhadores a ade-
rirem à greve;
II – a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento.
§ 1º Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores pode-
rão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.
§ 2º É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao compareci-
mento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento. 
§ 3º As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impe-
dir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.
“(...) GREVE. NÃO OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS FORMAIS FIXADOS NA LEI. 
ABUSIVIDADE DO MOVIMENTO PAREDISTA. (...) No caso, infere-se que o direito de greve 
foi exercido de forma abusiva, uma vez que a categoria profissional extrapolou as diretrizes 
constitucionais e infraconstitucionais limitadoras ao seu exercício, notadamente quanto ao 
respeito dos direitos fundamentais, uma vez que houve a prática de atos de violência, de 
depredação de bens, de ofensas morais e de ameaça de morte. Recurso ordinário provido” 
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DIREITO DO TRABALHO
(RO-5038-94.2012.5.02.0000, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Relatora 
Ministra Katia Magalhaes Arruda, DEJT 27/11/2015).
Lei 7783/89 – Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante 
acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade 
equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resul-
tem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamen-
tos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa 
quando da cessação do movimento.
Obs.: atividades essenciais.
CF – Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre 
a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade.
Lei 7783/89 – Art. 10. São considerados serviços ou atividades essenciais:
I – tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás 
e combustíveis;
II – assistência médica e hospitalar;
III – distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV – funerários;
V – transporte coletivo;
VI – captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII – telecomunicações;
VIII – guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
IX – processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X – controle de tráfego aéreo e navegação aérea; (Redação dada pela Lei n. 13.903, de 2019)
XI – compensação bancária;
XII – atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e 
a assistência social; (Incluído pela Lei n. 13.846, de 2019)
XIII – atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, 
mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes 
multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de reconhecimento de direitos previstos em lei, 
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DIREITO DO TRABALHO
em especial na Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência); e 
(Incluído pela Lei n. 13.846, de 2019)
XIV – outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal indispen-
sáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade; (Incluído pela Lei n. 
13.846, de 2019)
XV – atividades portuárias. (Incluído pela Lei n. 14.047, de 2020)
DIRETO DO CONCURSO
157. (MPT/MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2020) Sobre o direito de greve é INCOR-
RETO afirmar:
b. São considerados serviços ou atividades essenciais o atendimento a todas atividades 
relacionadas com o regime geral de previdência social e a assistência social. 
158. (FCC/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2017) A Constituição Federal de 1988 
assegurou o direito de greve no capítulo dos direitos sociais, inserido no título dos direi-
tos e garantias fundamentais. Sobre esse direito, no ordenamento jurídico brasileiro e 
conforme jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho,
c. é abusiva a greve envolvendo serviços funerários, quando não assegurado o atendi-
mento básico aos usuários e não forem notificados da paralisação a entidade patro-
nal correspondente ou os empregadores interessados, com antecedência mínima de 
quarenta e oito horas.
Lei 7.783/89 – Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregado-
res e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a presta-
ção dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
Parágrafo único. São necessidades inadiáveis, da comunidade aquelas que, não atendi-
das, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.
Art. 12. No caso de inobservância do disposto no artigo anterior, o Poder Público asse-
gurará a prestação dos serviços indispensáveis. 
Obs.: consequência do descumprimento relativo a necessidades inadiáveis dos usuários.
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DIREITO DO TRABALHO
OJ N. 38 da SDC - GREVE. SERVIÇOS ESSENCIAIS. GARANTIA DAS NECESSIDA-
DES INADIÁVEIS DA POPULAÇÃO USUÁRIA. FATOR DETERMINANTE DA QUALIFICA-
ÇÃO JURÍDICA DO MOVIMENTO. Inserida em 07.12.1998. É abusiva a greve que se realiza 
em setores que a lei define como sendo essenciais à comunidade, se não é assegurado o 
atendimento básico das necessidades inadiáveis dos usuários do serviço, na forma prevista 
na Lei n. 7.783/89.
DIRETO DO CONCURSO
159. (MPT/MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2022) Entre as alternativas abaixo, assi-
nale a INCORRETA:
d. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os traba-
lhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação 
dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comuni-
dade, assim consideradas aquelas que, se não atendidas, coloquem em perigo imi-
nente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.
 
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor José Gervásio Meireles. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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