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Conceito de Libido e Estágios Psicossexuais

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O Conceito de Libido
O conceito de libido é fundamental na teoria psicanalítica de Sigmund Freud. Libido é a energia 
psíquica que reside no inconsciente e que impulsiona o comportamento e a personalidade do 
indivíduo. Segundo Freud, a libido é a força motriz por trás de todas as atividades e desejos humanos, 
sejam eles sexuais ou não.
Freud acreditava que a libido é o resultado da interação entre os instintos de vida (Eros) e os instintos 
de morte (Thanatos). Eros representa o desejo de viver, de se reproduzir e de se conectar com outros, 
enquanto Thanatos representa a tendência destrutiva e de autodestruição. O equilíbrio entre esses 
dois impulsos fundamentais é essencial para o desenvolvimento saudável da personalidade.
A libido pode se manifestar de diferentes formas, como no desejo sexual, no amor romântico, na 
criatividade e na busca por realização pessoal. Freud enfatizava que a libido não se resume apenas ao 
sexo, mas permeia todas as esferas da vida, desde as atividades mais banais até as mais elevadas 
realizações do espírito humano.
O conceito de libido é central para compreender a teoria freudiana da personalidade, uma vez que 
ela é vista como a fonte de energia que molda nossos comportamentos, desejos e aspirações. 
Entender a dinâmica da libido é fundamental para a prática da psicanálise e para a compreensão do 
desenvolvimento psicológico do ser humano.
Os Estágios Psicossexuais
De acordo com a teoria da personalidade de Sigmund Freud, o desenvolvimento psicossexual do 
indivíduo acontece em uma série de estágios-chave, cada um com suas próprias características e 
conflitos a serem resolvidos. Esses estágios representam as etapas de maturação da libido, a 
energia sexual, e moldam a personalidade do indivíduo.
Os principais estágios psicossexuais propostos por Freud são:
Estágio Oral (0-2 anos): A principal fonte de prazer e atenção da criança é a boca e a região oral. 
Nesta fase, a criança tende a chupar, morder e colocar objetos na boca, explorando o mundo por 
meio desses atos.
1.
Estágio Anal (2-3 anos): O foco da libido se desloca para a região anal, e o controle dos 
esfíncteres torna-se um importante fator de desenvolvimento. A criança pode apresentar 
comportamentos de retenção ou eliminação excessiva, refletindo conflitos relacionados ao 
controle e à obediência.
2.
Estágio Fálico (3-6 anos): A libido se concentra nos órgãos genitais, e a criança começa a 
desenvolver atração pelo genitor do sexo oposto, em um processo conhecido como Complexo 
de Édipo. Nesta fase, a criança também pode apresentar ansiedade de castração, medo de 
perder seus órgãos genitais.
3.
Estágio de Latência (6 anos - puberdade): Neste período, a atividade sexual da criança fica 
adormecida, com a energia sexual sendo canalizada para outras atividades, como a escola e os 
amigos.
4.
Estágio Genital (puberdade em diante): Com o início da puberdade, a libido se volta novamente 
para os órgãos genitais, e a sexualidade começa a se manifestar de forma madura, com a 
capacidade de estabelecer relacionamentos afetivos e sexuais.
5.
Cada um desses estágios é marcado por conflitos psicológicos que, se não resolvidos 
adequadamente, podem levar a distúrbios de personalidade e a fixações em determinados estágios, 
afetando o desenvolvimento saudável do indivíduo.

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