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Caso clínico - disciplina de bioquimica Karol e Lívia (1)

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Pós-graduação em Análises Clínicas - Fundação Técnico Educacional Souza Marques FTESM
Disciplina de Bioquímica Clínica
Professor: Ricardo		
Alunas: Karolina Romão Ramos e Lívia Ferreira 
1) “Mulher de 50 anos e origem hispânica chega à clínica com queixas de sede intensa, aumento da ingesta de líquidos e micção excessiva. Relata não sentir sintomas de infecção do trato urinário e não ter qualquer outro problema médico. Entretanto, não é examinada por um médico há muitos anos. O exame mostrou que estava obesa, porém sem qualquer perturbação aguda. O exame físico está normal e o de urina mostrou a presença de 4+ de glicosúria e a glicemia de 320 mg/dL”.
a) Qual é a suspeita clínica? Diabetes tipo 2. Uma vez que apresenta obesidade, glicose na urina (toda glicose é reabsorvida nos néfrons, logo, se encontramos glicose na urina é porque existe um excesso que o rim não está conseguindo reabsorver), e a glicemia em jejum está em 320 mg/dL, sendo o normal nessa situação até 100 mg/dL, acima de 126 temos diabetes. E os sinais e sintomas da “sede intensa”, conhecida como polidipsia, “micção excessiva” conhecida como poliúria, são sinais frequentes observados nessa patologia. E pela idade da paciente, é possível suspeitar que a doença seja a tipo 2.
b) Quais outros órgãos e/ou sistemas podem estar envolvidos na doença? Por se tratar de uma doença crônica, pode afetar também o sistema cardiovascular (associação com a hipertensão e aterosclerose), sistema visual (principalmente os olhos devido a retinopatia diabética), nervos periféricos e rins (pela sobrecarga de glicose que o rim tenta reabsorver, porém não consegue – nefropatia diabética).
c) Recomendaria outros exames laboratoriais? Quais? Recomendaria a glicemia TOTG/ Pós prandial, para se avaliar os níveis glicêmicos pós sobrecarga, e a Glicemia Média Estimada a partir da HbA1C, onde seria possível avaliar os níveis de glicose a longo prazo, uma vez que a mesma sofre um processo de glicação (ligação não-enzimática e permanente da glicose na hemoglobina) na hemoglobina, sendo um bom parâmetro para acompanhamento a longo prazo (2-3 meses antecedentes ao teste).
3) “Homem de 42 anos foi atendido no setor de emergência com muitas queixas de dor epigástrica, náusea intratável e vômito durante os últimos três dias. Informou que bebeu demais na semana anterior, mas que deixou de beber e comer alguns dias antes desses sintomas se iniciarem. No momento ele é sem – teto e alcóolatra e frequentemente vai ao setor de emergência. Informou não ter nenhum outro problema de saúde. Apresentava febre, hipotensão leve e taquipneia. O exame mostrou estar mal-nutrido, letárgico e embotado. No exame abdominal apresentou sensibilidade epigástrica, mas sem evidências de abdome agudo. Seu hálito tinha odor de frutas. Os exames laboratoriais mostraram acidose metabólica, em razão aos altos níveis de ânion gap com altos níveis de corpos cetônicos na urina e glicemia baixa”.
a) Qual é a suspeita clínica? Cetoacidose alcoólica
b) Quais outros órgãos e/ou sistemas podem estar envolvidos na doença? O sistema hepático e o fígado.
c) Recomendaria outros exames laboratoriais? Quais? Além do histórico do paciente, no caso de suspeita de cetoacidose alcoólica é importante fazer exames como:
- Hemograma completo, serve como suspeita clínica ou em conjunto com outros exames e histórico do paciente serve para confirmar diagnóstico e também para observar possíveis alterações do organismo;
- Avaliação dos eletrólitos, principalmente o cálcio, fósforo e magnésio;
-Dosagem de etanol, metano e álcool isopropílico;
- AST e ALT, específicos para lesões e doenças hepáticas.
7) “Um estudo com pacientes recém-diagnosticados com diabetes melito tipo 2 os acompanha por 20 anos a fim de determinar a prevalência e a gravidade das complicações da doença. Os prontuários desses pacientes são analisados para identificar os métodos laboratoriais empregados para monitorização e a capacidade deles para manter o controle da doença e reduzir o potencial de complicações”. Qual dos seguintes estudos laboratoriais mais provavelmente proporciona o melho método de monitoramento do controle da doença em tais pacientes?
a) Glicose plasmática aleatória
b) Glicose plasmática de jejum
c) Hemoglobina glicada
d) Albumina glicada
e) Frutosamina sérica
f) Microalbuminúria
Justifique. O exame mais indicado para fazer o acompanhamento desse estudo com pacientes recém-diagnosticados com diabetes mélito tipo 2 seria a hemoglobina glicada, pois esse exame consegue fazer o monitoramento do paciente a longo prazo, cerca de dois a três meses antes do teste.
10) “Uma mulher de 35 anos de idade visitou seu médico ao observar o aparecimento de uma coloração amarelada na pele na última semana. No exame físico, não havia dor abdominal ou sensibilidade, e as dimensões hepáticas estavam normais. As análises laboratoriais indicaram hemoglobina de 11,7 g/dL; hematócrito de 35,2%; VCM de 98; contagem de plaquetas de 207.600; contagem de leucócitos de 6.360; proteínas totais de 5,5 g/dL; albumina de 3,5 g/dL; bilirrubina total de 8,7 mg/dL; bilirrubina direta de 0,6 mg/dL; AST de 39 U/L; ALT de 24 U/L e fosfatase alcalina de 35 U/L”. Qual é o diagnóstico mais provável?
a) Colelitíase X há presença de dor, paciente sem dor
b) Anemia hemolítica X hemoglobina, hematócrito e VCM normais.
c) Infecção pelo HAV
d) Cirrose micronodular X sem anemia
e) Uso de contraceptivos orais X não há correlação com o caso
Justifique: A paciente apresentava hemograma normal (hemoglobina, hematócrito e VCM) normais, plaqueta e leucócitos também normais. Também apresentava proteínas totais e albumina normal. Porém, sua bilirrubina total e direta está elevada, sendo suspeita de cirrose ou hepatites. O mesmo para AST e ALT elevados. Porém, como a mesma apresentava hemograma normal, o quadro de cirrose é descartado, já que anemia é um sinal. Sendo assim, o diagnóstico ideal é a infecção por HAV, que altera os níveis de ALT, AST, bilirrubinas e o paciente têm icterícia. E por se tratar de uma infecção aguda, é normal que o fígado da paciente ainda esteja com as dimensões normais.

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