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Ipomoea batatas (L );Desenvolvimento econômico;Batata-doce;Economic development;Sweet potato

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAI 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA BATATA DOCE (IPOMOEA BATATAS L.) NO 
TERRITÓRIO AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO DE TOUROS/RN: UMA ANÁLISE 
ENTRE O PERÍODO DE 2011 A 2021. 
 
 
 
 
 
ÁLVARO DE FRANÇA VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÍBA/RN 
2023 
   
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAI 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA BATATA DOCE (IPOMOEA BATATAS L.) NO 
TERRITÓRIO AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO DE TOUROS/RN: UMA ANÁLISE 
ENTRE O PERÍODO DE 2011 A 2021. 
 
 
ÁLVARO DE FRANÇA VIEIRA 
 
Trabalho  de  conclusão  de  curso 
apresentado ao curso de graduação em 
Engenharia Agronômica da Universidade 
Federal  do  Rio  Grande  do  Norte  como 
requisito parcial para a obtenção do grau 
de Engenheiro Agrônomo. 
Orientador:  DR.  SÉRGIO  MARQUES 
JUNIOR.  
 
 
 
 
 
 
MACAÍBA/RN 
2023 
         
  Universidade Federal do Rio Grande do Norte ­ UFRN  
Sistema de Bibliotecas ­ SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN ­ Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski ­ Escola Agrícola de Jundiaí ­ EAJ ­ 
Macaiba 
 
    Vieira, Alvaro de Franca. 
 Desenvolvimento da batata doce (Ipomoea Batatas lL.) no 
território agrícola do município de Touros/RN: uma análise entre o 
período de 2011 a 2021 / Alvaro de Franca Vieira. - Macaíba, 
2023. 
 35f.: il. 
 
 Monografia (Bacharel) Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, Unidade Acadêmica Especializada Em Ciências Agrárias, 
Curso de graduação em Engenharia Agronômica. 
 Orientador: Dr. Sérgio Marques Junior. 
 
 
 1. Ipomoea batatas (L..) - Monografia. 2. Desenvolvimento 
Econômico - Monografia. 3. Batata-doce - Monografia. I. Marques 
Junior, Sérgio. II. Título. 
 
RN/UF/BSPRH CDU 635.22 
 
 
 
   
            
Elaborado por Valéria Maria Lima da Silva - CRB-15/451 
   
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS
ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAI
DESENVOLVIMENTO DA BATATA DOCE (IPOMOEA BATATAS L.) NO 
TERRITÓRIO AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO DE TOUROS/RN: UMA ANÁLISE 
ENTRE O PERÍODO DE 2011 A 2021.
por
Álvaro de França Vieira
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em 
Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo.
Julho, 2023
@2023 Álvaro de França Vieira
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Aprovado em 05 de julho de 2023
Prof. Dr. Sérgio Marques Junior – Presidente
Prof. Dr. Karen Maria da Costa Mattos - Membro avaliador
Dr. Flávio Pereira da Mota Silveira – Membro avaliador
RESUMO 
A  cultura  da  batata  doce  (Ipomoea  batatas  L.)  apresenta  grande  importância 
econômica, financeira e social no Brasil devido a sua rusticidade e ampla adaptação 
as diferentes regiões do país. Segundo o IBGE (2016), já se verifica a presença de 
mais de 45 mil hectares da cultura no Brasil, com produção estimada superior a 548 
toneladas. Segundo o mesmo órgão, o município de Touros apresenta­se como maior 
produtor da cultura no Estado do Rio Grande Norte, com estimados 1.200 hectares no 
ano de 2021, fazendo­se necessário uma análise de série histórica para analisar seus 
dados  de  desenvolvimento  e  taxas  de  crescimento  relacionadas  a  área  plantada, 
quantidade  produzida,  rendimento  médio  de  produção  e  valor  da  produção. 
Resultados da investigação revelam que um quarto de toda área plantada de batata 
doce no RN em 2021 está localizada no município de Touros, e um terço das áreas 
de  batata  doce  do  estado  estão  presentes  nos  municípios  do  Litoral  Nordeste. 
Entretanto, foi identificada a problemática relacionada a produtividade por hectare de 
Touros, Litoral Nordeste e do RN, estando abaixo da média nacional. Ao comparar 
tais índices com municípios da microrregião e a nível de estado, o presente estudo 
buscou propor a possibilidade de aumento da quantidade de batata doce produzida 
sem  crescimento  da  área  plantada,  assim  como,  das  propostas  de  programas  e 
políticas  públicas  para  o  fortalecimento  da  produção  agrícola  no  município  que 
representa o motor do desenvolvimento da cultura no Estado do RN. 
 
Palavras­chave: Ipomoea batatas (L..). Desenvolvimento Econômico. Batata­doce 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The sweet potato crop (Ipomoea batatas L.) has great economic, financial and social 
importance in Brazil due to its hardiness and wide adaptation to different regions of the 
country. According to IBGE (2016), the presence of more than 45 thousand hectares 
of the crop in Brazil is already verified, with an estimated production of more than 548 
tons. According to the same body, the municipality of Touros is the largest producer of 
the crop in the State of Rio Grande Norte, with an estimated 1,200 hectares in 2021, 
making it necessary to analyze a historical series to analyze its development data and 
rates. growth related to planted area, quantity produced, average production yield and 
production value. Research  results  reveal  that a quarter of all sweet potato planted 
area in RN in 2021 is located in the municipality of Touros, and a third of the sweet 
potato  areas  in  the  state  are  present  in  the  municipalities  of  the  Northeast  Coast. 
However, the problem related to productivity per hectare of Touros, Northeast Coast 
and RN was identified, being below the national average. By comparing such indices 
with municipalities in the micro­region and at the state level, the present study sought 
to propose the possibility of increasing the amount of sweet potato produced without 
increasing the planted area, as well as proposals for programs and public policies to 
strengthen  production.  agriculture  in  the  municipality  that  represents  the  engine  of 
cultural development in the State of RN. 
 
Keywords: Ipomoea batatas (L..). Economic development. Sweet potato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Produção total e produtividade de batata doce nos dez estados maiores 
produtores do Brasil, em 2019. 
Figura 2 – Localização geográfica do Mato Grande. 
Figura 3 – Fórmula Taxa geométrica de crescimento – TGC 
Figura  4  –  Série  histórica  do  total  de  área  plantada  no  RN  X  Microrregião  Litoral 
Nordeste X Touros. 
Figura  5  –  Porcentagens  de  áreas  plantadas  de  batata  doce  no  ano  de  2021  na 
microrregião Litoral Nordeste. 
Figura 6 – Desenvolvimento de batata doce em área (ha) no RN, na microrregião e 
no município. 
Figura 7 – Municípios do Nordeste de origem do produto batata doce e quantidade 
comercializada no período de maio – 2021 a maio – 2023 na CEASA de Recife/PE. 
Figura 8 – Produtividade média de batata doce no Brasil. 
Figura 9 – Rendimentos médios da produção (kg/ha) de batata doce no País, Estado, 
Microrregião e Município. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Série histórica dos dados de batata doce em Touros. 
Tabela 2 – Taxa Geométrica de Crescimento (TGC), Área plantada (A), Quantidade 
produzida  (Qtd),  Rendimento  M.  de  produção  (R),  e  Valor  da  produção  (V)  dos 
municípios da microrregião do Litoral Nordeste/RN no período de 2011 a 2021.
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10 
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 11 
2.1 Objetivo geral ............................................................................................ 11 
2.2 Objetivos específicos ................................................................................ 11 
2.3 Justificativa............................................................................................... 12 
3. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 13 
3.1 Histórico, botânica e aspectos agronômicos da batata doce .................... 13 
3.2 Importância econômica e produção no Brasil ........................................... 14 
3.3 Formação do território estudado ............................................................... 16 
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS  ............................................................. 19 
  4.1. Local de Estudo ...................................................................................... 19 
  4.2. Procedimento de Coleta de Dados ......................................................... 19 
  4.3. Procedimento de Análises de Dados ...................................................... 20 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 21 
6. CONCLUSÕES  .................................................................................................... 29 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  ......................................................................... 30 
ANEXO I  ................................................................................................................... 34 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO  
A espécie Ipomoea batatas L. (batata­doce) pertence à família Convolvulaceae 
tendo como origem o continente sul­americano (FILGUEIRA, 2007), cultivada em 111 
países, com 84% da produção na Ásia, 12,7% na África, 2,6% nas Américas, 0,6% na 
Oceania  e  0,1%  na  Europa.  Segundo  a  Organização  das  Nações  Unidas  para  a 
Alimentação  e  a  Agricultura  (FAO),  a  China  destaca­se  como  o  maior  produtor 
mundial, atingindo produtividade média de 23,1 t ha­1. Analisando os dados mundiais 
sobre a produção de batata­doce, o país apresenta a liderança com uma produção de 
53,01 milhões de  toneladas anualmente,  representando mais de 58% da produção 
mundial, estimada em 91,95 milhões de toneladas (FAOSTAT; 2020). 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na América do Sul o 
Brasil  é o principal produtor da cultura,  correspondendo a uma produção anual de 
548.438 toneladas, obtidas em uma área plantada de 45.597 hectares (IBGE, 2016). 
Em  termos  de  volume  de  produção  mundial  a  cultura  ocupa  o  7º  lugar  com  uma 
produtividade média menor que 10 t/ha, mas é a 15ª em custo de produção o que 
indica ser universalmente uma cultura de baixo custo (SILVA et al., 2004). 
No  Brasil,  a  batata  doce  é  cultivada  em  todas  as  regiões.  Embora  bem 
disseminada no país, está mais presente nas regiões Sul e Nordeste, notadamente 
nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e Paraíba 
(SILVA et al., 2004). No Nordeste, a cultura assume maior importância social por se 
constituir em uma fonte de alimento energético, contendo também importante teor de 
vitaminas e de proteína, levando­se em conta a grande limitação na disponibilidade 
de outros alimentos em períodos críticos de estiagem prolongada. Paradoxalmente é 
nesta região e no Norte do país, com população mais carente e com melhor clima, 
que a produtividade é mais baixa (SILVA et al., 2004). 
É considerada uma cultura rústica, pois apresenta resistência a algumas pragas 
e doença, pouca  resposta à aplicação de  fertilizantes e cresce em solos pobres e 
degradados.  Em  relação  aos  aspectos  fitossanitários,  é  susceptível  a  um  grande 
número de doenças causadas por fungos, vírus e nematóides, sendo também atacada 
por  um  grande  número  de  insetos  pragas  e  ácaros.  Pode­se  citar  que os maiores 
causadores de danos econômicos a produção atualmente são os nematoides, onde 
vários  gêneros  são  relatados  atacando  a  batata­doce,  mas  somente  os  gêneros 
11 
 
Meloidogyne e Rotylenchulus são referidos como causadores de danos (COSTILLA, 
1989).  
Ainda, segundo o IBGE, o Brasil cultivou nos últimos 10 anos aproximadamente 
43.161 hectares da cultura, onde a  região Nordeste  representa 44,2% dessa área, 
sendo a região brasileira com maior  índice de área plantada e área colhida (IBGE, 
2016). 
A cultura tem sido cultivada em pequena escala em várias regiões do país, com 
pouco uso de tecnologia e sem orientação profissional, obtendo­se baixos índices de 
produtividade  e  a  baixa  qualidade  dos produtos,  pois  ao  longo do  tempo  tem  sido 
cultivada de forma empírica pelas famílias rurais, em conjunto com diversas outras 
culturas, visando à alimentação familiar (SILVA et al., 2004). Observa­se também que 
tal situação ocorra no município de Touros/RN, que segundo o IBGE (2021), possui 
maior índice de área plantada no Estado do Rio Grande do Norte, com 1.200 hectares, 
porém  ainda  com  média  de  produção  abaixo  da  nacional,  sendo  considerado  o 
terceiro maior produtor Brasil, ficando abaixo apenas dos municípios de Itabaiana/SE 
com  2050  hectares  e  de  São  benedito/CE  com  1805  hectares,  ambos  da  região 
nordeste do país. 
Entretanto, pouco se conhece sobre o desenvolvimento da cultura na região de 
Touros (RN), o que dificulta a implantação de estratégias e políticas agrícolas capazes 
de potencializar a produção local. 
 
2. OBJETIVOS  
2.1 Objetivo Geral  
O presente estudo teve como objetivo analisar o desenvolvimento da cultura da 
batata  doce  (Ipomoea  batatas L.),  durante o  período de  2011  a 2021, no  território 
agrícola do município de Touros/RN.  
 
2.2 Objetivos específicos  
  Analisar a série histórica dos dados quantitativos da cultura no município de 
Touros/RN; 
  Realizar  análises  comparativas  dos  dados  da  cultura  com  municípios  da 
microrregião e com o estado do RN.  
 
 
12 
 
2.3. Justificativa 
O território agrícola do município de Touros  (RN) e sua microrregião que se 
situa, são considerados grandes produtores da cultura da batata doce no país. Porém, 
entende­se  que  se  faz  necessário  realizar  coletas  e  uma  análises  de  dados 
temporal/série histórica para observar­se como se deu o impulsionamento, a situação 
das  taxas  de  crescimento  e  a  comparação  a  níveis  municipais  e  estadual.  Neste 
sentido, entende­se que este trabalho se justifica, do ponto de vista gerencial, pela 
necessidade de estudos capazes de contribuir com planejamentos e elaborações de 
futuros programas e políticas públicas de apoio e desenvolvimento da batata doce no 
município e no Estado do Rio Grande do Norte. 
Do  ponto  de  vista  teórico,  entende­se  que  este  estudo  contribui  com  a 
minimização de lacunas acadêmicas com relação à dados e informações de produção 
da batata doce (Ipomoea batatas L.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 Histórico, botânica e aspectos agronômicos da batata doce 
A batata doce (Ipomoea batatas) é uma planta originária da América Central. 
Possui ascendência associada ao desenvolvimento dos povos das Américas Central 
e Sul, desde o México mais ao norte, até regiões do Peru ao Sul. Planta herbácea 
perene, pertencente à família botânica Convolvulacea sendo a única desta haplóide, 
o que provavelmente justifica a alta variabilidade genética da cultura (HUAMÁN, 1992; 
RITSCHEL  et  al.,  2010).  Tal  variabilidade  e  a  capacidade  de  se  multiplicar 
rapidamente promoveu a cultura, segundo Woolfe (1992), a habilidade de se adaptar 
a uma ampla variedade de condições climáticas, permitindo seu desenvolvimento em 
regiões  tanto de clima  tropical quanto em regiões de  temperaturas moderadas dos 
continentes africanos, asiáticos e americanos.  
Quanto a caracterização da morfologia de suas raízes, a batata doce é uma 
planta dicotiledônea, possuindo dois tipos de raízes: as tuberosas, principais partes 
de  interesse  comercial,denominadas  também  de  batatas,  são  identificadas  pela 
espessura devido à acumulação de substâncias de reserva como amidos, e variando 
de formatos, tamanhos e colorações. Já as raízes absorventes, são responsáveis pelo 
desenvolvimento  e  manutenção  da  cultura,  realizando  a  absorção  de  águas  e 
nutrientes presentes no solo (ECHER et al., 2009). 
Roullier  et  al.  (2013)  realizaram  análises  de  genótipos  de  batata­doce 
descendentes  de  regiões  ancestrais  originárias,  e  observaram  que  a  evolução 
genética destes materiais decorrera do cruzamento de espécies selvagens, cultivadas 
de forma independente por povos nativos da América Central e América do Sul. Pode­
se citar que a cultura foi introduzida na Europa ocidental pelos primeiros exploradores 
espanhóis  em  viagem  à  América  em  1492,  e  durante  o  século  XVI  exploradores 
portugueses dispersaram a batata doce na África,  índia, Ásia e Sul da América, ou 
seja, no Brasil.    
A batata doce constitui­se em uma das principais culturas tuberosas produzidas 
em todo o mundo, e a produção mundial em 2010 foi de aproximados 91,95 milhões 
de toneladas em uma área de 8 milhões de hectares, sendo a China o país líder da 
produção mundial com mais de 58% da produção mundial, estimada em 53,01 milhões 
de toneladas (FAOSTAT; 2020). Segundo Melo et. al (2009), a batata doce ocupa o 
quarto  lugar  entre  as  hortaliças  mais  consumidas  pela  população  brasileira  sendo 
muito  popular  e  apreciada  em  todo  o  país.  Além  disso,  demonstra  uma  grande 
14 
 
importância  social,  pois  contribui,  decisivamente,  para  o  suprimento  alimentar  das 
populações de baixa renda.  
Segundo Silva,  J.  (2007) a  cultura possui baixíssimo custo de produção em 
relação a outras culturas, pois depende de menos tratos culturais, fertilizantes, mão­
de­obra e irrigação, ainda, se adapta bem as destoantes climáticas, tornando­a uma 
cultura resistente a enfermidades. Ainda, segundo o autor, a cultura da batata doce 
também possui  importâncias  relacionadas ao manejo e proteção do solo, uma vez 
que, o cultivo é realizado em leiras na forma de curvas o que faz com que as mesmas 
evitem a erosão do solo quando realizadas corretamente, e não permite que este sofra 
danos referentes a perda potencial de suas propriedades físico­químicas de produção.  
 É exposto por Silva, J. (2007) que a batata doce se tornou importante para a 
agricultura familiar que não possui grandes habilidades de manejo. Porém, a ausência 
muitas vezes de tecnologia provoca baixos índices de produtividade, condição esta 
que  poderia  ser  revertida  com  a  capacitação  e  desenvolvimento  dessas  famílias 
produtoras. Segundo Mello (2009), dentre as hortaliças, a batata­doce representa uma 
boa  alternativa  de  renda,  especialmente  pelo  baixo  custo  de  produção  e  por 
apresentar  um  ciclo  de  90  a  120  dias,  o  qual  propicia  fluxo  regular  de  capital  na 
produção. 
A produção da batata doce também é aproveitada na produção animal pelos 
agricultores. Conforme Neto (2012), as ramas da batata doce podem ser aproveitadas 
para a alimentação animal assim como as batatas sem padrão comercial, porém em 
sua  maioria  as  ramas  são  descartadas,  ainda  que  uma  parte  seja  utilizada  na 
produção de novas ramas para novo plantio.  
Rabelo  (2012),  ao  realizar  uma  análise  dos  benefícios  da  batata  doce, 
confirmou­se que ela é essencial para manter a saúde em dia, e que seu consumo é 
capaz  de  reforçar  ao  sistema  imunológico,  fazer  a  manutenção  da  juventude  das 
células e garantir de saúde cardiovascular, ela também fornece vitaminas e minerais 
tornando indispensável seu consumo. 
 
3.2 Importância econômica e produção no Brasil 
Através da análise de dados do ano de 2020 ofertados pelo IBGE, a Empresa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa constatou que o Brasil está em 16º 
lugar entre os maiores produtores de batata­doce do mundo, com 805,4 mil toneladas 
e R$ 886,6 milhões em valor de produção, sendo o maior produtor da América Latina 
15 
 
(EMBRAPA, 2021). Ainda segundo a Embrapa, após uma temporada do esfriamento 
do  mercado,  a  produção  de  batata­doce  vem  aumentando  consideravelmente  no 
Brasil  nos  últimos  seis  anos,  refletida  na  demanda  crescente  por  essa  hortaliça, 
principalmente  em  função  de  suas  características  nutricionais  comprovadas  por 
estudos científicos e amplamente divulgadas.  
O  mercado  brasileiro  é  voltado,  principalmente,  para  o  consumo  humano  a 
partir  de  raízes  frescas,  e está  presente  em  quase  todos  os  planos  de  dietas,  em 
virtude de qualidades como o baixo  índice glicêmico, o alto conteúdo de fibras e a 
diversidade de vitaminas,  refletindo diretamente com  fatores  relacionados ao bem­
estar, incentivados por profissionais e influenciadores das redes sociais, promovendo 
assim,  o  aumento  da  demanda  dessa  hortaliça  por  vegetarianos  e  veganos,  a 
valorização  dos  produtos  locais,  dentre  outros  (EMBRAPA,  2021  apud  HortiFruti 
Brasil, 2018).  Após análise dos dados do IBGE em 2008, a EMBRAPA cita que os 
maiores consumidores da  raiz  tuberosa foram a Paraíba, com 2,142 kg per capita; 
Pernambuco, com 1,473 kg per capita; Santa Catarina, com 1,264 kg per capita; e o 
Rio Grande do Sul, com 1,189 kg per capita. 
Para a Embrapa  (2021), através diversidade de ambientes em que a cultura 
pode ser plantada, a mesma está presente de norte a sul do Brasil e seu cultivo é 
viável ao longo de todo o ano na maior parte do país, assim como seu consumo. Os 
últimos dados da Produção Agrícola Municipal – PAM do IBGE indicam que, em 2019, 
foram colhidos 57,3 mil hectares de batata­doce no Brasil, sendo produzidos 805,4 mil 
toneladas de  raízes  tuberosas, com produções dividas consideravelmente entre as 
regiões: Nordeste com 317,3 mil toneladas, Sul com 252,9 mil toneladas e Sul com 
214,0 mil  toneladas. Sendo os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Ceará 
como os maiores produtores nacionais (Figura 1). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Produção total e produtividade de batata doce nos dez estados maiores 
produtores do Brasil, em 2019. 
16 
 
 
Fonte: Embrapa (2021) apud PAM, IBGE (2020). 
Pode­se observar que os estados presentes no ranking dos maiores produtores 
do país, 60% é da região nordeste, porém, com exceção do Ceará, quantitativos de 
produtividade inferiores à média nacional, de 14,01 t/ha, constando o estado do RN 
com a terceira menor média de produtividade entre os analisados, onde através da 
explanação  de  tais  números,  a  Embrapa  cita  como  necessário  a  importância  da 
assistência técnica e da extensão rural para promoção de tecnologias de produção 
que promovam os sistemas de cultivos e projetos de pesquisas para melhoramento 
das produções por regiões.  
Para  Landau  et  al.  (2020),  em  nível  municipal,  é  notável  destacar  a 
predominância de plantios da cultura em municípios das regiões nordeste e sul, tendo 
desde o ano de 1990 o município de Itabaiana/SE entre os líderes de produção, e a 
partir  do  ano  de  2016  a  presença  do  município  de  Touros/RN  no  ranking,  com 
aproximados 600 hectares. Ainda, é citado os municípios em que tem sido plantada 
maior  área  relativa  nas  últimas  décadas  sendo:  Moita  Bonita/SE,  Itabaiana/SE  e 
Alagoa Nova/PB,  todos da  região nordeste, e  fazendo do agreste do Sergipe uma 
importante região de produção (EMBRAPA, 2021). 
 
3.3 Formação do território estudado 
A  freguesia  do  Bom  Jesus  dos  Navegantes  do  porto  de  Touros,  como  era 
denominada, foi elevada à categoria de município no Estado do RN no ano de 1835, 
sendo assim desmembrado de Ceará­Mirim. Em tal época expandia­se às áreas dos 
municípios  de  João  Câmara,  Maxaranguape,  Pureza  e  São  Miguel  de  Touros, 
denominado hoje como São Miguel doGostoso.  
17 
 
O município de Touros é conhecido historicamente como Esquina do Brasil por 
estar  localizado no extremo do mapa, que para Oliveira  (2002, a) é onde a massa 
continental latino­americana realiza um “desvio” de leste para o oeste. Ainda, Touros 
é popularmente conhecido terra do Bom Jesus dos Navegantes, por possui­lo como 
padroeiro do município até hoje, e desde da construção da capela em 1778 (GOMES 
et al, 2001). Touros possui características de clima tropical quente, transitando entre 
aspectos  climáticos  semiúmido  e  semiárido,  com  população  estimada  em  31.089 
(IBGE,  2010),  e  com  dados  agrícolas  estimados  pelo  Censo  agropecuário  (IBGE, 
2017)  de  1.400  estabelecimentos  agropecuários,  totalizando  uma  área  de  40.953 
hectares.  
E ainda segundo o mesmo, a partir dos dados da produção agrícola – lavoura 
temporária,  com área estimada em 1.200 hectares de batata doce, e produção de 
14400 toneladas, sendo o maior produtor da cultura no Estado do RN e terceiro a nível 
nacional (IBGE, 2021). 
Dentro  de  uma  divisão  regional,  o  município  de  Touros  situasse  na  região 
denominada Mato Grande, a noroeste do Rio Grande do Norte,  com uma área de 
5.758,60  Km², e  área média  por município de  382,1  km²;  possui  cerca  de  100 mil 
hectares de solos férteis e riqueza de recursos hídricos. Apresenta uma população 
total de 226.540 habitantes, com densidade demográfica de 35,5 habitantes/km², dos 
quais  109.921  residem  na  zona  urbana  e  116.420  na  zona  rural.  Sendo  a  região 
composta por 16 municípios: Touros, Ceará­Mirim, Maxaranguape, Rio do Fogo, São 
Miguel do Gostoso, Pedra Grande, São Bento do Norte, Caiçara do Norte, Jandaíra, 
Parazinho, João Câmara, Pureza, Bento Fernandes, Poço Branco, Taipu e Jardim de 
Angicos (SILVA, 2022). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
   Figura 2 – Localização geográfica do Mato Grande 
 
  Fonte: http://sit.mda.gov.br. 
 
Porém,  tratando­se  de  critérios  de  regionalização  e  abrangência  territorial 
quanto as produções agrícolas para apreciações, o  IBGE preconiza desde 1985 a 
classificação e utilização de “microrregião geográfica”, que segundo Firetti et al (2022), 
trata­se  por  possibilitar  a  maximização  de  análises  comparativas  com  outras 
localidades do Brasil. Com  isso, para o  IBGE, Touros encontra­se na microrregião 
geográfica denominada de “Litoral Nordeste”, composta também por mais seis 
municípios,  sendo  eles:  Maxaranguape,  Pedra  Grande,  Pureza,  Rio  do  Fogo,  São 
Miguel do Gostoso e Taipu.  
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
  4.1. Local de Estudo 
O território a ser analisado no município de Touros/RN, situa­se cerca de 87 km 
da capital,  limitando­se com os municípios de Rio do Fogo, Pureza, João Câmara, 
Parazinho, São Miguel do Gostoso e o Oceano Atlântico, abrangendo uma área de 
840 km², com coordenadas geográficas: latitude 5° 11' 56'' Sul e longitude 35° 27' 39'' 
Oeste. Estando segundo o IBGE, na Região direta do Mato Grande, mesorregião do 
Leste Potiguar e microrregião Litoral Nordeste. 
Possui  clima  predominante  caracterizado  como  tropical  chuvoso  com  verão 
seco, temperaturas médias máxima de 32,0° C e mínima de 21,0° C, apresentando 
duas estações bem definidas – verão e inverno – e precipitação média anual de 800 
mm.  
Este  estudo  é  composto  por  fases,  composta  por  revisão  da  bibliografia 
relacionada ao estudo; da coleta, análise e discussões dos dados, assim como, suas 
conclusões finais. De acordo com Gil (2002), os objetivos de um projeto científico são 
atingidos  quando  é  utilizado  um  conjunto  de  artifícios  intelectuais  e  técnicos  na 
investigação  científica.  O  uso  do  método  científico  esquematiza  um  conjunto  de 
procedimentos  empregados  na  investigação;  identifica  um  caminho  a  se  percorrer 
para se chegar à natureza de uma determinada problemática ou situação. 
 
4.2. Procedimento de Coleta de Dados 
Após realizado a revisão bibliográfica, foram coletadas as informações de área 
plantada, quantidade produzida, produtividade da batata doce (rendimento médio da 
produção) e valor da produção (mil reais) apresentadas através da Pesquisa Agrícola 
Municipal  ­  PAM,  e  dos  Levantamentos  Sistemáticos  da  Produção  Agropecuária  – 
LSPA, oriundos do IBGE, e processados através do Sistema IBGE de Recuperação 
Automática – SIDRA, cujos os dados referem­se a séries temporais (2011 a 2021) do 
município de Touros e dos demais componentes da microrregião geográfica Litoral 
Nordeste no RN. 
 
 
 
 
20 
 
4.3. Procedimento de Análise de Dados 
Para  realizar  a  análise  dos  dados  coletados  foram  empregadas  técnicas 
estatísticas, responsáveis pelo arranjo e apresentação dos dados (FONSECA, 1996). 
Utilizado  também  o  método  geométrico  de  crescimento  (Taxa  geométrica  de 
crescimento  –  TGC),  citado  por  Cuenca  et  al.  (2015),  como  método  capaz  de 
expressar o crescimento ou decréscimo de uma série histórica de dados, em taxas 
percentuais, por período de tempo avaliado, sendo utilizada também em pesquisas 
relacionadas ao tema pelo autor Martins Filho (2021). 
Figura 3 – Fórmula Taxa geométrica de crescimento – TGC 
 
Fonte: Martins Filho (p. 15, 2021). 
 
Martins  Filho  (2021)  realizou,  através  de  metodologia  análoga,  uma  análise 
histórica  de  produção  da  batata  doce  na  microrregião  da  Serra  da  Ibiapaba/CE, 
obtendo a expressão do crescimento da série, em termos percentuais, por período de 
tempo  analisado,  promovendo  conclusões  sólidas  e  apreciações  de  dados  da 
produção na microrregião.  
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
O estado do Rio Grande do Norte, segundo dados do censo agropecuário do 
ano de 2017 apresenta possuir aproximados 63.452 estabelecimentos agropecuários, 
com a totalização de 2.723.148 hectares, dos quais, 259.834 hectares representam a 
utilização das terras por lavouras temporárias. Referente ao ano de 2021 os dados da 
PAM, processados através do Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA, 
apresentam o Estado do RN com um quantitativo de 4.672 hectares da cultura da 
batata doce como apresentando através da figura 4, estando a cultura em áreas de 
87 municípios do estado em 2021 conforme o IBGE, e a microrregião Litoral Nordeste 
como maior produtora, na qual, o território do município de Touros está situado.  
Figura  4  –  Série  histórica  do  total  de  área  plantada  no  RN  X  Microrregião  Litoral 
Nordeste X Touros. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor através do SIDRA. 
Através dos dados de áreas em produção  de batata doce, apresentados na 
figura 4, evidencia­se a microrregião Litoral Nordeste com crescimento em quase 8 
vezes a sua área plantada de batata doce ao longo de uma década, apresentando 
aproximados 33,49% do total do Estado em 2021, tendo o território agrícola de Touros 
desenvolvido  igualmente  suas  áreas  no  mesmo  período,  e  apresentando  seus 
consideráveis 1.200 hectares, refletindo em 76,6% da área da microrregião e 25,6% 
a nível estadual.  
Ou seja, um quarto de toda área plantada de batata doce no RN em 2021 está 
localizada no município de Touros, e um terço das áreas de batata doce do estado 
estão presentes nos municípios do Litoral Nordeste, sendo as porcentagens de áreas 
plantadas  divididas  respectivamente  entre  os  municípios  da  microrregião 
apresentadas na figura 5.  
22 
 
Figura  5  –  Porcentagens  de  áreas  plantadas  de  batata  doce  no  ano  de  2021  na 
microrregião Litoral Nordeste. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
Ao ser realizado a média da década estudada quanto a variável área plantada, 
pode­se analisar o município de Touros com média de 875 ha, e uma boa evolução, 
constatado igualmente pelos 23,11% de TGC, presente na tabela 2, que do mesmo 
modo  apresenta  uma  boa  taxade  desenvolvimento  da  cultura  em  São  Miguel  do 
Gostoso, com 40,51% do mesmo índice. 
Ainda, pode­se citar que através da análise do  presente  trabalho verifica­se 
igualmente um forte desenvolvimento da cultura no Estado, na microrregião Litoral 
Nordeste e no município de Touros entre os anos de 2011 a 2017, com uma posterior 
estabilidade na microrregião e no município, e com pequeno decréscimo em todos 
avaliados durante o ano de 2021, sendo melhor verificado na figura 6 que apresenta 
o desenvolvimento da cultura em área no RN, na microrregião e no município. 
 
 
 
5%
0%
6%
1%
10%
1%
77%
MAXARANGUAPE
RIO DO FOGO
PEDRA GRANDE
PUREZA
SÃO MIGUEL DO
GOSTOSO
TAIPU
TOUROS
23 
 
Figura 6 – Desenvolvimento de batata doce em área (ha) no RN, na microrregião e 
no município. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor através de dados do SIDRA. 
 
Permite­se considerar que a diminuição das áreas plantadas de batata doce no 
ano  de  2021  está  diretamente  ligada  aos  impactos  da  pandemia  do  Coronavírus 
(COVID­19), que teve neste ano em questão, a denominada “segunda onda do Covid­
19” provocando  altas,  rápidas  e  letais  taxas  de  infecção  no  Brasil.  Assim  como, 
também pode­se considerar como fator diminutivo da produção em 2021, o início do 
ciclo dos mandatos das gestões municipais por parte dos prefeitos e legisladores.   
Ao analisar­se a literatura relacionado ao tema, verifica­se que o município de 
Touros  é  citado  e  reconhecido  por  diversos  autores  e  importantes  institutos  de 
pesquisas como Embrapa (2021); Landau et al. (2020); CONAB (2023) entre outros, 
consistindo como um dos maiores produtores da cultura no país, e a apresentação 
das análises dos dados presentes neste trabalho constatam ainda mais a veracidade 
e  a  importância  do  mesmo  na  produção  da  cultura.  Em  um  mapa  elaborado  pela 
CONAB  sobre  os  quantitativos  comercializados  de  batata  doce  nas  Centrais  de 
Abastecimento  –  CEASA, durante o  período  de maio  de 2021  a  maio  de  2023  do 
Recife/PE, a produção de Touros, apresenta­se em 1º colocado com 23.095.569 kg 
(figura  7),  ainda,  com  um  significativo  valor  comercializado  também  na  CEASA de 
Fortaleza/CE, com 328.400 kg. 
 
 
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Á
re
a 
p
la
n
ta
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a 
(h
ec
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s)
Série histórica
Rio Grande do Norte Litoral Nordeste (RN) Touros (RN)
24 
 
Figura 7 – Municípios do Nordeste de origem do produto batata doce e quantidade 
comercializada no período de maio – 2021 a maio – 2023 na CEASA de Recife/PE. 
 
Fonte: CONAB (2023). 
Considerando que os melhores  índices de valor comercializado da produção 
de batata doce em Touros foram no ano de 2021, conforme tabela 1, com aproximados 
R$ 31.680,00 por hectare,  e média de R$ 2,64 por  kg, e que,  segundo a CONAB 
(2023), a CEASA do Recife comercializou durante os meses apresentados de Maio a 
Dezembro do 2021 cerca de 5.723,73 toneladas da cultura oriunda de Touros, pode­
se  concluir  que  durante  os  meses  citados  a  venda  da  produção  de  batata  doce 
tourense em solo pernambucano gerou os importantes e estimados dados financeiros 
de mais de R$ 15 milhões de reais para a produção municipal. Importante ressaltar 
também, que a CONAB (2023) apresenta como segundo maior fornecedor de batata 
doce ao CEASA do Recife no mesmo período, o município de Natal, com aproximadas 
5.035 toneladas, levando acredita­se que tal produção é oriunda de outros municípios 
25 
 
do RN, podendo ainda, ser de Touros, uma vez que segundo os dados do IBGE no 
SIDRA, o município de Natal não possui hectares de produção de batata doce.  
Ainda,  também  através  da  tabela  1  pode­se  analisar  os  quantitativos  da 
produção  em  Touros,  relacionadas  a  área  plantada,  quantidade  produzidas 
(toneladas),  rendimento médio da produção e o valor da mesma  no município, em 
série  histórica  como  proposto  pelo  presente  estudo,  promovendo  um  melhor 
entendimento  do  desenvolvimento  da  cultura,  seus  potenciais  produtivos  e 
econômicos.  
Tabela 1 – Série histórica dos dados de batata doce em Touros.  
Fonte: Elaborado pelo autor através do SIDRA. 
Através da análise dos dados presentes na  tabela 1, constata­se novamente 
um forte desenvolvimento das áreas produtivas de batata doce em Touros durante a 
década  estudada,  assim  como,  do  valor  da  produção  por  hectares,  totalizando, 
apenas  no  ano  de  2021,  cerca  de  R$  31.018.000,00  milhões  de  reais,  com  TGC 
positivo de 33,21% demonstrado na tabela 2.  
Pode­se  considerar  que  este  valor  financeiro  poderia  apresentar  maiores 
índices caso a taxa de rendimento médio da produção em quilogramas por hectare 
não apresentasse uma diminuição em relação ao ano anterior, com 12 t/ha, estando 
inferior à média nacional, preconizado pela Embrapa (2021), em 14,01 t/ha, conforme 
apresentado na figura 8. Ainda, tal variável em Touros apresentou­se negativamente 
quando analisado a TGC no período estudado, com taxa de  ­ 2,21%, configurando 
uma diminuição no crescimento do rendimento médio kg/ha no município. 
 
ANO 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 
ÁREA 
PLANTADA 
(ha) 
150 500 - 300 600 600 1200 1400 1400 1400 1200 
QUANTIDADE 
PRODUZIDA (t) 
 
2250 5250 - 3300 6920 9400 20200 15400 15200 18520 14400 
RENDIMENTO 
MÉDIO DA 
PRODUÇÃO 
(Kg/ha) 
 
15000 10500 - 11000 11533 15667 16833 11000 10857 13229 12000 
VALOR DA 
PRODUÇÃO 
(Mil reais) 
1800 5250 - 2805 8053 11728 23266 14624 19121 26181 31680 
26 
 
Figura 8 – Produtividade média de batata doce no Brasil. 
 
Fonte: Embrapa (2021). 
Ao realizar­se a média da série histórica com a variável rendimento médio da 
produção  em  Touros,  observa­se  um  valor  ainda  mais  inferior  de  11.084  t/ha, 
fomentando  espaço  para  comenta­se  que  tal  dado  pode  está  prejudicado  pela 
ausência  de  quantitativos  do  ano  de  2013  através  do  IBGE,  ou  por  problemas 
históricos  na  agricultura  brasileira,  sobre  tudo  no  Nordeste,  relacionado  ainda  a 
presença  de  técnicas  rudimentares  de  produção,  ausência  de  assistência  técnica, 
tecnologias, melhoramento genético das variedades, assim como, fatores climáticos 
e  demais  agronômicos  que  possam  interferir  na  produção.  Uma  vez  que,  através 
também da tabela 1 observa­se que durante a melhor faixa de crescimento da cultura 
em Touros, ocorre uma drástica queda do rendimento médio da produção por kg/ha, 
nos anos de 2018 e 2019, estando bem a baixo da média nacional. 
Tal fato pode ser melhor analisado através figura 9 que apresenta em forma de 
colunas,  os  rendimentos  médios  da  produção  (kg/ha),  a  nível  nacional,  estadual, 
microrregional e municipal no período de anos estipulado neste trabalho. 
 
 
 
 
27 
 
Figura 9 – Rendimentos médios da produção (kg/ha) de batata doce no País, Estado, 
Microrregião e Município. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
  Evidencia­se através da  figura 9 que o município de Touros, assim como, a 
microrregião  Litoral  Nordeste  apresentou  capacidade  de  atingir  e  superar  a  média 
nacional de produção de batata doce em kg/ha em alguns anos como: 2011, 2016 e 
2017, porém, nos demais anos encontram­se abaixo do rendimento desejado, mesmo 
com aumento das áreas plantadas como verificado no presente trabalho.  
Tais dados após análise da TGC, apresentaram números negativos no quesito 
aos municípios da microrregião: Touros (­2,21%), Taipu (­0,87%) e Pureza (­0,95%). 
Porém, evidencia­se também, que os índices produtivos da batata doce no Rio Grande 
do Norte ainda estão bem inferiores ao Nacional, pois, se comparar a série histórica, 
se quer os números ultrapassam a primeira média nacional citada no ano de 2011, 
constando rendimento médio de 10.290 kg/ha.  
A  partir  dos  dados  doanexo  I  é  possível  hierarquizar  os  municípios  da 
microrregião citada no presente trabalho com bases nos importantes índices de área 
plantada; quantidade produzia (toneladas); rendimento médio de produção (kg/ha) e 
valor da produção (mil reais) da cultura da batata doce em cada um. Onde o município 
de Rio do fogo foi o único a apresentar reduções drásticas as atividades da cultura, e 
os demais crescimento nos índices. Sendo Touros o maior produtor na série histórica, 
produzindo em 2021 aproximados 14.400 toneladas e Maxaranguape em segundo, 
com aproximados 3.293 toneladas. 
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
R
en
d
im
en
to
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a 
p
ro
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çã
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(k
g/
h
a)
Brasil Rio Grande do Norte Litoral Nordeste (RN) Touros (RN)
28 
 
Ainda no contexto da microrregião, as melhores taxas de crescimento do índice 
quantidade produzida observados na análise foram os municípios de Maxaranguape 
(43,3%), São Miguel do Gostoso (41,5%) e Touros (20,40%). Sendo os mesmos, nas 
respectivas ordens, os maiores TGCs de desenvolvimento das áreas plantadas e valor 
da  produção,  destacando­se  Maxaranguape  com  59,49%  de  desenvolvimento  do 
valor comercial de sua produção de batata doce, e Touros com 33,21%, conforme a 
tabela 2.  
  
Tabela 2 – Taxa Geométrica de Crescimento (TGC), Área plantada (A), Quantidade 
produzida  (Qtd),  Rendimento  M.  de  produção  (R),  e  Valor  da  produção  (V)  dos 
municípios da microrregião do Litoral Nordeste/RN no período de 2011 a 2021. 
Município TGC % 
A (ha) Qtd (t) R (kg) V (mil R$) 
Maxaranguape 23,11 43,33 16,42 56,49 
Rio do Fogo 0,0 0,0 0,0 6,63 
Pedra Grande 12,79 15,08 2,03 27,95 
Pureza 0,0 - 0,95 - 0,95 7,27 
São Miguel do Gostoso 40,51 41,50 0,70 55,80 
Taipu 6,49 5,57 - 0,87 18,36 
Touros 23,11 20,40 - 2,21 33,21 
Fonte: Elaborado pelo autor através do SIDRA. 
Ainda, pode­se citar que os dados levantados e apresentados neste presente 
trabalho  assinalam  que  existe  um  sólido  histórico  de  crescimento  da  produção  da 
batata doce na microrregião Litoral Nordeste, sobre tudo no município base estudado, 
demonstrando assim que a cultura possui alta relevância para a agricultura, economia 
e  soberania  alimentar  a  nível  de  região.  Ademais,  pode­se  citar  que  os  dados  de 
produtividade apresentados também corroboram para a possibilidade de aumento da 
quantidade de batata doce produzida sem crescimento da área plantada, desde que 
haja investimentos no sistema de produção para o pleno desenvolvimento. 
   
29 
 
6. CONCLUSÕES 
O  resultado  da  análise  possibilitou  verificar  o  real  crescimento  e 
desenvolvimento da produção de batata doce no território do município de Touros ao 
longo da década estudada, identificando sua evolução em conjunto com o território da 
microrregião  Litoral  Nordeste  e  suas  taxas  de  crescimento  em  grande  maioria 
positivas,  identificando  potenciais  municípios  da  região  que  poderão  ao  longo  dos 
anos se tornarem grandes produtores através dos seus potenciais.  
Porém, também foi identificada a problemática relacionada a produtividade por 
hectare  de  Touros,  Litoral  Nordeste  e  do  RN,  estando  abaixo  da  média  nacional, 
alertando assim, sobre a necessidade de investimentos primordiais para o setor que 
poderá ser um dos motores do desenvolvimento do Estado no setor agrícola. Entende­
se  que  para  tal  fato  ocorrer,  políticas  públicas  são  necessárias,  baseadas  no 
fortalecimento  dos  pilares  do  desenvolvimento  regional  para  a  produção,  como 
recursos humanos, pesquisas, tecnologia, indústria e o comércio. 
Entende­se que, pelo fato da microrregião Litoral Nordeste se apresentar como 
a maior produtora de batata doce do estado, sendo o município de Touros propulsor 
de tal fato e destaque nacionalmente, as entidades representativas do setor e órgãos 
públicos  necessitam  iniciar  projetos  oficiais  de  identificação  de  procedência  e 
geográficas regulamentadas pelo Ministério da Agricultura – MAPA, uma vez que a 
microrregião possui grande potencial de reconhecimento baseado em três principais 
fatores: questões comerciais;  importância econômica e participação da produção a 
nível  nacional.  Entende­se  que  as  integralizações  das  informações  produtivas 
poderão promover ainda mais a importância e qualidade da produção na microrregião 
a nível nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
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34 
 
Anexo I 
Área  plantada  (A),  Quantidade  produzida  (Qtd),  Rendimento  M.  de  produção  (R)  e  Valor  da  produção  (V)  dos  municípios  da 
microrregião do Litoral Nordeste/RN no período de 2011 a 2021. 
Município 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 
Maxaranguape A (ha) 10 15 15 13 15 15 120 50 60 80 80 
Qtd (t) 90 150 150 130 270 225 2160 700 660 1180 3293 
R (kg) 9000 10000 10000 10000 18000 15000 18000 14000 11000 14750 41163 
V (mil R$) 59 109 75 114 319 401 2430 725 911 2317 5197 
Rio do Fogo A (ha) 30 - 30 30 30 30 - - - - - 
Qtd (t) 300 - 300 300 300 300 - - - - - 
R (kg) 10000 - 10000 10000 10000 10000 - - - - - 
V (mil R$) 240 - 180 210 420 456 - - - - - 
Pedra Grande A (ha) - - - - 30 30 40 100 110 100 100 
Qtd (t) - - - - 360 360 600 1500 1520 1400 1467 
R (kg) - - - - 12000 12000 15000 15000 13818 14000 14670 
V (mil R$) - - - - 266 355 620 1700 2204 2008 3129 
Pureza A (ha) - - - 20 25 30 100 30 20 20 20 
Qtd (t) - - - 220 275 180 720 300 200 200 200 
R (kg) - - - 11000 11000 6000 7200 10000 10000 10000 10000 
V (mil R$) - - - 220 330 241 948 306 230 246 444 
São Miguel do 
Gostoso 
 
A (ha) - - - 5 15 30 60 60 150 150 150 
Qtd (t) - - - 55 165 360 720 720 1710 1710 1770 
R (kg) - - - 11000 11000 12000 12000 12000 11400 11400 11800 
35 
 
 
 
 
 
V (mil R$) - - - 42 185 580 835 887 2018 2685 3540 
Taipu A (ha) 8 - 10 10 10 10 12 10 15 15 15 
Qtd (t) 96 - 110 110 110 110 134 110 171 165 165 
R (kg) 12000 - 11000 11000 11000 11000 11167 11000 11400 11000 11000 
V (mil R$) 48 - 55 50 95 85 139 110 171 256 259 
Touros A (ha) 150 500 - 300 600 600 1200 1400 1400 1400 1200 
Qtd (t) 2250 5250 - 3300 6920 9400 20200 15400 15200 18520 14400 
R (kg) 15000 10500 - 11000 11533 15667 16833 11000 10857 13229 12000 
V (mil R$) 1800 5250 - 2805 8053 11728 23266 14624 19121 26181 31680 
Fonte: Elaborado pelo autor através do SIDRA. 
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