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Atividade 1 Aula 11 Probabilidade e Estatística 237 Exemplo 3 Uma indústria de parafusos afirma que a proporção de parafusos com defeitos é de, no máximo, 4%. Um comprador resolve verificar se essa afirmação procede por meio de um teste de hipóteses. Para isso, adquire um lote com 100 parafusos. Como deve proceder esse comprador na formulação de suas hipóteses H 0 e H 1 ? Solução Este é um teste que envolve a proporção populacional, p. As hipóteses, nesse caso, serão: H 0 : p = 0,04 (H 0 afirma que a proporção de parafusos com defeitos é igual a 4%); H 1 : p > 0,04 (H 1 afirma que a proporção de parafusos com defeitos é maior que 4%). Agora é a sua vez! Tente formular as hipóteses H 0 e H 1 de acordo com as situações que se seguem. a) A associação de proteção ao consumidor “Compras seguras” quer testar 40 baterias para automóvel de um certo fabricante que alega que as suas baterias têm uma vida média útil de 24 meses. Como devem ser H 0 e H 1 nesse caso? b) A estação de rádio FM “Preferência de todos” alega que detém 42% de audiência local. Uma emissora concorrente resolve testar essa afirmação. Como devem ser construídas H 0 e H 1 ? c) Um certo candidato à reeleição para prefeito no município Carapeba afirma que apenas 22% dos eleitores não aprovaram sua administração. Um concorrente nessa eleição resolve testar essa afirmação. Nesse caso, como você escreveria as hipóteses H 0 e H 1 ? Prob_Est_Livro.indb 237Prob_Est_Livro.indb 237 30/12/14 15:4530/12/14 15:45 Aula 11 Probabilidade e Estatística238 Tipos de erro Sempre que realizamos um teste de hipóteses, no final dele devemos tomar uma das duas decisões em relação à afirmação formulada em H 0 : ou rejeitamos essa afirmação ou não a rejeitamos. Porém, qualquer que seja essa decisão, como ela está apoiada em resultados de estatísticas amostrais, as quais variam de amostra para amostra, nunca poderemos ter 100% de certeza de que, no final, a decisão que tomamos foi a correta, pois haverá sempre a possibilidade de cometer um dos dois possíveis erros: a) ERRO TIPO I: ocorre quando rejeitamos a hipótese nula, H 0 , sendo H 0 verdadeira, portanto, não deveríamos tê-la rejeitado. b) ERRO TIPO II: acontece quando não rejeitamos H 0 , sendo H 0 falsa, portanto, deveríamos tê-la rejeitada. A probabilidade máxima permitida de rejeitar H 0 , sendo H 0 verdadeira, ou seja, de cometer o erro tipo I, é estabelecida, de certa maneira, arbitrariamente, em geral, como uma condição inicial do teste. Tal probabilidade representa o nível de significância de um teste e sua notação é α (lê-se “alfa”, a 1ª letra do alfabeto grego). Os percentuais 10%, 5% e 1% são usados freqüentemente como níveis de significância em quase todos os livros de estatística que abordam testes de hipóteses, principalmente, 5%, que é o mais utilizado. Observe que esses valores são baixos. Isso significa que a rejeição de H 0 , quando é verdadeira, estará associada a probabilidades muito pequenas, portanto, você tem pouca chance de rejeitar H 0 quando ela, de fato, é verdadeira. O nível de significância de um teste (α) está associado à possibilidade de rejeição de H 0 , e é a partir dele que nós demarcamos o que chamamos de região de rejeição de H 0 , RR, ou região crítica, RC, como veremos na seqüência desta aula. Prob_Est_Livro.indb 238Prob_Est_Livro.indb 238 30/12/14 15:4530/12/14 15:45