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1 2 Aula 7 Probabilidade e Estatística 147 Apresentação Na Aula 4 (Modelos probabilísticos de variáveis aleatórias discretas: Bernoulli e binomial), estudamos um importante modelo de probabilidade associado a determinado tipo de variável aleatória discreta: o modelo binomial. Naquela aula, aprendemos como obter as probabilidades de variáveis desse tipo, utilizando a expressão matemática que as define. Porém, os cálculos dessas probabilidades dependem do tamanho da amostra e, portanto, calculá-las por meio da fórmula (binomial) é bastante trabalhoso quando n é grande. Nesta aula, retomaremos esse assunto para ampliar nossos conhecimentos acerca do mesmo: aprenderemos a obter as referidas probabilidades, para grandes amostras, de uma maneira muito mais prática, utilizando o modelo normal, que aprendemos na Aula 6 (Distribuição de probabilidade normal). Quando usamos o modelo normal para calcular probabilidades binomiais, estamos fazendo o que os autores chamam: aproximação normal da (ou “para a”) distribuição binomial. Esse é o assunto desta aula. É fundamental que você o apreenda com clareza, pois ele é muito importante, tanto pelo aspecto prático em relação à redução dos cálculos das probabilidades binomiais, quando n é grande, quanto para que você compreenda inferências relativas à proporção populacional p, com base em grandes amostras, que será estudada mais adiante. Objetivos Compreender a aproximação da distribuição binomial como aproximação da distribuição normal. Saber quando e como calcular as probabilidades da binomial usando aproximação pela distribuição normal. Prob_Est_Livro.indb 147Prob_Est_Livro.indb 147 30/12/14 15:4430/12/14 15:44 Aula 7 Probabilidade e Estatística148 Aproximação da distribuição binomial pela normal Quando estudamos a distribuição binomial (Aula 4), vimos que uma v.a. X com tal distribuição é definida como sendo o nº de sucessos em n repetições de ensaios de Bernoulli, sendo p a probabilidade de sucesso, constante nesses n ensaios. Ora, se nos interessa apenas o nº de sucessos, e não a ordem, a lei binomial tem, como vimos na referida aula, a função de probabilidade associada a uma combinação que é função de n, ou seja: P (X = k) = ( n k ) × pk × q(n−k) . Quando o n tamanho da amostra é grande, os cálculos para se obter as probabilidades se tornam muito trabalhosos (caso não se disponha de uma calculadora científica), tanto em relação aos coeficientes binomiais quanto no que diz respeito ao cálculo das potências associadas a p e q, não é mesmo? Imagine calcular, por exemplo: P(X=18), se X∼B (27;0,82). Felizmente, um teorema de De Moivre-Laplace nos mostra outra alternativa –muito mais prática! – de obter probabilidades muito próximas a essas, resultantes da lei binomial, sem que tenhamos que efetuar tantos cálculos. Essa nova alternativa é válida quando lidamos com grandes amostras (mas, é justamente para grandes amostras que queremos evitar usar a lei binomial, não é?). A aplicação do resultado desse teorema é largamente usada (muitas vezes, o livro não menciona o teorema), sob o título “aproximação normal para a distribuição binomial” (ou similar). Na verdade, quanto mais próximo de 0,5 for o valor da probabilidade de sucesso p e quanto maior for n, o tamanho de amostra, melhor se torna a aproximação dessas probabilidades (binomiais e normais). Prob_Est_Livro.indb 148Prob_Est_Livro.indb 148 30/12/14 15:4430/12/14 15:44