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Curso A prática do psicanalista Encontro 3: A transferência e seu manejo Transferência: enlace entre analisando e analista Freud, em diversas ocasiões, refere-se ao psicanalista como uma ‚figura‛ (‘figura do médico’ , ‘figura do psicanalista’) Psicanalista: como destinatário como local de investimento Na mesma proporção, Freud indica a transferência como um locus de produção Isto, a ponto de afirmar que a transferência é a condição imprescindível para a condução de uma análise Psicanalista: como destinatário como local de investimento Freud Fenômeno amoroso Lacan Fenômeno relacionado ao saber A transferência pode ser uma condição dada (seus fenômenos podem se apresentar como ponto de partida), mas não é uma condição garantida reservados. Em função destas observações prévias, vale se perguntar a cada caso clínico: • O que se vincula na transferência ? # em outros termos: quais elementos se articulam na transferência e sob quais modos se dá esta articulação? • O que é produzido a cada forma de vinculação ? Em outros termos, não há psicanálise sem transferência deve ser ressaltado que a transferência se manifesta de modos bem diversos Jacques Lacan, no Seminário 11 (p.14): A psicanálise é um modo de tratar o real pelo simbólico. Que nisto ela encontre mais ou menos imaginário tem aqui valor apenas secundário Transferência como uma ‘rede’ que torna possível a prática psicanalítica: Textos de Freud que elucidam introdutoriamente o tema da transferência: Tratamento psíquico (1905, vide vol. VII da Edição Standard); neste texto, Freud aponta a sua trajetória instrumental pela hipnose e seu subsequente abandono; A dinâmica da transferência (1912) [obs.: texto integrante da série ‘Artigos sobre técnica e outros trabalhos’]; Observações sobre o amor de transferencial (1914) [obs.: texto integrante da série ‘Artigos sobre técnica e outros trabalhos’]; Esboço de psicanálise (1938, vide vol.l XXIII, a partir da pag. 201)