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Contextualizada de Farmacologia Básica Os opióides são fármacos, onde sua principal indicação está relacionada a tratar patologias, que em seus sintomas apresentam dores agudas e crônicas, por ser considerado um medicamento que em seu principio ativo tem ação narcótica e analgésica e de grande proporção. Considerado também, um medicamento que mantém em sua posição como o grupo farmacológico um poder de analgesia bastante potencializado. Em contrapartida, quando os opióides são usados de maneiras indevidas ou por conta própria, sem observar a prescrição médica, ou aquisição por meios ilegais, acarretando em uso prolongado do fármaco e consequentemente trará riscos à saúde do usuário causando dependência, intoxicação, vícios, a tolerância, síndrome de abstinência, overdose e até mesmo a morte provocada muitas vezes por suicídio (SWIFT; LEWIS, 2010; MELO et al., 2020; OMS, 2020). A exposição continuada a substâncias de opióides desencadeia um processo de habituação cerebral e mudanças no comportamento, causados pelo efeito da droga. Um dos desafios para os profissionais de saúde é realizar o desmame dos medicamentos opióides, já que interromper o uso imediato, pode ocasionar em sintomas graves e irreversíveis, causado pela abstinência. Os sintomas mais notórios inicialmente são agitação, ansiedade, insônia, sudorese, lacrimejamento e rinorreia, enquanto os tardios são cólicas abdominais, dilatação pupilar, diarreia constante, náuseas e vômitos. Dentre as consequências causadas no organismo do usuário ao realizar o uso de opióides, podemos citar e conceituar as seguintes: Tolerância – estado responsivo que diminui o efeito de um fármaco, sendo necessária como decorrente a administração de doses cada vez maiores para obter o efeito inicial do início do tratamento; Dependência física – condição consequente da adaptação que se manifesta através do aparecimento de transtornos físicos, também considerados como síndrome de abstinência causada pela ausência do fármaco no organismo; Drogadição – também conhecido como vício, é um transtorno crônico causado pelo uso obrigatório do organismo por substâncias, mesmo que venha a causar sequelas a vida do usuário e o mesmo tenha ciência das consequências. Quando o profissional médico prescreve um analgésico opioide- acetaminofeno, como por exemplo, codeína de 30mg associado ao paracetamol de 500mg, o efeito de drogadição é potencialmente menor, isso porque acontece um balanceamento/distribuição diminuindo a dosagem dos dois fármacos no organismo, possibilitando menor dependência ao paciente, como menor toxicidade, interação medicamentosa e também os efeitos adversos. É recomendado fazer uso da Escala Visual Analógica pelo profissional médico antes da prescrição e administração de um opióide no paciente, seguindo essa escala pode-se evitar maiores consequências como, tratamento de desintoxicação e manutenção tanto para o usuário junto a família como também a saúde pública. Referências: BICCA C. et al. Abuso e Dependência dos Opioides e Opiáceos. Amb, 31/10/2012. Disponível em: Contextualizada de Farmacologia Básica <https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/abuso_e_dependencia_de_opioides.pdf>. Acesso em: 09/06/2022. DOS SANTOS OLIVEIRA, Juliane et al. DEPENDÊNCIA E SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA DOS OPIOIDES: UMA REVISÃO NARRATIVA PARA IDENTIFICAR OS RISCOS RELACIONADOS AO USO INDEVIDO E/OU PROLONGADO DESSA CLASSE. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 11, p. 658-672, 2021. DUARTE, Danilo Freire. Uma breve história do ópio e dos opióides. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 55, p. 135-146, 2005. LINS, Mara Regina Soares Wanderley; SCARPARO, Helena Beatriz Kochenborger. Drogadição na contemporaneidade: Pessoas, famílias e serviços tecendo redes de complexidade. Psicologia Argumento, v. 28, n. 62, 2010. PAULLETO, Maiane. Quando descontinuar opioides e como manejar a abstinência? Pebmed, 26/04/2019. Disponível em: <https://pebmed.com.br/quando-descontinuar- opioides-e-como-manejar-a-abstinencia/>. Acesso em: 09/06/2022.