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@vestibularesumido 35 • A nobreza viu-se diante da crise do mundo feudal, com severas dificuldades de controlar as rebeliões camponesas, manter suas rendas e reafirmar seu poder político. • As alterações pelas quais a nobreza passava possibilitaram a formação de uma conjuntura favorável à centralização político-administrativa sob a forma de um Estado unificado. Organização dos Estados Nacionais • O estado moderno, foi um novo arranjo político que garantiu a manutenção da estrutura social aristocrática e estamental forjada ao longo da ameaça do poder nobre. • A nobreza, viu-se obrigada a abrir mão de seu poder militar, transferindo-o para o Estado, afinal, somente com monopólio da força, o Estado poderia garantir a submissão das classes que se levantavam contra o poder dos nobres. • Visto que tanto a nobreza quanto a nascente burguesia tinham interesse na centralização monárquica. • Os estados modernos caracterizavam-se pela centralização do poder nas mãos dos monarcas europeus e pela redução dos poderes locais. • É importante lembrar, no entanto, que o crescente poder dos reis impôs limites ao domínio universal da Igreja, que se manifestava desde a Idade Média. ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS @vestibularesumido 36 • A sociedade do Antigo Regime: a nobreza e o clero estavam isentos do pagamento de impostos e possuíam regalias, como o recebimento de pensões e a ocupação de altos cargos públicos. Os demais segmentos sociais, como camponeses, trabalhadores urbanos e a burguesia, eram responsáveis pelo sustento do Estado e dos grupos privilegiados. • Na França: foi onde a monarquia absolutista atingiu o seu auge. Durante a Dinastia dos Bourbon, o poder político se concentrou nas mãos dos reis até atingir seu ponto máximo no reinado de Luís XIV (1643-1715), que foi proclamado Rei Sol. A Noite de São Bartolomeu, em 1572, foi um episódio, na repressão ao protestantismo, engendrado pelos reis franceses, que eram católicos. • Na Inglaterra: a Reforma Protestante permitiu o enriquecimento do Estado por meio do confisco de terras e bens do clero católico, além de estabelecer o rei como chefe supremo da nova Igreja, Anglicana de Henrique VIII. • Na Espanha: a consolidação do poder nas mãos dos reis espanhóis só foi possível após o movimento de Reconquista, processo pelo qual os mouros foram expulsos da Península Ibérica. Nesse contexto, a atuação da Inquisição, sob o controle dos reis espanhóis, foi fundamental para o fortalecimento do poder monárquico. • Em Portugal: o absolutismo português teria atingido o seu auge durante o reinado de D. João V. E a atuação do Tribunal da Inquisição também fortaleceu os monarcas ao defender a unidade religiosa de Portugal. • Teorias de Poder: argumentavam a favor de um poder forte e centralizado nas diversas regiões do continente. Alguns deles: Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Jean Bodin e Jacques Bossuet. - Nicolau Maquiavel escreveu “O Príncipe”, e nesta obra, o autor concentra nas maneiras em que o governante possui de alcançar o poder e em como mantê-lo. Determinava “virtú" como um tipo de ação racional e planejada e “fortuna" como, o príncipe deveria estar preparado para o imprevisível, o acaso. Para ele, a ação politica não deve estar vinculada aos valores morais e religiosos. Maquiavel afirma, portanto, que em certas ocasiões, a prática daquilo que é considerado mau é necessária, por mais que essa postura nem sempre seja a correta. - Thomas Hobbes escreveu “O Leviatã”,em que argumenta a respeito da necessidade de se estabelecer um poder forte para que a ordem e a paz sejam garantidas. Sua teoria se baseia na noção de contrato, logo, os homens aceitam sair de um estado pré- social, o estado de natureza; “o homem é lobo do homem”. Ao abrir mão de parte de sua liberdade, transferindo a um poder maior, os homens afastavam o medo e a possibilidade da morte violenta. ABSOLUTISMO