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Língua Portuguesa - Realismo/ Naturalismo
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15. UFMS A respeito do romance O Ateneu, de Raul Pompéia, é correto afirmar que:
(01) o universo do internato caracteriza-se como um espaço de desilusão para os sonhos infantis
de Sérgio, carregado de pessimismo e repleto de adversidades, deixando para trás a “estufa
de carinho” na qual o narrador-personagem vivera até seu ingresso no Colégio Ateneu.
(02) o tempo da narrativa não é o mesmo das vivências da personagem, uma vez que
Sérgio procura recuperar fatos e sensações experimentados no passado e guardados
em sua memória.
(04) o tema da saudade é uma constante nos textos realistas, e também em O Ateneu, posto
que o passado é uma realidade imutável e invariável, sendo sempre fonte de uma
felicidade plena que escapa ao fingimento e à hipocrisia do presente.
(08) o narrador, Sérgio, não participa dos relatos aos quais faz referência.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
16. UFGO O Ateneu, de Raul Pompéia, reúne diversas tendências do romance do final do
século XIX.
A veracidade de tal afirmação pode ser comprovada com os seguintes argumentos:
( ) o romance apresenta traços do Realismo-Naturalismo, considerando-se que há um
estudo do cotidiano do Segundo Império brasileiro e uma atenção ao meio social,
entendido como responsável pelo condicionamento das personagens.
( ) o romance reafirma alguns procedimentos temático-formais da tradição romântica,
como o triângulo amoroso vivido pelo narrador-personagem e o final feliz, que mar-
ca a reconciliação entre o jovem estudante e o diretor do colégio.
( ) o caráter memorialista do romance reforça as teses naturalistas apresentadas ao longo
do relato, pois o tratamento objetivo dado aos fatos privilegia o caráter documental,
em detrimento das recordações de um adulto ressentido com seu passado.
( ) os aspectos autobiográficos presentes na narrativa, uma das características fun-
damentais do Realismo, dizem respeito, principalmente, à personagem dr. Cláu-
dio, médico do colégio e pai autoritário do estudante Sérgio, um adolescente que
demonstra desconhecer o ambiente hostil do internato.
INSTRUÇÃO: Para responder às questões 17 e 18, ler o texto que segue.
“Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei
que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como uma vaga que se
retira da praia, nos dias de ressaca.”
17. PUC-RS A imagem poética central do texto em questão recorre a elemento da natureza
para caracterizar o olhar da protagonista da narrativa. Dessa forma, evidencia-se a capaci-
dade de ……… da personagem, apresentada ao leitor a partir de uma abordagem ………,
típica da escola ……… .
a) sedução interiorizada realista
b) reflexão enigmática realista
c) sedução estereotipada naturalista
d) observação idealizada romântica
e) argumentação psicológica naturalista
18. PUC-RS O texto em questão demonstra uma vertente da produção literária do final do
século XIX. Ao mesmo tempo, a visão do homem como ser ……… manifesta-se em outra
tendência da época, denominada ………, diretamente marcada pelo desenvolvimento da
ciência positivista, como se pode observar na obra de ……… .
a) racional Realismo Machado de Assis
b) irracional Naturalismo Joaquim Manuel de Macedo
c) sensível Simbolismo Aluísio Azevedo
d) impassível Parnasianismo Raul Pompéia
e) instintivo Naturalismo Aluísio Azevedo
Língua Portuguesa - Realismo/ Naturalismo
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19. U.Católica-GO
Texto I
“Canção de Exílio
Um dia segui viagem
Sem olhar sobre o meu ombro.
Não vi terras de passagens
Não vi glórias nem escombros.
Guardei no fundo da mala
Um raminho de alecrim.
Apaguei a luz da sala.
Que ainda brilhava por mim.
Fechei a porta da rua
A chave joguei ao mar.
Andei tanto nesta rua
Que já não sei mais voltar.”
PAES, José Paulo. Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Texto II
“Aristarco, sentado, de pé, cruzando terríveis passadas, imobilizando-se a repentes inespera-
dos, gesticulando como um tribuno de meetings, clamando como um auditório de dez mil pesso-
as, majestoso sempre, alçando os padrões admiráveis, como um leiloeiro, e as opulentas faturas,
desenrolou, com a memória de uma última conferência, a narrativa dos seus serviços à causa
santa da instrução. Trinta anos de tentativas e resultados, esclarecendo como um farol diversas
gerações agora influentes no destino do País! E as reformas futuras não bastava a abolição dos
castigos corporais, o que já dava uma benemerência passável. Era preciso a introdução de méto-
dos novos, supressão absoluta dos vexames de punição, modalidades aperfeiçoadas no sistema
das recompensas, ajeitação dos trabalhos, de maneira que seja a escola um paraíso; adoção de
normas desconhecidas cuja eficácia ele pressentia, perspicaz como as águias. Ele havia de criar…
um horror, a transformação moral da sociedade!
Uma hora trovejou-lhe à boca, em sangüínea eloqüência, o gênio do anúncio. Miramo-lo na
inteira expansão oral, como, por ocasião das festas, na plenitude da sua vivacidade prática. Con-
templávamos (eu com aterrado espanto) distendido em grandeza épica — o homem sanduíche da
educação nacional, lardeado entre dois monstruosos cartazes. Às costas, o seu passado incalculá-
vel de trabalhos; sobre o ventre, para a frente, o seu futuro: a réclame dos imortais projetos.”
POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Rio de Janeiro: Ediouro, 1970.
( ) O poema de José Paulo Paes lembra a Canção do Exílio de Gonçalves Dias apenas no
seu título e nos versos de sete sílabas, pois a temática e o enfoque de ambos são
absolutamente divergentes.
( ) É correto afirmar que, enquanto a Canção do Exílio de Gonçalves Dias está centrada
no sentimento saudosista e na declaração de amor à pátria, a Canção de Exílio de José
Paulo Paes apresenta o desejo do eu-lírico de fugir de si mesmo como forma de
vencer a própria angústia.
( ) O autor de O Ateneu faz o jogo da sinceridade e manipula a eloqüência escrita como
arma do instinto. Para satisfazê-lo no mesmo nível da representação literária, a so-
ciedade, microscópica em O Ateneu, teria de ser destruída. Américo, o incendiário, é
a personificação do instinto bruto capaz de vencer a força repressora de Aristarco.
( ) No decorrer da narrativa de O Ateneu há todo um processo de desmistificação da
figura do diretor, que, de um lado, continua ostentando a face de um deus olímpico e
intocável, e, de outro, revela suas facetas humanas, muitas vezes mesquinhas.
( ) Ema (as mesmas letras da palavra mãe) é a figura mais materialista do romance O
Ateneu. No entanto, a esposa de Aristarco representa, para Sérgio, a materialidade da
figura materna.
( ) Retomando a idéia de que “Aristarco todo era um anúncio”, referente ao caráter autopro-
pagandista do diretor, o narrador, em O Ateneu, reforça-o com a idéia de “homem-san-
duíche”, ou seja, a desses carregadores de cartazes com anúncios à frente e às costas.

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