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1 - Divisão do Trabalho, Dualidade e Teoria Geral da Administração: Elementos dos projetos educacionais.
Desde a evolução da sociedade até a especialização produtiva, o domínio do processo passou para os capitalistas, resultando na fragmentação das tarefas e na alienação do trabalhador. Os Movimentos de Administração Científica tiveram papel importante nas desigualdades da distribuição do conhecimento e na inclusão excludente.
A divisão do trabalho começa com a evolução da sociedade e com a adesão ao sistema capitalista, com isso o domínio do processo passou para o capitalista, que ao reunir um grande numero de trabalhadores em um local, fragmentou a especialidade produtiva de modo que o produto fosse resultado de muitas operações realizadas por trabalhadores especializados em cada operação.
Trazendo assim uma alienação para o trabalhador, já que essa fragmentação em processos permite ao capitalista um aumento na sua produtividade, devido a especialização que cada trabalhador teria em uma tarefe especifica, somado aos diferentes valores dados para cada processo.
Podemos assimilar isso com algumas ideias do Movimento de Administração Cientifica como a de que o homem é um ser muito racional e que ao tomar uma decisão escolheria a melhor opção além de tentar maximizar os seus resultados. Por isto o ser humano era visto como simples e previsível e que incentivos financeiros, vigilância e treinamento eram considerados como suficientes para ter uma boa produtividade.
Segundo Hobbes todas as motivações humanas tinham origem no desejo por tudo que gerasse impulsos vitais, para ele o ser humano era egoísta e que buscava satisfação em seus próprios desejos. Com isso no Homo Economicus o ser humano era considerado previsível e controlável, egoísta e utilitarista em seus propósitos, capaz de otimizar suas ações apesar das alternativas, obtinha racionalidade absoluta e era movido por incentivos monetários.
Com a especialização do indivíduo em um único processo de formação era preciso um novo tipo de homem capaz de se ajustar as novas formas de produção, era preciso uma nova forma de educação que fosse capaz de se articular as novas competências e novos modos de viver, pensar e sentir. Com isso passou a ter uma distribuição desigual do conhecimento científico e prático, ficando para a elite a ciência e o desenvolvimento social, justificando e contribuindo assim para alienação do trabalhador, da produção e do consumo, juntamente com a alienação da cultura e do poder.
Chegando assim na inclusão excludente na ponta da escola que inclui propostas desiguais, ou seja, oferecem algo que não vão ofertar meios pra acessar, por exemplo, oferecem espaço de inclusão para deficientes visuais, cadeirantes, etc. mas não oferecem formas de chegar, seja através de rampas ou sinalização no piso, tudo isso sendo justificado pela flexibilização onde aparentemente há uma aceitação, porém há também uma imperceptível negação através das políticas.
Em uma análise crítica, podemos observar que a divisão do trabalho não apenas fragmenta as tarefas, mas também fragmenta o próprio ser humano, reduzindo-o a uma engrenagem do processo produtivo. Além disso, a desigualdade na distribuição do conhecimento e na inclusão educacional contribui para perpetuar as disparidades sociais.

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