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Biologia 118 M apeando o saber fotossíntese QUIMIOSSÍNTESE FASE FOTO Q UÍM ICA FOTO FO SFO RILAÇÃO CÍCLICA FAN ERÓ G AM AS FASE Q UÍM ICA PRIM EIRA ETAPA SEG UN DA ETAPA • FOTOSSISTEM A I • ELÉTRONS EXCITADOS PELA LUZ RETORNAM PARA CLOROFILA. • PRODUZ ATP. • NÃO PRODUZ NADPH, NEM O2. • FOTOSSISTEM AS I E II • FOTÓLISE DA ÁGUA • PRODUZ ATP, NADPH E O2 PROVENIENTE DA FOTÓLISE DA H2O. DEPENDE DA PRESENÇA DE LUZ:”FASE CLARA”. • OCORRE NOS TILACOIDES DOS CLOROPLASTOS. • FORM A-SE UM A CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS. • PRODUZ ATP NA PRESENÇA DE LUZ. • NÃO DEPENDE DIRETAM ENTE DE LUZ. • DEPENDE DOS PRODUTOS (ATP, NADPH) DA FASE FOTOQUÍM ICA. • CICLO DE CALVIN: CONVERSÃO DE CO2 EM GLICOSE SÍNTESE DE COM POSTOS ORGÂNICOS A PARTIR DA ENERGIA LIBERADA DA OXIDAÇÃO DE SUBSTÂNCIA INORGÂNICAS EX: FERROBACTÉRIAS E NITROBACTÉRIAS SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS COM POSTOS INORGÂNICOS OXIDADOS ENERGIA QUÍM ICA CO2 + H2O + + ENERGIA QUÍM ICA SUSTÂNCIAS ORGÂNICAS Teorico-Bio-Volume-3.indb 118Teorico-Bio-Volume-3.indb 118 16/05/2023 16:12:4416/05/2023 16:12:44 VOLUME 3 | Ciências da Natureza e suas tecnologias 119 Conceitos Básicos e Primeira Lei de Mendel BIOLOGIA 3 Aulas: 29 e 30 Competência(s): 4 Habilidade(s): 13 1. Introdução Ao longo da história, houve diferentes teorias sobre como as características físicas são transmitidas entre as gerações. Os antigos gregos acreditavam que o indivíduo já estaria quase totalmente formado desde o início da gestação. Já Aristóteles propôs a teoria da pré-formação, segundo a qual o indivíduo passaria por uma formação sequencial durante a gestação. Ele também refletiu sobre a mistura de características maternas e paternas, teoria co- nhecida como epigênese. No século XVII, o microscópio de duas lentes foi criado e os microbiologistas Leeuwenhoek e Luiz Hamm obser- varam pela primeira vez um espermatozoide, que descre- veram como um ser humano em miniatura (homúnculo). A teoria da pré-formação prevaleceu até o século XVIII, quando foi refutada pela teoria celular, que mostrou que todos os organismos são formados por células. Posteriormente, August Weisman propôs a distinção entre células somáticas e germinativas, lançando as pri- meiras noções verdadeiras sobre a hereditariedade. Mas foi Gregor Johann Mendel, por meio de seus experimentos com ervilhas, que revolucionou o mundo da ciência. Ele descobriu as leis da hereditariedade, mostrando como as características são transmitidas de geração em geração Note que os estudos que tangenciam a genética são constantemente atualizados, apesar de Mendel ter encon- trado padrões e leis que são atribuídas a hereditariedade até hoje, a genética está constantemente sendo atualizada e estudada, principalmente por ciências como a Biologia Molecular, sequenciamentos genéticos são feitos cons- tantemente para descobri novos organismos ou encontrar novos graus de parentesco. 2. Genética: o mendelismo Gregor Johann Mendel (1822-1884) é considerado o pai da Genética por suas contribuições fundamentais na compreensão da transmissão das características heredi- tárias. Ele realizou experimentos com ervilhas (Pisum sa- tivum) e observou a herança de diversas características, como altura da planta, cor da flor, forma da semente, entre outras. Em 1865, ele publicou um artigo chamado “Experi- ments with Plant Hybrids”, no qual descreveu suas desco- bertas, mas a comunidade científica não deu importância, pois ainda não existiam conhecimentos sobre genes, cro- mossomos e as propriedades do DNA. Mendel observou que a herança de características é determinada por fatores hereditários que são passados de geração em geração e que esses fatores são transmitidos de forma independente um do outro. Ele também desco- briu que os fatores hereditários existem em pares e que cada indivíduo recebe um par desses fatores, um de cada progenitor. Esses pares de fatores hereditários são conhe- cidos hoje como alelos. Mendel elaborou três leis fundamentais da heredita- riedade, conhecidas como as Leis de Mendel. A primeira lei, também conhecida como Lei da Segregação, estabele- ce que os pares de alelos se separam durante a formação dos gametas, de modo que cada gameta recebe apenas um alelo. A segunda lei, também chamada de Lei da Dis- tribuição Independente, afirma que os pares de alelos para diferentes características são transmitidos independente- mente uns dos outros. Já a terceira lei, conhecida como Lei da Dominância, estabelece que um alelo pode ser do- minante ou recessivo em relação a outro alelo. As leis de Mendel são aplicadas até hoje e formam a base da gené- tica moderna, sendo constantemente atualizadas graças a novos estudos. A herança monoíbrida nos estudos de Mendel Gregor Mendel iniciou seus experimentos de hibridi- zação de plantas com as ervilhas de jardim (Pisum sati- vum), uma vez que essa planta apresentava variedade de formas e cores, autopolinização, polinização cruzada e cur- to tempo de geração, fatores que tornavam a experimen- tação viável. Depois de escolher o modelo experimental e a espécie a ser estudada, Mendel começou a desenvolver linhagens puras, que podem ser definidas como linhagens que, quando autopolinizadas, dão origem a descendentes iguais à linhagem parental (ancestral). Assim, Mendel pro- Teorico-Bio-Volume-3.indb 119Teorico-Bio-Volume-3.indb 119 16/05/2023 16:12:4516/05/2023 16:12:45 Biologia 120 duziu sete linhagens puras, cada uma com uma caracterís- tica observável. Essas características foram: cor das flores, textura das sementes (lisa ou rugosa), cor do interior da semente (verde ou amarelo), cor das vagens (verdes ou amarelas), textura das vagens (lisas ou onduladas), tipos de flores (axiais ou terminais) e tipos de caules (longos ou curtos). Posteriormente, Mendel efetuou cruzamentos entre as linhagens puras. Dessa forma, ele realizou poliniza- ção cruzada entre plantas com sementes verdes e plantas com sementes amarelas. Mendel observou que todos os descendentes exibiam uma única característica, sementes amarelas, apesar dos pais terem características diferentes. A primeira geração de prole foi denominada F1. Em segui- da, Mendel fez um novo experimento utilizando a linha- gem F1 e realizando o autocruzamento. O resultado desse cruzamento mostrou que a característica “cor de semente verde”, que estava ausente na prole do cruzamento inicial, apareceu como resultado da autofecundação da F1 na proporção de 3 sementes amarelas para 1 semente verde. A linhagem descendente da autofecundação da geração F1 foi denominada F2. Mendel repetiu esse procedimento para as demais características. Lisas Rugosas Herança monoíbridaGametasParentais Geração P (parental) Geração F1 (primeiros descendentes) Geração F2 (segundos descendentes) Fenótipo - 3 lisas e 1 rugosa Genótipo - 1 PP, 2Pp e 1 pp Durante seus estudos, Mendel observou que algumas características se destacavam em relação às outras. Para explicar esse fenômeno, é necessário entender alguns conceitos. O primeiro deles é que há um fator hereditário conhecido como gene, que é uma região do DNA capaz de codificar as características e que está presente no cro- mossomo. Nas células diploides, os cromossomos ocorrem aos pares, sendo chamados de homólogos. As espécies de ervilha estudadas por Mendel eram diploides e em um de- terminado par de homólogos, cada cromossomo carregava a característica “cor da semente”. No entanto, cada cro- mossomo podia carregar uma variação diferente para essa característica, ou seja, poderia carregar o gene para a cor verde ou o gene para a cor amarela. Essas variações de um mesmo gene são chamadas de alelos. Os alelos podem apresentar relações de dominância, que é o que se observa nos resultados de Mendel. A do- minância ocorre quando a presença de um único alelo é suficiente para determinar a característica expressa, enquanto a recessividade ocorre quandosão necessárias duas cópias idênticas do alelo para produzir a característica expressa. Por exemplo, se uma planta possui duas cópias do alelo A (AA), ela exibirá a característica amarela em suas sementes, enquanto se ela possuir duas cópias do alelo a (aa), ela exibirá a característica verde em suas sementes. Já se a planta possuir uma cópia do alelo A e uma cópia do alelo a (Aa), ela exibirá a característica amarela em suas sementes, pois A é dominante sobre a. A característica verde só ocorrerá quando o alelo a esti- ver em dose dupla, sendo assim, recessivo. No contexto genético, a presença de dois alelos idênticos em um indivíduo faz com que ele seja deno- minado homozigoto, enquanto a presença de apenas uma cópia de cada alelo faz com que sua nomenclatu- ra seja heterozigoto. Em um experimento de cruzamento entre dois hetero- zigotos (Aa), cada genitor doa apenas um alelo ao formar os gametas, resultando em uma possível configuração de 1 2 A (50%) e 1 2 a (50%) para ambos os genitores. Isso leva as possíveis combinações genéticas: 1 4 AA amarelo, 1 4 aa, 1 2 Aa. Na F2, ao cruzarmos espera-se encontrar 1 4 de indivíduos AA, 1 2 de indivíduos Aa e 1 4 de indivíduos aa. Isso é explicado pela Lei da Segregação dos Ale- los de Mendel, que afirma que os alelos se separam na formação dos gametas. Observe abaixo, como esse cruza- mento seria representado num quadro que recebe o nome de quadro de Punnet: A a A AA Aa a Aa aa Multiplataformas: Vídeo Resumo do experimento 1ª lei de Mendel Genética: o mendelismo e o vocabulário atual O vocabulário utilizado na genética é essencial para a compreensão dos conceitos e princípios fundamentais dessa área da biologia. Utilizando termos específicos para descrever os fenômenos relacionados à transmissão de características genéticas de uma geração para outra, o conhecimento e o uso adequado desses termos são fun- Teorico-Bio-Volume-3.indb 120Teorico-Bio-Volume-3.indb 120 16/05/2023 16:12:4616/05/2023 16:12:46