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Ficha de Apoio -Aula 20

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HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE 1
2 HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE
ILUMINISMO, FISIOCRA-
CIA E LIBERALISMO.
ESQUEMA DE AULA.
Iluminismo.
 ƍ Corrente político-filosófica que, em geral, defende 
a valorização da racionalidade e o combate ao 
Absolutismo (Antigo Regime).
 қ Século XVIII.
 ƍ Obra-Símbolo: A Enciclopédia.
 қ Objetivo: Reunir todo o co-
nhecimento racional produ-
zido.
 қ Organizadores/Autores: 
Diderot e D’Alembert.
 ◼ Mais de 300 filósofos 
participam.
 қ Equivalente moderno: Wi-
kipedia.
 ƍ Principais filósofos do Iluminismo.
 қ 1. Montesquieu.
 ◼ Do espírito das leis.
 ◼ Tripartição do poder.
 ƍ Executivo, Legislativo e Judiciário.
 ƍ Cada poder limita os outros (Sistema de Freios e 
Contrapesos).
 қ 2. Voltaire.
 ◼ Anticlericalismo.
 ƍ Isso não significa que ele era ateu.
 ◼ Defesa da Liberdade de Expressão.
 ƍ “Posso não concordar com nada do 
que tu dizes, mas defenderei o teu direito de 
dizê-lo até a morte”.
 ◼ “Pai do Despotismo Esclarecido”.
 ƍ Alguns reis absolutistas utilizaram algumas ideias 
iluministas com o intuito de fortalecer o próprio 
poder absoluto.
 қ Racionalização da economia, defesa de uma 
administração eficiente, investimentos em 
cultura, etc.
 ƍ Os “Reis-Filósofos”.
 ƍ Alguns exemplos de déspotas esclarecidos:
 қ Frederico II da Prússia.
 қ Marquês de Pombal (ministro do rei D. José I).
 қ Catarina da Rússia.
 ◼ Rousseau.
 ƍ “O discurso sobre as origens 
e os fundamentos da desigualdade 
entre os homens”.
 қ “O mito do Bom Selvagem”.
 ◼ “O humano nasce bom, mas a 
sociedade o corrompe”.
 ◼ Nesta obra, Rousseau tece críticas à 
Propriedade Privada. Ele não defende, 
contudo, a abolição.
 ƍ “O Contrato Social”.
 қ “Todo o poder emana do povo”.
 ◼ “Pai da Democracia Moderna”.
 қ Direito à rebelião contra os maus governos.
Primeira página 
da Enciclopédia, 
organizada 
por Diderot e 
D'Alembert.
HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE 3
Fisiocracia.
 ƍ Principal teórico: François Quesnay.
 ƍ Assim como os liberais, defendem uma menor 
intervenção do Estado na economia (“Laissez-faire”).
 ƍ Principal diferença em relação ao liberalismo: 
para os fisiocratas, apenas a terra (agricultura) 
gera riqueza real. Para os liberais, por sua vez, o 
trabalho produtivo cumpre essa função.
Liberalismo.
 ƍ Economia clássica.
 қ Grandes críticas ao modelo mercantilista 
precedente.
 ƍ Defesa da menor intervenção do Estado na 
economia.
 ƍ Monopólios são negativos.
 қ A livre concorrência é positiva.
 ƍ Forte valorização da iniciativa privada e da 
propriedade privada.
 ƍ Principais teóricos do 
Liberalismo.
 қ 1. Adam Smith.
 ◼ Pai do Liberalismo 
Econômico.
 ◼ Principal obra: A 
Riqueza das Nações
 ◼ A mão invisível do Mercado.
 ƍ O mercado possui capacidade autorregulatória.
 қ 2. David Ricardo.
 ◼ Teoria das Vantagens Comparativas.
 ƍ Como os interesses são diversos, os dois lados de 
um negócio celebrado livremente saem ganhando.
 ƍ O Comércio não é um jogo de soma zero.
 ◼ Lei Férrea dos Salários.
 ƍ A redução dos custos de mão-de-obra tem o 
potencial de aumentar os lucros dos empresários.
 ƍ O lucro dos empresários é algo positivo, já que ele 
possibilita a geração de empregos.
 ƍ “Mais direitos, menos empregos. Menos direitos, 
mais empregos”.
 қ 3. Turgot.
 қ 4. John Stuart Mill.
 қ 5. Reverendo Thomas Malthus.
 ◼ Teoria populacional.
 ƍ "A população mundial cresce em PG, e os 
alimentos em PA".
 ƍ Surge a necessidade de controle populacional.
 ◼ Grande influenciador da obra 
evolucionista de Charles Darwin.
TEXTOS AUXILIARES.
Do espírito das leis (Montesquieu).
"Quando na mesma pessoa ou no mesmo corpo 
de magistratura o poder Legislativo está unido ao 
poder Executivo, não há liberdade; porque pode-se 
temer que o mesmo monarca ou Senado possa fazer 
leis tiranistas, executá-las tiranicamente. Ainda não 
existe liberdade, se o poder Judicial não for separado 
do poder Legislativo e do Executivo. Se fosse unido ao 
poder Legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade 
dos cidadãos seria arbitrário; pois o juiz seria 
legislador. Se ela se juntasse ao poder Executivo, o 
juiz poderia ter a força de um opressor. Tudo estaria 
perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos 
principais ou dos nobres, ou do povo, exercesse 
esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as 
resoluções públicas, e o de julgar os crimes ou as 
divergências dos indivíduos".
Tratado sobre a tolerância (Voltaire).
"Os mestres da minha religião enganaram-me; não 
existe, pois, religião nenhuma; mais vale uma pessoa 
lançar-se nos braços da natureza do que nos do erro; 
mais do que das invenções dos homens, prefiro 
depender da lei natural. Há outros ainda que têm a 
infelicidade de ir mais longe: vêem como a impostura 
os dominou, e já nem sequer o freio da verdade 
aceitam, inclinam-se para o ateísmo; tornam-se 
depravados, porque outros foram velhacos e cruéis".
4 HISTÓRIA GERAL COM RODRIGO BIONE
Discurso sobre a origem e os fundamentos 
da desigualdade entre os homens 
(Rousseau).
“O primeiro que concebeu a ideia de cercar uma 
parcela de terra e dizer ‘Isso é meu!’, e encontrou 
gente suficientemente ingênua que lhe desse 
crédito, foi o autêntico fundador da sociedade civil. 
De quantos delitos, guerras, assassinatos, desgraças 
e horrores teria livrado o gênero humano aquele, 
que, arrancando as estacas e enchendo os sulcos 
divisórios, gritasse: ‘Cuidado, não dê crédito a esse 
trapaceiro, você perecerá se esquecer de que a terra 
pertence a todos!’”.
A história da riqueza do homem (Leo 
Huberman):
“Quem era a burguesia? Eram os escritores, os 
doutores, os professores, os advogados, os juízes, 
os funcionários – as classes educadas; eram os 
mercadores, os fabricantes, os banqueiros – as classes 
abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. 
Acima de tudo, queriam – ou melhor, precisavam – 
lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que 
realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora 
o apertado gibão feudal e substituí-lo pelo folgado 
paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas 
necessidades no campo econômico, nos escritos dos 
fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas 
necessidades, no campo social, nos trabalhos de 
Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire 
no comércio e indústria teve sua contrapartida no 
‘domínio da razão’ na religião e na ciência.”
A riqueza das nações (Adam Smith).
"Como todo indivíduo, portanto, se esforça tanto 
quanto pode tanto para empregar seu capital no apoio 
à indústria nacional, quanto para direcionar essa 
indústria para que sua produção seja de maior valor; 
cada indivíduo necessariamente trabalha para gerar 
a receita anual Ele geralmente, de fato, não pretende 
promover o interesse público, nem sabe o quanto o 
está promovendo. Ao preferir o apoio da indústria 
nacional ao da estrangeira, ele pretende apenas sua 
própria segurança; e ao dirigir essa indústria de tal 
maneira que sua produção seja de maior valor, ele

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