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F R E N T E 3 139 O volume de uma cunha esférica é diretamente pro- porcional à medida θ de seu diedro. Assim, com θ em graus, encontramos: = θ = θ ⋅ = θ ⋅ π V V 360 V 360 V V 360 4 R 3 cunha esfera o cunha o esfera cunha o 3 = θπ V R 270 cunha 3 o Com o ângulo, de medida θ, em radianos, temos: = θ π = θ π ⋅ = θ π ⋅ π V V 2 V 2 V V 2 4 R 3 cunha esfera cunha esfera cunha 3 = θV 2 3 R cunha 3 O R R θ Cada cunha esférica é dotada de três superfícies: duas delas planas e equivalentes a semicircunferências de raio R, e uma curva, que é parte da superfície da esfera secionada. A superfície curva de uma cunha esférica é denominada fuso esférico, e sua área é diretamente proporcional à me- dida θ de seu diedro. Assim, com θ em graus, temos: = θ = θ ⋅ = θ ⋅ π A A 360 A 360 A A 360 4 R fuso esfera o fuso o esfera fuso o 2 = θπ A R 90 fuso 2 o Com o ângulo, de medida θ, em radianos, obtemos: = θ π = θ π ⋅ = θ π ⋅ π A A 2 A 2 A A 2 4 R fuso esfera fuso esfera fuso 2 Afuso = 2θR 2 O R R θ A área de toda a superfície de uma cunha esférica equivale à soma das áreas de suas duas faces planas e semicirculares com a área de seu fuso esférico: = ⋅ π ⋅ + θ ⋅A 2 R 2 2 R cunha 2 2 Acunha = (π + 2θ) ⋅ R 2 Exercícios resolvidos 13 Qual o volume aproximado de uma cunha com 80o de uma esfera de raio 9 cm? Use π ≅ 3,14. A 680 cm3. b 710 cm3. C 750 cm3. d 780 cm3. E 810 cm3. Resolução: Solução 1 O volume de toda a esfera é: = π = π ⋅ = πV 4 R 3 4 9 3 972 cm esfera 3 3 3 Logo: = ⇒ = ⋅ π = π ≅ V V 80 360 V 2 9 972 216 678 cm cunha esfera o o cunha 3 MATEMÁTICA Capítulo 15 Cones e esferas140 Solução 2 Determinando o valor de θ, em radianos, temos: π θ ⇒θ = π = π180 rad 80 rad 80 180 4 9 Da fórmula do volume da cunha, obtemos: = θ = ⋅ π ⋅ = π ⋅ = π ≅V 2 3 R 2 3 4 9 9 8 27 216 678 cm cunha 3 3 3 Alternativa: A 14 Qual o valor do raio de uma cunha esférica de 90o cuja área total é igual a 32π? A 1 b 2 C 3 d 4 E 5 Resolução: Como 90o equivalem a π 2 radianos, da expressão para a área da cunha, obtemos: = π + θ ⋅ ⇒ π = π + ⋅ π ⋅ ⇔ ⇔ π = π ⋅ ⇔ = A ( 2 ) R 32 2 2 R 32 2 R R 16 cunha 2 2 2 2 Como R > 0, temos que R = 4. Alternativa: D Inscrições e circunscrições Esferas e outros sólidos geométricos podem estabe- lecer relações de inscrição e circunscrição de acordo com algumas normas. Em todos os casos: • se um sólido está inscrito em uma esfera, então a es- fera está circunscrita ao sólido; • se uma esfera está inscrita em um sólido, então o sóli- do está circunscrito à esfera. Um poliedro está inscrito em uma esfera se, e somente se, todos os vértices do poliedro pertencerem à superfície da esfera. Uma esfera está inscrita em um poliedro se, e somente se, a superfície da esfera tangencia todas as faces do poliedro. Todos os poliedros regulares – tetraedros, hexaedros, octaedros, dodecaedros e icosaedros – são inscritíveis e circunscritíveis em/a esferas de mesmo centro. Cilindros estão inscritos em esferas quando as circun- ferências de suas bases estão contidas na superfície da esfera. Esferas estão inscritas em cilindros quando a super- fície da esfera tangencia as três superfícies do cilindro. Para que isso ocorra, o cilindro deve ser equilátero. Cones estão inscritos em esferas quando seu vértice e todos os pontos da circunferência de sua base per- tencem à superfície da esfera. Esferas estão inscritas em cones quando a superfície da esfera tangencia as duas superfícies do cone. Paralelepípedos retangulares, prismas regulares e cilindros de revolução são inscritíveis em esferas, mas não necessariamente existem esferas às quais sejam cir cunscritíveis. Pirâmides regulares e cones de revolução são inscrití- veis e circunscritíveis em/a esferas. Nos exemplos a seguir, indicaremos por r a medida do raio das esferas inscritas e por R a medida do raio das esferas circunscritas aos demais sólidos. Esfera inscrita no cubo Quando uma esfera está inscrita em um cubo, o diâ- metro da esfera tem a mesma medida que a aresta do cubo, pois a sua superfície tangencia as seis faces qua- dradas do cubo em seus respectivos centros, localizados na interseção de suas diagonais. 2r a Sendo r a medida do raio da esfera e a medida da aresta do cubo circunscrito, temos: Diâmetro da esfera = Aresta do cubo 2r = a =r a 2 Esfera circunscrita ao cubo Quando uma esfera circunscreve um cubo, o diâmetro desta tem a mesma medida da diagonal do cubo, pois o centro deste, que é o ponto de interseção de suas dia gonais interiores, coincide com o centro da esfera. Assim, o raio da esfera deve medir o mesmo que a distância do centro do cubo a um de seus vértices. R R a F R E N T E 3 141 Sendo R a medida do raio da esfera e a a medida da aresta do cubo inscrito, obtemos: = = Diâmetro da esfera Diagonal do cubo 2R a 3 =R a 3 2 Esfera circunscrita ao paralelepípedo Quando uma esfera circunscreve um paralelepípedo retangular e reto, o diâmetro da esfera tem a mesma me dida que a diagonal do paralelepípedo. Sendo a, b e c as dimensões do paralelepípedo inscrito em uma esfera de raio R, temos: Diâmetro da esfera = Diagonal do paralelepípedo = + +2R a b c 2 2 2 Esfera circunscrita ao cilindro Quando uma esfera circunscreve um cilindro de revo- lução, o diâmetro da esfera tem a mesma medida que a diagonal de uma seção meridiana do cilindro, pois toda seção meridiana do cilindro também será seção meridiana da esfera. CD B h A Se um retângulo ABCD for seção meridiana do cilin- dro, então sua diagonal AC, por exemplo, será diâmetro da esfera. Assim, do teorema de Pitágoras no triângulo ABC, temos que: AC2 = AB2 + BC2 Desse modo, como AB é diâmetro da base e BC é altura do cilindro: (2R)2 = (2r)2 + h2 4R2 = 4r2 + h2 = + R 4r h 4 2 2 2 = + R 4r h 2 2 2 Esfera inscrita no cone Quando uma esfera está inscrita em um cone de re- volução, ela tangencia cada geratriz do cone, além de tangenciar a base do cone exatamente no centro dessa base, e a distância entre os centros mencionados mede o mesmo que o raio da esfera. Sendo O' o centro da base de um cone de vértice V circunscrito a uma esfera de centro O, temos que o ponto O pertence ao segmento VO', que é a altura do cone. h V g T A RO' Então, considerando A um ponto da circunferência da base do cone e T o ponto da geratriz VA onde ocorre a tangência da superfície esférica com a superfície lateral do cone, os triângulos VOT e VAO' são semelhantes, pois possuem ângulos retos de vértices T e O', bem como o ângulo interno de vértice V em comum. Dessa semelhança, vem que: = = VO VA OT AO' VT VO' Não havendo interesse na medida do segmento VT, descartamos a última fração dessa sentença, restando os segmentos que medem: • a diferença entre a altura do cone e o raio da esfera inscrita: VO = h – r; • um raio da esfera inscrita: OT = r; • uma geratriz do cone: VA = g; • um raio da base do cone: AO' = R.