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F R E N T E 3 181 Da figura, x = c + r(x) ⋅ cosq. Como r(x) = a ex, temos: r(x) = a - e ⋅ (c + r(x) ⋅ cosq) ⇔ ⇔ r(x) = a e ⋅ c e ⋅ r(x) ⋅ cosq ⇔ ⇔ r(x) + e ⋅ r(x) ⋅ cosq = a - ec ⇔ (1 e cos ) r(x) a c a c a c a b a r(x) b a 1 1 e cos 2 2 2 2 ⇔ + ⋅ θ ⋅ = − ⋅ = − = ⇔ ⇔ = ⋅ + ⋅ θ A equação = ⋅ + ⋅ θ r(x) b a 1 1 e cos 2 é chamada equação polar da elipse. A área da elipse A área da elipse de semieixos a e b é igual a: Aelipse = p ⋅ a ⋅ b Exercícios resolvidos 1 Determine a equação reduzida da elipse com centro na origem e eixo focal paralelo ao eixo Ox, a = 5 e b = 3. Determine também as coordenadas dos focos e a excentricidade da elipse. Resolução: Sendo o centro da elipse o ponto O(0, 0), temos: + = ⇔ + = ⇔ + = x a y b 1 x 5 y 3 1 x 25 y 9 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 Ainda: a2 = b2 + c2 ⇔ 52 = 32 + c2 ⇔ c = 4 Os focos são dados por F1(-c, 0) = F1(-4, 0) e F2(c, 0) = = F2(4, 0). A excentricidade é dada por = = =e c a 4 5 0,8. 2 Determine a equação reduzida e os focos da elipse tangente ao eixo Ox, com centro em (3, 4) e excentri cidade e 2 2 = . Resolução: Como a elipse é tangente ao eixo Ox e tem centro em (3, 4), temos a = 4 Assim: = ⇔ = ⇔ =e c a 2 2 c 4 c 2 2 ( )= + ⇔ = + ⇔ == ⇔ =a b c 4 b 2 2 b 16 8 8 b 2 22 2 2 2 2 2 2 O eixo focal é paralelo ao eixo Oy. Então, a equação reduzida da elipse é dada por: ( ) + = ⇔ − + − = ⇔ ⇔ + = (y y ) a (x x ) b 1 (y 4) 4 (x 3) 2 2 1 (y 4) 16 (x 3) 8 1 0 2 2 0 2 2 2 2 2 2 2 2 Os focos da elipse são dados por =F (x , y c) 1 0 0 ( )= −F 3, 4 2 2 1 e ( )+ = +F (x , y c) F 3, 4 2 2 2 0 0 2 . 3 Determine o centro e os focos da elipse dada por 4x2 + 9y2 + 24x 36y + 36 = 0. Resolução: Rearranjando os termos e completando os quadra- dos, temos: 4x2 + 9y2 + 24x 36y + 36 = 0 ⇔ ⇔ 4x2 + 24x + 9y2 36y = 36 ⇔ ⇔ 4(x2 + 6x) + 9(y2 - 4y) = -36 ⇔ ⇔ 4(x2 + 2 ⋅ 3 ⋅ x + 9) + 9(y2 2 ⋅ 2 ⋅ y + 4) = = 36 + 4 ⋅ 9 + 9 ⋅ 4 ⇔ 4(x + 3)2 + 9(y 2)2 = 36 Dividindo os dois lados por 36: + + − = ⇔ + + − = 4(x 3) 36 9(y 2) 36 36 36 (x 3) 9 (y 2) 4 1 2 2 2 2 Essa equação caracteriza a elipse com centro em (–3, 2), a = 3, b = 2 e = − = − =c a b 9 4 52 2 . Os focos são dados por ( )− = − −F (x c, y ) F 3 5, 2 1 0 0 1 e ( )+ = − +F (x c, y ) F 3 5, 2 2 0 0 2 . 4 Determine as equações das retas que passam por P(8, 0) e são tangentes à elipse 16x2 + 25 y2 = 400. Resolução: Sejam as retas que passam por (8, 0) e têm coeciente angular m com equações gerais dadas por: y 0 = m(x 8) ⇔ mx y 8m = 0 As interseções entre a elipse e as retas são soluções do sistema + = = 16x 25y 400 (I) y mx 8m (II) 2 2 Substituindo (II) em (I): 16x2 + 25(mx 8m)2 = 400 ⇔ ⇔ (25m2 + 16)x2 400m2x + 1 600m2 400 = 0 Uma reta é tangente a uma elipse quando tem apenas um ponto de interseção com ela. Logo: D = 0 ⇒ ⇒ (-400m2)2 - 4 ⋅ (25m2 + 16) ⋅ (1 600m2 - 400) = 0 ⇔ ⇔ 160 000m4 - 160 000m4 + 62 400m2 - 25 600 = 0 ⇔ ⇔ = ⇔ = = ⇔62400m 25600 m 25600 62400 16 39 2 2 ⇔ = ± = ±m 16 39 4 39 39 Assim, as retas que passam por P(8, 0) e são tangen- tes à elipse têm equações dadas por: =y 4 39 39 (x 8) e =y 4 39 39 (x 8) MATEMÁTICA Capítulo 10 Cônicas182 A hipérbole Seja p um plano que intercepta uma superfície cônica reta de dois ramos (clepsidra ou ampulheta). Sejam a o ân- gulo formado pelo eixo do cone e uma geratriz e b o ângulo formado pelo plano de corte e o eixo do cone. Se b < a, a interseção do plano p com a superfície cônica representa uma curva aberta de dois ramos chamada hipérbole, como mostra a figura. Eixo α Para b < a, temos uma hipérbole. Observe agora a figura a seguir, que representa o pla- no p, secante ao cone e a duas esferas inscritas no cone, chamadas de esferas de Dandelin. Sejam F1 e F2 os pontos de tangência de p com as esferas. P O' B' C S C' B F 1 A 1 A 2 F 2 A hipérbole e as esferas de Dandelin Se tomarmos um plano passando pelo eixo do cone e perpendicular ao plano p, veremos que esses dois planos cortam-se segundo a reta A1A2 As esferas estão inscritas no cone e são tangentes ao plano secante nos pontos F1 e F2. Escolhendo um ponto P qualquer sobre a hipérbole, podemos traçar os segmentos PF1 e PF2, tangentes às es- feras. Da figura, temos que PF2 PF1 = PG' PG = GG' = = BB' = constante, pois são tangentes às mesmas esferas por um mesmo ponto. De maneira análoga ao que foi feito para a elipse, pro- vamos que A1F1 = A2F2. Além disso, A1B' = A1F2 e A1B = A1F1, pois são pares de segmentos tangentes às mesmas esferas. Dessa maneira: BB' = A1B' - A1B = A1F2 - A1F1 = (A1A2 + A2F2) - A1F1 = A1A2 Portanto, se P é um ponto do ramo de cima da hipér bole da figura, temos: PF2 - PF1 = A1A2 Analogamente, se P é um ponto do ramo de baixo da hipérbole, temos: PF1 PF2 = A1A2 Resumindo as duas condições, se P é um ponto qual- quer da hipérbole, então: |PF2 PF1| = A1A2 Da mesma maneira que fizemos para a elipse, vamos estudar a hipérbole como uma curva plana, identificando e nomeando seus elementos. Considere dois pontos F1 e F2 no plano cartesiano cuja dis tância entre eles seja 2c. Uma hipérbole é o lugar geométrico dos pontos P(x, y) cuja diferença (em módulo) das distâncias a esses pontos fixos é constante e vale 2a (com 2a 2c< ). Em símbolos: PF PF 2a 2 1 = A figura a seguir representa uma hipérbole cujos focos são F1(c, 0) e F2(-c, 0). O centro da hipérbole é ponto médio do segmento F1F2, que, na figura, é o ponto O(0, 0). y b c OA 2 A 1 xaF 2 (−c, 0) F 1 (c, 0) B 1 (b, 0) B 2 (−b, 0) A hipérbole A reta F1F2 intersecta a hipérbole nos pontos A1 e A2 O segmento A1A2 é denominado eixo real da hipérbole. Das propriedades da hipérbole, resulta que A1A2 = 2a, pois, como A1 pertence à hipérbole, temos: A1F2 A1F1 = 2a ⇔ (A1A2 + A2F2) A1F1 = 2a ⇔ A1A2 = 2a Considere agora uma reta perpendicular ao eixo maior pelo centro da hipérbole Sobre essa reta, sejam B1 e B2 os F R E N T E 3 183 pontos cujas distâncias a A1 e A2 sejam iguais a c O seg mento B1B2 é denominado eixo imaginário da hipérbole. A medida do eixo imaginário é B1B2 = 2b. Os pontos O, B1 e A1 formam um triângulo retângulo com catetos de medidas a e b e hipotenusa de medida c. Assim: c2 = a2 + b2 Essa equação é denominada relação fundamental da hipérbole. Chamamos de excentricidade a razão e c a = . Para a hi pérbole, temos sempre e > 1. Assim, quanto mais próximo de 1 for o valor da excentricidade, menor será a abertura dos ramos da hipérbole (a hipérbole fica mais “fechada”) Por outro lado, quanto maior for o valor da excentricidade, maior será a abertura dos ramos da hipérbole (a hipérbole fica mais “aberta”). O retângulo cujos pontos médios dos lados são A1, B1, A2 e B2 está relacionado à geometria da hipérbole As retas que contêm as diagonais do retângulo têm com portamento assintótico em relação à hipérbole, sendo, por isso, denominadas assíntotas. Quando tomamos pon- tos mais afastados da hipérbole, a distância entre esses pontos e as assíntotas diminui. No entanto, é importante perceber que essa distância nunca será zero. B 1 B 2 c C 2c 2a 2b b a θ F 2 A 2 A 1 F 1 A hipérbole e seus elementos Definição: |PF2 PF1| = 2a Distância focal: F1F2 = 2c Eixo real: A1A2 = 2a Propriedade: c 2 = a2 + b2 Eixo imaginário: B1B2 = 2b Excentricidade: = >e c a , e 1 Atenção As equações cartesianas da hipérbole Considere uma hipérbole com centro O na origem e F1 e F2 no eixo Ox, cujas coordenadas são F1(c, 0) e F2(-c, 0). Assim, tomando um ponto genérico pertencente à hipérbole, podemos usar a definição: |PF2 PF1| = 2a PF2 PF1 = ±2a ⇔ PF2 = PF1 ± 2a Elevando os dois lados ao quadrado, temos: (PF2) 2 = (PF1) 2 ± 4 ⋅ a ⋅ (PF1) + 4a 2 (x + c)2 + (y 0)2 = (x c)2 + (y 0)2 ± 4 ⋅ a ⋅ (PF1) + 4a 2 x2 + 2cx + c2 = x2 2cx + c2 ± 4 ⋅ a ⋅ (PF1) + 4a 2 ±4 ⋅ a ⋅ (PF1) = 4a 2 4cx = ± ± = ± ± PF 4a 4a 4cx 4a PF a c a x 1 2 1 Elevando de novo ao quadrado, e lembrandoque b2 = c2 a2, temos: = ⋅ ⋅ + + = + − + + = − + = − = − − = − − = (PF ) a 2 a c a x c a x (x c) (y 0) a 2cx c a x x 2cx c y a 2cx c a x c a c a 1 x y c a c a a x y b b a x y x a y b 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 A equação x a y b 1 2 2 2 2 = é chamada de equação redu- zida da hipérbole Para obter as equações da hipérbole com centro na origem e focos no eixo y, basta trocar x por y e y por –x, como fizemos para a elipse. y O A 1 A 2 F 2 F 1 x Assim, obtemos a equação: y a x b 1 2 2 2 2 =