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Ana Clara Lisboa 1 bronquiolite DX ANATÔMICO: BRONQUIOLOS DX SINDRÔMICO: SD HIPERAERAÇÃO (?) DX ETIOLÓGICO: IVAS DEFINIÇÃO: Infecção viral das VA inferiores até os 2 anos de vida. Sendo o 1º episódio de sibilância em lactentes <2 anos. FATORES DE RISCO: • Sexo masculino • Não realização de amamentação em seio materno • Criança ou irmão frequentar creches • Filho de mãe adolescente FATORES DE RISCO DE GRAVIDADE: • Prematuridade • Baixo peso ao nascer • Idade <3 meses • Doença pulmonar crônica • Defeito anatômico de VA • Cardiopatia congênita • Imunodeficiência • Histórico de apneia • Doença neuromuscular • Tabagismo passivo AGENTE ETIOLÓGICO: sazonalidade inverno (dura 4-6m); o Vírus sincicial respiratório* - 75% o Rinovírus o Adenovírus o Metapneumovírus o Influenza / parainfluenza FISIOPATOLOGIA: Infeção de VAS por contato com secreção de infectados (mucosas/ conjuntivas/ aerossóis) → rinorreia, tosse, obst nasal → 3-4d progressão → VAI (bronquíolos) → inflamação → aumento da produção secretiva + redução da drenagem por disfunção de movimentos ciliares por necrose (aumento de muco)→ dificulta a saída de ar→ sibilos → obstrução de VAI de pequeno calibre → hiperinsuflação pulmonar ou atelectasia. QUADRO CLÍNICO: início de 3-4d após o resfriado comum! Com duração de 7-12d. Quadro gripal; o Tosse/ espirro o Coriza o Obstrução nasal (edema mucosa + muco) o Febre <39º Dispneia → podendo chegar a esforço respiratório; Sibilância; Hipoxemia SINAIS DE GRAVIDADE: - Não aceitação da dieta - Taquipneia - Alto esforço respiratório (BAN, gemência) - Sat02 <88% - Letargia DIAGNÓSTICO: CLÍNICO! Não obrigatório + exames. EXAME FÍSICO: ▪ INSPEÇÃO: Aumento do diâmetro anteroposterior ▪ PALPAÇÃO: FTV reduzido, expansibilidade reduzida. ▪ PERCUSSÃO: hipertimpanismo ▪ AUSCULTA: sibilos, MV aumentados. EXAMES LAB: buscar distúrbios secundários (HMG, gasometria – hipercapnia / hipoxia) e identificação do vírus (Rt-PCR ou teste rápido). EXAMES DE IMAGEM: RX de tórax (hiperinsuflação pulmonar, infiltrado intersticial peribrônquico, atelectasia) TRATAMENTO: SUPORTE! DOMICILIAR = Pcte BEG, eupneico, sem tiragens ou com tiragens leves, saturando normalmente, boa aceitação hídrica. ► Lavagem nasal ► Inalação com solução salina hipertônica ► Hidratação VO ► Alimentação habitual da criança HOSPITALAR: Pcte MEG, REG, taquipneico, com desconforto respiratório, má aceitação hídrica VO, desidratação, dessaturando.. ► Isolamento de contato + gotículas; ► Monitorização; ► Oxigenoterapia (<92%); ► Hidratação endovenosa; ► Cabeceira elevada ► Lavagem nasal; ► Inalação com solução salina hipertônica; ► Teste de resposta broncodilatadora (B2 agonista de curta duração) → se positivo → manter; # Pausa alimentar VO se alto desconforto por risco de broncoaspiração; neste caso uso de sonda NG. PREVENÇÃO: Geral: Aleitamento materno, não frequentar creches até 6m, higiene adequada, lavagem de mãos. Medicamentoso: Palivizumabe (anticorpo monoclonal) em 5 doses; hoje, após 1 mês, por 5 meses, começando sempre antes da sazonalidade. Indicações: - Prematuros <29 sem até 1º ano - Broncodisplasia até 2º ano - Cardiopatias congênitas até 2º ano Ana Clara Lisboa 2 PENEUMONIA DX ANATÔMICO: PULMÃO DX SINDRÔMICO: SÍNDROME DE CONSOLIDAÇÃO DX ETIOLÓGICO: PAC BAC // VIRAL DEFINIÇÃO: Infecção aguda do parênquima pulmonar que gera preenchimento alveolar + infiltrado necroinflamatório. EPIDEMIOLOGIA: • + comum em < 5 anos (90% em até 1 ano). • Principal causa de mortalidade em < 5 anos. FATORES DE RISCO: Infecção viral prévia, desnutrição, desmame precoce, prematuridade, vacinação incompleta, comorbidades; DM, cardiopatias.. AGENTE ETIOLGICO: Maioria das PAC são de causas virais (vírus sincicial respiratório principal deles, mas também causada por influenza, adenovírus e rinovírus), porém, a de causa bacteriana é mais grave (+ por Estreptococo pneumoniae – pneumococo). Se idade escolar, pensar também em BAC atípicas (Mycoplasma pneumoniae). QUADRO CLÍNICO: Tosse + dispneia, dor torácica, febre.. Taquipneia o < 2 meses = ≥ 60 Irpm o 2m-5 anos = ≥ 50 Irpm o > 5 anos = ≥ 40 Irpm Esforço respiratório= Tiragem intercostal (não considerada para <2m), tiragem subcostal, uso de musculatura acessória, retração de fúrcula, batimento de aletas nasais. EXAME FÍSICO: • SSVV: Alta temperatura, FC e FR. • INSPEÇÃO: Expansibilidade reduzida, esforço resp. • PALPAÇÃO: Expansibilidade reduzida, FTV aumentado – aumento da propagação) • PERCUSSÃO: macicez/ submacicez • AUSCULTA: MV+ reduzidos, broncofonia, estertor fino crepitante inspiratório ou sibilos. SINAIS DE GRAVIDADE: PAC grave ► <2 meses = Tiragem subcostal, batimento de aletas nasais, FR>60 Irpm, febre alta ou hipotermia, recusa de 3+ mamadas em seio materno, sibilância, estridor em repouso. ► > 2 meses = Tiragem subcostal, outras formas de esforço respiratório, estridor ao repouso, recusa líquida, convulsão, redução do nível de consciência. PAC muito grave = cianose central, dificuldade de beber, alta dificuldade respiratória de forma que mexe até a cabeça buscando inspirar. DIAGNÓSTICO: CLÍNICO!! Não é necessário exame de imagem para confirmação! Mas pode ser pedido em duvida diagnóstica, PAC grave, TTO falho em 48h, hipoxemia, UTI. 1) RX TORAX = PA + perfil – achados de consolidação lobar, infiltrado intersticial (vírus), infiltrado alveolar (bac), cavitações... 2) USG = Se necessário avaliar o parênquima 3) EX LAB = HMG, Hemocultura, PCR, Procalcitonina, VHS. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: TRATAMENTO: ► Ambulatorial se sem sinais de gravidade! ► Com reavaliação após 48h! ► Amoxicilina 50mg/kg/d VO 8/8h – 10dias # Se bac atípica = Azitromicina 10mg/kg/d – 5dias REAVALIAÇÃO (após as 48h); ◆ Melhora = manter ATB até 10d. ◆ Estático (=) = pode-se adicionar o clavulanato ou trocar o ATB (contar dias do zero) e sempre reavaliar após 48h! ◆ Piora = se aparecimento de sinal de alarme = Internação + ATV endovenoso (Ampicilina 50mg/kg/d EV 6/6h) COMPLICAÇÃO: Derrame pleural, por PAC é exudativo onde FTV é reduzido, MV podem estar abolidos, desvio do íctus. CRITÉRIOS DE LIGHT P/ EXUDATO: 1+ • Prot líquido/ prot sérica ≥ 0,5 • LDH liquido/ LDH sérico ≥ 0,6 • LDH liquido ≥2/3 do limite normal sérico (≥200). TRATAMENTO: - Somente realizado drenagem se desconforto presente, empiema, PH<7,2, DHL>1000, glicose>40mg/dl, BAC+. - ATB: Oxacilina 200mg/kg/d EV-6/6H ou penincilina cristalina 200.000UI/kg/d 4/4h EV.