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TICS 10 
DATA: 27/04/2022 
Paciente de 42 anos, masculino, preto, tabagista (58 
maços/ano), com passado de etilismo e uso de 
drogas injetáveis, interna-se para investigar lesão 
expansiva no ápice pulmonar direito, com história de 
dor no hemitórax superior direito, irradiada para o 
ombro, tórax anterior ipsilateral e porção medial do 
membro superior direito (MSD) havia 20 dias. A dor 
era em queimação, constante, intensa, aliviada em 
decúbito lateral direito, agravada com os 
movimentos do tórax e do MSD e sem alívio com 
analgésicos. No mesmo período, iniciou tosse seca, 
sudorese noturna intensa, anorexia e emagreceu 
3kg. Ao exame físico, apresentava extensas lesões 
herpéticas labiais, candidíase oral, anisocoria com 
pupila direita miótica, ptose palpebral à direita, 
hipoestesia no território ulnar do MSD, hipocratismo 
digital e linfonodos cervicais posteriores e 
supraclavicular direito e axilar esquerdo palpáveis. 
Sorologia para HIV positiva. Qual síndrome é essa? 
Qual a causa da miose e ptose palpebral? 
De acordo com as informações fornecidas, 
provavelmente se trada da Síndrome de Pancoast 
que pode originar a Síndrome de Horner. Os sinais e 
sintomas podem incluir incluem enoftalmia unilateral, 
ptose palpebral, miose e anidrose ipsilateral da face 
e do membro superior, devido a compressão de 
nervos simpáticos que vão para a região de cabeça 
e pescoço. 
Referência: Barreto SSM. Pneumologia. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed; 
2009. 
Como o tabaco está relacionado às neoplasias 
pulmonares? E os cigarros eletrônicos? Como 
orientar seu paciente? 
A patogenicidade está associada carcinógenos 
químicos, como radicais livres, monóxido de carbono, 
nicotina, acroleína, metais variados, hidrocarbonetos 
policíclicos aromáticos e nitrosaminas, provocando 
mutações no DNA, ativando a oncogenes e inibindo 
genes regulatórios. Os cigarros eletrônicos são 
considerados menos maléficos por possuírem 
menos substâncias tóxicas comparado aos cigarros 
comuns, mas continuam possuindo a nicotina e 
podendo também causar vício. O paciente deve ser 
orientado a parar com o uso da substância e é 
imprescindível que ele tenha acesso à tratamentos 
farmacológicos e até mesmo à uma abordagem 
psicossocial. 
Referência: Barreto SSM. Pneumologia. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed; 
2009.