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Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
3 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
 
 
Para saber mais: 
Quem construiu o Egito? 
 
Foram pessoas de “carne e osso”, como nós, que 
construíram a civilização egípcia. As imponentes pirâmides de 
Gizé, uma das sete maravilhas do mundo, foram o resultado do 
trabalho forçado de camponeses sob as ordens dos auxiliares dos 
faraós. 
 
 
Quéops era a mais alta e volumosa das pirâmides. Tinha 146 metros de altura, o 
equivalente a um prédio de cinquenta andares. Os antigos egípcios demorariam 
vinte anos para construi-la. A pirâmide de tamanho médio é a de Quéfren e a menor 
a de Miquerinos. Todas são de faraós do Antigo Império. 
 
Mas para que serviam estas pirâmides? Do que eram feitas? Para 
construir Quéops, utilizaram-se dois milhões e trezentos mil blocos 
de pedra. Como faziam para carregar estas pedras, que pesavam 
toneladas? Ao buscar respostas a estas perguntas, certamente 
vamos conhecer aspectos importantes da sociedade egípcia da 
época. Veja o que diz a esse respeito o texto abaixo: 
 
As pirâmides podem ser consideradas a maior proeza arquitetônica 
realizada pelo homem. Os milhões de blocos de pedra que 
compõem a pirâmide de Quéops foram cortados com tal precisão 
que se encaixam uns nos outros sem uso de argamassa, deixando 
nas juntas um espaço correspondente a um milésimo de polegada. 
Centenas de obras foram escritas, com evidente desperdício de 
papel, para explicar, de modo fantástico, como foi possível ao 
homem, em tempos tão remotos, realizar obras tão grandes. 
Também foi sempre motivo de discussão quem teria trabalhado em 
tão grande empreendimento. Atualmente, acredita-se que os faraós 
não utilizaram escravos, mas pessoas livres para executar aqueles 
trabalhos. O período das enchentes deixava eram disponibilidade 
um número elevadíssimo de camponeses, que, naqueles 
momentos, eram aproveitados nos trabalhos públicos. 
(FERREIRA, Olavo Leonel. Egito: terra dos faraós.p. 55-6. Adaptado.) 
 
SOCIEDADE 
A sociedade egípcia mudou pouco ao longo de séculos, pois as 
chances de ascensão social eram mínimas. Quase sempre o 
indivíduo nascia e morria pertencendo ao mesmo grupo social. 
Alguém nascido numa família camponesa, por exemplo, nunca 
podia tornar-se um alto funcionário. 
As pirâmides eram os túmulos dos faraós. Como vimos, a 
construção desses túmulos exigia muito tempo, gastos elevados e 
o esforço organizado de milhares de trabalhadores. Por tudo isso, 
as pirâmides mostram o imenso poder do faraó naquela sociedade. 
Para os egípcios, o faraó era muito mais do que um ser de origem 
divina: era o próprio deus. E, além disso, era também o chefe 
militar e o juiz supremo. 
Veja o seguinte comentário a respeito dos primeiros faraós: 
 
 
Eram considerados 
deuses vivos. 
Diante deles, as 
pessoas tinham de apresentar-
se arrastando-se pelo chão. 
Não podiam olhar-lhes o rosto. 
Nem mesmo o nome dos faraós 
podia ser pronunciado: a 
palavra “faraó”, que significa 
casa-grande”, era uma forma 
indireta de referir-se ao rei do 
Egito em razão de sua condição 
divina. 
 
FERREIRA, Olavo Leonel, 
Egito, terra dos faraós, p. 15. 
(Adaptado.) 
 
A estátua do faraó Quéfren encontra-se no Museu do Cairo. Junto 
ao rei está a figura do deus-falcão, Hórus. Essa estátua foi feita 
entre 2540 e 2505 a.C. 
 
Além de poder e prestígio, o faraó possuía enorme riqueza. Era 
considerado o dono de todas as terras do Egito. Por isso, tinha o 
direito de receber impostos (pagos em produto) das aldeias. 
O faraó e sua família levavam uma vida luxuosa e confortável. Os 
móveis de seus palácios eram feitos com cedro, do atual Líbano, 
ébano, ouro e marfim, do centro e do sul da África. Ocupavam a 
maior parte do tempo com caçadas, pescarias, obrigações 
religiosas ou festas animadas por músicos e cantores. Nestas 
festas eram servidas comidas à base de peixes, carnes se cereais, 
além de bebidas diversas, com destaque para o vinho (a cerveja de 
cevada era a bebida dos pobres). 
Geralmente os faraós casavam-se com pessoas de sua família, às 
vezes com as próprias irmãs, acreditando que assim conservariam 
a pureza de sangue. Com isso, mantinham a riqueza no interior da 
família real. 
Depois do faraó, a maior autoridade era o vizir. Cabia a ele tomar 
 
 
 
 
 4 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) 
as decisões jurídicas, administrativas e financeiras em nome do 
faraó. Abaixo do faraó e seus familiares, o grupo mais poderoso 
era o dos sacerdotes. Eles administravam os templos, que 
geralmente eram muito ricos, graças às oferendas feitas pela 
população. Depois deles, vinham os nobres, que também viviam 
cercados de luxo e conforto. Descendentes das famílias mais 
importantes dos antigos nomos, cuidavam da administração das 
províncias ou ocupavam os postos mais altos do exército. Entre os 
funcionários do faraó, encontrava-se o escriba, que, por seu 
conhecimento de escrita e contabilidade, tinha enorme prestígio na 
sociedade egípcia. A função do escriba era registrar toda a vida 
econômica do reino: as áreas cultivadas, a quantidade de cereais 
nos armazéns, os impostos arrecadados etc. 
 
Nessa escultura do 
Antigo Império, que 
se encontra no 
Museu de Boston, 
vemos o faraó 
Miquerinos e a 
rainha 
Khamerernebty II. 
 
 
 
Havia também os comerciantes, os artesãos (barbeiro, marceneiro, 
escultor, ourives, tecelão), os camponeses e os escravos, em geral 
prisioneiros de guerra que labutavam como domésticos ou como 
trabalhadores nas minas e pedreiras. 
Os camponeses, chamados no Egito de felás, constituíam a 
imensa maioria da população. Eles trabalhavam nas propriedades 
dos faraós e dos sacerdotes e tinham direito apenas a uma parte 
do que plantavam; a outra servia para pagar um imposto coletivo: 
uma certa quantidade de cereais, que era recolhida aos armazéns 
do faraó. Eram também obrigados a trabalhar na construção de 
obras públicas grandiosas, como abertura de estradas, limpezas de 
canais, transporte de pedras necessárias às grandes obras, como 
túmulos, templos e palácios. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
A mulher no Egito antigo 
A mulher egípcia gozava de certo prestígio socia, e a filiação 
materna era tão importante quanto a ascendência paterna. Mas 
nem toda as mulheres viviam do mesmo jeito: as da nobreza 
administravam a propriedade de seus maridos quando eles se 
ausentavam e tinham criadas para servi-las; já as mulheres pobres 
tinham de ajudar o marido na agricultura ou no artesanato, além do 
trabalho doméstico. 
Apesar de ter uma posição de algum destaque, a mulher nobre 
egípcia não podia ocupar postos importantes no governo. Ela 
usava túnicas largas, de tecido branco transparente, e também 
vestidos longos feitos de linho, um tecido produzido com fibras da 
planta de mesmo nome. Usava também pinturas nos olhos, no 
rosto e nos lábios, perfumes, perucas e jóias. 
 
 
 
 
 
No alto, à direita, potes para cosméticos e perfumes feitos de vidro, 
mostrando que os egípcios já dominavam a técnica de trabalhar 
com esse material. Acima, servas ajudam uma jovem da nobreza a 
se vestir, a colocar suas joias e a se perfumar após o banho. 
Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
5 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
ECONOMIA 
O Estado egípcio controlava, planejava e fiscalizava todas as 
atividades econômicas. A principal atividade econômica no Egito 
antigo era a agricultura. Assim que as águas do Nilo retornavam ao 
leito e deixavam a terra fertilizada em suas margens, os egípcios 
davam início ao cultivo de cereais – como o trigo, o centeio e a 
cevada –, legumes, frutas, linho, algodão e papiro. O papiro é uma 
planta nativa do Egito com a qual se faziam cordas, esteiras, 
sandálias e, sobretudo, uma espécie de papel de boa qualidade. 
Para retirar água do Nilo,os egípcios usavam o shaduf, um 
instrumento que possui um peso amarrado na extremidade da 
vara. 
Os egípcios dedicavam-se também à criação de bois, asnos, patos 
e cabritos. Além disso, praticavam também a mineração de ouro, 
pedras preciosas e cobre, este último muito usado nas trocas 
comerciais com outros povos. 
O comércio era feito à base de trocas, mas limitava-se ao pequeno 
comércio e à permutação de artigos de luxo com o exterior. Essa 
atividade atingiu seu apogeu no Novo Império, quando 
intensificaram-se os contatos comerciais com a ilha de Creta, a 
Palestina, a Síria e a Fenícia. Para construir seus navios, os faraós 
mandavam buscar da Fenícia o cedro, uma madeira nobre 
encontrada em grande quantidade nas florestas próximas à cidade 
de Biblos. Em troca do cedro, os egípcios forneciam papiro e 
cereais para os fenícios. Outros artigos exportados pelos egípcios 
eram o linho e a cerâmica. 
O artesanato do Egito era conhecido no mundo antigo. Com a 
madeira, o cobre, o ouro, o marfim, o couro, o papiro, o bronze, 
seus artesãos produziam móveis, brinquedos, joias, tecidos, 
barcos, armas, tijolos e uma variedade de outros objetos. 
 
RELIGIÃO 
A religiosidade era um traço fundamental da sociedade egípcia. 
Desde o mais humilde camponês até o poderoso faraó, todos 
acreditavam na existência de uma vida após a morte. Por isso, 
vários faraós empenharam-se na construção de seus imensos 
túmulos, as pirâmides. Para o faraó, mandar erguer uma pirâmide 
era uma forma de garantir sua “casa da eternidade”, local onde 
esperavam continuar desfrutando dos prazeres terrenos. 
No Egito, segundo a maioria dos historiadores, predominou a 
crença em vários deuses (politeísmo). Seus deuses eram 
representados com forma humana, como Osíris e Ísis, com forma 
humana e animal, como Hórus (corpo de homem e cabeça de 
falcão), ou com forma de animal, como o deus Anúbis, que tinha a 
forma de um chacal. 
 
 
Osíris, sentado no trono, era um dos deuses mais venerados pelos egípcios, sendo 
considerado o senhor do mundo subterrâneo e da morte. 
Desde o período Pré-dinástico, existiam no Egito vários deuses 
locais, que, na maioria das vezes, eram representados por animais 
da região, como falcões, hipopótamos, crocodilos, leões e chacais. 
Os nomos os tinham como seus protetores. 
Com a unificação do país, os deuses locais passaram a conviver 
com novos deuses, cultuados em toda a extensão do reino. 
O mais importante desses novos deuses foi Rá, considerado pelos 
egípcios como o criador do universo. Quando a capital do império 
passou a ser Tebas, Amon, o deus protetor dos tebanos, e Rá 
passaram a ser um só deus, chamado Amon-Rá. 
Enquanto Amon-Rá era o mais temido e mais cultuado 
oficialmente, Osíris, o deus da fertilidade, era o mais popular dos 
deuses. 
Além de crer na vida após a morte, os egípcios acreditavam que, 
ao partir desta vida, a alma comparecia ao Tribunal de Osíris para 
ser julgada. Em caso de absolvição, a alma podia reocupar o corpo 
ao qual pertencera. Mas para isso, diziam eles, era necessário que 
o corpo estivesse em condições de recebê-la. 
 
 
Desenhos de deuses egípcios. 
 
 
A deusa Ísis, esposa e irmã de Osíris. 
 
 Isso explica por que os egípcios desenvolveram a técnica de 
mumificação, tratamento por meio do qual se evitava a 
decomposição do cadáver, transformando-o em múmia, que era 
colocada num sarcófago e conduzida ao túmulo. Junto aos 
sarcófagos, costumava-se deixar joias, armas e alimentos, que 
posteriormente, segundo acreditavam, teriam grande utilidade para 
o morto. 
 
 
 
 
 6 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) 
 
Na imagem ao lado, o deus Anúbis prepara uma múmia e, na imagem abaixo, ele 
pesa o coração de um morto. 
Absolvida no Tribunal de Osíris, a alma podia retornar ao corpo, desde que este 
estivesse em condições de recebê-la. Por isso, os egípcios desenvolveram uma 
técnica de mumificação, tratamento que evitava a decomposição do cadáver, 
transformando-o em múmia. 
 
Acreditavam que, no Tribunal de Osíris, o coração do defunto era 
colocado no prato de uma balança e no outro prato era colocada 
uma pena. O coração devia pesar menos que a pena para que a 
pessoa fosse absolvida. 
 
Junto ao sarcófago que guardava a múmia, colocava-se um 
conjunto de textos por meio dos quais o morto expunha suas 
qualidades e pedia ao deus Osíris que o absolvesse. Reunidos, 
mais tarde, num só conjunto, esses texto formaram o Livro dos 
Mortos. 
 
A ESCRITA 
A escrita surgiu no Egito por volta de 3000 a.C.; os caracteres que 
os egípcios usavam para escrever eram chamados de hieróglifos, 
usados geralmente em inscrições oficiais e sagradas gravadas em 
pedra. 
Veja abaixo um exemplo da escrita egípcia. 
 
 
Detalhe de caracteres hieroglíficos. 
Os egípcios desenvolveram também uma forma simplificada dessa 
escrita hieroglífica chamada escrita hierática, utilizada 
principalmente pelos sacerdotes sobre madeira ou papiro. Por fim, 
havia ainda a escrita demótica, mais popular, que era uma 
simplificação da hierática, geralmente usada em cartas e registros 
sobre papiro. 
Foi o francês Champollion que conseguiu descobrir o segredo das 
escritas egípcias. Para isso, ele dedicou onze anos de sua vida ao 
estudo de um documento conhecido como Pedra de Roseta. A 
Pedra de Roseta, um bloco de basalto encontrado pelos soldados 
de Napoleão no delta do Nilo em 1799, continha o mesmo texto em 
três escritas diferentes: em grego, em caracteres hieroglíficos e na 
escrita demótica. 
Comparando a palavra Ptolomeu nessas três escritas, Champollion 
finalmente conseguiu desvendar a escrita do Egito antigo em 1822. 
É importante lembrar ainda que, no Egito antigo, saber ler e 
escrever era um privilégio reservado quase somente aos escribas, 
sacerdotes e membros da família real. 
 
A TEOCRACIA DOS EGÍPCIOS 
A realeza divina foi a instituição básica da civilização egípcia. Para 
os povos do Egito Antigo, o rei era um deus, graças ao qual se 
vivia; era o pai e a mãe dos homens; um governante com 
autoridade sobrenatural para recrutar o trabalho em massa 
necessário à manutenção do sistema de irrigação. 
O poder do faraó estendia-se a todos os setores da sociedade. Os 
camponeses eram recrutados para servir como mineiros ou 
trabalhadores nas construções. O comércio exterior era monopólio 
do Estado e conduzido de acordo com as necessidades do reino. 
Como senhor supremo, o faraó comandava um exército de 
funcionários que recolhiam impostos, fiscalizavam obras de 
irrigação, administravam projetos de construção, controlavam a 
terra, mantinha registros e supervisionavam os armazéns 
governamentais, onde o cereal era guardado para o caso de uma 
má colheita. 
 Como a palavra do faraó era considerada uma manifestação 
divina, o Egito não possuía leis escritas. Todos os egípcios 
estavam sujeitos ao faraó e não havia nenhuma concepção de 
liberdade política. Eles acreditavam que a instituição da realeza 
datava da criação do Universo, era necessária e benéfica aos 
seres humanos, e que havia uma ordem divina dos cosmos que 
propiciava a justiça e a segurança. 
 Pela mumificação, para preservar os mortos, eles mostravam 
seu desejo de eternidade e de superar a morte. Para os egípcios, o 
outro mundo encerrava os mesmos prazeres desfrutados na terra –
– amigos, criados, pesca, caça, excursões com a família, diversão 
com músicos e dançarinas, e boa comida. 
 
Período Pré-Dinástico 
Data: aprox. 5.000 a 3.100 a.C. 
Comunidades agrícolas se instalam às 
margens do Rio Nilo. Obras de irrigação sob 
o controle de chefes locais. 
Antigo Império 
Data: aprox. 3.100 a 2.181 a.C. 
Unificação do país. Os primeiros faraós 
submetem todos os chefes locais. Grandes 
pirâmides. 
Médio Império 
Data: 2.181 a 1.567 a.C. 
Guerras internas. Governantes dos nomos 
disputavam o cargo de faraó.Aula 1 – Civilização Egípcia e Mesopotâmica 
 
 
 
 
 
7 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Novo Império 
Data: 1.567 a 1.085 a.C. 
Faraós montam poderoso exército e 
conquistam um amplo território: Síria, 
Palestina, Babilônia, Núbia. 
Pós-Novo Império 
Data: 1.085 a 332 a.C. 
Perda dos territórios conquistados. 
Estrangeiros invadem o Egito: assírios (séc. 
VIII a.C.), persas(525 a.C), greco-
macedônios(332 a. C) e romanos(30 a.C) 
Greco-Romano 
Data: 332 a 33 a.C. 
Influência grega com a conquista de 
Alexandre, o Grande. Egito se torna parte 
do território romano no tempo da rainha 
Cleópatra 
 
 
 
 
 
CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA 
 
POVOAMENTO E LOCALIZAÇÃO 
A Mesopotâmia antiga corresponde em linhas gerais ao atual 
território do Iraque. A expressão Mesopotâmia foi criada pelos 
gregos para designar os povos que habitavam a região do Oriente 
Médio na área compreendida entre os rios Tigre e Eufrates. 
É comum a associação quase que mecânica das condições 
históricas e geográficas do Egito com a Mesopotâmia. Ambas as 
civilizações nasceram às margens de rios, tinham na agricultura a 
sua base produtiva, estavam organizadas sob o Modo de Produção 
Asiático, possuíam Impérios Teocráticos de regadio baseados na 
exploração do campesinato submetido a um regime de servidão 
coletiva. É conveniente notar, todavia, que enquanto o Egito 
possuiu uma história política estruturalmente estável e que, embora 
tenha sofrido invasões estrangeiras através dos tempos, possuía 
um sistema de proteção geográfica natural porque cercado pelos 
desertos da Arábia e da Líbia, a Mesopotâmia, ao contrário, teve 
uma história política instável e descontínua sendo ocupada em 
momentos diversos por diferentes povos como sumérios, acádios, 
assírios e babilônicos. O território que constituía a Mesopotâmia 
era de fácil acesso e se constituía no caminho natural entre o 
Mediterrâneo e a Ásia sendo suscetível às invasões de vários 
povos. 
O território da Mesopotâmia era constituído por duas áreas bem 
diferentes: A Caldéia ao sul, região formada por pântanos e 
terrenos fertilizados pelas cheias dos rios Tigre e Eufrates, e a 
Assíria ao norte, uma região mais montanhosa, de vegetação 
escassa e clima quente e seco. 
 
SUMÉRIOS E ACÁDIOS 
Os Sumérios constituem o primeiro povo a ocupar a Mesopotâmia, 
precisamente na região caldaica, ao sul, em torno de 3500 a.C. .Os 
Sumérios estavam organizados em cidades-estados politicamente 
autônomos. As principais cidades eram Ur, Uruk, Nipur, Eridu e 
Lagash. Cada uma delas era governada por um chefe político-
religioso, tido como representante de Deus, chamado Patesi. 
A Suméria forjou a base cultural dos povos mesopotâmicos. Seu 
sistema de escrita era cuneiforme, onde os símbolos gráficos eram 
gravados em forma de cunha em pequenas tábuas de argila. O 
direito sumeriano era consuetudinário e baseado na lei do 
talião(olho por olho, dente por dente). 
A religião sumeriana era politeísta (crença em vários deuses), 
antropomórfica (deuses com formas humanas) e monísticas (os 
deuses eram capazes de praticar tanto o bem quanto o mal). Os 
sumérios não alimentavam esperança de uma vida após a morte 
corpórea. Aos cadáveres não era reservado nenhum tratamento 
especial em forma de túmulo ou mumificação e, frequentemente, 
eram enterrados sem caixão no próprio piso da casa. 
A ausência de um poder central comum e as constantes guerras 
entre suas cidades-estados enfraqueceram os sumérios e abriram 
terreno para invasões estrangeiras, especialmente dos acádios. 
No ano de 2550 a.C. ,Sargão I, líder dos acádios, comandou a 
conquista das cidades sumerianas. Em pouco tempo toda a 
Mesopotâmia estava sob o jugo acadiano e Sargão I ficou 
conhecido como “governante dos quatro cantos da terra”. 
A hegemonia dos acádios foi circunstancial. Após a morte de 
Sagão I, as várias cidades sumerianas se revoltaram contra o 
domínio dos acadiano. Mesmo sufocadas essas revoltas 
enfraqueceram os acádios que acabaram conquistados pelos Guti, 
ferozes guerreiros vindos da Ásia. Os levantes das cidades 
sumerianas continuavam e, finalmente, em 2300 a.C., os gutis 
foram derrotados pela cidade sumeriana de Ur. 
Novos tempos, novas invasões. Aproximadamente em 2000 a.C. 
os amoritas derrotaram os sumérios e construíram um novo império 
na Mesopotâmia. 
 
OS AMORITAS OU ANTIGOS BABILÔNIOS 
Originários do deserto árabe, os amoritas conquistam a 
Mesopotâmia e constroem um grande Império cuja capital era a 
cidade de Babilônia. 
Sob o comando de Hamurábi (1728-1686 a.C.) os amoritas 
atingiram o apogeu de um império que se estendia do norte ao sul 
da Mesopotâmia. 
Hamurábi se notabilizou pelo registro das primeiras leis escritas da 
História da humanidade. Segundo a lenda amorita, Hamurábi 
recebeu suas leis diretamente das mãos de Shamash, o deus do 
sol e da justiça. Na verdade o que ocorreu foi a sistematização e 
compilação das leis orais da Suméria, baseadas na lei do talião, 
estimulando a vingança pessoal. 
 
 
Os babilônicos não eram iguais diante das leis do Código de 
Hamurábi que reconhecia e legitimava as desigualdades sociais. 
As punições variavam de acordo com o grau social do infrator e da 
vítima. Aos ricos aristocratas, penas brandas; aos pobres em geral, 
punições muito severas. 
Após a morte de Hamurábi, o império babilônico mergulhou em 
decadência sofrendo invasões de hititas e cassitas e acabaram 
caindo sob o domínio dos cruéis assírios. 
 
OS ASSÍRIOS 
A característica mais marcante dos assírios era o militarismo, a 
crueldade com os povos subjugados e o espírito belicoso. 
 
 
 
 
 8 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – (Prof. Monteiro Jr.) 
Estruturaram o primeiro exército organizado e com recrutamento 
obrigatório e permanente da história. Possuíam uma infantaria 
composta de lanceiros e arqueiros, combatiam com as melhores 
armas do seu tempo: aríete, catapulta, espadas de ferro, cavalaria 
e carros de guerra. Seus principais líderes foram comandantes 
militares com Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. O tratamento 
dispensado aos povos derrotados impunha o domínio pelo terror: 
eram empalados, esfolados, pés e mãos eram cortados, olhos 
eram vazados ou arrancados e muitos eram enterrados vivos. 
Quais os motivos de tanta crueldade? 
Os assírios acabaram desenvolvendo o militarismo para garantir a 
posse de suas terras, ameaçado por constantes invasões. 
Oriundos do norte da Mesopotâmia, região montanhosa e árida, 
onde a fertilidade dos rios Tigres e Eufrates não alcançava. O solo, 
inadequado para a agricultura ,era rico em ferro, matéria-prima 
para construir armas. As principais cidades eram Assur e Nínive e 
se localizavam em uma região de passagem de comerciantes e 
tribos nômades. A prática guerreira também era um recurso para a 
obtenção de riquezas através de saques, cobrança de tributos e 
escravização dos povos derrotados. 
Pelo terror os assírios conquistaram quase todo o mundo 
conhecido em sua época. A Síria, a Fenícia, o reino de Israel e o 
Egito acabaram caindo sob seu domínio. O pequeno reino de Judá 
resistiu à fúria assíria. A Bíblia relata de forma fantástica este fato 
pois “um anjo do senhor Deus visitou à noite, o acampamento dos 
assírios e trucidou 185.000 deles” (II Reis, 19:35). Se houve 
intervenção divina é um caso discutível. O mais provável é que 
uma epidemia dizimou grande parte dos exércitos assírios. 
Se os assírios foram grandes guerreiros conquistadores também 
foram péssimos governantes de povos dominados. O crescimento 
exagerado do império tornou impossível a sua administração. A 
dominação pelo terror alimentava o ódio e o sentimento de revolta 
dos povos subjugados. Várias revoltas ocorreram até que, 
finalmente, os caldeus, povos estabelecido na Babilônia, atacaram 
e destruíram Nínive,pondo fim ao império assírio. 
 
CALDEUS OU NOVOS BABILÔNICOS: 
A cidade de Babilônia voltou a ser capital de um grande império 
quando os caldeus, aliados dos medos, derrotaram os assírios e 
iniciaram a sua hegemonia sobre a Mesopotâmia. 
Nabopolassar foi o comandante caldeu na guerra contra os 
assírios. Contudo o apogeu do novo Império Babilônico ocorreu no 
governo de seu filho, Nabucodonosor. No reinado deste, os 
caldeus conquistaram toda a Mesopotâmia e estenderam seus 
domínios pela Síria e Palestina. 
O reino de Judá foi conquistado, Jerusalém destruída e os judeus 
foram trazidos como escravos para a Mesopotâmia em um 
episódio conhecido como “Cativeiro Babilônico”. 
Nabucodonosor ordenou a construção de obras suntuosas que 
demonstravam o seu fausto, poder e ostentação. O jardim 
suspenso da Babilônia, uma das maravilhas do mundo antigo, foi 
construído nessa época. Os hebreus, escravizados, morrendo aos 
montes na construção dessas obras, chamaram o jardim de torre 
de Babel, fonte de discórdia entre os homens e elevação sem 
sentidos com fins de alcançar o céu. 
 
O domínio dos caldeus sobre a Mesopotâmia foi efêmero. Após a 
morte de Nabucodonosor, enfraquecido por crises internas, 
acabaram caindo em 539 a.C. diante dos persas, comandados por 
Ciro, o Grande. 
 
A ECONOMIA NA MESOPOTÂMIA 
A Mesopotâmia estava organizada economicamente sob o Modo 
de Produção Asiático. A agricultura era a principal atividade 
econômica em uma região profundamente dependente das 
condições ambientais (as cheias dos rios Tigre e Eufrates). Era 
comum a construção de canais, represas e diques para melhor 
aproveitar as águas, facilitando o plantio de arroz, trigo e legumes. 
O desenvolvimento comercial, especialmente entre os babilônicos, 
levou ao aparecimento de moedas de ouro e prata além de letras 
de câmbio e o registro escrito de contratos de comércio. 
 
RELIGIÃO 
A Religião mesopotâmica era politeísta, antropomórfica e de culto a 
deuses locais. Quando uma cidade ou região se projetava 
economicamente e politicamente, o seu Deus virava um objeto de 
culto nacional. Os principais deuses eram Anu, deus do céu; 
Shamash, deus do sol e da justiça; Ishnar, deusa do amor e da 
natureza; Sin, deusa da lua; Ea, deus das águas. Os babilônicos 
cultuavam Marduk, os assírios, Assur. 
A religião era monística onde um mesmo deus podia praticar tanto 
atos caridosos quanto atitudes cruéis. Não havia maiores 
preocupações com a vida após a morte, por isso, davam grande 
importância a vida, que devia ser aproveitada ao máximo, já que 
ninguém volta do reino dos mortos. Os templos funcionavam 
também como casas bancárias onde os homens trocavam favores 
com os deuses através de oferendas. 
Os mesopotâmicos acreditavam que a vida dos indivíduos já 
estava predestinada como produto da trama dos astros. Assim 
desenvolveram a astrologia e os horóscopos. Acreditavam em 
magia, adivinhação e que a natureza estava infestada de anjos ou 
demônios. 
 
 
 
1.20) SOCIEDADE 
 A sociedade mesopotâmica primitiva estava dividida em clãs, 
uma estrutura familiar ou tribal. Os patriarcas desses núcleos

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