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Podologia
Entenda como é a profissão de Podologia, conheça as principais possibilidades de atuação deste 
profissional e saiba onde estudar para trabalhar na área!
Os pés são a base de sustentação do nosso corpo: suportam todo o nosso peso, são responsáveis 
por conseguirmos ficar de pé e também por nossa locomoção. Por estes motivos, estão sujeitos a 
muita tensão e desgaste e podem ser afetados por calosidades, rachaduras, problemas nas unhas e 
doenças na pele, entre outros males.
A Podologia é a área da saúde que estuda e cuida dos pés. Seu objetivo não é apenas estético, 
como muitos podem pensar. Esta ciência é dedicada a diagnosticar, prevenir, estudar, investigar e 
tratar as patologias dos pés.
Saiba mais sobre a Podologia e veja onde estudar para seguir esta carreira!
Sobre a Podologia
Um profissional especializado em Podologia pode receber o nome 
de podólogo, podologista ou podiatra.
O podólogo é o profissional da saúde que estuda e trata dos pés. Suas atividades têm o objetivo 
de prevenir e tratar lesões nos pés e aconselhar pacientes sobre os cuidados que devem ser 
tomados, como por exemplo, o tipo de calçado a ser usado, como cortar as unhas ou quais cremes e 
medicamentos são mais adequados.
O podólogo possui conhecimentos em fisiologia, patologia, anatomia, microbiologia e imunologia. Ele 
entende a biomecânica dos tornozelos e dos pés e compreende os problemas que podem dificultar 
nossa caminhada.
Dentre as patologias mais comuns tratadas por um podólogo, podemos citar:
 Joanetes
 Feridas
 Calosidades
 Verrugas
 Unhas encravadas
 Olho de peixe
 Fissuras
 Micose
 Úlcera dos pés
 Psoríase
 Pé diabético
 Pele seca
 Excesso de transpiração
 Mau cheiro
É importante que o profissional especializado em Podologia tenha habilidades manuais, interesse pela 
área da saúde e goste de cuidar de outras pessoas. Algumas das principais 
atividades desenvolvidas por um podólogo são:
 Elaborar exame físico minucioso nos membros inferiores.
 Analisar o calçado do paciente e identificar se existem pontos de atrito ou desgastes 
irregulares.
 Diagnosticar doenças dos pés.
 Higienizar e consertar unhas quebradas.
 Remover possíveis detritos na região das unhas.
 Remover calos e calosidades.
 Remover o excesso de cutícula.
 Confeccionar órteses plantares (dispositivos feitos sob medida para cada paciente e que 
são utilizados para correções, compensações e alívio de dores).
 Efetuar a podoprofilaxia (que consiste no correto corte das unhas e na retirada de 
calosidades e fissuras com o objetivo de prevenir doenças).
Áreas de intervenção da Podologia
Um podólogo pode atuar em clínicas, hospitais, salões de beleza e até mesmo como autônomo. Ele 
atende pacientes de qualquer idade e pode se especializar em algumas áreas, tais como:
 Podopediatria – É o tratamento e cuidado com o pé de crianças. O pé de uma criança é 
bastante flexível, visto que sua estrutura ainda está sendo formada. Um dos principais 
objetivos da podopediatria é assegurar o correto crescimento dos pés e evitar problemas 
posteriores.
 Podogeriatria – É o cuidado com os pés de pessoas idosas. Seu objetivo é amenizar as 
alterações nos pés causadas pelo envelhecimento.
 Pé de Risco – Também chamada de pé diabético, esta área trata dos pés de pessoas que 
sofrem de insuficiências vasculares, neurológicas e metabólicas. Para este grupo de 
pessoas, uma simples ferida pode evoluir para um quadro mais complexo e por isso é 
necessário o acompanhamento sistemático de um podólogo.
 Podologia Desportiva – Quando se trata da prática de esportes, os pés assumem um 
papel não só de locomoção, mas também de suporte e até mesmo de ataque. O esforço 
repetitivo e a sobrecarga aumentam a probabilidade do aparecimento de lesões nos pés. 
Um podólogo especializado nesta área estuda os movimentos de diferentes práticas 
desportivas para tratar dos pés e prevenir as lesões.
 Podologia Laboral – Trata dos pés de trabalhadores. Esta área preocupa-se com o 
ambiente de trabalho dos pacientes e seus hábitos com relação à postura (se fica muito 
tempo em pé, caminha bastante, etc.). Um profissional desta área orienta os pacientes 
quanto ao tipo de calçado adequado para cada atividade e tipo de piso.
Diferenças entre podólogos e pedicures
É bastante comum que as pessoas confundam o papel destes dois profissionais. Podólogos e 
pedicures trabalham com o intuito de manter os pés bem cuidados e saudáveis, porém possuem 
atribuições diferentes e bem específicas.
O podólogo é um profissional da área da saúde que tem a função de promover a saúde dos pés. 
Ele precisa ter alguma formação na área (pode iniciar sua carreira com curso técnico) e é capaz 
de identificar e tratar de doenças dos pés, tais como: calosidades, rachaduras no calcanhar, unha 
encravada, olho de peixe, frieiras, etc.
Já o pedicure realiza atividades relacionadas ao embelezamento dos pés e unhas como por 
exemplo: cuidados com cutículas, limpeza e esmaltação. Existem cursos profissionalizantes nesta 
área, porém o pedicure não tem a necessidade de um diploma de curso técnico ou superior para 
desenvolver suas atividades.
É muito comum encontrarmos pedicures que conseguem, por exemplo, desencravar a unha de seus 
clientes, devido a sua experiência em lidar com esse tipo de problema. No entanto, o podólogo é o 
profissional mais indicado para isso, pois é capaz de lidar com doenças dos pés e possui 
conhecimentos sobre processos inflamatórios e infecciosos, biossegurança e patologias dos pés.
Mercado de trabalho em Podologia
A área de saúde e bem-estar é uma das mais promissoras no mercado de trabalho. A busca por 
qualidade, o aumento da expectativa de vida e a diversificada oferta de cuidados especiais para 
atletas, idosos ou pessoas com doenças crônicas, como diabetes, faz com que o podólogo seja um 
profissional bastante requisitado e valorizado.
O podólogo pode trabalhar em clínicas, hospitais, clubes, hotéis, academias de ginástica, institutos de 
beleza, SPAs ou como autônomos
 BICHO DE PÉ
O bicho do pé, é uma das infecções cutâneas mais freqüentes no verão. É uma pulga feminina de
nome científico Tunga penetrans, que se aloja na pele para se alimentar do sangue e pôr ovos, 
isto é, uma infecção que é caracterizada por inchaços dolorosos localizados principalmente ao 
redor de onde o inseto penetrou, sob as unhas do pé nas partes mais moles ou entre os dedos do
pé. No entanto, pode-se pegar o bicho-do-pé em qualquer local do corpo. As larvas são de vida 
livre, sendo encontradas em habitações de chão de terra, em solos arenosos e praias, mas 
sempre em locais sombreados. O adulto (pulga) possui coloração marrom avermelhada e mede 
aproximadamente 1 mm de comprimento, porém, uma fêmea grávida pode chegar a medir o 
tamanho de uma ervilha. É a fêmea adulta e fertilizada quem possui a capacidade de perfurar a 
pele do homem, porco e outros mamíferos, com suas partes bucais. Ela aloja-se dentro do corpo 
do hospedeiro até que o último segmento abdominal esteja paralelo com a superfície da pele. 
Alimenta-se de seu sangue e expele os ovos maduros pelo ovipositor, ficando estes na ponta de 
seu abdômen. Uma fêmea pode produzir de 150 a 200 ovos durante um período de 7 a 10 dias.
Sintomas:
Começa com uma leve coceira local, que pode evoluir para úlceras dolorosas, que culminam com 
freqüência em infecções secundárias;
Inchaço local;
Procure um podólogo ou médico para a remoção do bicho-do-pé;
O procedimento podológico para o tratamento do bicho-do-pé é diagnosticar, em seguida faz-se 
assepsia em todo o pé com álcool 70% (assepsia cuidadosa têm como objetivo evitar ou diminuir 
os riscos de complicações decorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização ) e removê-
lo com um instrumental esterilizado. É importante que seus ovos seja totalmente removido de 
dentro da pele, procurando não ferir a pele sadia que o circunda, terminando com curativos à 
base de antisépticos e bactericidas. Recomenda-se tambémque vacine-se contra o tétano.
 BOLHAS
Os pés são considerados como sendo uma extensão do cérebro e do coração, atuando como 
agente receptor e executor das atividades sensitivas, onde se inicia o processo de devolução 
sangüínea, permitindo ao coração e pulmões um trabalho tranqüilo e sem esforço. Infelizmente as
pessoas dão pouco valor a saúde dos pés. Elas não têm consciência de sua importância no dia-a-
dia. Não lhes atribuem os cuidados necessários, por acreditarem que estão protegidos e 
escondidos pelos calçados. Deparo no dia-a-dia com pacientes que apresentam problemas 
graves em seus pés por descuido ou desconhecimento em relação aos cuidados que se deve ter 
com eles.
A maioria dos profissionais em podologia, tem consciência e cuidados para com pacientes 
portador de bolha no pé, faz uso de todos meios de biosegurança disponíveis, desinfecção e 
esterilização dos materiais não descartáveis em estufas.
O que é bolha ?
Acúmulo de fluido entre as camadas interna e externa da pele, devido ao excesso de fricção, uso 
de calçado apertados, queimaduras ocasionadas pelo frio, calor ou muito sol, doenças na pele, 
alergias e irritações na pele provocadas por agentes químicos.
Existem vários motivos que, isolados ou combinados, proporcionam o aparecimento de bolhas. 
Os mais comuns são:
a) suor, que amolece a pele e a deixa mais sensível ao atrito;
b) desajuste das meias, causando uma fricção irregular entre meia e pele;
c) tomar banho quente antes de caminhar;
d) utilização de calçados inadequados e não impermeáveis; costuras ou protuberâncias internas 
do calçado.
Evite furar as bolhas, pois isto aumenta a possibilidade de infecção. Não mexa na bolha por 24 
horas, para permitir que ela cure por si só. Elas secarão e a pele se desprenderá em uma a duas 
semanas. Enquanto isto, proteja a área colocando um anteparo, com uma abertura no centro, 
sobre a bolha. Cuidado: Se a bolha se romper acidentalmente, recorte a pele solta. Mantenha a 
superfície limpa lavando-a duas vezes ao dia com um sabão antibacteriano. Aplique uma pomada 
antibiótica e um curativo para ajudar a cicatrizar.
Observação importante: Os pacientes diabéticos devem comunicar ao seu médico ou podólogo ou
a equipe de saúde de diabetes. Não manipule por si, nem deixe que ‘pseudos-profissional’ 
manipulem as bolhas que porventura apareçam nos seus pés.
Medidas preventivas:
a) Verificar o perfeito ajuste das meias, que devem ser de preferência sem ou com o mínimo de 
costuras possível.
b) Utilizar um calçado adequado para prática de esportes;
c) Cuidar da higiene diária dos pés, que devem ser lavados imediatamente ao final de cada etapa.
d) Passar vaselina, entre os dedos. Esses produtos diminuem o atrito da meia contra a pele e 
entre os dedos.
e) Não tomar banho antes de começar a andar, principalmente banhos longos e com água 
quente, pois a pele dos pés amolece e fica mais propensa às bolhas.
Logo que sentir uma região do pé dolorida ou sensível, pare e verifique a causa. Corrija o 
problema da meia ou do calçado e cubra a região com anteparo especial.
Procure um Podólogo para não ter complicações, procure consultar – se com um profissional 
multidisciplinar devidamente habilitado no exercício de suas atribuiç
 CALOS
Á medida que envelhecemos os pés aumentam em sua medida, porém continuamos a usar o 
mesmo tamanho de calçado. Se o calçado for estreito e de número menor que o tamanho dos 
pés, podem surgir calos devido ao afunilamento do calçado que empurra os pododáctilos (dedos) 
ocasionando pressão e atrito constante sobre a pele. O pé possui 26 ossos, 2 sesamóides, 114 
ligamentos e 20 músculos. Todas essas partes estão interligadas através de tecidos conjuntivos, 
vasos sangüíneos, e nervos, sendo todo esse complexo revestido por camadas de pele. A pele é 
um órgão que determina o limite com o meio externo e exerce diversas funções, tais como a 
defesa e a proteção contra as funções sensoriais (calor, frio, pressão, dor e tato). A pele é 
formada por três camadas: epiderme, derme e hipoderme, respectivamente (da mais externa para
mais profunda). A epiderme ao ser agredida, tem uma reação de engrossamento, provocando 
morte do tecido e morte celular quando se dará um engrossamento das células mortas como 
defesa das camadas mais profundas, o que ocasionará o surgimento de calos ou calosidades. 
Toda as matérias têm capacidade de reação, relativas a temperatura a qual são expostas ou seja,
aquecidas dilatam-se, esfriadas contraem-se. É uma lei física. A hiperqueratose (calo) é um tecido
mais rígido e duro que o tecido vivo (normal) da epiderme onde está fortemente fixado. Assim 
sendo, quando há alterações climáticas bruscas, a dilatação ou contração desse tecido agregado 
um ao outro passa a ter proporções diferentes. Conseqüentemente provoca sensações 
desagradáveis que são captadas pelos terminais nervosos levando-as ao cérebro em forma de 
dor.
O Calo é geralmente formado por uma bolsa serosa (higroma) superficial ou profunda que 
comprime o nervo causando dor e infecção. Há vários tipos de calos : duro, mole interdigital, 
vascular, periungueal, neurovascular, miliar, dorsal, millet e sub ungueal. Pode localizar-se em 
áreas de atrito como em articulações dorsais dos pododáctilos, joanete, hallux valgus, ( quando o 
primeiro pododáctilo -dedão- é deformado em sua lateral pelo desvio rotacional e pelo desvio 
angular em direção ao segundo pododáctilo ), em região metatársica, extremidade distal do 
pododáctilos, sesamóides e tendão . É comum em dorso dos pododáctilos devido a deformações, 
causando a formação do dedo em ‘martelo, baqueta, ou em garra’. Com o uso de calçado 
apertado, salto alto e bico fino, onde os pododáctilos são comprimidos, a articulação 
interfalangiana sobressai dorsalmente, causando alteração anatômica. No joanete, surge devido 
uma protuberância que se forma no metatarsiano do primeiro pododáctilo por achar-se em ligeiro 
desvio. O surgimento do joanete muitas vezes é por predisposição genética, embora o problema 
possa aparecer ou se gravar com o uso de calçados inadequados. O calo em extremidade distal 
dos pododáctilos é produzido geralmente no dedo de maior comprimento. O calo periungueal é 
formado nas bordas laterais do sulco ungueal devido a pressão da unha, e o calo mole interdigital 
é formado devido ao aumento da base da falange do pododáctilo, o que gera uma pressão 
exagerada da pele com o osso. Ao mesmo tempo, o excesso de transpiração faz com que a pele 
se macere formando um calo mole. O Calo subungueal é formado geralmente devido a pressão 
sobre a unha, onde geralmente se formam pontos escuros. Não devemos confundir Calo com 
Verruga Plantar.
O Calo Vascular e Neurovascular é formado por hiperqueratose com presença de núcleo de 
formato cônico (não tem raiz), possui no seu interior vasos sangüíneos e terminações nervosas. 
Popularmente, dependendo de região (países) dá-se o nome de ‘clavus’, ‘olho de peixe’, ‘olho de 
boi’, ‘olho de perdiz’, etc. Apresenta-se como formação circular, amarelada, cujo volume varia 
entre o grão de lentilha e o de milho; na parte central há pequena depressão.
A Verruga Plantar são tumores epidérmicos de origem virótica, portanto causadas por vírus dos 
papilomas humano (HPV) e apresentam uma rica rede de vasos sangüíneos trombosados que 
apresenta pontos negros e ao ser cortado sangra. Por terem como causa um agente infeccioso, 
são consideradas contagiosas.
Tratamento Podológico: A cura definitiva dos calos depende de dois fatores:
1º.: Diagnosticar a(s) causa(s).
2º.: Obter a colaboração do paciente. Não sendo conseguido os dois fatores mencionados, então 
indicamos o tratamento conservador, que consiste em desbastamento periódico da 
hiperqueratose e remoção do núcleo. Dessa forma, haverá alívio da dor por um determinado 
tempo. Quando houver abcesso (pus) deverá ser drenado, e muitas vezes encaminhado ao 
médico.
O Podólogo especializado em Ortoplastia (órtese de silicone) faz uso após a extração do calo, de 
um materialde consistência elástica e de grande comodidade para o paciente. Como essa 
proteção, evita a pressão do calçado sobre o local de formação do calo. Separando os 
pododáctilos também elimina a causa da formação do calo interdigital. Para os pododáctilos em 
forma de martelo ou garra, pode ser confeccionada órtese para manter em posição correta, assim 
elimina-se a pressão sobre o calo, eliminando-o. Para pés com deformidades ortopédicas, o 
Podólogo pode confeccionar órtese ou indicar o uso de palmilha e calçados adequados.
Procure um Podólogo para não ter complicações, procure consultar – se com um profissional 
multidisciplinar devidamente habilitado no exercício de suas atribuições.
 CORREÇÃO DE UNHAS
Segundo os dicionários da língua portuguesa a palavra prótese ‘Significa a substituição de um 
órgão ou parte dele por uma peça artificial’ ex: perna, braço, mão mecânica etc. No caso da 
aplicação de resina acrílica na podologia podemos usar a palavra ‘órtese como prótese’ 
dependendo do tratamento a ser aplicado.Geralmente fazemos reparos para correção ou a 
substituição total da unha (em tratamento de onicomicose ou estética).
Na Podologia fazemos o uso de vários tipos de órteses (Onicoórtese) para correção da lâmina 
ungueal com curvatura acentuada ou encravada. A aplicação da órtese é indolor e proporciona 
excelentes resultados, fazendo com que a lâmina deformada, volte a ter um formato normal.
Indicações:
O mecanismo pode ser de três tipos de aplicação órtese:
1° – Ativo
• quando a curvatura do arco da órtese produz uma força de ação contrária e maior que a 
curvatura da unha, determinando uma correção total.
Obs: Deve-se observar a lâmina com onicomicose. Dependendo do caso, não suportariam uma 
força de tração ativa e até se deslocariam do leito ungueal.
2° – Passivo
• quando o arco da curvatura da órtese é igual ao da curvatura da unha, determinando uma 
correção parcial.
3° – Conservação ou Passiva
• geralmente aplicada em casos que já se conseguiu a correção desejada e aplica-se a órtese de 
conservação por um tempo determinado, a fim de se evitar recidivo.
Função da unha
A unha, uma modificação da pele que se compõe de matriz e de lâmina, tem como função 
primordial a proteção dos dedos. A função principal das unhas é a de aumentar a resistência das 
pontas de nossos dedos ao mesmo tempo garante alguma proteção à zona de nosso corpo que 
tem mais chance de receber traumatismos.O crescimento das lâminas ungueais dos pododáctilos 
é, aproximadamente, 1mm por mês. Demora para crescer, ou seja, para ser completamente 
substituída, cerca de 1 ano.
Causas das alterações
Alterações das lâminas ungueais dos pododáctilos tem causas tais como: congênitas, corte 
incorreto, uso de calçado de forma estreita e as chamadas onicopatias que são doenças nas 
lâminas ungueais originadas por outras doenças sistêmicas como onicomicose (micose causada 
por fungos), doenças cardíacas (as lâminas curvam – se para baixo), doenças renais, tireóides e 
diabete onde as lâminas apresentam onicosclerose (espessamento das lâminas) e anemia 
(tomam formato de telha).
O corte incorreto da unha, feito através de procedimento leigo, gera crescimento incorreto da 
lâmina trazendo como conseqüências a dor e o encravamento, provocando muitas vezes 
infecções, onde se torna necessário aplicar a técnica denominada Espiculaectomia (retirar a 
espícula), seguida pela correção através de órtese.
As Órteses atuam com força de tração, como uma alavanca que força a lâmina ( unha) em 
sentido contrario, mudando sua curvatura. Utilizadas para tratamento de correção de unhas, as 
órteses podem ser aplicadas com diferentes materiais, são elas: Metálica, Elástica, Acrílica e 
Fibra de Memória Molecular – FMM.
Elementos
As Onicoórtese tem os seguintes elementos: ponto de apoio, que é o ponto no qual a órteses se 
apóia para realizar um trabalho; potência, que é a força de tração que é aplicada à órtese para 
movê-la; resistência, que é a força que deve ser vencida; braço de potência, que é a distancia que
vai do ponto de apoio até o ponto de aplicação de potência:e braço de resistência, que é a 
distância que vai do ponto de apoio até o ponto de aplicação de resistência.
Técnica
A técnica cirúrgica de extração da lâmina ungueal ou parte da matriz da unha que muitos médicos
– cirurgiões usaram por muitos anos, hoje já está tendo como alternativa a Onicoórtese. Muitos 
colegas tomaram conhecimento desta Técnica Podológica através dos meus cursos. Os 
Podólogos comprovaram que, através das técnicas de Onicoórteses, podem corrigir a lâmina 
ungueal sem a necessidade de fazer a extração parcial ou total da lâmina ungueal (onicoectomia),
na maioria dos casos.
Fibra de Memória Molecular – F.M.M
A colocação da Órtese de Fibra de Memória Molecular – FMM, pode ser considerada uma técnica
simples mas com excelentes resultados. Para sua aplicação, é preciso levar em conta que sendo 
material que contém força de tração, pode ocorrer uma onicólise ( descolamento da unha ) ou 
hematoma. Para definir qual o melhor tipo de Fibra ( há 3 tipos de tração: normal, média e forte) a 
ser utilizada, é preciso analisar a curvatura e espessura da unha.
É de fácil adaptação, podendo o paciente fazer o uso do calçado diariamente, sem dor.
A F.M.M tende a conservar sua estrutura inicial, acabando assim, levantando os cantos da unha.
Há vários formatos de Fibra de Memória Molecular – F.M.M
No Brasil se conhece a F.M.M pelo nome de clip system, fibra butsher, shift system fibra….etc.
Escolher o tipo de F.M.M, sua força de tração ( forte, média ou fraca ) e o tamanho ideal.
Medi – se na lâmina ungueal que será aplicada, ela não deve ultrapassar a lâmina ungueal.
Podemos usar os seguintes instrumentos ao aplicarmos a órtese:
A . Paquímetro: tirar a medida da lâmina.
B . Transferidor: mede o ângulo da curvatura da lâmina.
C . Tensiômetro: mede a força de tração em graus.
É importante tirar a medida todas vezes que aplicarmos a órtese, assim estaremos 
acompanhando a correção da unha.
Onicoórtese Metálica
Aparelho metálico com mola para tração, para corrigir o formato da unha.
• Correção parcial ou total da unha.
• Desaparecimento da pressão da unha nos sulcos laterais.
• Modificação da curvatura da unha.
• Casos crônicos de unha encravada (onicocriptose) onde há deformidade da unha.
• Quando há curvatura acentuada da lâmina ungueal, pressionando os sulcos laterais.
Obs: Este tipo de órtese não deve ser aplicada em diabéticos ou em quem tenha 
comprometimento neurovascular nos membros inferiores.
Devemos orientar os pacientes a:
a) não usar calçado de bico fino e salto alto.
b) retornar após 10 dias da primeira aplicação do aparelho, para ajustes e avaliação.
c) 2° retorno, após 20 dias, a fim de efetuar terapia completa dos pés e manutenção do aparelho;
d) os posteriores retornos devem ser marcados a cada 30 dias, para manutenção do aparelho, até
que se de por terminado;
e) se o aparelho cair ou incomodar ( provocando dor ), o retorno deve ser imediato;
f) se paciente pratica esporte, deve haver uma proteção ( bandagem ).
Órtese e Prótese de Resina Acrílica
A Resina Acrílica é usada na Podologia para reparos e complemento na falta de lâmina ungueal, 
para correção ( corte inadequado ), aliviar as pressões laterais que os artelhos e os calçados 
exercem sobre a lâmina, atrofias definitivas, traumatismo e tratamento de onicomicose. As unhas 
são sedes freqüentes de infecções por fungos. O ambiente úmido e quente dos calçados 
fechados, favorece a infecção que causa o espessamento e a mudança de cor das unhas, 
tornando-as quebradiças e com o aspecto doentio.
Órtese e Prótese de Resina Acrílica é um mistura de resina acrílica, monômero e polímero, 
juntando os dois torna copolimerizável, cujas propriedades físicas e mecânicas o tornam um 
material ideal para uso de proteção e correção sobre a unha ( órtese ) ou unha artificial 
( prótese ).
Além de suas excelentes propriedades de adesão e dureza, o Acrílico é apresentado numa 
tonalidade incolor e rósea.Observação: Não aplique órteses de resina sobre áreas com ferimentos.
Onicoórtese Elástica
É indicado para tratamento após a fase inicial da órtese metálica.
Cola – se botãos nas laterais da lâmina ungueal onde se quer tradicionar.
Em seguida prende – se no botão de forma que o elástico estique moderadamente.
Órteses de Silicone ou Ortoplastia
O Silicone de uso podológico é uma tecnologia importada, utilizada a anos em países da Europa e
U.S.A. Chegou ao Brasil em 1991. Participei com vários colegas brasileiros do 1° Congresso 
Mundial em Montevidéo – Uruguay, quando tivemos o primeiro contato com essa técnica através 
do trabalho científico do Pdgo Luis Mata Diego ( Espanha ), em 1992 a Associação Brasileira de 
Podólogos – ABP, o contratou para ministrar o curso em São Paulo. Existem várias vantagens 
que o mesmo oferece, comparado a outros materiais.
Vejamos algumas delas:
1) material higiênico;
2) produto químico antialérgico;
3) de fácil assepsia através de lavagem com água ou álcool;
4) de fácil confecção para o profissional e de grande comodidade para o paciente. Em poucos 
minutos pode-se moldar uma órtese corretiva e paliativa, que em alguns casos permite ao 
paciente já sair do gabinete usando-a, aliviando-o de dor;
5) proteção e correção de deformidades tais como:
• dedos em forma de martelo, de garra e subluxados – mantém os dedos em posição correta.
• calos interdigitais – apesar de sua resistência tem maleabilidade, elasticidade, adaptabilidade e 
estrutura suficiente para evitar calos nos espaços interdigitais.
É ótimo protetor: ( esporão, tendão de aquiles, exostose dorsal… )
Obs: A órtese de silicone, dependendo da quantidade de catalisador utilizada, pode ser moldada 
com consistência dura ou mole, conforme a necessidade.
Fonte :
Pdgo. Orlando Madella Jr, pesquisador e profissional na área de podologia há 29 anos, tendo 
como uma de suas especialidades, a aplicação de Órteses corretivas em lâmina ungueal.
Procure um Podólogo para não ter complicações, procure consultar – se com um profissional 
multidisciplinar devidamente habilitado no exercício de suas atribuições.
 DISISDROSE
‘O termo de denominação da doença é inadequado e, normalmente, pronunciado e escrito de 
forma incorreta – desidrose. Na verdade, a disidrose não está relacionada ao suor, como muitos 
pensam. São lesões que surgem, exclusivamente nas mãos e pés, e possuem um líquido viscoso 
resultante de processos inflamatórios’.(internet)
A palavra disidrose é composta pelo prefixo des, que significa defeito, falha ou dificuldade e 
hidrose, que representa a produção de água ou suor. Dependendo da causa, o tratamento é 
medicamentoso, portanto é essencial uma avaliação médica prévia.
A disidrose pode ser completamente assintomática (sem presença de sintomas), coçar pouco, 
coçar intensamente, apresentar ardor quando há fissuras na pele e assim por diante.
Vários fatores podem resultar o aparecimento das lesões da disidrose.
Infecções fúngicas como algumas micoses cutâneas, podem se manifestar com lesões 
disidrosiformes. Nesse caso, o fungo está presente dentro das vesículas. Também o estresse e 
alterações emocionais são citados, freqüentemente, como a causa da disidrose.
A disidrose possui muitas causas identificadas e reconhecidas pela Medicina. É interessante 
notar, entretanto, que a população atribui à disidrose as mais diversas causas sem comprovação 
científica. Assim, não é raro as pessoas suspeitarem que a doença se deve devido ao aumento do
ácido úrico no organismo, a problemas renais ou ainda ao uso excessivo do álcool.
A disidrose pode representar também uma reação desabitada (isto é, sem fungos), mas que está 
à certa distância de um foco primário (outro tipo de lesão) habitado por fungos. Outra causa 
conhecida é a farmacodermia. Alguns medicamentos como a penicilina, podem produzir reações 
cutâneas disidrosiformes.
A dermatite de contato também é um fator de relevância. Trata-se de um quadro provocado por 
substâncias que, em contato com a pele, por mecanismos alérgicos ou simplesmente por 
irritação, podem desencadear erupção desidrótica.
A disidrose possui um padrão individual de reação, ou seja, uma pessoa desenvolve uma 
dermatite de contato pela substância X e apresenta lesões disidrosiformes. Já uma outra pessoa, 
em contato com a mesma substância, desenvolve uma dermatose completamente diferente, que 
não a disidrose. Portanto, não é a natureza da substância de contato que determina se a lesão é 
ou não disidrose e sim, o padrão de reação de cada pessoa. Tratamento as formas terapêuticas 
da disidrose variam conforme a causa. Um problema é a dificuldade para se detectar com 
precisão a verdadeira causa da disidrose. Algumas vezes, mesmo quando identificada a causa, 
sua eliminação fica difícil ou até mesmo impossível, como no caso de fatores emocionais. 
Dependendo da causa, o tratamento é medicamentoso. É essencial a avaliação médica para 
realização do tratamento adequado.
Procedimento podológico
– Evite furar as vesículas, pois isto aumenta a possibilidade de infecção e ardor.
– Não mexa nas vesículas, para permitir que ela cure por si só. Elas secarão e a pele se 
desprenderá em uma a duas semanas. Enquanto isto, proteja a área colocando um anteparo, com
uma abertura no centro, sobre as vesículas para a realização do tratamento adequado.
Cuidado: Se as vesículas se romperem acidentalmente, recorte a pele solta, mantenha a 
superfície limpa lavando-a duas vezes ao dia, com um sabão antibacteriano. Aplique uma pomada
antibiótica e um curativo para ajudar a cicatrizar. As crostas podem ser desbastadas com lâmina 
descartável ou com lixa. Faz-se a assepsia em todo o pé. Aplica-se emoliente líquido (soro 
fisiológico morno c/ emoliente), sobre as crostas com algodão ou gaze.A seguir fazer assepsia e 
proceder com uma hidratação (creme hidratante).
 MICOSE DE UNHA
As Micoses superficiais da pele (tinhas) são infecções provocadas por fungos que atingem a pele,
unha, mucosa e couro cabeludo. É uma enfermidade infecciosa, com possibilidade de 
transmissão relativamente alta. Os fungos, em alguns casos, podem conviver com o organismo 
humano durante anos sem provocar doenças. Esses fungos estão em toda parte podendo ser 
encontrados no solo e em animais. Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo 
‘pacificamente’ conosco, sem causar doença. Quando encontram condições favoráveis ao seu 
crescimento como calor, umidade, baixa da resistência no sistema imunológico ou uso de drogas 
por longo prazo (minociclina, tetraciclina, antidepressivos e etc..), alteram o equilíbrio da pele, 
passando então a causar doenças. Por isso, existem pessoas mais, ou menos susceptíveis à 
ação dos fungos, o que explica o fato de, em uma mesma família alguns apresentarem micoses e 
outros não. Para haver o surgimento dos fungos, que são os causadores da onicomicose (micose 
de unha), basta que exista um local úmido, escuro e quente. Os sapatos e os tênis são locais 
ideais para surgimento desses microorganismos. Cientificamente a micose de unha é chamada de
onicomicose (onico em grego significa unha), que representam aproximadamente 40% das 
consultas por lesões ungueais.
Os pés são a base do corpo e com eles temos que ter o máximo de cuidado, pois é a parte do 
corpo mais atingida por fungos, tanto nas unhas quanto no tecido ao redor da unha paroníquia = 
unheiro. O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e como 
conseqüência, altera a formação da lâmina ungueal. Os pés são hoje considerados pelos 
pesquisadores da saúde humana, como sendo uma extensão do cérebro e do coração, atuando 
como agente receptor e executor das atividades sensitivas, onde se inicia o processo de 
devolução sangüínea, permitindo ao coração e pulmões um trabalho tranqüilo e sem esforço. 
Após praticar esporte, por exemplo, a transpiração dos pés cria condições perfeitas para que os 
fungos se desenvolvam dentro do tênis, principalmente quando este acaba ficando úmido e 
fechado no armário após os exercíciosdiários ou finais de semanas, resultando mau cheiro 
(chulé) que, mesmo sendo inconveniente, geralmente não recebe muita atenção. Na verdade o 
suor decompõe bactérias presentes em nossa pele, no caso, em nossos pés, ocasionando essa 
decomposição do mau cheiro (bromidrose). Alguns tipos de micoses podem apresentar uma 
associação de fungos e bactérias, dando origem ao ‘pé de atleta’, também conhecido como 
‘frieira’ e tem muita relação com o uso constante de sapatos fechados, sem meias, ou com meias 
finas ou de helanca e, com hábito de não enxugar bem entre os pododáctilos. A ingestão de 
alimentos como cebola, alho, pimenta, etc., e o alcoolismo podem causar bromidrose devido a 
eliminação de seus resíduos através do suor. A pessoa diabética, devido a baixa resistência 
imunológica também é mais susceptível a contrair micoses. O problema da onicomicose pode ser 
atenuado através de algumas medidas como: . o uso de meias de algodão, pois absorvem melhor
a umidade dos pés do que as de nylon. A meia evita o contato dos pés diretamente com o solado 
interno do calçado que fica contaminado também pêlos microorganismos; . a exposição do 
calçado ao sol, pois a ação dos raios ultravioleta impede desenvolvimento do bolor (fungos) e da 
umidade, auxiliando assim, no combate à micose; . lavagem do tênis freqüente, com água e 
sabão; Não cortar ou remover a cutícula, pois esta é proteção da unha Evitar usar esmalte por 
período prolongado.
Podólogo, Dermatologista e Paciente, completam um triângulo terapêutico.
Podólogo – faz uso de instrumentais apropriados, removendo com lixas, brocas ou produto 
químico a maior quantidade dos resíduos da lâmina da ungueal contaminada pelos fungos que 
costumam ficar manchadas, descolada e esfareladas. Faz também a assepsia do local para 
aplicação do medicamento de uso tópico e orienta o paciente quando ao procedimento do 
tratamento diário.
Dermatologista – faz o diagnóstico e se necessário poderá solicitar exame micológico para 
identificar o fungo transmissor da onicomicose. Determina o tratamento que poderá consistir em 
medicações sob a forma de uso tópico (esmalte, cremes e loções) ou sistêmico (via oral), 
dependendo da intensidade do quadro.
Paciente – deverá seguir o tratamento com persistência e seguindo orientações do 
Dermatologista e do podólogo. A onicomicose é de difícil tratamento por ser de longa duração. A 
eliminação dos fatores que favorecem o aparecimento e instalação da doença e a persistência, 
são fundamental para se obter sucesso.
 PÉ DE ATLETA
O stress é um ponto de partida para o Pé-de-atleta
Ocorre que, em situações de stress, o sistema imunológico sofre um rebaixamento, fica 
deprimido. Na verdade, existem vários tipos de fungos que podem atacar as pessoas, mas eles 
não atacam quando o sistema imunológico (as nossas defesas) está bem fortalecido. O mesmo 
se dá ao nosso departamento de defesa do organismo, que é o sistema imunológico. Daí para o 
ataque e proliferação dos fungos, é apenas um passo.
O que é Pé-de-atleta ?
Infecção extremamente comum, que ataca mais homens do que mulheres, em geral adultos, o pé-
de-atleta, ou frieira, é cientificamente chamado de tínea interdigital.
O pé-de-atleta, uma micose que atinge milhares de pessoas, é uma infecção facilmente tratada, 
que se apresentam em número superior a um milhão de tipos diferentes de fungos.
Quando os fungos que causam o pé-de-atleta (os Epidermphyton) entram em contato com a pele 
dos pés, particularmente nos vãos dos dedos, que é a região normalmente mais abafada e mais 
úmida, surge uma reação no tecido de modo a combater os efeitos do agente nocivo. Esse efeito 
também pode ocorrer, seja ele causado ou não por micróbios, por isso é necessária um exame 
micológico quando surgem os sintomas.
O pé-de-atleta, além do desconforto, pode causar problema estético nos pés. Assim, os pés 
reclamam quando surgem fissuras entre os dedos que causam uma impressão de falta de 
cuidados ou de higiene. As fissuras podem servir de porta de entrada para microorganismos 
oportunistas, por exemplo a erisipela.
Estética
As fissuras podem surgir desde uma pele vermelha que se descama até pequenas bolhas e um 
formato esbranquiçado da pele, com leves tons cinza, típicos de fungo.
Os pés também reclamam quando começam a sofrer pruridos ou coceiras, ou quando, depois de 
avançada a micose, são obrigados a se esconderem dentro dos sapatos quando a pessoa sai à 
rua. O odor fétido – bromidoso é explicado pela morte e decomposição de bactérias que alteram a
composição química do suor.
Os pés correm o risco de sofrer desse problema quando são conservados dentro de sapatos 
fechados, especialmente com meias sintéticas, e esse risco se acentua no verão.
Uso diário de botas de couro, coturnos ou de borracha, os cuidados devem ser redobrados 
porque a transpiração dos pés é maior.
Qualquer pessoa, entretanto, que não faça a correta higiene dos pés ou que calce sapatos com 
os pés ainda úmidos ou usar meias e calçados que pertencem a outra pessoas contaminada, 
pode desencadear a ação do fungo.
Existe também o risco de contágio, principalmente para pessoas que andam descalças na praia 
ou nas piscinas e balneários.
Como se Cuidar:
– Lavar bem os pés com escovação diária da região plantar e enxugar principalmente entre o vão 
dos dedos, com muito cuidado.
– Procurar um dermatologista caso tenha algum sintoma de coceira, descamação, dor sob as 
unhas ou aparência de ‘bolor’ nos vãos entre os dedos do pé.
– Iniciar o tratamento o mais rápido possível após a constatação de pé-de-atleta, lembrando que 
uma infecção, se mal cuidada, pode desenvolver outras doenças.
– Em geral, o tratamento é feito com pós e cremes antifúngicos, de aplicação local. Se o problema
estiver muito acentuado, o médico pode receitar antimicótico via oral.
– Limpar os sapatos por dentro, usando desinfetante diluído ou álcool, deixando-o secar bem 
antes de calçar.
– Usar meias de algodão, que são permeáveis.
– Usar chinelos quando estiver andando em piscinas, praias e locais úmidos de grande fluxo de 
pessoas. Prevenir essa infecção é importante e manter o tratamento mesmo depois de 
desaparecidos os primeiros sintomas é fundamental, pois ela pode voltar se o tratamento for 
interrompido.
 PÉ DIABÉTICO
Objetivo do podólogo no pé diabético
É reduzir as incidências de problemas graves; dar ao pacientes condições de conviver 
pacificamente, com o diabetes.
Diabetes
A palavra diabetes mellitus origina-se do grego e do latim: Diabetes (líquido que passa direto por 
um sifão) e Millitus (mel). Esta expressão pode ser traduzida por ‘ urinar muito doce’, 
popularmente conhecida apenas por DIABETES.
É uma disfunção causada pela falta de insulina, ou pela diminuição na produção ou ainda pela 
incapacidade em exercer suas funções, provocando o aumento da glicemia (açúcar no sangue).
Para entender melhor o diabetes, é preciso conhecer a função do açúcar e da insulina em nosso 
organismo. Nós necessitamos de um ‘combustível’: é o açúcar que gera energia para o nosso 
organismo funcionar, mas isso só ocorre se houver a insulina. Portanto, a função da insulina é 
garantir a entrada de glicose nas células para a produção de energia.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, uma glândula que fica no abdome entre o 
estômago e a coluna vertebral. Quando nos alimentamos, ingerimos vitaminas, proteínas, sais 
minerais e glicose (açúcar)
Esta glicose é absorvida no intestino, entra na corrente sanguínea e, com a ajuda da insulina, 
penetra nas células para produzir energia e assim garantir o funcionamento do organismo.
Sintomas do diabetes
– Muita sede
– Vontade de urinar diversas vezes
– Perda de peso
– Fome exagerada
– Visão embaçada
– Infecções ou machucados que demoram para cicatrizar
– Cansaço inexplicável
– Hiperglicemia
Obs: os sintomas diminuição da visão e ulceração na pele e unhas são sinais que a doença já 
está adiantada.
Não será difícil descobrir a doença, já que, numa pessoa com todas as queixas descritas, o 
examea ser feito é a dosagem de glicose no sangue (glicemia) e na urina (glicosúria).
Estima-se que existam no Brasil, milhões de indivíduos com diabetes dos quais metade 
desconhece o diagnóstico, ou seja, a doença será identificada freqüentemente pelo aparecimento 
de uma de suas complicações.
O diabetes mellitus afeta igualmente homens e mulheres e o seu risco aumenta com a idade.
Tipos de diabetes
Tipo I, (também chamada juvenil ou insulino dependente), quando o corpo para completamente 
de fabricar insulina. Estas formas de diabetes são mais freqüentes em crianças ou jovens, mas 
pode ocorrer em qualquer idade. Necessitam tomar injeções de insulina diariamente.
Tipo II, (também chamada de não insulino dependente), quando o corpo ainda produz insulina, 
mas não o suficiente. Normalmente ocorre em pessoas acima de 40 anos, com peso acima do 
normal, e, ou, histórico de diabetes na família.
Gestacional
Porém não tão comum, a qual acomete 3% das mulheres grávidas e desaparece após a 
gestação.
Glicosimetro
Monitora seu açúcar no sangue diariamente, este teste tem como objetivo, verificar se o 
planejamento alimentar, os exercícios, e os medicamentos estão mantendo um nível satisfatório 
de açúcar no sangue.
Quais são os fatores de risco para o diabetes mellitus ?
– Idade superior a 40 anos
– História familiar
– Obesidade
– Presença de doença vascular arteriosclerótica antes dos 50 anos
– Mães de recém-nascidos com mais de 4kg
– Uso de medicamentos diabeticogênicos, ou seja, que causam diabetes (corticóide / 
anticoncepcionais).
O que é a neuropatia diabética ?
Os diabetes mellitus podem afetar o sistema nervoso central, o periférico e o autônomo, causando
disfunção dos mesmos neuropatia diabética.
Os fatores de risco para o aparecimento da neuropatia são o tempo de evolução e exposição à 
hiperglicemia (taxas de glicose elevada), acima de 140mg em jejum ou acima de 180mg, após a 
refeição.
Hipoglicemia
– hipo = para pouco;
– glic = para glicose;
– emia = para sangue
Hipoglicemia quer dizer que o nível de açúcar no sangue está abaixo do normal(queda excessiva 
de açucar no sangue, abaixo de 70 mg) .A glicose (ou açúcar) é a principal fonte de energia para 
o corpo humano. Para nosso cérebro e tecido nervoso o açúcar é a única fonte de energia.
Sinais e sintomas de hipoglicemia
Cansaço súbito, fome súbita, visão turva ou dupla, mudança de humor, tremores, dor de cabeça, 
coração acelerado, enjôo, palidez e parecendo estar bêbado.Obs: Coma açúcar imediatamente, 
15gr. Mesmo na dúvida, coma açúcar.
Hiperglicemia
Taxas de glicose elevada. (acima de 140mg em jejum ou acima de 180mg após a refeição).
– hiper = muito;
– glic = glicose (ou açúcar);
– emia = sangue.
O excesso de glicose é eliminado pelos rins, carregando muito líquido junto. Suas manifestações 
vão se intensificando até o paciente chegar ao coma.
Sede intensa, desidratação, volume urinário excessivo, perda de peso, fraqueza e tonturas, 
respiração acelerada, face avermelhada, dor abdominal e MORTE.
Não há soluções fáceis e simples para contornar a situação. O paciente precisará ser removido, 
com urgência, para um hospital ou pronto socorro.
Neuropatia simétrica
A neuropatia simétrica bilateral nos membros inferiores, causa a diminuição da sensibilidade 
dolorosa e térmica da região. Essa diminuição da sensibilidade é o principal fator no 
desenvolvimento de úlceras e deformações articulares.
O que é a microangiopatia diabética ?
É a diminuição da circulação sanguínea (isquemia: deficiência na chegada do sangue) nos 
pequenos vasos devido ao seu estreitamento ou obstrução. O pé com falta de circulação, é 
geralmente, frio, seco, sem pelos, com unhas secas e quebradiças, mal nutrido e com rachaduras
O que é a macroangiopatia diabética ?
É a diminuição da circulação sangüínea nos vasos sangüíneos de maior calibre Devido à sua 
obstrução ou estreitamento.
Pode causar a arteriosclerose
Arteriosclerose
A obstrução de um grande vaso da coxa ou da perna pode levar à gangrena e amputação da 
perna… A arteriosclerose no diabético é mais precoce e grave, acometendo freqüentemente as 
artérias da perna. Os fatores de risco adicionais para a arteriosclerose são o tabagismo, 
obesidade, hipertensão arterial, vida sedentária e história familiar positiva. Doença degenerativa 
das artérias, caracterizada por espessamento a parede por acúmulo de camadas de material 
depositado, principalmente cristais de colesterol e cálcio.
Pés diabéticos
O portador de diabetes há alguns anos, é mais vulnerável a infecções nos pés. Esses três fatores:
a neuropatia, a angiopatia e a infecção, constituem a tríade mais freqüente do pé diabético. O pé 
diabético pode ser causado, exclusivamente, por apenas um dos fatores mencionados, mas a 
neuropatia é o mais freqüente.
Neuropatia
Morte prematura dos neurônios periféricos (diminuição da sensibilidade ao calor, ao toque e a 
dor).
Angiopatia
Doença dos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares).
Infecção
É preocupante qualquer lesão em pé diabético.
Quais são os problemas mais comuns nos pés ?
Os mais freqüentes são:
– Bolhas e calos causados por sapatos apertados;
– Verrugas na planta do pé;
– Rachaduras (fissuras);
– Infecção por micose interdigitais;
– Unhas encravadas;
– Pequenos ferimentos associados à unhas alteradas Esses problemas encontrados nos pés de 
qualquer pessoa saudável, não acarretam maiores danos, mas, no diabético, podem levar a 
complicações sérias. Os pequenos ferimentos se não tratados, podem evoluir para gangrena.
Por que o diabético é mais predisposto à infecção nos pés ?
Devido à má oxigenação dos tecidos, decorrente da circulação sangüínea deficiente e diminuição 
das defesas protetoras.
A microangiopatia e a neuropatia, fazem com que o diabético esteja mais predisposto à infecção 
do que outras pessoas A infecção no pé pode invadir facilmente os tecidos vizinhos atingindo 
também os ossos levando a osteomielite e causando deformações ósseas, causando. A gangrena
pode ocorrer pela falta de circulação, devido à infecção ou ambos, pois foi causada pela 
obstrução dos pequenos vasos digitais. Pode ocorrer também pela falta de circulação sangüínea 
em um grande vaso da coxa ou da perna, devido a sua obstrução. A gangrena se manifesta, 
inicialmente por palidez e vermelhidão da pele afetada e tem um mau cheiro característico. As 
úlceras ocorrem abaixo da cabeça do metatarso ou nas áreas de maior pressão. Este aumento de
pressão leva à formação dos calos e posterior ulceração.
Como diagnosticar o pé diabético ?
Pelos sintomas da neuropatia, calosidades, alterações nas unhas, pela diminuição da circulação 
com diminuição ou ausência dos pulsos arteriais distais (dos pés); esfriamento do pé (palidez ou 
arroxeamento do(s) dedo(s) ou do pé.
Sinais e sintomas do pé diabético
Vasculares: Pés frios; dor em repouso – especialmente noturno e claudicação intermitente.
(sintoma característico da insuficiência de circulação arterial nos membros inferiores, panturrilha 
ou pé). Ela consiste em dor muscular que aparece após caminhar uma determinada distância, 
obrigando o paciente a parar, e que passa após alguns minutos.
Ausência de pulsos nós pés – poplíteos ou femurais.
Circulação: Tempo de enchimento capilar prolongado. Diminuição da temperatura corporal.
Neurológicos:
Sensitivos: ardor, formigamento, dor e hipersensibilidade, sensação de pé frio ou dormente.
Motores: debilidade – diminuição ou ausência de reflexos tendinosos profundos.
Autonômicos: secura da pele – diminuição ou ausência de sudorese.
Musculosesqueléticos:
– Mudança na forma do pé;
– Mudança subida, associada sem antecedentes de traumatismo;
– Pé cavo e dedos em garra;
– Pé caído;
– Articulação de Charcot;
– Artropatia neuropática.
Dermatológicos
– Feridas estranhamente dolorosas ou indolores;
– Não cicatrizam ou cicatrizam lentamente;
– Mudança de coloração na pele (necrose);
– Pé seco, pruriginoso. Infecções decorrentes (paroníquia e pé-de-atleta).
Pé
– Secura anormal;
– Úlceras tróficas Infecção micótica;
– Lesões queratósicas comou sem hemorragia (plantar ou digital).
Onicopatias
– Mudanças tróficas;
– Onicomicose;
– Ulceração ou abscesso sub ungueal;
– Falta de crescimento.
Pêlo
– Diminuição ou ausência.
Educação dos pacientes
Este é o passo mais importante na prevenção e no tratamento.
O podólogo deve orientar o paciente a verificar se a pele está muito seca, com rachaduras, áreas 
vermelhas e descamações.
Examinar cuidadosamente entre os dedos e as unhas. Se tiver dificuldade para fazer esse exame,
peça ajuda a alguém.
Ter muito cuidado com a higiene,utilizando sabonete neutro de glicerina, com atenção aos 
membros.
Secar os pés com toalha macia, entre os dedos, sem friccionar. Hidratar as pernas e os pés com 
um creme apropriado à base de lanolina
Atenções redobradas aos calçados e meias. Se já apresenta algum tipo de problema, a prescrição
de uma palmilha ou calçado especial é crucial. Vestir sempre meias limpas . Devem ser: folgadas 
(de preferência de algodão, sem costuras rígidas). bem enxaguadas e trocadas diariamente. Caso
tenham costuras, usá-las do lado avesso.
Usar sempre calçados confortáveis.Compra-los, de preferência no período da tarde, pois seus pés
estarão mais inchados.Usar de preferência sapatos de couro fino, sola maleável, sem costuras 
internas. Procurar calçados pouco maiores que o habitual (um número a mais), e ao experimenta-
los ver se todos os dedos estão movendo-se dentro dos calçados, para que fiquem confortáveis. 
Começar usando-o poucas horas por dia, até que esteja perfeitamente acostumado.
Recomendações caso de aparecer uma ferida
Não use: mertiolate, água oxigenada, pomadas ou qualquer outro produto para tentar limpar a 
ferida, pois esses produtos podem destruir as células vivas da lesão provocando macerações e 
retardando a cicatrização
Curativo
Use soro fisiológico estéril (0,9%, não é o para lentes de contato), pacotes de gazes, uma agulha 
de injeção para furar o frasco de soro (tudo isso deve ser estéril), uma faixa de boa qualidade 
para fixar o curativo;
Com a agulha de injeção, faça um furo no bico do soro e com a pressão do jato aproveite para 
realmente limpar a ferida. Posicione o frasco a mais ou menos 5 cm de distância da ferida. O jato 
de soro auxiliará na remoção de sujeira e corpos estranhos. Sobre a ferida coloque uma camada 
de gaze estéril, umedecida com o soro, em seguida cubra este curativo envolvendo com faixa, 
com firmeza, mas sem apertar. Vá o quanto antes ao hospital, não se esqueça de mencionar 
sobre o seu diabetes. Obs: O paciente deve seguir o tratamento com persistência e seguindo 
orientações multidisciplinares ( médico, podólogo….etc )
Feridas
A preocupação com os curativos das feridas é antiga, no entanto é fundamental uma análise 
detalhada da ferida. De acordo com o comprometimento tecidua, as feridas são classificadas em 
quatro estágios.
Estágio I
Caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de eritema em pele 
íntegra e sem perda tecidual
Estágio II
Caracteriza-se por úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento da epiderme, derme ou 
ambas.
Estágio III
Presença de úlcera profunda, comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, 
entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular.
Estágio IV
Caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea, tissular, 
muscular ou necrose.
Fatores que influenciam a cicatrização das feridas
Perfusão de Tecidos e Oxigenação:
Doenças que alteram o fluxo sangüíneo normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das 
células, assim como a dos componentes do sistema imune do corpo Essas condições prejudicam 
a capacidade do organismo em transportar células de defesa e antibióticos administrados, o que 
dificulta o processo de cicatrização. O fumo reduz a hemoglobina funcional e leva à disfunção 
pulmonar o que reduz a aporte de oxigênio para as células e dificulta a cura da ferida.
Localização da Ferida:
Feridas em áreas mais vascularizadas e em áreas de menor mobilidade e tensão cicatrizam mais 
rapidamente do aquelas em áreas menos irrigadas ou áreas de tensão ou mobilidade (como 
cotovelos, nádegas, joelhos).
Corpo Estranho na Ferida:
Implantes de silicone, válvulas cardíacas artificiais, material de curativo, espícula de unha ou 
qualquer outro corpo estranho pode retardar o processo de cicatrização, por serem inertes
Medicamentos:
Os corticosteróides, os quimioterápicos e os radioterápicos podem reduzir a cicatrização de 
feridas, pois diminuem a resposta imune normal à lesão.
Eles podem interferir na divisão celular, agindo diretamente na produção de colágeno, além disso,
podem tornar a cicatriz mais frágil, aumentando a atividade da colagenase.
Nutrição:
Uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois deprime o sistema imune e diminui 
a qualidade e a síntese de tecido de reparação. As carências de proteína e de vitamina C são as 
mais importantes pois afetam diretamente a síntese do colágeno
Hemorragia:
O acúmulo de sangue propicia o acúmulo de células mortas que precisam ser removidas, bem 
como o surgimento de hematomas e isquemia. Isso provoca dor e lentifica o processo de 
cicatrização.
Edema e Obstrução Linfática:
Dificultam a cicatrização pois diminuem o fluxo sangüíneo e o metabolismo do tecido, facilitando o
acúmulo de catabólitos e produzindo inflamação.
Infecção:
A infecção ocorre quando há uma alta concentração bacteriana no local do tecido comprometido 
(escara, necrose ou corpo estranho), é o comprometimento generalizado do paciente.
Idade do paciente:
O envelhecimento torna os tecidos menos elásticos e menos resistentes, o que dificulta a cura de 
uma ferida.
Hiperatividade do paciente:
A hiperatividade dificulta a aproximação das bordas da ferida. O repouso favorece a cicatrização.
Curativos e procedimentos podológicos
Não existe o melhor produto ou aquele que possa ser utilizado durante todo o processo cicatricial
Devemos conhecê-los, pois cada um possui indicação e contra-indicação, beneficio e custo, o 
importante é ponderar e utilizar o bom senso sempre.
Curativos com produtos apropriados para atender as seguintes situações
– Conter a drenagem da ferida
– Desbridar uma ferida
– Proteger a área de possíveis traumatismos
– Proteger uma ferida da contaminação
– Promover a boa cicatrização da ferida
Produtos
Solução fisiológica a 0,9%,Colagenages, Fibrinolisinas, Filme Transparente auto-adesivo, 
Hidrogel, papaína e Fibra de alginato de cálcio e outros.
Exames – anamnese no atendimento podológico
A cada consulta deverá ser feita a inspeção dos pés para ser avaliada a presença de unha 
encravada e/ou deformada, calosidades, fissuras, bolhas, úlceras e interdigitais, além de 
inspecionar os calçados, verificando a presença de pontos de atrito ou pressão plantar excessiva 
e desgaste irregular.
Dados do paciente: se já fez tratamento, medicamentos utilizados, alergia, antecedentes 
familiares.
Digitopressão: compressão efetuada com os dedos, pro- vocando isquemia (Deficiência de 
chegada de sangue a um determinado segmento do corpo ), localizada, é possível averiguar a 
microcirculação dos pés.
Avaliação
– Até 2 segundos normal / pouco risco
– De 3 s a 5 segundos regular / médio risco
– De 6s a 9 segundos preocupante / grande risco
– Acima de 10 segundos grave / não tocar
Palpação
Inspeção e palpação, inspeção de unhas e estrutura, palpação dos pulsos arteriais tibial posterior 
e pedioso.
Sensibilidade
E avaliação da sensibilidade protetora plantar utili-zando-se de monofilamento de 10g em 6 
regiões do pé, em forma estática.
Técnicas podológicas
A intervenção deve ser praticada com instrumentais rigorosamente afiados, esterilizados e 
descartáveis.
Faz-se assepsia em todo o pé e o uso de emoliente líqui-do (soro fisiológico morno c/ emoliente). 
Usar como emoliente produtos que contenham na sua formulação agentes emolientes que 
protejam a pele, evitando o ressecamento e os perigos que ocorre com produtos quimicos.
Sobre a ferida coloque uma camada de gaze estéril, ume-decida com o soro, em seguidapromova o desbridamento.
Devemos proceder com que não se exija esforço para o desbastamento, propiciando assim 
menos risco de ferimentos.
Colegas podólogos para sua segurança solicita-se, quando houver dúvidas ao praticar uma 
intervenção, procurar prévia avaliação e autorização médica por escrito.
Ortopodologia
É indicada a utilização de palmilhas e outros objetos que possam proteger as áreas de maior 
pressão. Neste âmbito, a figura do podólogo c/ conhecimento em ortopodologia assume grande 
importância.
Palmilhas ortopédicas de termomoldagem sob vácuo possuem uma ação mecânica importante na
medida que aumentam a superfície de apoio plantar, ela diminuem a pressão, o que em um 
determinado número de patologias, vai levar a uma ajuda considerável. As palmilhas especiais 
são úteis por distribuirem o peso do corpo por toda a superfície plantar, e não apenas em três 
pontos, evitando as calosidades plantares
Ortoplastia
Órteses de silicone de fácil confecção para o profissional e de grande comodidade para o 
paciente. Em poucos minutos pode-se moldar uma órtese corretiva e paliativa, que em alguns 
casos permite ao paciente já sair do gabinete usando-a, aliviando-o da dor
Onicoorteses
Aparelhos metálicos, elástico, acrílica, e fibra de memória molecular, que são coladas à sobre a 
lâmina ungueal e passam a fazer força de tração, como uma alavanca forçam a lâmina ungueal 
em um sentido contrário, corrigindo sua curvatura.
O cuidado profissional, os programas de educação e o cuidado pessoal podem prevenir contra 
possíveis problemas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes.
Verifique se o profissional que vai cuidar dos seus pés é pessoa que procura evoluir através da 
pesquisa de novas técnicas e estudos, pois assim, você sentirá segurança em saber que seus 
pés estarão em mãos certas
‘A condição fundamental para o sucesso na área de Podologia, reside num único fator: gostar de 
Podologia’
Bibliografia: Pesquisas na Internet. Livros e catálogos.
Profº Pdgo. Orlando Madella Jr Especialização hospitalar, em pés diabéticos
 PÉ INFANTIL
O pé possui 26 ossos, 2 sesamóides, 114 ligamentos e 20 músculos. Todas essas partes estão 
interligadas através de tecidos conjuntivos, vasos sangüíneos, e nervos, sendo todo esse 
complexo revestido por camadas de pele.
Quando sadios, os pés garantem a sustentação e o deslocamento de nosso corpo, suportando 
cargas enormes durante o caminhar, a corrida e o salto sem qualquer dor ou desconforto.
A estrutura do pé infantil é bastante frágil. Ao nascer, as deformidades dos pés estão relacionadas
à posição intra-uterina forçada. Apenas algumas pequenas porções do esqueleto do pé e 
tornozelo estão ossificadas, sendo que sua maior parte é constituída por cartilagem.
Até os oitos mêses de idade, os ossos são relativamente largos e de contornos arredondados. O 
bebê passa a maior parte do tempo deitado e nessa fase é aconselhável que esteja descalço em 
casa ou quando a temperatura ambiente o permita.
A ossificação vai ter lugar até os seis anos de idade, quando atinge forma semelhante ao adulto. 
A formação final tem lugar entre os 14 e 20 anos. As crianças até 2 anos devem ser estimuladas a
andar descalças, para exercitar a musculatura de seus pés.Quando chegam à idade escolar, a 
maioria já sofre algum problema nessa parte do corpo, quase sempre estimulado pelo uso de 
calçados inadequados.
Os calçados
O estudo do pé infantil tem sido, uma preocupação para algumas marcas de calçado infantil, 
porque o uso de calçado inadequado pode provocar deformações permanentes.
O calçado deve ajustar-se corretamente no comprimento e na largura, acomodando os dedos em 
posição natural, permitindo os movimentos do pé. Deve existir um pequeno espaço na frente, 
escolha o tamanho de modo que entre a ponta do calçado e as pontas dos dedos haja pelo 
menos l a 1,5 centímetros (uma polpa digital), para acompanhar o deslocamento do pé ao 
caminhar.
É muito importante que os calçados tenham a forma dos pés e não que os pés se deformem para 
caberem nos calçados.
Está demonstrado, sem sombra de dúvidas, que calçados apertados e pequenos causam 
deformidades nos pés.
A forma deve ter um bom encaixe do calcanhar para segurar o pé dentro do calçado, evitando 
fricções. Os ligamentos são bastante frouxos e elásticos, fazendo com que os pés tenham uma 
mobilidade e flexibilidade muito grande. A criança que já caminha, precisa de uma sola um pouco 
mais grossa, firme e um tanto flexível, para que ela possa sentir as irregularidades do chão. A 
sensação destes estímulos é importante para desencadear os reflexos nervosos que vão ativar a 
musculatura, melhorar o equilíbrio, a postura e o desempenho funcional dos pés. Um dos 
problemas mais freqüentes é o chamado pé plano (pé-chato), que causa dificuldades no 
movimento da criança. A criança tem tendência a formar o pé plano ( é uma debilidade dos 
músculos e dos ligamentos que unem os ossos sobre os quais se apóia todo o corpo). Nas 
crianças os arcos plantares surgem por volta dos dois anos, mas consideramos normal que 
surjam até os 3 anos de idade. A partir desta idade, dizemos que a criança tem pés planos da 
infância.Esperar que se estabeleça a tendência defeituosa para depois se corrigir, exigirá muito 
mais tempo; a prevenção é o caminho certo. Saltos e saltinhos prejudicam o desenvolvimento dos
pés e da coluna vertebral. Evite os bicos finos, principais causadores de joanete e unha 
encravada. Com sapatos de solado plano, o peso do corpo fica distribuído de maneira mais 
uniforme pela ondulada extensão do pé. Com o salto alto, a pressão vai toda para o hálux, nome 
científico para o popular dedão. O resultado pode vir em graus diversos. Cansaço e dor são os 
mais costumeiros e fáceis de enfrentar. Mas há até quem acabe sofrendo de deformidades 
ósseas, como joanete, ou de problemas na musculatura da coxa e na curvatura lombar. Sem falar
nos riscos de queda, lesões dos ligamentos e luxações no tornozelo, provocados pelo equilíbrio 
precário do andar nas alturas. Mesmo os saltos femininos menores, podem causar transtornos. 
Bem, os sapatos podem ser os nossos aliados num tratamento podológico ou podem acabar com 
toda a nossa perícia e boa intenção em dar à pessoa o que existe de melhor em cuidados com os 
pés.
Os sapatos foram feitos para agasalhar, acariciar os pés e jamais maltrata-los, os calçados 
inadequados podem causar ou agravar problemas já existentes.
As meias
Quanto às meias, aconselho que as mude diariamente. Meias de algodão podem ajudar a manter 
os pés secos porque absorvem a umidade. Meias de lã pesadas podem aumentar o suor. Se os 
pés suam muito, troque as meias duas vezes ao dia.A meia deve ser 2 cm aproximadamente mais
comprida do que o pé.
O ambiente quente e úmido dentro dos sapatos, facilita e promove o crescimento bacteriano e 
fúngico na pele e unhas dos pés. O odor resulta da multiplicação desses organismos. O 
tratamento eficaz depende da eliminação desses agentes infecciosos. Assim, as medidas de 
combate ao mau cheiro, como carvão ativado e desodorantes para os pés, não resolvem o 
problema, pois não atingem sua causa primária.
O uso de tênis
Após praticar esporte, por exemplo, a maceração da epiderme, com a decomposição de células 
epiteliais e de substâncias orgânicas do suor, além de provocar desagradável odor, vai causar 
irritação cutânea e propiciar infecções, especialmente: micoses, eczemas, pé-de-atleta e 
onicomicoses. A transpiração dos pés cria condições perfeitas para que os fungos se 
desenvolvam dentro do tênis, principalmente quando este acaba ficando úmido e fechado no 
armário após os exercícios diários ou finais de semanas, resultando mau cheiro ( chulé ) que, 
mesmo sendo inconveniente, geralmente não recebe muita atenção.
Procedimento podológicos no pé infantil
Lembre-se o podólogo devidamente habilitado em seu exercício profissional tem certificado 
legalmente reconhecido, termo de responsabilidade e alvará de funcionamento atualizado. Estes 
registros devem estarexpostos em quadros fixados na parede, dentro do gabinete podológico. 
Faz uso de todos meios de biosegurança disponíveis, desinfecção e esterilização dos materiais 
não descartáveis em estufas.
Minha técnica
Procuro em primeiro lugar aplicar a técnica do relacionamento com o paciente infantil, procurando 
dar confiança no meu procedimento profissional. O importante é realizar um procedimento com o 
mínimo de agressão ao paciente (palavras, gestos e ação de procedimento). A confiabilidade do 
paciente infantil começa no dialogo, devemos procurar tirar o receio da roupa branca que usamos,
em conseqüência das ameaças dos pais à criança: ‘vou levar você para tomar uma injeção’. 
Mostramos que não haverá injeção e dor no procedimento. Fazendo o paciente se descontrair. 
Devemos tirar o medo da criança no primeiro atendimento, criar amizade e obter confiança. Evitar 
comentários dos pais, como: ‘seja homem como seu pai’ ou ‘eu nunca tive medo’. A mãe fica aflita
com a dor que o filho possa estar sentindo, às vezes até cai no choro e desmaio. Não proíbo o 
acompanhamento, até prefiro, mas não aceito as intromissões indevidas.Os pais devem se portar 
uma vez chegando ao local de atendimento a fim de ser útil a seu filho e não perturbar assistência
podológica. O profissional precisa dá compreensão dos pais e espera deles todo apoio, não 
tumultuando o momento do atendimento. Possuo entre os meus pacientes, filhos dos filhos de 
pacientes que se tornaram pacientes quando eram crianças e hoje são pacientes ótimos e sem 
medo, confiam no meu procedimento, pois antes de se tornarem pacientes já freqüentaram o meu
gabinete podológico na companhia dos pais.
Procedimento
Um grande número de problemas nas unhas resulta do trauma e da compressão que se aplica 
sobre elas. Calçados muito curtos ou apertados, com uso exagerado em pés e dedos deformados
causam, sem qualquer dúvida, lesões nas unhas. As unhas são lâminas de queratina que 
recobrem as falanges e originam-se da matriz ungueal. Muitos recém-nascidos têm unhas macias 
que se dobram e encurvam facilmente. Porém, elas não são verdadeiramente encravadas porque 
não entram na carne. As unhas do pé crescem lentamente e são, de modo geral, muito moles. 
Não é preciso que fiquem tão curtas, cortá-las uma ou duas vezes ao mês é suficiente. Seu 
crescimento é contínuo servindo como um elemento de proteção das pontas dos dedos.
PODOPATIAS MAIS COMUNS EM PÉ INFANTIL
Verruga plantar
São tumores epidérmicos de origem virótica, causada pelo vírus classificado como HPV – 
Papiloma Vírus Humano. São agentes diminutos, contagiosos, e invisíveis. A Verruga Plantar, 
geralmente, acontece em crianças por não terem o sistema imunológico completamente 
desenvolvido, localizando-se nas áreas de maior pressão, apresentando-se amareladas, pouco 
salientes, tendo à primeira vista aspecto de calosidade (vulgo ‘olho de peixe’). Causam dor 
intensa, prejudicando o apoio do pé e dificultando o caminhar, podendo apresentar-se em um só 
pé ou em ambos e por vezes, em quantidades maiores do que uma. Conselho útil para os pais, 
evitar freqüentar piscinas ou qualquer
tipo de banho público, outro conselho, as partes comprometidas não devem entrar em contato 
com outros tecidos sadios, assim, deve-se evitar o contato da verruga com os dedos ou mãos.
Pé de atheta ou frieira
É uma micose bastante comum, sendo que no verão, pelo calor e umidade, há possibilidade de 
pioras ou recidivas. É mais comum no adulto, embora se tenha notado aumento na infância nos 
últimos anos, provavelmente pelo uso de tênis e meias grossas que aumentam a sudorese e a 
maceração dos pés.
As localizações mais comuns são as plantas dos pés e os espaços interdigitais dos três últimos 
pododáctilos, sendo menos comprometidas as dobras das unhas e o dorso dos pés.
Bolhas
Acúmulo de fluído entre as camadas interna e externa da pele, devido ao excesso de fricção, uso 
de calçado apertados, queimaduras ocasionadas pelo frio, calor ou muito sol, doenças na pele, 
alergias e irritações na pele provocadas por agentes químicos. Evite furar as bolhas, pois isto 
aumenta a possibilidade de infecção. Não mexa na bolha por 24 horas, para permitir que ela cure 
por si só. Elas secarão e a pele se desprenderá em uma a duas semanas. Enquanto isto, proteja 
a área colocando um anteparo, com uma abertura no centro, sobre a bolha.
Unha encravada
Os pacientes infantis que nos procura apresentam problemas de onicocriptose (unha encravada), 
ocasionados geralmente, devido a Traumatismo ou Pressão.
O traumatismo é causado por: tropeções, quedas de objetos sobre a unha, corte incorreto da 
unha feito com tesouras ou alicates, causando lesões. A pressão também ocasiona alguns 
problemas, pois quando é exercida por meias (pequenas ou grossas, pressionam a pele das 
bordas ungueais) ou por calçados (quando justos, estreitos, ou de ponta fina não só exercem 
pressão sobre a pele como também sobre a placa
ungueal), resultam na penetração de uma espícula (pedaço de unha) no tecido circunjacente, em 
geral, há infecção e formação de tecido de granulação exuberante (granuloma piogênico ou carne
esponjosa) avermelhada e dolorosa, que é composta por pequenos vasos capilares que recobre o
sulco ungueal, projetando-se sobre a lâmina ungueal. Essa granulação é muito sensível e quando
tocada rompe e sangra facilmente. Devemos proceder sem que haja esforço para o 
desbastamento, propiciando assim menos risco de ferimentos. Atenção: A Legislação Brasileira 
não permite ao Podólogo fazer cirurgias ou prescrever medicamentos injetáveis ou de uso interno.
Através da técnica denominada Espiculaectomia (remoção da parte da unha que está encravada),
usando instrumentais adequados, o podólogo é capaz de solucionar o problema facilmente.
Onicoortese
Na Podologia fazemos o uso de órteses para correção da lâmina ungueal com curvatura 
acentuada ou encravada. A aplicação da órtese é indolor e proporciona excelentes resultados, 
fazendo com que a lâmina deformada, volte ao formato normal. Em paciente infantil costumo 
aplicar a Fibra de Memória Molecular é menos agressiva.
ALERTA
Senhores pais, não cortem os cantos das unhas (lâmina ungueal), pois assim, estarão 
deformando e causando o encravamento das mesmas, sejam precavidos, procure um podólogo 
para orientação do corte da extremidade distal da lâmina ungueal (onicotomia) logo após o 1º mês
do nascimento, a prevenção é importante para o crescimento correto das unhas.
Cuidados especiais merecem as crianças com alguma patologia e para qualquer lesão, devemos 
estar atentos para sinais de infecção no decorrer do processo.
As podopatias (doenças dos pés) quando tratadas a tempo, são facilmente reprimidas por um 
tratamento especializado, sob orientação de um PODÓLOGO. Para não ter complicações, 
procure consultar-se com um profissional devidamente habilitado no exercício de suas atribuições.
Esses registros devem estar expostos em quadros afixados na parede, dentro do gabinete 
podológico.
 RACHADURAS
É verão sempre a mesma coisa, a mulher se produz inteira, roupas, cabelo, unhas das mãos e 
pés esculpidas e decoradas, pele bronzeada, sapato fino, infelizmente esquece dos pés, 
calcanhares com rachaduras e pele desidratada, o que primeiro chama a atenção é a aparência 
dos mesmos que, geralmente, não condizem com o restante do corpo produzido. É horrível!
Relegado normalmente ao ultimo plano nos cuidados corporais, o pé pode revelar-se uma fonte 
permanente de dores e saliências esteticamente desagradáveis.
Infelizmente as pessoas dão pouco valor a saúde dos pés. Elas não têm consciência de sua 
importância no dia-a-dia. Não lhes atribuem os cuidados necessários, por acreditarem que estão 
protegidos e escondidos pelos calçados.
Das podopatias (doenças nos pés) uma das que mais se destaca no sexo feminino, 
principalmente, é a Rachadura no Calcanhar ou Fissura Calcânea (lesões lineares ou estreitas da 
pele ).
Essa podopatia (doença nos pés) que aparece em qualquer situação climática, seja calor ou frio.O pé contém 26 ossos, 2 sesamóides, 114 ligamentos e 20 músculos. Todas estas partes estão 
interligadas por tecidos conjuntivos, vasos sangüíneos, nervos, sendo tudo isso revestido por 
camadas de pele, que é um órgão que determina seus limites com o meio externo e exerce 
diversas funções, como: defesa e proteção contra as funções sensoriais (calor, frio, pressão, dor e
tato). A pele é formada por três camadas: epiderme, derme e hipoderme, da mais externa para 
mais profunda, respectivamente.
Quando a epiderme é agredida por fatores externos (atritos com calçados) ou falta de hidratação, 
a mesma tem uma reação de engrossamento (acúmulo de queratose ), que surge como defesa 
das camadas mais profundas, formando-se assim, calos ou hiperqueratose ( com ou sem 
fissuras ).
Diversas empresas e laboratórios têm pesquisado e vêm lançando produtos no mercado nacional 
com a proposta de auxiliar no tratamento das Fissuras Calcâneas e acelerar o processo cicatricial.
É comprovado que a utilização de produtos que mantém a hidratação na pele, auxiliam na 
reparação tecidual. Se lembrarmos o fato de que 60% do organismo humano é composto por 
água, fica simples compreender a importância desses cremes para a reparação tecidual.
Os pés são partes do corpo que têm suas camadas de peles com maior resistência do que em 
outras partes, e são mais grossas devido ao peso do corpo que recai sobre os mesmos. Os pés 
sustentam o corpo de maneira que podem sofrer inúmeras patologias (doenças) que devem ser 
tratadas com especialistas (médicos e podólogos). O aparecimento de rachaduras ocorre por 
varias causas: defeitos ortopédicos, hereditariedade, alterações climáticas, conseqüência de 
psoríase, diabetes, doenças vasculares, micoses, agressões químicas, andar descalço e uso de 
calçados abertos nos calcanhares (sandálias) etc.
As fissuras calcâneas podem variar em espessura; algumas lesam a pele apenas 
superficialmente e outras podem até atingir tecidos profundos com sangramento devido ao 
espessamento e endurecimento da camada externa da pele (hiperqueratose ) onde o tecido perde
a elasticidade e abre pela pressão ao se movimentar. As vezes atinge os nervos, presentes na 
derme (segunda camada da pele) causando sangramento e a dor como se cortasse a pele com 
navalha. Nos institutos de beleza as pedicures deve procurar remover pouco das queratoses o 
que, geralmente não acontece.
Por serem leigas em podopatias e sem conhecimentos de biomecânica, em grande parte as 
mesmas não conhecem o limite e deixam os calcanhares sem proteção, piorando por vezes a 
podopatia.
Para hidratação de fissuras (rachaduras) do calcanhar podemos usar vários produtos hidratantes, 
devemos evitar produtos que contem em sua fórmula o acido salicílico, não é recomendável em 
portador da diabete, muitas vezes apresentam pele bastante seca, juntamente com diminuição da 
sensibilidade (neuropatia periférica), os riscos de uma lesão tecidual são muito grandes e as 
conseqüências, bastante graves.
Lembre se que fissura calcânea intensa por longo período, às vezes é sinal de doenças como 
diabetes, etc… Dependendo do prognostico, o cliente é encaminhado a especialistas em 
dermatologia, endocrinologia, ortopedia ou outras áreas médicas, pois assim poderá ser 
diagnosticada a causa das fissuras calcâneas.
DICA: Desejando uma hidratação mais profunda, passar uma camada de creme e envolver com 
filme de PVC por cerca de 10 minutos, ajuda acelera e intensifica a hidratação
Se a leitora deseja estar produzida dos pés a cabeça, recomendo a mudança de hábito, 
controlando essas rachaduras com o uso diário do creme hidratante específico para fissuras e 
ressecamento da pele. Então não se esqueça: Essas dicas farão com que você tenha um verão 
de estrela!
 UNHA
É uma produção cutânea formada de queratina compactada, chamada oniquina (dura) é formada 
de proteína, enxofre, cistina, argina, água (7 a 16%), cálcio e ferro; sem elasticidade, translúcidas 
e com pouca flexibilidade. Do ponto de vista embriológico, não nasce da superfície, mas sim do 
interior da pele, inicialmente, a epiderme que dará origem à unha. Tem a funções de proteção, 
preensão, agressão e sensibilidade.
Proteção: sendo uma lâmina dura e flexível, proteger as extremidades dos artelhos;
Preensão: para pegar principalmente pequenos objetos;
Agressão: arranhar, cortar, lascar, mascar (defesa);
Sensibilidade: tem seu papel na sensibilidade táctil da popa digital. A unha normal é transparente, 
lisa, suave, permanecendo colada no leito e apresentando crescimento continuo no indivíduo 
adulto. O crescimento das lâminas ungueal é, aproximadamente, 1mm por mês, demora para 
crescer, ou seja, para ser completamente substituída, cerca de 6 meses, nas mãos, e cerca de 1 
ano, nos pés. Em geral, desenvolve-se com mais rapidez nos jovens que nos idosos. Fatores que 
interferem no crescimento da lâmina ungueal é a ma circulação sangüínea, vitaminas, proteínas e 
mecânicos. A unha é dividida em nove partes:
1ª – Lâmina Ungueal é a própria unha, siituada sobre o leito ungueal. Sua consistência varia de 
pessoa para pessoa e depende de fatores tanto genéticos como externos. Uma lâmina de células 
queratinizadas compactada e com espessura variável de 0,5 a 0,75 mm.
2ª – Matriz Ungueal é o local onde se dá origem a unha. Chamada também de raiz da unha. 
Formada pôr célula germinativas que vão se compactando em permanentes mitoses. A nutrição 
da matriz é feita pôr pequenos vasos superficiais da derme.
3ª – Leito Ungueal é a porção do complexo imediatamente abaixo da lâmina. Formada pela derme
e epiderme e é fortemente aderido à lâmina e com grande quantidade de terminações nervosas 
nesta área.
4ª – Eponíquio conhecido como cutícula. Liga a prega supra-ungueal à lâmina. Sua formação é de
queratina e tem a função de proteger a matriz ungueal da entrada de produtos químicos, agente 
biológicos e outros. A retirada da abertura para entrada de infecção.
5ª – Lúnula é uma área de forma convexa, esbranquiçada, localizada junto ao eponíquio, e indica 
a posição da matriz.
6ª – Hiponíquio é formado pôr uma fina camada da epiderme e faz a ligação entre o leito ungueal 
e a polpa digital. Tem grande quantidade de terminações nervosa, tornando assim uma região 
muito sensível.
7ª – Prega Supraungueal localizada antes do Eponíquio, com tamanho variável. É uma dobra de 
pele epitelial sobre a matriz ungueal. É constantemente lesada com a retirada do eponíquio 
(cutícula).
8ª – Prega Periungueal é a região localizada nas laterais da unha.
9ª – Sulco Ungueal está localizado ao longo de toda a lâmina, é uma estreita faixa de pele, 
formada na junção da lamina com a prega periungueal.
A unha pode ser sede de diversas manifestações patológicas quer se trate de infecção devida a 
micróbios ou a cogumelos ou se torne vitima de traumatismos diversos.
a) O mais simples consiste no hematoma subungueal, consecutivo a um choque. O tecido 
subungueal particularmente comprimido, deixa pouco espaço para o extravasamento do sangue, 
o que provoca o aparecimento de dor bastante intensa e ao mesmo tempo limita o volume do 
hematoma
b) Corpo estranho subungueal por exemplo, uma farpa de madeira que penetre sob a unha e a 
torna dolorosa por razão análoga à do hematoma: a reação inflamatória não encontra lugar para 
se estabelecer.
c) O esmagamento será seguido por escurecimento da unha e depois por sua queda: ela 
renascerá sempre, exceto em raros casos em que a matriz foi destruída pelo traumatismo.
d) A queda da unha ocorre em certos casos de alopecia. O deslocamento da unha acompanha 
certas dermatose profissionais (lavadeiras, padeiros, açougueiros, químico, etc.).
e) As deformações da unha ocorrem nos dedos do pé de velhos.
f) A fragilidade da unha é sinal de má circulação, de desnutrição grave, assim como de infecção 
por cogumelos.
g) O espigão não constitui doença da unha propriamente dita, mas rasgão da unha: mal curada, a 
pane erosada desseca-se, dilacera-se, aprofunda-se, inflama-se e toma-se muito dolorosa