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CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ AFRFB 2009 
PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI 
www.pontodosconcursos.com.br 
123
Aula 4 de Economia 
AFRF 
Nobres alunos (as), 
Damos início a nossa aula quatro de economia para a prova de ARFRB 2009. 
Antes de qualquer coisa eu gostaria de destacar a vocês que optei em inverter os 
pontos abordados entre as aulas cinco e esta aula, ou seja, o conteúdo presente da 
aula quatro na aula demonstrativa é o referente ao modelo IS/LM enquanto o da aula 
cinco é o referente a esta aula, qual seja as análises referentes à oferta e à 
demanda agregada. 
Em minha humilde opinião, acredito que seja possível a cobrança de uma 
questão na prova sobre os temas que serão analisados nesta aula. Dessa maneira, 
estudem com bastante afinco. 
Quero reforçar que estou a disposição de todos vocês para esclarecimentos 
adicionais a respeito da matéria, especialmente por meio do Fórum de dúvidas. 
Mãos à obra! 
Um grande abraço a todos vocês e bons estudos! 
Francisco 
CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ AFRFB 2009 
PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI 
www.pontodosconcursos.com.br 
124
Oferta e Demanda Agregada 
A noção de inflação, ou de outra forma, a noção da subida generalizada dos 
níveis de preços, está associada ao que definimos por oferta e demanda agregada, 
que nada mais representam do que a análise do conjunto de comportamento de 
consumidores e produtores, sempre tendo como parâmetro os preços dos bens e 
serviços. 
A oferta agregada da economia 
Oferta agregada é a quantidade total de produção que as empresas e as 
famílias resolvem fornecer para um determinado padrão de preços e salários. As 
empresas decidem quanto querem produzir para maximizar os lucros, levando em 
conta o preço do produto, o custo dos insumos, o estoque de capital e a tecnologia 
disponível para a produção. Já as famílias também tomam uma decisão de oferta: 
quanto trabalho estão dispostas a oferecer com base no nível real de salário. 
A função de produção 
As economias são compostas por um grande número de empresas que usam 
capital (K), trabalho (L) e tecnologia (t) para gerar uma quantidade de produção que 
chamaremos de (Y). O capital é representado pelas fábricas, máquinas e pelo 
estoque de mercadorias. O trabalho em si é a mão de obra disponível às empresas. 
Temos ainda a tecnologia, responsável por avanços no processo de produção. 
Em nossa análise inicial consideraremos um período curto de tempo, curto 
prazo, período em que a tecnologia empregada e o estoque e capital são ditos 
constantes. O único insumo variável é o trabalho. 
Vejamos o gráfico abaixo: 
CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ AFRFB 2009 
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125
 
Observe que a produção das empresas aumenta na medida em que é 
acrescentada uma quantidade maior do fator de produção mão-de-obra. Verifica-se, 
no entanto, que a produção cresce a valores decrescentes, ou seja, para cada 
unidade adicional de trabalho, o aumento de uma unidade a mais de mão-de-obra 
contribui menos que a anterior para o crescimento da produção. Isso ocorre 
simplesmente porque, no curto prazo, o estoque de capital (máquinas, instalações), 
e a tecnologia empregada no processo produtivo são constantes, variando apenas a 
mão-de-obra contratada. 
A economia denomina esta característica através da chamada LEI DOS 
RENDIMENTOS MARGINAIS DECRESCENTES, ou seja, para cada unidade 
adicional de trabalho, menor será a sua contribuição para o crescimento da 
produção e, conseqüentemente, para a oferta agregada. 
O nível de emprego, os salários, a Oferta Agregada e a teoria Clássica 
Dentro da teoria econômica encontramos duas vertentes na análise da oferta 
agregada. A teoria clássica afirma que quando a economia está em equilíbrio esta 
apresenta pleno emprego de recursos (trabalhadores empregados, capacidade 
produtiva ao máximo), o que quer dizer que toda a oferta agregada é demandada 
pelos consumidores. 
Dessa característica depreende-se que não existe desemprego involuntário, 
ou seja, todos aqueles que desejam trabalhar estão trabalhando. 
Y 
L 
Y2 
 Y1 
L1 L2 
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126
O nível de emprego da economia é definido no mercado de trabalho, em que 
de um lado temos a oferta de trabalho pelas famílias (OL) e do outro lado a demanda 
de trabalho pelas empresas (DL). 
O balizador das decisões das empresas e das famílias seria o salário (W), 
que, quanto mais alto, mais interessante se torna para as famílias e menos para 
as empresas. De forma contrária, quanto mais baixos os salários menor o 
interesse das famílias em ofertar trabalho e maior os interesse das empresas. 
De acordo com a teoria clássica, que considera a existência de pleno 
emprego, ou seja, sem a existência de desemprego dito involuntário, o que definirá a 
oferta agregada será o salário real (W/P), estabelecido nas negociações entre 
empresas e famílias. 
Importante ressalvarmos que estamos falando de salário real, de forma que, 
para se chegar ao seu resultado, necessitamos descontar os preços dos produtos, 
(W/P). Dada esta característica, podemos entender que as variações nos preços de 
bens e serviços geram mudanças na oferta e na demanda de mão de obra, trazendo 
conseqüências diretas para a produção. 
Conforme P aumenta tende a haver um excesso de demanda no mercado de 
trabalho, uma vez que os salários nominais (W) (sem o desconto dos preços) 
permanecem inalterados. O resultado provocado pela rigidez salarial promove um 
aumento nos ganhos das empresas e uma conseqüente queda no salário real das 
famílias. 
Cabe ressaltar no entanto que, segundo a teoria clássica, os salários 
nominais (W) se ajustam automaticamente às variações no nível de preços, fazendo 
com que as empresas não tenham interesse de contratar mais funcionários, 
mantendo, por corolário, constante o nível de produção. 
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127
Vejamos como ficaria esta situação em gráficos: 
 
 
 
O nível de emprego, os salários e a Oferta Agregada na teoria 
keynesiana 
Diferentemente da abordagem clássica, a teoria keynesiana diz que os 
salários nominais (W) são rígidos no curto prazo. Desta forma, uma vez que ocorram 
variações nos preços o salário real tende a se deteriorar. Um exemplo bastante 
ilustrativo pode ser representado pelos contratos de trabalho. Uma vez que o salário 
real está mais baixo, ocorre o maior interesse por parte das empresas em contratar 
mão de obra, diminuindo o desemprego. 
Y 
L 
W/P 
L L* 
W/P* 
DL 
OL 
P 
Y Y* 
OA 
Obs. 2: De acordo com a teoria clássica 
como os salários nominais ajustam-se 
automaticamente, os salários reais estão 
sempre em equilíbrio. 
Obs. 3: Estando os salários reais sempre 
em equilíbrio, não haverá disposição das 
empresas em contratar mais 
trabalhadores, caracterizando o pleno 
emprego e o nível de produção 
constante, onde apenas os preços 
variam. Veja que a Oferta agregada é 
vertical. 
Obs. 1: A Produção tem como insumo 
variável somente a mão de obra, 
caracterizando o curto prazo. 
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128
Raciocínio inverso é válido para o caso de diminuições nos preços dos 
produtos, uma vez mantido constante o salário nominal (W). Essa situação leva a um 
aumento do salário real, estimulando os trabalhadores a oferecerem mais trabalho, 
trazendo por conseqüência um aumento do desemprego e queda na produção. 
Todas estas explicações podem ser resumidas pelos gráficos abaixo, em que 
quedas no salário real (W/P), promovidas pela subida dos preços, levam as 
empresas a demandarem mais trabalho, aumentando assim o nível de emprego e 
a oferta agregada. Da mesma forma, aumentos no salário real (W/P), promovidos 
por quedas nos preços, levamas empresas a demandarem menos trabalho, 
aumentando o desemprego e diminuindo a oferta agregada. 
 
 
 
 
W/P 
W/P acima do 
equilíbrio 
DL 
OL
Obs. 1: O salário nominal é fixo no curto 
prazo. Uma vez ocorrida queda nos 
preços, o salário real, o que realmente 
importa, leva as empresas a demandarem 
menos trabalhadores. 
W/P 
DL 
OL Obs. 2: Ocorrida a subida nos preços, o 
salário real leva as empresas a 
demandarem mais trabalhadores. W/P abaixo 
do equilíbrio 
P 
Y 
OA 
L L* 
 L* L 
P1 
P2 
Obs. 3: De acordo com a teoria 
keynesiana, quanto maior forem os 
preços, menor serão os salários reais, o 
que fará com que as empresas 
demandem mais trabalhadores e 
aumentem a oferta agregada. Veja que a 
oferta agregada é positivamente 
inclinada. Y 
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129
Segundo Keynes, ainda existe o chamado caso extremo, onde devido a 
problemas denominados de custos de menu (incapacidade da empresa de mudar 
os preços de seus produtos nos curto prazo), as empresas são levadas a ofertarem 
uma quantidade maior de produção a um preço fixo. Isso se traduziria no gráfico em 
uma reta horizontal onde os preços estariam constantes e oferta agregada cada vez 
maior. 
 
Assim sendo, vejamos os resumos das curvas de oferta agregada: 
 
 
 
Q 
P 
Obs. 1: Devido a custo de reajustes nos 
preços em curto espaço de tempo, a 
produção da economia é ofertada a 
preços constantes. 
P 
P 
Y Y* 
OA Caso clássico de oferta agregada. 
Devido ao salário flexível (W/P), a 
produção se mantém constante, no nível 
de pleno emprego de recursos. 
 Y 
P1 
P2 
Caso keynesiano básico de oferta 
agregada. 
Como o salário real (W/P) é fixo no curto 
prazo, variações nos preços estimulam o 
aumento da oferta agregada. 
P 
Caso keynesiano extremo de oferta 
agregada. 
A empresa não consegue reajustar os 
preços no curto prazo, vendendo os 
seus produtos a um preço constante. 
OA 
 Y 
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130
A curva de oferta agregada keynesiana pode ser ainda explicitada conforme a 
fórmula abaixo: 
Equação da curva de oferta agregada de curto prazo: 
Y = y + a (P – Pe) = 
Y = Produto efetivo 
y = Produto esperado 
P = nível de preços efetivo 
Pe= nível de preços esperados 
a = repasse da diferença de preços, sendo a>0 
Vejamos a interpretação da fórmula: 
Conforme a diferença entre o nível de preços efetivo e o nível de preços 
esperado, maior ou menor será o produto efetivo da economia. Se os trabalhadores 
esperam um determinado nível de preços (Pe) e fixam um salário nominal de acordo 
com esta expectativa, um nível de preços efetivo maior acaba por deprimir os 
salários reais (W/P), resultando em maiores ganhos para as empresas, que assim 
contratam mais, aumentando o nível de produção e emprego no curto prazo. 
A demanda agregada da economia 
O equilíbrio da economia é determinado pela interação entre a oferta 
agregada e da demanda agregada. 
Já tendo estudado a oferta agregada e seus fatores determinantes, 
necessitamos conhecer um pouco mais da demanda agregada. 
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131
Em uma economia fechada, ou seja, sem a presença dos fluxos de comércio 
exterior, a demanda agregada e definida pelas despesas consumo (C), investimento 
(I) e gastos governamentais (G). Variações positivas nos preços dos produtos 
desestimulam a demanda por bens e serviços, da mesma forma que a diminuição 
dos preços estimula a demanda agregada. 
Em uma economia aberta, o resultado deve incluir além das despesas já 
mencionadas, as exportações líquidas, ou seja, (X - M). 
Uma vez feita estas considerações, podemos dizer que a curva de demanda 
agregada possui uma relação inversa com o nível de preços, conforme o gráfico 
abaixo. 
 
O equilíbrio entre Oferta e Demanda Agregada 
Oferta Agregada Clássica 
Podemos considerar o aumento da demanda agregada por um dos seus 
componentes (C, I, G) mostrando os resultados sobre o equilíbrio entre a oferta e a 
demanda agregada. 
Vejamos o caso da oferta agregada clássica 
 
Y 
P A curva de Demanda Agregada é 
negativamente inclinada, ou seja, quanto 
maior o nível de preços, menor a 
demanda por bens e serviços. 
Y 
P 
Caso clássico, a oferta agregada é 
vertical. 
P1 
P2 
Y1 
DA 
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132
Aumentos na demanda agregada trazem como resultado somente aumento 
do nível de preços, dado que a economia já se encontra em pleno emprego de 
recursos. Para os clássicos, o produto potencial da economia é igual ao 
produto efetivo da mesma. Ainda afirmado por estes teóricos, o salário nominal é 
flexível, trazendo como conseqüência a manutenção do salário real e o desestímulo 
ao aumento da oferta agregada. 
O caso da oferta agregada keynesiana 
 
No caso keynesiano o resultado é diferente. Estímulos na demanda agregada 
levam ao aumento do PIB ou Renda da economia. Esse resultado é devido ao fato 
de que, segundo Keynes, existe desemprego involuntário na economia, 
caracterizado pelo fato de que o produto efetivo está abaixo do pleno emprego. 
Outro fator importante é o de que os salários são rígidos no curto prazo, devido 
principalmente aos contratos de trabalho, estimulando as empresas a ofertarem 
produtos e serviços. 
O caso extremo da oferta agregada horizontal (keynesiana extrema) 
Nossa última análise se dá entre a interação da oferta agregada horizontal, 
assim caracterizada por partir do pressuposto de que custos associados às 
alterações nos preços são excessivamente elevados, tornando os próprios preços 
rígidos no curto prazo. 
Y 
P 
Caso keynesiano. A oferta 
agregada é positivamente 
inclinada. 
P1 
P2 
Y1 Y2 
OA 
DA1 
DA2 
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133
 
 
No caso keynesiano extremo, os estímulos na demanda agregada via 
aumento nas variáveis (C, I, G), provocam o aumento da produção (PIB) e da própria 
renda do país, sem causar mudanças nos níveis de preços. 
A Oferta e a demanda agregada: do curto para o longo prazo 
Uma vez caracterizado as curvas de oferta agregada segundo os 
pressupostos teóricos (CLÁSSICO, KEYNESIANO e KEYNESIANO EXTREMO), 
bem como a curva de demanda agregada, expomos abaixo a transição da economia 
do curto para o longo prazo. 
Basicamente, as mudanças se concentram na formação dos preços e 
salários, de forma que, em prazos maiores, passa a existir uma maior flexibilidade na 
adequação dos preços (estes não são rígidos), podendo ser alterados ao longo do 
tempo. No mesmo sentido, os salários agora são variáveis, uma vez que, ocorrida a 
mudança nos preços, estes podem ser alterados, corrigindo-se as perdas 
ocasionadas pela subida dos preços. 
 
 
Y 
P 
Caso keynesiano extremo 
OA 
DA1 DA2 
Y 
P 
OACP 
DA 
OALP 
Y Y 
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134
Inflação, Desemprego e Expectativas 
Podemos definir a inflação como o aumento generalizado do nível de preços. 
Já o desemprego, conforme vimos, é definido como a parcela da população 
economicamente ativa (desemprego involuntário) que está sem trabalho. 
Quanto à inflação, atribuímos duas causas básicas para o seu fenômeno: 
Inflação de Demanda: Quando ocorre excesso de demanda agregada sobre 
a oferta agregada da economia, ou seja, temos mais pessoas consumindo bens e 
serviços do que oferta destes. 
Inflação de Custos: Quando ocorrem aumentos nos custos das empresas, 
sejam aumentos dos salários, quebras na produção e etc. 
Vejamos, de acordo com os gráficos de oferta e demanda agregada, a 
ocorrência de inflação de demanda naeconomia: 
 
 Y (Produção = Q) 
p 
 DA2 
DA3 
P3
P2 
 P1 
Custos de menu (o preço 
é constante no curto 
prazo). 
Keynesiano extremo.
O preço sobe em função da demanda 
agregada ser superior à oferta 
agregada.
DA4 
DA1 
Nível de pleno emprego (Y), onde o 
excesso de demanda agregada sobre a 
oferta agregada leva somente a aumentos 
nos preços. 
OA 
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135
Dado a curva de oferta agregada (OA), aumentos na demanda agregada 
(DA1) resultam em aumentos do produto da economia (Y) até o ponto em que a 
economia atinge o pleno emprego. 
Inicialmente verificamos que aumentos na demanda agregada não alteram os 
preços da economia, situação de curto prazo, em que o repasse de aumento nos 
preços não é vantajoso (custo de menu). Graficamente verificamos esta posição na 
passagem da economia de DA1 para DA2. 
Em segundo momento verificamos que existem ao longo da trajetória de 
aumento da demanda agregada sobre a oferta agregada, pontos (DA3), onde o 
produto da economia cresce, mas com aumentos nos níveis dos preços. 
A grande questão a este respeito refere-se ao aumento necessário na 
produção das empresas diante do aumento da demanda agregada. Com os recursos 
(capacidade produtiva) sendo utilizados cada vez mais, cada unidade adicional de 
trabalhador empregado no processo produtivo rende menos que o anterior, 
simplesmente porque o estoque de recursos da economia (máquinas e espaço 
físico) é fixo, quer dizer, a oferta não aumenta na mesma velocidade do aumento da 
demanda agregada. 
Esta situação ocorre, de acordo com o gráfico, no momento em que a 
demanda agregada aumenta de (DA2) para (DA3). 
Uma vez que a economia atinja o pleno emprego, ou seja, toda a capacidade 
produtiva de economia sendo utilizada, o aumento da demanda agregada gerará 
somente aumentos nos preços da economia. Graficamente temos esta situação 
quando a demanda agregada aumenta de DA3 para DA4. 
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136
O lado monetário da inflação de demanda 
Uma vez caracterizadas as implicações do excesso de demanda agregada 
sobre a oferta agregada da economia, necessitamos saber que motivos justificariam 
a chamada inflação de demanda. 
A interpretação do fenômeno inflacionário pode se dar tanto pelo lado 
monetário como pelo lado real da economia. 
No lado monetário, o crescimento dos preços está embasado na teoria 
quantitativa da moeda (TQM), que se define pela seguinte equação: 
MV = PY 
M e a quantidade de moeda na economia; 
V, a velocidade-renda da moeda (quantas vezes uma unidade 
monetária muda de mão, num dado período); 
P, o nível geral de preços e; 
Y, o nível de renda real ou produto. 
Vamos a um exemplo: 
Ex: M = 100; V = 4; P = 8; Y = 50, 
100 X 4 = 8 X 50 = 400 
A quantidade de moeda da economia girando 4(quatro) vezes no período, 
será exatamente igual aos preços dos produtos vezes a sua quantidade física. 
A TQM afirma que, no curto prazo, a velocidade da moeda (V) e o nível de 
produção são constantes, de forma que somente variações na quantidade de moeda 
disponível na economia impactam diretamente sobre os níveis de preços. 
Ex: Se a oferta de moeda aumentar de 100 para 150, os preços vão aumentar 
de 8 para 12. 
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137
150 X 4 = 12 X 50 = 600. 
A interpretação de que o aumento da oferta de moeda gera aumentos 
subseqüentes na inflação se dá o nome de teoria monetarista da inflação. 
O lado real da inflação de demanda 
Diferentemente da interpretação da inflação como fenômeno monetário, a 
lado real pode provocar aumentos nos preços, iniciados por um dos componentes da 
demanda agregada. 
DA (Y) = C + I + G + X – M 
 O aumento do consumo pode ser iniciado por meras expectativas (Natal, dia 
das mães, probabilidade de subida dos preços), o que levará, uma vez que a 
economia esteja em pleno emprego de recursos, a um processo inflacionário. 
A forma de contenção da inflação é a execução de políticas monetária 
(redução da moeda na economia), bem como políticas fiscais (aumento dos 
impostos ou redução dos gastos públicos), de forma a diminuir a renda disponível 
para a compra de bens e serviços. 
Esse entendimento é defendido pelos economistas chamados ortodoxos ou 
monetaristas. 
A inflação de custos (Oferta agregada) 
A inflação de custos é representada pela situação em que ocorre uma 
diminuição da oferta de bens e serviços. Aumentos dos salários devido a preços de 
fortes sindicatos, a quebra de produções, são bons exemplos de inflações de custo. 
O aumento dos custos leva as empresas a reduzirem a sua produção. Uma 
vez que não houve motivo para que a demanda por bens e serviços se alterasse, a 
escassez de oferta leva ao aumento dos preços. 
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138
Vejamos o gráfico abaixo: 
 
Podemos dizer que a inflação de custos tem dois efeitos perversos sobre o 
resultado econômico. O primeiro deles é de que a diminuição da oferta gera o 
aumento do nível de preços, dado que o demanda agregada não se alterou. 
Um segundo mal é que devido ao incremento dos custos, o desemprego irá 
aumentar, uma vez que as empresas terão seu custo de produção majorado. 
A situação onde temos a ocorrência de inflação com o aumento do 
desemprego é o que chamamos de estagflação, representada pela estagnação 
econômica com o aumento do nível de preços. 
A inflação inercial 
A partir de marco de 1986 a economia brasileira passou a conta com um novo 
diagnóstico das causas inflacionárias e, conseqüentemente, com novas políticas de 
combate à inflação. 
 Y (Produção = Q) 
p 
 DA1 
DA2 
P3
P2 
 P1 
O preço sobe em função da escassez da oferta 
agregada frente à demanda agregada. 
DA3 
Diante do aumento dos custos, a oferta agregada 
diminui de OA1 para OA2, onde o nível de preços é 
mais alto e a produção menor, o que traz como 
conseqüência um aumento do desemprego. 
OA1 OA2 
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139
Os pressupostos teóricos eram os de que a economia brasileira se 
encontrava altamente indexada, ou seja, todos os negócios, contratos etc. eram 
firmados com base num índice que garantisse a correção monetária dos valores 
envolvidos. Era como se tudo na economia do país estivesse sempre aumentando 
de valor. 
Desta forma, todos os aumentos de preços eram captados pelo índice e 
automaticamente eram repassados para todos os demais preços da economia, 
gerando um processo automático de realimentação da inflação. A esse fenômeno 
auto-alimentador denominou-se inflação inercial. 
O Plano Cruzado procurou romper com esse mecanismo de propagação da 
inflação, congelando os preços, salários e o câmbio. No entanto, muitas foram as 
falhas do plano de congelamento, a começar pelo caráter de surpresa com que foi 
implantado, pois os preços relativos encontravam-se desregulados, muitos preços 
defasados, o que provocou de imediato o aparecimento do ágio. 
Essa corrente contrapõe-se diretamente ao diagnóstico ortodoxo da inflação, 
ao afirmar que o excesso de gastos governamentais, causadores de constantes 
déficits públicos, não era o responsável pelo fenômeno inflacionário. 
A inflação estrutural 
Devemos ainda mencionar a chamada corrente estruturalista, que supõe 
que as causas da inflação em países subdesenvolvidos são essencialmente de 
caráter estrutural, tais como: 
a) estrutura agrícola, pela qual a oferta de alimentos não responde rapidamente 
aos estímulos de demanda, provocando elevações dos preços; 
b) estrutura do comércio internacional, que leva ao déficit crônico no Balanço de 
Pagamentos dos países subdesenvolvidose a obrigação de ser realizada políticas 
de desvalorização cambial, provocando aumentos nos custos de produção; 
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140
c) estrutura oligopólica dos mercados, o que faz com que as empresas 
repassem todos os aumentos de custos aos preços dos produtos finais. 
Segundo essa corrente, o combate à inflação deve ser feito principalmente 
através de reformas estruturais (por exemplo, a reforma agrária), e pelo controle de 
preços dos setores oligopolizados. 
Inflação e desemprego – A Curva de Phillips 
Até a primeira metade do século XX seguia-se a caracterização da inflação 
segundo os entendimentos keynesiano, com a economia abaixo do pleno emprego, 
e pela visão clássica, em que o produto da economia encontrava-se no nível de 
pleno emprego. 
Para Keynes os preços eram rígidos no curto prazo, de forma que mudanças 
no sistema afetavam apenas as variáveis reais (emprego, produção). Por outro lado, 
para os clássicos, as variáveis reais permaneciam inalteradas, de forma que 
mudanças exógenas (aumento dos gastos governamentais) traduziam-se apenas 
em movimento de preços. 
As duas proposições teóricas, keynesiana e clássica, tornavam a Oferta 
Agregada com o formato abaixo. 
 
 Y (Produção = Q) 
p 
Ype 
OA 
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De forma diferente as interpretações keynesiana e clássica, passou-se a 
entender o fenômeno de subida dos preços segundo a relação existente entre o 
emprego da mão-de-obra e a inflação. Esta interpretação ficou conhecida pelo o que 
chamamos de Curva de Phillips. 
 Considerando que o nível de produto está diretamente relacionado ao nível de 
emprego ou inversamente proporcional ao desemprego, e sabendo que a inflação 
corresponde ao aumento geral do nível de preços, a proposição teórica de Phillips 
fornece-nos uma nova estrutura para a curva de oferta agregada da economia. 
Assim, se quisermos ter mais produto, ou de acordo com a curva de Phillips, menor 
desemprego, poderemos obtê-lo, mas em troca de preços mais elevados (mais 
inflação). 
Vejamos o resultado desta interpretação na forma gráfica e através de uma 
simples fórmula: 
 
A fórmula acima diz que a inflação é derivada do desvio de desemprego de 
mão de obra da economia em relação a sua taxa natural de desemprego. 
Note que na medida que a taxa de desemprego for igual a sua taxa natural, a 
inflação será igual a zero. Da mesma forma, a inflação será positiva se o 
desemprego estiver abaixo do pleno emprego. 
Taxa de desemprego un 
Taxa de 
inflação 
u 0 
 5 
Inflação = - ß(u - un), sendo “u” a taxa de 
desemprego ocorrida, “un" a taxa natural de 
desemprego, e ß o repasse da diferença 
encontrada para a inflação do período. 
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Uma alteração trazida por Phillips é de que a analise econômica passa a se 
dar em termos de taxas (de inflação, desemprego) ao invés de níveis de produto e 
preços. 
Expectativas e Curva de Phillips 
As expectativas dos agentes econômicos vieram a interferir no resultado 
apresentado pela curva de Phillips. Contestou-se sua estabilidade alegando-se que, 
quando se tem inflação recorrente (caso brasileiro no passado), os agentes passam 
a se antecipar à inflação, remarcando seus preços, sem alterar a produção e, 
conseqüentemente, o emprego. Essa visão alterou o resultado da curva, 
adicionando a ela o componente da inflação esperada pelos agentes. 
Inflação = inflação esperada - ß(u - un) + ε 
 
Considerado os pontos acima, verifica-se que a taxa efetiva de inflação 
depende de quanto os agentes esperam de inflação. Na verdade, o que vemos é 
que a inflação pode ocorrer independentemente da atividade econômica se alterar 
ou não. 
As expectativas dos agentes passam a ter papel fundamental no nível 
inflacionário. 
Taxa de desemprego un 
Taxa de 
inflação 
u 0 
 5 
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De acordo com as expectativas adaptativas, a inflação esperada para este 
ano é a média ponderada das inflações dos últimos anos. Com este nível de 
abstração, torna-se difícil o governo combater a inflação, uma vez que a própria 
inflação se forma independentemente das medidas econômicas a serem tomadas, 
como forma de diminuir as oscilações no produto. 
Diferente da adaptação às inflações passadas, as expectativas racionais
consideram que os agentes não olham o passado, mas somente as informações 
presentes. Assim, para formar as suas expectativas, os indivíduos não incorrem em 
erros sistemáticos. 
A implicação importante da hipótese das expectativas racionais, em relação a 
analise de Phillips, é a de que, no longo prazo, a taxa de desemprego tenderá a taxa 
natural, ou seja, os desvios decorrerão dos erros de expectativa, que tendem a 
serem corrigidos pela racionalidade econômica. O resultado da teoria das 
expectativas racionais coloca por terra toda a fundamentação da curva de Philips, 
sendo a mesma inflação dependente apenas dos fatores conjunturais que atuam 
sobre os preços dos bens e serviços. 
O resultado da curva de Phillips a partir do modelo de expectativas racionais, 
em uma análise de longo prazo, mostra que o nível de preços tenderá a subir cada 
vez mais, permanecendo constante o nível de desemprego da economia. 
 
Taxa de desemprego un 
Taxa de 
inflação 
u 0 
 5 
 7 
C. Phillips curto 
prazo 
C. Phillips longo 
prazo 
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Terminamos aqui a analise completa sobre as curvas de oferta e demanda 
agregada aliada ao estudo inflacionário. Ressaltamos que, após a ocorrência de 
crises como a do petróleo, nos anos de 1970 (inflação de custos), e o fenômeno da 
estagflação (inflação com desemprego), consolida-se a tendência de evidenciar o 
papel das expectativas no comportamento dos agentes econômicos. Nas 
expectativas adaptativa, os agentes cometem erros sistemáticos, considerando 
que parte da inflação passada e incorporada à inflação presente. As expectativas 
racionais desenvolveram a noção de que os agentes econômicos não cometem 
erros sistemáticos de previsão, tendo condições de perceber o provável impacto das 
alterações macroeconômicas. 
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Exercícios: 
33 – (AFRF/SRF – ESAF/2002) Considere o modelo de oferta e demanda agregada, 
sendo a curva de oferta agregada horizontal no curto prazo. Considere um choque 
adverso de oferta. Supondo que não ocorram alterações na curva de demanda 
agregada e que o choque de oferta não altere o nível natural do produto, é correto 
afirmar que 
a) no curto prazo ocorrera o fenômeno conhecido como “estagflação”, uma 
combinação de inflação com a redução do produto. No longo prazo, com a queda 
dos preços, a economia retornara a sua taxa natural. 
b) no curto prazo, ocorrera apenas queda no produto. No longo prazo ocorrera 
inflação e a economia retornara para o equilíbrio de longo prazo. 
c) no curto prazo ocorrera apenas inflação. No longo prazo o produto irá cair até o 
novo equilíbrio de pleno emprego. 
d) se o governo aumentar a demanda agregada em resposta ao choque adverso de 
oferta, ocorrerá deflação. 
e) se a economia encontra-se no pleno emprego, ocorrerá inflação que será mais 
intensa no longo prazo em relação ao curto prazo. 
34 – (AFPS/MPAS – ESAF/2002) Considere a seguinte equação para a curva de 
oferta agregada de curto prazo: Y = Yp + a (P – Pe), onde Y = produto agregado; Yp 
= produto de pleno emprego; a > 0; P = nível geral de preços; Pe = nível geral de 
preços esperados. Com base nas informações constantes da equaçãoacima e 
considerando as curvas de oferta agregada de longo prazo e de demanda agregada, 
é correto afirmar que 
a) uma política monetária expansionista não altera o nível geral de preços, tanto no 
curto quanto no longo prazo. 
b) alterações na demanda agregada resultam, no curto prazo, em alterações tanto 
no nível geral de preços quanto na renda. 
c) no curto prazo, uma política monetária expansionista só altera o nível geral de 
preços. 
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d) o produto está sempre abaixo do pleno emprego, mesmo no longo prazo. 
e) alterações na demanda agregada, tanto no curto quanto no longo prazo, só geram 
inflação, não tendo qualquer impacto sobre a renda. 
35 – (AFC/STN – ESAF/2002) Considere o modelo de oferta e demanda agregada 
com preços totalmente flexíveis no curto prazo. Sabendo-se que no longo prazo o 
produto é determinado pela disponibilidade de capital, trabalho e tecnologia, pode-se 
afirmar que 
a) no longo prazo, a política monetária afeta o nível de preços mas não o produto ou 
o emprego. 
b) no curto prazo, não existe possibilidade de inflação no modelo, já que as pressões 
inflacionárias são neutralizadas pelo desemprego. 
c) no longo prazo, somente uma política fiscal expansionista terá efeitos sobre o 
crescimento do produto. 
d) uma elevação exógena dos custos não causa inflação, uma vez que os preços 
são flexíveis e tal flexibilidade resulta em quedas em outros preços na economia, de 
forma que as pressões são neutralizadas. 
e) uma redução na demanda agregada gera recessão no curto prazo. 
36 – (APO/MPOG – ESAF/2003) O denominado “modelo clássico” tem sido 
apresentado em livros e textos de macroeconomia como uma descrição possível do 
pensamento econômico anterior a Keynes. Assim, partindo-se do equilíbrio no 
mercado de trabalho, chega-se ao nível de pleno emprego e, a partir da função de 
produção, ao nível de produto de pleno emprego. Nesse modelo, o nível geral de 
preços fica determinado pela denominada “teoria quantitativa da moeda”. Com base 
nessas informações, é correto afirmar que 
a) uma elevação da demanda por mão de obra reduz o salário real. 
b) uma política monetária expansionista teria como efeito uma elevação no produto 
de pleno emprego. 
c) o produto agregado real independe da quantidade de mão de obra empregada. 
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d) o nível do produto real de pleno emprego independe da oferta de moeda na 
economia. 
e) um aumento no estoque de capital na economia reduz o salário real e o nível de 
pleno emprego. 
37 – (Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA/ESAF – 2004) Considere a 
seguinte afirmação: “Uma da razões pelas quais os preços, no curto prazo, não se 
ajustam imediatamente está no fato de que esse ajuste envolve alguns custos. Para 
mudar seus preços, a empresa deve enviar novos catálogos a seus clientes, 
distribuir novas listas de preços e suas equipes de venda (...) Estes custos de 
ajustes (...) levam as empresas a ajustar os seus preços de forma intermitente, e não 
constante.” (Adaptado do livro de N. Gregory Mankiw, Macroeconomia, terceira 
edição, LTC Editora). A afirmação acima refere-se 
a) aos custos de menu. 
b) aos custos da inflação. 
c) aos custos de mão de obra em situações onde há rigidez de salário. 
d) aos custos de transação. 
e) aos custos de informação. 
38 – (Analista /BACEN – ESAF/2002) Considere: curva de oferta agregada de longo 
prazo vertical ao nível do produto de pleno emprego; curva de demanda agregada 
definida pela teoria quantitativa da moeda; curva de oferta agregada de curto prazo 
dada pela equação Y = Yp + a. (P – Pe) , onde Y = produto, Yp = produto de pleno 
emprego; P = nível geral de preços; Pe = nível geral de preços esperados; e a > 0; 
situação inicial de equilíbrio de longo prazo. Considerando um aumento nos preços 
internacionais do petróleo, é correto afirmar que 
a) no curto prazo haverá inflação sem alteração no nível de emprego. No longo 
prazo, ocorrerá uma redução no nível de emprego: o nível de produto de pleno 
emprego será menor quando comparado com a situação anterior ao aumento nos 
preços internacionais do petróleo. 
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b) no curto prazo, só ocorrera inflação. O produto permanecerá no pelo emprego 
uma vez que a produção será estimulada pelo aumento do nível de preços 
esperados decorrentes da elevação nos custos das empresas. 
c) se as expectativas forem racionais, o produto permanecerá no pleno emprego e 
não ocorrera inflação, no curto prazo, uma vez que o aumento no custo de produção 
será compensado pela queda nos salários reais. 
d) não ocorrerá inflação uma vez que a elevação dos custos será compensada pela 
elevação da inflação esperada. 
e) no curto prazo, ocorrerá inflação combinada com desemprego. No longo prazo, a 
economia voltará para o pleno emprego. O Banco Central, entretanto, poderá reduzir 
os efeitos do desemprego no curto prazo implementando uma política monetária 
expansionista. O aspecto negativo desta opção será mais inflação. 
39 – (EPPGG/MPOG – ESAF/2008) Considere a seguinte equação para a inflação: 
πt = πe - β. (u - un) + ε 
onde πt = inflação em t; πe = inflação esperada; u = taxa de desemprego efetiva; un = 
taxa natural 
de desemprego; ε = choques de oferta; e β = uma constante positiva. 
Com base neste modelo de inflação, é incorreto afirmar que: 
a) se πe = α.πt-1, onde πt-1 representa a inflação passada, se α = 1, β = 0 e ε = 0, a 
inflação será essencialmente inercial. 
b) um aumento do preço internacional do petróleo representa um choque de oferta e 
tende a aumentar a inflação. 
c) o impacto das políticas que reduzem a demanda sobre a inflação dependerá de β. 
d) se πe = α.πt-1, onde πt-1 representa a inflação passada, se β > 1, a inflação será 
explosiva. 
e) um aumento na taxa de desemprego tende a aumentar a inflação tendo em vista 
o menor volume de oferta agregada. 
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Gabarito Comentado: 
Quero iniciar a correção informando a vocês que estas questões merecem a devida 
atenção, especialmente porque se tratam de questões interpretativas, que devem 
ser analisadas a cada pontuação, ou seja, cada início e fim de ponto é parte da 
interpretação, sendo que a não consideração de cada informação pode levar a 
resposta errada da questão. 
Questão 33: letra “a” 
Quando a curva de oferta agregada é horizontal no curto prazo, é porque estamos 
diante do modelo keynesiano extremo, em que o nível de preços é rígido. Segunda 
coisa, um choque adverso de oferta é caracterizado por uma contração da oferta 
agregada, representada pelo deslocamento para a esquerda da mesma curva. 
Finalmente, deve ser lembrado que no longo prazo, ao menos em teoria, e isso deve 
ser fixado, tudo volta ao chamado equilíbrio, ou seja, ao nível de preço e produto 
antes da existência do choque. 
Considerando que a demanda agregada é negativamente inclinada, o resultado será 
um aumento no nível de preços no curto prazo acompanhado de uma redução no 
produto, caracterizando a chamada estagflação. 
Questão 34: letra “b” 
Quando a curva de oferta agregada é representada pela fórmula Y = Yp + a(P – Pe), 
pode-se entender que estamos falando da curva de oferta agregada keynesiana, 
sendo positivamente inclinada, ou seja, um aumento dos preços leva a um aumento 
da quantidade ofertada. 
Considerando que curva de demanda agregada é negativamente inclinada, ao se 
considerar variações nesta, no curto prazo, teremos de fato variações tanto no nível 
de preços quanto na renda ou PIB. 
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Com a afirmação da letra “b”, conclui-se que as letras “a” e “c” e “e” estão incorretas. 
No caso da letra “d”, verifica-se que pleno emprego tanto no curto quanto no longo 
prazo é representado pela oferta agregada clássica e não keynesiana. 
Questão 35: letra “a” 
O modelo de oferta agregada com preços totalmente flexíveis é representado pelo 
modelo clássico, estando a economia sempre em pleno emprego, onde estímulos na 
demanda agregada geram apenas alterações nos preços. 
Com estas informações, explica-se as letras “b”, “c” e “e”. No caso da letra “d”, uma 
elevação exógena nos custos desloca a oferta agregada para a esquerda. Como a 
demanda agregada é negativamente inclinada, conclui-se que ocorre inflação diante 
da elevação dos custos, ou seja, deslocamento da oferta agregada para a esquerda. 
O restante da questão é somente para confundir a análise. 
Questão 36: letra “d” 
Conforme estudado, a economia já se encontra no nível de pleno emprego, 
independente da oferta de moeda. 
No caso da letra “a”, se for substituído o termo mão de obra por moeda, de fato 
ocorria uma redução do salário real, uma vez que este leva em consideração o nível 
de preços, sendo que estes se alteram diante de uma maior demanda por moeda, já 
que isto leva ação leva ao aumento do nível de preços em uma economia clássica. 
Na letra “c”, o produto agregado real depende da mão-de-obra empregada mas não 
da oferta de moeda. 
De fato o aumento do estoque de capital reduz o salário real mas o nível de pleno 
emprego, já que a análise se dá no nível de pleno emprego. 
Questão 37: letra “a” 
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Trata-se da própria definição de custos de menu. 
Questão 38: letra “e” 
Pelo enunciado da questão, verifica-se que a curva de oferta agregada em análise 
refere-se a keynesiana. Lembrando que no longo prazo a economia volta ap pleno 
emprego, com a curva de oferta agregada vertical, verifica-se que: 
No curto prazo ocorrerá inflação com redução do produto, já que a oferta agregada 
desloca-se para esquerda e para cima. Essa redução do produto leva ao aumento 
do desemprego, no curto prazo, já que no longo prazo a economia volta ao 
equilíbrio. A implementação de uma política monetária expansionista faz com que 
ocorra um aumento da demanda agregada, já que os consumidores terão mais 
dinheiro para consumir, fazendo com que as empresas produzam mais, diminuindo a 
queda do produto. 
Questão 39: letra “e” 
Um aumento do desemprego tende a diminuir a inflação, uma vez que menos 
trabalhadores terão recursos para realizarem compras, reduzindo assim a demanda 
por moeda.

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