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P 1 Tutoria 10 Patricia Leite – UNIC XXIX ESCLERODERMIA LOCALIZADA Artigo1: Revisão das Manifestações Extracutâneas da Esclerose Localizada Rev SPDV;2018: A morfeia, também designada esclerodermia localizada (EsL), é uma doença do tecido conjuntivo de etiologia desconhecida, na qual o excesso de deposição de colágeno leva ao desenvolvimento de lesões escleróticas. -Definição: Esclerodermia significa “pele dura”. Há 2 tipos de Esclerodermia: a forma localizada, que afeta exclusivamente a pele, seja na forma de placas (morféia) ou como uma faixa em membro superior ou inferior (linear) ou em face (“golpe de sabre”) e a forma sistêmica, que é denominada Esclerose Sistêmica, que afeta pele e órgãos internos. . - Esclerodermia localizada é caracterizada pelo espessamento da pele devido à excessiva deposição de fibras colágenas. O colágeno é uma proteína presente na pele normal, com função de sustentação. Contudo, quando uma quantidade anormalmente grande de colágeno é produzida, a pele vai se tornar rígida e dura. - Epidemiologia: morféia pode ocorrer em todas as faixas etárias (Uptodate: 50 a 65% ocorrem em adultos, mas nas crianças, entre as escleroses, a cutânea é a mais comum), e é mais frequente em caucasianos. Esclerod. linear é mais comum em crianças e adolescentes. ~ 80% dos pcts têm < 20 anos (Média de idade 30 anos). É 4x mais comum na mulher do que no homem. -Etiologia: ainda desconhecida. Não é infecciosa, não podendo ser transmitida para outra pessoa. Alguns a consideram uma “doença auto-imune”, mas os pcts não apresentam outros defeitos conhecidos do sistema imunológico. . Artigo1: Embora não existam estudos genéticos específicos, parece haver uma predisposição genética, sugerida nomeadamente pela sua associação a outras doenças autoimunes, mais comuns nesses pcts e seus familiares. A implicação de mecanismos autoimunes é ainda favorecido pela maior frequência de autoanticorpos (anticorpos antinucleares (ANA), anti-ssDNA e anticorpos antihistona). Já como fatores ambientais, têm sido propostos vários, como traumas, radiação, fármacos e infecções virais ou bacterianas, como a doença de Lyme. Aula prof Mariana: Observou- se ocorrência de morféia após infecção viral por Epstein-Barr e infecção bacteriana por Borrelia burgdorferi. Dado que a lesão vascular parece ser um evento crucial na patogênese, é sugerida a hipótese de uma disfunção vascular local que ocorre no contexto de doença autoimune. Fisiopatologia Sampaio e Rivitti p231: Ainda pouco clara. 3 distúrbios básicos identificados na patogênese: 1) Dano vascular 2) Alteração da imunorregulação 3) Distúrbio do metabolismo do colágeno .. - A disfunção endotelial parece representar o 1º passo no desenvolvimento das lesões, desempenhando a desregulação do sistema imune e formação excessiva de matriz extracelular um papel primordial na patogênese da doença. Estes mecanismos são também essenciais na escl sistêmica, sendo que a maioria dos determinantes fisiopatológicos da morfeia são deduzidos desta doença. . Artigo1:Acredita-se que a predisposição genética associada a fatores ambientais, determinam a lesão endotelial, com aumento da expressão de moléculas de adesão e libertação de quimiocinas. Estas desencadeiam o processo inflamatório com recrutamento celular, sobretudo de linfócitos do tipo T helper (Th). Estes, através da produção de interleucinas, IFN-alfa, IFN-gama e o transforming growth factor (TGF)- beta, levam por sua vez ao recrutamento e ativação de fibroblastos e miofibroblastos com produção excessiva de colágeno, fibronectina e proteoglicanos → processo fibrótico dérmico que substitui os anexos cutâneos e a hipoderme. - Isso porque foram encontrados nesses pcts: Citocinas associadas às respostas imunológicas Th2, como a interleucina (IL) -4, são detectadas em níveis aumentados em pacientes com morféia. A IL-4 produzida pelos linfócitos CD4 + Th2 pode regular positivamente a produção de fator de crescimento transformador (TGF) -beta pelos linfócitos T e outras células. O TGF-beta é capaz de estimular a produção de fibroblastos de colágeno e outras proteínas da matriz extracelular. P 2 Tutoria 10 Patricia Leite – UNIC XXIX - Clínica: Morféia é dividida em vários subtipos, mas todos passam por estágio inflamatório inicial seguido de esclerose e atrofia subsequente. A profundidade do envolvimento pode ser superficial (principalmente dérmica) ou profunda (envolvendo a derme profunda mais o subcutâneo, fáscia e/ou osso). Evolução das lesões - As lesões escleróticas na pele se manifestam como placas ou nódulos firmes e limitados. No entanto, na morféia, o sinal inicial da doença geralmente é uma lesão de caráter inflamatório, eritematoso ou placa edematosa. Alguns pcts podem notar dor inexplicável ou prurido no local da doença antes do desenv de uma lesão clinicamente evidente. A esclerose geralmente começa no centro das lesões inflamatórias, deixando inicialmente uma borda eritematosa ou violácea. Hipopigmentação, hiperpigmentação, alopecia secundária à perda de folículos capilares e superfície cutânea brilhante são caract. adicionais comuns das lesões escleróticas. Após meses a anos, as placas escleróticas amolecem e transitam para placas atróficas hipopigmentadas ou hiperpigmentadas. A atrofia em lesões que envolvem principalmente a derme pode se apresentar como áreas de papel fino de cigarro ou depressões superficiais. - Pcts com morféia profunda, que se estende p/ o subcutâneo e além, podem ficar com indentações profundas após a resolução da doença ativa. Subtipos - Falta consenso sobre o sistema de classificação apropriado para a morféia. Uptodate prefere a divisão clínica de morfeia em subtipos: circunscritos, generalizados, lineares, panscleróticos e mistos. -Classificação (artigo1): morfeia apresenta vários fenótipos clínicos, havendo vários esquemas de classifica-ção propostos. A utilizada pela Soc Europeia de Reumato Pediátrica (critérios de Laxer e Zulian) descreve 5 subtipos: 1) Morféia Circunscrita (65%) Forma clínica mais comum (principalmente adultos) se apresenta como 1 ou mais placas de pele espessada com graus variados de pigmentação, redondas ou ovais de bordas irregulares, induradas, superfície lisa e cor marfínica, que na fase ativa estão envolvidas por halo eritêmato- violáceo, conhecido como anel lilás. Evolutivamente surgem atrofia e esclerose, diminuição ou ausência de folículos pilossebáceos, diminuição da sudorese e discromia variável, com hipo e hiperpigmentação. Em decorrência do comprometimento do subcutâneo, a pele torna-se deprimida e, raramente, surgem bolhas tensas, resultantes de traumatismo local ou obstrução linfática. As lesões alcançam, em geral, o tronco, podendo atingir membros e couro cabeludo, onde ocasionam alope cia cicatricial. 1.1 Superficial - Envolve 1 ou 2 áreas anatômicas (geralmente tronco e/ou região proximal dos membros). Do ponto de vista histopatológico, o atingimento é superficial, afetando apenas derme e hipoderme. 1.2 Profunda – A esclerodermia em placas pode coexistir com nódulos subcutâneos de aspecto queloidiano, aderidos aos planos profundos em decorrência de fibrose dos septos fibroadiposos, constituindo quadro de esclerodermia profunda. Caracterizada por lesões envolvimento da derme, tecido adiposo, fáscia e por vezes músculo. O local de envolvimento primáriopode ser mais profundo (fáscia ou músculo) sem envolvimento da pele suprajacente. Ocorre em maior frequência no abdome, na região sacral e MMII. Por vezes, alguns médicos podem classificar a morféia em diversos subtipos de acordo com a forma ou a profundidade das lesões. Ex: morféia “gutata” se refere a áreas de pele espessada na forma de “gotas” hipopigmentadas, enquanto morféia “subcutânea” indica uma forma com envolvimento predominante dos tecidos cutâneos mais profundos, poupando de maneira relativa a pele. 2) Generalizada Sampaio e Rivitti: Extensas áreas da pele acometidas por lesões tipo morfeia (alguns pcts podem também apresentar áreas de espessamento da pele em braços ou pernas caract. de esclerodermia linear). É a forma cutânea mais severa, com envolvimento disseminado da pele e músculos. Artigo1:Caracteriza-se por placas individuais (em número ≥4 e maiores que 3 cm) que se tornam confluentes e envolvem mais de 2 das 7 principais áreas anatômicas (cabeça/pescoço, membros P 3 Tutoria 10 Patricia Leite – UNIC XXIX superiores, membros inferiores, face anterior e posterior do tronco -onde costuma se iniciar). Geralmente tem atingimento do tipo superficial, limitado à derme. Dado que o envolvimento cutâneo é por vezes extenso, é importante o diagnóstico diferencial com a esclerose sistêmica. Deve também ser diferenciada do escleroedema, caracterizado por infiltração cutânea progressiva da face, do pescoço e tronco. 3) Morfeia Linear Artigo1: lesões cutâneas seguem um padrão linear que envolve a derme, tecido adiposo, por vezes músculo e osso. Forma mais comum nas crianças e jovens. Sampaio e Rivitti: As áreas de espessamento cutâneo são mais comuns nas pernas e nos braços e, quando acometem as articulações, podem acarretar limitações da função articular. Raramente, a E. linear pode representar sério problema em crianças, especialmente quando acomete profundamente a pele. Algumas vezes, por razões não compreendidas, a esclerodermia linear pode retardar o crescimento dos ossos abaixo da pele afetada. 3.1 Morfeia linear com envolvimento do tronco e/ou membros – placas escleróticas atróficas lineares que podem envolver progressivamente todo o membro e causar deformação definitiva. 3.2 Morfeia linear com envolvimento da cabeça – Nesta localização apresenta 2 formas, apesar de alguns autores as considerarem como espectro clínico da mesma doença: 3.2.1 Morfeia em Golpe de Sabre (MGS) – caracterizada por uma banda esclerótica unilateral que envolve o couro cabeludo e região frontoparietal, maioritariamente sem extensão abaixo da linha de implantação das sobrancelhas, semelhante à lesão clínica de um golpe por um sabre. Sampaio e Rivitti: Raramente, pode estar associado com anormalidades do crescimento dos ossos da face, levando a deformidades consideráveis. 3.2.2 Síndrome de Parry-Romberg (SPR) –forma de atrofia hemifacial progressiva, com atrofia significativa dos tecidos moles (Subcutâneo) e envolvimento também do andar inferior da face. Sampaio e Rivitti: pode haver hiperpigmentação e o processo se estende da fronte até a região mentoniana. Acompanha-se de atrofia ou parada no crescimento dos ossos e cartilagens, podendo atingir os músculos, que se mantêm, no entanto, com força preservada. O processo progride lentamente por ~3 anos, estabilizando-se em cerca de 3 a 5 anos. Provoca grave dano estético e pode ser acompanhado de nevralgia trigeminal ou parestesia facial. Podem ainda ocorrer convulsões de tipo localizado contralaterais, enxaqueca e alterações oculares. Deve ser diferenciado da hipoplasia facial congênita, que está presente desde o nascimento, diferentemente da hemiatrofia facial progressiva. 4) Morfeia Panesclerótica Muito rara, mas é a mais debilitante, com apresentação similar à da morfeia generalizada, no entanto, distingue-se desta pelo envolvimento profundo de estruturas subcutâneas (músculo, tendões, osso). Poupa extremidades dos dedos, o que contribui para seu diagn diferencial com a escl. sistêmica. Ambas tendem a poupar o complexo aréolo-mamilar. Aula prof Mariana: Pode haver envolvimento de articulações, gerando artralgias e edema articular. Observam-se, comumente, contraturas e retrações dos membros. 5) Morfeia Mista Definida pela coexistência, no mesmo doente, de dois ou mais subtipos descritos 6) (presente no Sampaio e Rivitti, mas não no artigo1 e Uptodate) Escl. Segmentar: Caracteriza-se por áreas segmentares de atrofia e esclerose da pele que adere aos tecidos subjacentes, ocasionando deformidades. A lesão, em geral, é unilateral e, em decorrência do comprometimento muscular, causa contratura e anquilose de extremidades e hemiatrofia. P 4 Tutoria 10 Patricia Leite – UNIC XXIX Manifestações extracutâneas: ~20% dos pcts com Escl Cut/localizada apresentam manifestações extracutâneas. Consistem essencialmente em artrite, achados neurológicos ou outras condições autoimunes. Nesses pcts, o comprometimento de órgãos é mais leve e não há risco de vida, em comparação com a escl. Sistêmica. Diagnóstico - Sampaio e Rivitti p233 (tabelas por victória Noemi): Diagn clínica de esclerodermia cutânea é dada pelas características dermatológicas da lesão. Diagnóstico lab engloba o estudo histológico das lesões, pesquisa de anticorpos antinucleares e, no caso da esclerodermia generalizada, o estudo de comprometimento visceral. Alterações histopatológicas são comuns aos vários tipos e semelhantes às encontradas na esclerodermia sistêmica. (Uptodate): Associadamente, há infiltrado inflamatório mononuclear e espessamento da parede dos pequenos vasos na fase inicial, depois há aumento da ativação de fibroblasto, com deposição maciça de colágeno. Já estados mais avançados podem ter toda a derme substituida por fibras compactadas de colágeno. (biópsias de tecidos geralmente são reservadas p/ casos em que o diagn está em questão. Todas as amostras de biópsia devem incluir gordura subcutânea). Na morfeia profunda e na pan-esclerótica da infância, ocorre uma paniculite hialina linfocitária semelhante à encontrada no lúpus eritematoso profundo. . - A imunofluorescência direta, em ~ 35% dos casos, mostra deposição de imunoglobulinas, principalmente IgM, e complemento na zona da membrana basal e na parede vascular. O encontro de anticorpos antinucleares é eventual, detectados nas formas em placa generalizada e, em crianças, na forma linear. . - Evolução clínica é imprevisível. Lesões tendem à remissão espontânea com desaparecimento das alterações indicativas de atividade e, eventualmente, da esclerose, em média, em torno de 5 anos. Prognóstico é favorável em relação à vida, no entanto, permanecem lesões atróficas deformantes e, algumas vezes, anquiloses. Lesões segmentares dos MMII podem ulcerar e, conforme o grau de esclerose, exibir a formação de bolhas e, com o passar dos anos, degenerações neoplásicas com desenv. de carcinoma espinocelular. Tratamento Esclerodermia localizada é uma doença auto-limitada tornando-se inativa e com melhora espontânea dentro de 3 a 5 anos. Às vezes, lesões novas podem aparecer, mas, ao final, a doença regride. Uma provável exceção à regra é a esclerodermia “em golpe de sabre”, que pode apresentar um curso imprevisível e se tornar ativa novamente anos após ter aparecido. Fisioterapia é muito importante para preservar a mobilidade das articulações acometidas até que haja melhora do quadro cutâneo. Naqueles pcts com extensoenvolvimento da face, cirurgia plástica reparadora tem apresentado bons resultados. P 5 Tutoria 10 Patricia Leite – UNIC XXIX O resultado esperado do sucesso da terapia para a morféia não é o retorno à pele completamente normal, embora isso possa ocorrer em lesões inflamatórias muito precoces. O sucesso terapêutico para lesões individuais é definido pela melhora ou resolução do eritema, amolecimento da lesão ou regeneração capilar local. Pcts com doença progressiva, o tto bem-sucedido impede a formação de novas lesões e limita a disseminação da doença. Fotografias seriadas são valiosas para acompanhar a resposta à terapia. . - Em geral, a doença ativa (presente <3 meses ou com sinais clínicos de inflamação) é mais responsiva ao tto. Lesões escleróticas são menos propensas a melhorar, e lesões atróficas raramente respondem à terapia. . - Dada a natureza autolimitada da morféia, a intervenção terapêutica é opcional para pcts com morféia não complicada e circunscrita. A intervenção mais importante no manejo desses pcts é o acompanhamento próximo para o desenvolvimento de um envolvimento mais extenso que requer uma abordagem mais agressiva da terapia. O tto é insatisfatório; as melhoras correlacionadas às várias medicações podem decorrer da evolução natural da doença. - Na fase inflamatória, indicam-se cremes, curativos oclusivos ou infiltração com corticosteroides fluorados e, ocasionalmente, cremes de heparina ou heparinoides, calcipotrieno tópico e capsaicina tópica, esta é indicada para controlar o prurido. . - Doença circunscrita dérmica que desejam tto, mas não têm acesso ou preferem evitar as visitas frequentes necessárias para a fototerapia, sugerimos tto com corticosteróides tópicos de alta potência, corticosteróides intralesionais, um análogo tópico da vitD (pode exercer efeitos inibitórios na proliferação de fibroblastos, síntese de colágeno e ativação de linfócitos T), tacrolimo tópico ou imiquimod. Normalmente usa-se pomada tópica de tacrolimus 0,1% sob oclusão ou corticosteroides intralesionais . - Na fase esclerótica, com finalidade de lubrificação, estão indicados cremes emolientes. Fisioterapia é importante e imprescindível nas formas segmentar e generalizada, no sentido de controlar contraturas e anquiloses. - Doença rapidamente progressiva, grave e incapacitante requer tto com terapia sistêmica. Para pcts dessa categoria, sugere-se tto combinado de metotrexato e glicocorticóides sistêmicos. [Metotrexato é a terapia sistêmica mais apropriada para a morféia. Em pcts com doença generalizada aguda ou rapidamente progressiva, incluindo aqueles com morféia pansclerótica, combinamos tto com glicocorticóides sistêmicos. Metotrexato é normalmente admin por pelo menos 6 a 12m. O glicocorticóide sistêmico é geralmente cônico e descontinuado após 3 a 4 m. São usadas drogas de efeitos terapêuticos não comprovados, como vit E (100 a 400 mg/dia) e asatiacoside (60 mg/dia). Há relatos favoráveis ao uso da fenitoína, na dose inicial de 3 mg/kg/dia, depois reduzida, particularmente nas formas segmentares. A fenitoína tem alguns efeitos colaterais e ~ 19% dos usuários desenvolvem reações cutâneas. Colchicina pode ser experimentada na dosagem 0,5 a 1 mg/dia, bem como retinoides, IFN-gama e imunossupressores. UVA pode ser útil em doentes com progressão rápida. A D-Penicilamina, pelos seus efeitos e toxicidade, não é mais empregada. Quando ocorrer aumento de anticorpos antinucleares, é indicado associar a adm de corticoide. . - Para formas dérmicas de morféia capazes e dispostas a receber fototerapia, sugere-se tto com UVA1. Se UVA1 não disponível, outras opções para fototerapia incluem UVA de banda larga, UVB de banda estreita e PUVA. É improvável que a fototerapia seja eficaz para a morféia que envolve tecido subcutâneo, músculo ou osso (teoria: UV produz imunomodulação e enzimas que quebram colágeno) - Atrofia facial: reconstrução cirúrgica paliativa é potencialmente benéfica em casos de atrofia facial desfigurante Monitoramento: Uptodate: maioria dos pcts com exames clínicos a cada 2 a 4 m durante o 1º ano após o diagnóstico. Desde que o controle da doença seja alcançado, estendemos o período entre os exames a cada 6m durante o segundo ano após diagnóstico. Posteriormente, realizamos acompanhamento clínico anual. Pcts devem ser encorajados a retornar para a avaliação se observarem um novo desenvolvimento de lesão ou progressão da doença entre as visitas. Prognóstico: Aula da prof Mariana: geralmente bom. Evolução para esclerodermia sistêmica é rara: 0,9% a 5,7%. As lesões de morféia raramente coexistem com outras doenças autoimunes. Uptodate: morféia pode ter um curso recorrente e recorrente, com períodos de atividade e reativação ao longo de vários anos; não se sabe se o tto com imunossupressores, como corticosteróides sistêmicos e metotrexato, diminui o risco de recorrência a longo prazo. Na pendência de mais P 6 Tutoria 10 Patricia Leite – UNIC XXIX evidências, é prática dos autores educar todos os pacientes com morféia sobre a possibilidade de recorrência e sugerir acompanhamento a longo prazo. Também educamos os pacientes sobre as características das lesões ativas.