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Os impactos do isolamento social sobre a educação. 
Uma análise das escolas pós pandemia de COVID-19 
 
Aluna: Juliana Barboza Ferreira 
 Matrícula: 202002635411 
 Professora: MARILIA SCORZONI 
 
 
 Resumo: A pandemia da COVID-19 trouxe inúmeras 
consequências na nossa sociedade que agravaram os problemas já 
existentes no país. A área da educação foi abalada já que o modelo 
presencial de ensino teve que ser substituído de maneira rápida e sem 
planejamento para o modelo remoto (Google Classroom) e com isso 
ocasionou uma mudança extrema no ambiente escolar levando o despencar 
da educação. A pesquisa propõe refletir sobre os impactos causados na 
educação. O estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e 
entrevistas com alunos, professores e diretores da rede pública, além de 
pesquisas em livros, relatos, entrevistas e artigos. 
Para muitos alunos das comunidades mais pobres, com dificuldade de 
acesso à alimentação e com seus pais ainda necessitando trabalhar, a 
realidade se concretizou ou no apoio de avós e vizinhos ou abandono em 
cuidado próprio ou de irmãos mais velhos. Com acesso restrito ou nulo à 
internet, poucos conseguem realizar as propostas feitas pelos governos 
para suprir a ausência de aulas presenciais. Nesse contexto, qual o papel 
da educação? 
Muitos estudantes, por exemplo, não tinham conexão com a internet e muito 
menos equipamentos adequados para a condução dos estudos. A falta de 
suporte e da dinâmica presencial com os professores e colegas, 
igualmente, foi um forte motivo para muitos discentes abandonarem as 
atividades escolares. 
A ausência do convívio no ambiente de ensino afetou de maneira particular 
as crianças e os adolescentes. Isso porque o isolamento social anda no 
sentido oposto de um equilibrado desenvolvimento socioemocional e 
cognitivo. A falta de adaptação a esse modelo, portanto, contribui para o 
déficit educacional. 
Quando se fala em educação é fácil associar a um espaço físico, a um lugar 
especifico onde alunos, professores e gestores formam uma comunidade, 
cujo o objetivo é propiciar momentos de ensino-aprendizagem. Educação, 
enquanto instituição, torna-se responsável por trazer os conhecimentos 
científicos e faze-los ter sentido no cotidiano dos educadores. A escola 
torna-se, com esse propósito, a segunda casa do educando. O lugar onde o 
saber é construído em diferentes diálogos na busca de uma educação de 
qualidade, responsável por propiciar espaços para o educando se tornar o 
agente do saber, um sujeito critico, ciente de seus direitos e deveres, bem 
como um ser preparado para atuar nos mais diferentes espaços 
comunicativos. 
 
Palavras-chave: COVID-19, pandemia, educação, professores, escola, 
alunos, crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
No início do ano de 2020, o Brasil se deparou com uma pandemia mundial 
da COVID- 19, que acarretou na mudança da vida cotidiana em diferentes 
esferas; familiar, social e escolar (Fiocruz, 2020). Além disso, a pandemia 
tem gerado grandes impactos na saúde mental das pessoas (OPAS, 2020). 
Os efeitos da pandemia variam amplamente e incluem desde impactos 
diretos na economia e empregos até efeitos indiretos de perdas de 
aprendizagem entre crianças que estão fora da escola. O Brasil está entre 
os países mais afetados pela pandemia da COVID-19. Além disso, os 
impactos no capital humano ainda estão sendo acumulados à medida que 
menos crianças estão envolvidas em atividades educacionais (89% agora 
em comparação com 99% antes da pandemia) e apenas cerca de 40% 
tinham aulas presenciais. 
No âmbito escolar, o fechamento de escolas afetou a educação de muitas 
crianças e jovens. Segundo os dados do IBGE (2020) apud Unibanco 
(2020), no mês de julho do mesmo ano, 8,7 milhões de crianças, 
adolescentes e jovens não tiveram qualquer acesso a atividades de ensino 
remota. Os dados revelam que de cada 10 estudantes, apenas 7 executam 
as atividades remotas. Já durante outubro de 2020, de acordo com a 
pesquisa Pnad Covid19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), mais de 6 milhões de estudantes de 6 a 29 anos, da educação 
básica ao ensino superior, não tiveram acesso a atividades escolares. O 
número representa 13,2% dos alunos matriculados naquele mês 
(Unibanco,2020). Por tais motivos, a pandemia tem exigido uma nova 
maneira de organização familiar, na qual a família precisa passar por um 
processo de reestruturação, o que acarreta naturalmente em inúmeros 
desafios. 
A interrupção das atividades presenciais nas escolas durante a pandemia 
impactou negativamente o aprendizado dos estudantes no mundo inteiro e, 
de forma ainda mais acentuada, em países em desenvolvimento. No Brasil, 
estudos identificaram perdas médias estimadas entre 4 a 10 meses de 
aprendizagem, sendo maior em matemática e entre crianças mais novas. 
Ainda que os estudantes tenham aprendido durante o período de 
interrupção das atividades presenciais, os estudos mais robustos indicam 
que houve “perda de aprendizado” e que o ritmo de aprendizado foi mais 
lento, causando um déficit no aprendizado. (BARTHOLO et al., 2022; 
FMCSV, 2021a; 2021b; BETTHÄUSER et al., 2022; LICHAND et al., 2022; 
STRINGER; KEYS, 2021; HOWARD et al., 2021; PATRINOS et al., 2022). 
 
2. METODOLOGIA 
O presente trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, que 
consiste na revisão da literatura relacionada à temática abordada. Para tanto, 
foram utilizados livros, periódicos, artigos, sites da Internet entre outras fontes. 
De acordo com Boccato (2006, p. 266), a pesquisa bibliográfica busca a 
resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos 
publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse 
tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi 
pesquisado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. A PANDEMIA 
Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi 
alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de 
Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de 
coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos. 
Uma semana depois, em 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas 
confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus. Os 
coronavírus estão por toda parte. Eles são a segunda principal causa de 
resfriado comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente 
causavam doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum. 
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo coronavírus 
constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional 
(ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no 
Regulamento Sanitário Internacional. Essa decisão buscou aprimorar a 
coordenação, a cooperação e a solidariedade global para interromper a 
propagação do vírus. Essa decisão aprimora a coordenação, a cooperação e a 
solidariedade global para interromper a propagação do vírus. 
Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma 
pandemia. O termo “pandemia” se refere à distribuição geográfica de uma 
doença e não à sua gravidade. A designação reconhece que, no momento, 
existem surtos de COVID-19 em vários países e regiões do mundo. 
 
 
4. OS IMPACTOS CAUSADOS PELA PANDEMIA 
A pandemia causou diversos impactos em todo o mundo, dentre eles, na 
economia, na vida social, na saúde mental e também na educação que é o foco 
desse trabalho. 
 
 
 
 
 
4.1 O impacto do isolamento social. 
A pandemia da Covid-19 trouxe uma nova realidade para o mundo: máscaras, 
álcool em gel, cuidados redobrados com a higiene e, talvez o mais impactante, 
o isolamento social. O simples ato de cumprimentar, abraçar ou estar junto com 
as pessoas que amamos foi reduzido ou muitas vezes até cancelado por 
completo por um longo período.Pela primeira vez, estar longe das pessoas foi considerado um ato de 
preocupação e cuidado. O isolamento social, durante toda a pandemia, foi e 
continua sendo um meio de minimizar o contágio da Covid-19. O mais eficiente 
até que, pelo menos, grande parte da população tenha sido vacinada. 
Porém, os impactos de isolar-se são inúmeros: desde a saudade de pessoas 
queridas, ansiedade, insegurança, medo e, em algumas vezes, depressão por 
estar longe de quem amamos. Por isso, além de cuidar da saúde física durante 
este período, também foi e continua sendo fundamental cuidar da saúde 
mental. 
 
4.2 O impacto da pandemia na vida dos professores 
No âmbito educacional, as medidas de quarentena e distanciamento social 
elaboradas pelos governos fizeram com que algumas escolas adotassem a 
modalidade de ensino a distância (EAD) com o propósito de possibilitar uma 
alternativa a uma eminente e possível perda do ano letivo. Isto, acabou 
gerando preocupações quanto ao modo de conduzir estas aulas mantendo a 
mesma qualidade do ensino presencial. 
Um outro aspecto a ser pensado neste cenário, é a formação de professores 
atuantes na educação básica, tendo em vista as possíveis dificuldades que 
este corpo docente enfrentou e enfrenta. Conforme salienta Santos (2020), 
professores atuam na relação e interação constante com seus alunos e não no 
vazio, aspecto este que também pode ser considerada uma importante parte 
do processo de ensino e aprendizagem. 
De acordo com Barros e Vieira (2020) e Peres (2020), houve muitos desafios 
para os docentes, uma vez que os mesmos não foram preparados em sua 
formação como professores, quer seja na graduação ou pós-graduação, para 
lidar com as diversas tecnologias e plataformas de ensino remoto, que se fez 
necessário frente à pandemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almeida (2010) pondera sobre a complexidade de formar professores para 
atuar em novos espaços, tempos e culturas, como é o caso da formação on-
line e também na atuação no EAD, pois se trata de mudanças de concepções, 
valores, práticas e até crenças. Este contemporâneo momento faz com que o 
sujeito mergulhe em uma nova cultura, reestruturando seu pensamento de 
acordo com os novos tempos. 
Analisando o processo histórico de profissionalização docente e suas principais 
modificações a partir do século XVIII, Nóvoa (2000) identifica a crise da 
profissão docente, evidenciando problemas que os professores enfrentam há 
anos. Dentre esses problemas, é importante destacarmos a desmotivação 
pessoal, que pode ser provocada pela desvalorização da profissão, tanto por 
órgãos administrativos, quanto pela própria relação com os alunos ou com a 
comunidade, baixos salários, falta de investimentos na educação, entre outros 
fatores que eventualmente possam desembocar em tais desmotivações. 
Um fator que comprova essa situação, é o que diz respeito à atividade docente 
como uma segunda atividade. Nóvoa (2000, p. 24 apud NOFFKE, 1992) afirma 
que “é preciso incentivar uma maior identificação pessoal dos professores com 
“A pandemia da COVID-19 fez com que o tempo em casa e na 
escola se transformasse em um só. Foram horas e mais horas de 
planejamento fora do turno de trabalho, tudo para fazer com que, 
mesmo ausentes da rotina escolar, os alunos tivessem o maior 
aproveitamento possível. Ficamos sem auxílio e incentivos, sem 
preparação frente à nova realidade. Os professores compraram 
equipamentos, triplicaram os gastos com internet, dividiram o 
tempo entre as aulas on-line, planejamentos, elaboração de 
cadernos, atendimento aos grupos de salas de aula, dedicaram-se 
a cursos on-line para dar conta das plataformas, aprenderam a 
gravar vídeos, editar, postar, reeditar, e assim por diante. Tudo 
isso sem quase nenhum apoio de governos”. 
o local de trabalho e aumentar o seu tempo de presença nas escolas”. Ou seja, 
incentivar a profissão docente para que esta seja exercida como atividade 
principal, e não apenas para completar o salário dos professores ou 
caracterizar a carreira como sendo uma segunda profissão, vulgarmente 
definida como “bico”. Ao compreender alguns aspectos e dificuldades 
enfrentados pela formação de professores on-line e ao inserir estas 
dificuldades no contexto da pandemia do COVID-19, ainda temos a 
preocupação em se buscar novas formas de se reinventar, em um processo de 
ressignificação, englobando toda comunidade educativa. 
Almeida (2010) alerta que embora as TDICs possibilitem uma informatização 
do ensino, a concepção de educação se fragiliza, tendo em vista uma certa 
passividade do aluno e também uma mecanização do processo de ensino e 
aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, as novas tecnologias digitais de informação e comunicação tem 
causado grande impacto na educação escolar, trata-se, pois, de uma revolução 
e um estrondoso avanço tecnológico que tem influenciado a tudo e a todos, 
desde as crianças até os adultos e idosos. 
Em conversa com algumas educadoras cheguei a conclusão que a maior 
dificuldade enfrentada por elas foi a adaptação as mídias digitas e os recursos 
usados para aulas a distância. 
 
 
 
Se, de um lado, o uso das TDIC permite a informatização do 
ensino, a substituição do professor pelas máquinas, a transmissão 
uniforme de conteúdos informativos, a proposição de perguntas 
previamente programadas e o controle automático das respostas 
do aluno; por outro lado, essa cultura de transmissão perde 
terreno (Silva, 2009) e fragiliza a concepção de educação, de 
escola e de universidade centrada na prática unidirecional e na 
passividade do aluno, devido às potencialidades interativas 
oferecidas pelas TDIC e pela cultura digital incorporada no 
cotidiano (ALMEIDA, 2010, p. 70). 
4.3. Os impactos da pandemia para os alunos 
A pandemia impactou principalmente, para aquelas crianças e adolescentes em 
situação de maior vulnerabilidade, agravando problemas crônicos, como a 
desigualdade de acesso e permanência à escola, uma vez que o sistema 
educacional brasileiro não estava preparado. 
Segundo o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e 
qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes: 
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II – Direito de ser respeitado por seus educadores; 
III – Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias 
escolares superiores; 
IV – Direito de organização e participação em entidades estudantis; 
V – Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
Sendo o inciso (V) limitado no momento pandêmico por questões de segurança 
e a não propagação do vírus da COVID-19. 
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2021, 7,28 
milhões de famílias ainda permaneciam sem conexão de internet em casa. Isso 
representa cerca de 28 milhões de brasileiros acima dos 10 anos de Idade. A 
dificuldade de acesso às redes dificulta não só atividades cotidianas como 
também o processo educacional de muitas pessoas. Isso porque, de acordo 
com o levantamento, 3,6 milhões do total de pessoas sem acesso à internet no 
ano passado eram estudantes. 
Como consequência desse contexto, o levantamento da organização “Todos 
Pela Educação”, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
Contínua (PNAD Contínua), mostra que 244 mil crianças de 6 a 14 anos 
estavam fora do sistema educacional em 2021. A evasão escolar apresentou 
um aumento de 171% em relação a 2019, antes do surto da covid-19. 
A falta de computadores, celulares e acesso à internet em casa dos dificultou 
ensino remoto para alunos de 86% das escolas do país. Ainda que os 
estudantes tenham aprendido durante o período de interrupção das atividades 
presenciais, os estudos mais robustos indicam que houveperda de 
aprendizado e que o ritmo de aprendizado foi mais lento (BARTHOLO et al., 
2022; FMCSV, 2021a; 2021b; BETTHÄUSER et al., 2022; LICHAND et al., 
2022; STRINGER; KEYS, 2021; HOWARD et al., 2021; PATRINOS et al., 
2022). 
Outro efeito documentado na literatura é o aumento das desigualdades de 
aprendizagem ao longo de 2020 e 2021. Os alunos em situação de maior 
vulnerabilidade social foram mais fortemente impactados e aprenderam menos 
do que seus pares. Apesar da dificuldade para estimar os efeitos do 
fechamento das escolas nos aprendizados pela não uniformidade dos 
indicadores de nível socioeconômico entre os estudos, boa parte dessas 
pesquisas estimou os efeitos diferenciais para os estudantes em situação de 
maior vulnerabilidade social (BETTAHÄUSER et al., 2022; UK, 2021a; 
PATRINOS et al., 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em relação à importância da leitura na alfabetização, 
Aliende (2005) destaca que: 
A leitura é a única atividade que constitui, ao mesmo 
tempo, disciplina de ensino e instrumento para manejo 
das outras fases do currículo [...] a ênfase está em 
aprender a ler para aprender. Nas séries fundamentais, a 
aprendizagem do código dentro de contextos 
significativos para a criança é de grande importância. 
(ALIENDE, 2005, p. 13.) 
5 PLATAFORMAS DIGITAIS 
Durante a pandemia, a necessidade de ensino remoto evidenciou 
dificuldades na maior parte das escolas brasileiras, em especial nas unidades 
públicas, onde foi possível somar o despreparo tecnológico à falta de 
conhecimento de como ensinar por meios virtuais. 
5.1. Google Classroom 
Google Classroom é um sistema de gerenciamento de conteúdo para escolas 
que procuram simplificar a criação, a distribuição e a avaliação de trabalhos. 
Ele é um recurso do Google Apps redirecionado à área de educação. Esse 
recurso foi de bastante uso durante toda a pandemia. Usado também como 
meio de comunicação entre professores, alunos e suas famílias. 
5.2. Google Meet 
Google Meet é um serviço de comunicação por vídeo desenvolvido pelo 
Google. É um dos dois serviços que substituem a versão anterior do Google 
Hangouts, o outro é o Google Chat. Ferramenta utilizada para reuniões entre 
professores, diretores e gestores das escolas. 
 5.3. Zoom 
A Zoom Vídeo Communications é uma empresa americana de serviços de 
reuniões remotas. Ela fornece um serviço de conferência remota "Zoom" que 
combina videoconferência, reuniões online, bate-papo e colaboração móvel. 
Ferramenta também utilizada para fins de comunicação durante todo o 
momento pandêmico 
5.4. WhatsApp 
WhatsApp é um aplicativo multiplataforma de mensagens instantâneas e 
chamadas de voz para smartphones. Além de mensagens de texto, os usuários 
podem enviar imagens, vídeos e documentos em PDF, além de fazer ligações 
grátis por meio de uma conexão com a internet., a plataforma de mensageria 
passou a ser uma ferramenta de ensino, na qual professores enviam as tarefas 
para os alunos e se comunicam com pais e responsáveis sobre questões 
pedagógicas. 
6. ENSINO REMOTO E ENSINO PRESENCIAL 
Cabe estabelecermos a diferença entre a Educação a distância e o ensino 
remoto. O ensino remoto é uma modalidade de ensino emergencial, que pode 
fazer uso das tecnologias e ocorre em ambiente doméstico, no entanto, são 
modalidades distintas, pois uma é utilizada numa emergência a outra tem um 
conceito fundamentos e foi criada para ser como é. O ensino remoto 
emergencial foi aprovado em caráter temporário pelo MEC seguindo as 
recomendações dos organismos internacionais, para cumprir os prazos de 
ensino estipulados pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). 
Em abril de 2020, uma medida provisória é editada pelo Governo Federal 
Medida Provisória nº 934 (convertida para Lei 14.040/2020 em agosto) este 
documento estabelece normas educacionais, a serem adotadas no período de 
distanciamento social. Xavier (2020) aponta que para exercer uma substituição 
emergencial, o ensino remoto precisa preencher as seguintes condições: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ensino remoto pode refletir em algumas consequências no presente e para 
futuro dos estudantes na hora de se avaliar o desempenho destes, pois podem 
não apresentar o mesmo grau de conhecimento e aprendizagem do ensino 
normal (presencial). As sequelas na aprendizagem e no conhecimento ao longo 
prazo podem causar regressão no acesso e no aprendizado de um ensino de 
qualidade no Brasil. O período letivo emergencial de ensino exigiu uma maior 
a) O acesso de todos os alunos ao ambiente virtual propiciado 
pela aparelhagem representada por computadores, celulares e 
similares; 
b) Considerando que alunos e professores devem estar 
confinados nas respectivas residências, estas deverão estar todas 
equipadas com acesso à internet: 
c) É preciso que todos os estudantes preencham os requisitos 
mínimos para acompanharem com proveito o ensino remoto, ou 
seja, é preciso que todos estejam não apenas alfabetizados no 
sentido estrito, mas também em sentido funcional. Mais do que 
isso, não sejam analfabetos digitais. 
dedicação dos estudantes com a organização e com disciplina dos seus 
estudos. 
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 
novembro de 2020, mais de 5 milhões de crianças e adolescentes entre 6 e 17 
anos ficaram sem acesso à educação no Brasil, o que representa um risco de 
regressão de mais de duas décadas no acesso à educação. Em face disso, 
delimitou-se o seguinte problema central de pesquisa: como a pandemia de 
covid-19 impactou a Educação e quais são os desafios dos gestores públicos 
para mitigar esse impacto. 
A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do 
segundo trimestre de 2021 já começa a mostrar os efeitos da pandemia da 
Covid-19 nas taxas de atendimento escolar. O Todos Pela Educação produziu 
a nota técnica “Taxas de atendimento escolar da população de 6 a 14 anos e 
de 15 a 17 anos”, com dados da Pnad Contínua/IBGE do segundo trimestre de 
2021, buscando medir o impacto inicial do longo período de fechamento das 
escolas em todo o Brasil. 
Entre crianças e jovens de 6 a 14 anos, a nota do Pnad destaca que, no 
segundo trimestre de 2021, houve um aumento de 171,1% daqueles que 
estavam fora das escolas, na comparação com o mesmo período de 2019. Isso 
significa que 244 mil crianças e jovens nessa faixa não estavam matriculadas. 
É 1% do total desta faixa etária, sendo a maior taxa observada nos últimos seis 
anos. Houve também elevação significativa do número de crianças que, em 
idade para estarem no Ensino Fundamental (6 a 14 anos), estavam na Pré-
Escola (702,7 mil em 2021, ante 396,8 mil em 2019). Com elevação do número 
daqueles fora da escola ou frequentando a Pré-Escola, o percentual de 
crianças e jovens de 6 a 14 anos matriculados no Ensino Fundamental (ou no 
Ensino Médio, no caso daqueles que já concluíram o 9° ano) chegou a 96,2%, 
o menor valor desde 2012. Em 2019, essa taxa era de 98,0%. 
No caso dos jovens de 15 a 17 anos, permaneceu a tendência de queda no 
percentual daqueles que estão fora da escola, chegando a 4,4% no 2º trimestre 
deste ano. Tivemos, no segundo trimestre deste ano, 407,4 mil jovens de 15 a 
17 anos fora da escola sem ter completado o Ensino Médio, menos do que os 
486,2 mil de 2020 e dos 679,8 mil de 2019. 
É preciso levar em consideração que o ensino remoto, foi considerado a melhor 
saída para continuar as atividades escolares e minimizar o atraso e as 
dificuldades dos alunos no retorno às aulas presenciais. Embora o ensino 
remoto tenha sido regulamentado pelo MEC, ninguém estava preparado para 
utilizá - lo. 
Conforme aponta Marcom e Valle (2020), a função principal da educação não 
muda pelo fato de vivermos em pandemia. A aprendizagem dos alunos ainda 
continua sendo o foco das aulas e o professor possui papel fundamental nesse 
processo. Apesar de ser um enormedesafio, o professor tem em mãos um 
caminho de possibilidades para conduzir a apropriação dos conhecimentos e o 
desenvolvimento das ações propostas, fortalecendo os vínculos entre família e 
escola, peças chaves para o sucesso do ensino remoto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
A obra reflete as mudanças trazidas pelo coronavírus, especialmente no setor 
educacional brasileiro. Durante a contágio, a pandemia de Covid-19 no Brasil e 
no mundo se agravou, a situação da educação básica pública foi 
significativamente afetada, os métodos de ensino mudaram e as atividades de 
vínculo e socialização foram essencialmente afetadas. 
Nesse aspecto, ressalta-se que as dificuldades no ensino de modo remoto para 
a educação infantil trazem consigo as medidas que devem ser tomadas para 
garantir o ensino, tendo em vista que uma das principais atividades realizadas 
nas escolas de educação corresponde à socialização, à convivência e à 
interação com o professor e com outras crianças, o que não é possível manter 
estabelecido por meio do ensino remoto. 
Portanto, faz-se necessário que as atividades lúdicas sejam desenvolvidas de 
alguma forma para os pequenos, de modo a contribuir para o seu 
desenvolvimento cognitivo, que ficou defasado com a pandemia atual. Para 
tanto, torna-se indispensável a participação dos pais na comunidade escolar, 
com professores e gestores da educação. 
A pandemia impactou o direito ao acesso ao ensino, agravando as 
desigualdades sociais e regionais, distanciando, dessa forma, ainda mais a 
igualdade material - As escolas brasileiras ficaram, em média, 279 dias sem 
aulas presenciais. A forma remota com o uso de tecnologias foi a mais utilizada 
para continuar o ensino. Todavia, milhões de alunos não tem acesso à internet 
em casa. 
O direito à permanência escolar também foi impactado, o abandono e a evasão 
escolar aumentaram, principalmente, para aquelas crianças e adolescentes em 
situação de maior vulnerabilidade - Se as condições de acesso ao ensino foram 
dificultadas, mais ainda as condições de permanência dos estudantes. O direito 
à aprendizagem e ao ensino de qualidade também foram afetados com a 
suspensão das aulas e a adoção das aulas remotas – Alunos apresentaram 
baixo engajamento nas aulas online. A saúde mental dos professores e alunos 
foi afetada com a pandemia, assim como a saúde alimentar dos alunos. 
Todas essas questões evidenciaram a fragilidade estrutural do sistema de 
ensino brasileiro e prejudicaram a concretização do direito fundamental à 
educação. Os problemas causados por esse período ainda vão se mostrar ao 
longo dos anos. Porém, com uma boa prática e profissionais dedicados a 
ensinar cada vez melhor os alunos, é possível nos aproximar da normalidade 
vivida antes da pandemia. A pandemia de COVID-19 entrou para a história da 
humanidade, marcando um momento em que as tecnologias jamais deixarão 
de acompanhar a vida acadêmica de professores e alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
LIBERALI, Fernanda Coelho, Educação em tempos de pandemia: brincando 
com um mundo possível. Campinas SP, Pontes editores: 2020 
 
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