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META LINGUAGEM RESUMO PEDAGOGIA

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RESUMO
CHALHUB, Samira. A Meta-Linguagem. São Paulo: Editora Ática, 1997. p. 05 – 39.
A autora em seu livro traz para o leitor os conceitos da linguagem e metalinguagem da mesma forma que tanto leitura e mundo são linguagem de modo que tudo se amplia no ato de leitura que, por sua vez, implica sempre relações entre um e outro, porque ambos constituem-se como linguagens.
Linguagem acerca de linguagem, refere-se a tudo desde que o homem é um animal simbólico, o se da fala. Metalinguagem uma leitura relacional, isto é, mantém relações de pertença porque implica sistema de signos de um mesmo conjunto onde as referencias apontam para si próprias, e permite, também, estruturas explicativamente a descrição de um objeto.
Para que ocorra uma transmissão de mensagens é de fundamental que haja uma fonte e um destino, distintos no tempo e no espaço, onde a fonte é a geradora da mensagem e o destino é o fim para o qual a mensagem se dirige. Nesse caminho de passagem, o que possibilita à mensagem caminhar é o canal, onde transita os sinais físicos, concretos, codificados obedecendo a determinadas convenções preestabelecidas pela fonte e pelo destino, que conhecem o que ficou estabelecido a respeito daqueles sinais. 
Se o emissor é pintor, seu material de trabalho seu signo concreto são as tintas, o pincel, e seu canal, a tela. O que foi organizado com esse signo é a mensagem. Mas é preciso sensibilizar-se com o modus operand desse emissor, e é esta a tarefa da leitura do receptor: decodificar esses sinais, para aí desvelar a sua forma de construção. 
A teórica descreve ainda várias funções da linguagem, como exemplo, a de funções emotivas que podemos observar nas canções des-ditas de amor, já a referencial é quando lemos jornais ou acompanhamos notícias e a conativa é quando temos linguagem de propagandas que tem como objetivo tentar induzir o receptor a consumir o objeto.
Ela ainda chama atenção para a variabilidade ou relatividade do repertório, o que vem chamar de grosso modo como “arquivo cultural” de cada um de nós, implica uma relação dialética entre repertório e informação. Se uma mensagem organiza-se de modo a provocar reconhecimento de conceitos e formas já adquiridos pelo receptor porque fazem parte do senso comum da cultura, o público se amplia, na medida em que este conhecido repele o novo e traz à tona o velho.
Chalhub, também coloca que a mensagem de fins puramente informacionais visa recortar o referencial de maneira clara, sem ambigüidade, seu objetivo é o comunicar, e o seu processo de transmissão não deve conter ruídos. Já a mensagem poética, aquela que é cuidados e conscientemente codificada pela emissão, introduz elementos ruidosos no canal, com o pressuposto de que a recepção tenha um repertório desautomatizado que incline sensivelmente ao mesmo cuidado e a mesma consciência na decodificação, na leitura do objeto artística.
Baseado e Jakobson, Chalhub diz que, se a lingüística se apodera de noções da teoria da comunicação e da teoria da informação e esta, da matemática, a poética, por sua vez, dialogando com a lingüística e ampliando seus conceitos, provoca traduções em outras estruturas de linguagem, até porque a linguagem compartilha muitas propriedades com alguns outros sistemas de linguagem. Para além da poética, a semiótica, enquanto ciência da linguagem que opera com a articulação dos signos que extrapolam o verbal, opera também com os diversos sistemas de sinais, de linguagem e suas relações. 
 A autora traz autores como Jakobson e Saussure, para falar de mensagem e função poética. Para Jakobson, função poética promover o caráter palpável dos signos, na mensagem porque é um trabalho e não uma inspiração. Saussure define signos como uma unidade de significado e significante, o primeiro como conceito, o segundo como a imagem acústica / sonora do conceito. A função poética define-se também como exploradora das fontes analógica dos signos, ou seja, o que há de virtualidades, de potencial de semelhança entre as estruturas sígnicas resultará numa recuperação do sensível do signo. 
 
Segundo Jakobson citado por Chalhub, a seleção de alguns signos e a recusa de outros é feito com base nas relações de semelhança entre eles e indica que o signo pode ser substituído. A função metalingüística é o uso do código para explicar o próprio código, é sempre uma operação substitutiva próprio do código fornecendo informações sobre o código de uso. Traduzir de uma língua para outra é um trabalho de operação metalingüística com o código. No entanto, se um poeta traduz um poeta, não apenas está o código em questão, mas também a mensagem estética; a tradução transcriativa procura a “invenção” da mensagem sensível, tradução de formas. 
A linguagem do significado procura operar uma tradução do conceito, da interpretação, da definição de uma “coisa” através de palavras; a linguagem do significante traduzirá – ou em forma significante o significado, ou em forma significante – estruturas de significação. A metalinguagem das formas é o objeto sobre o qual o poema fala está na diagramação do texto, o objeto nasce no texto. O aspecto posicional dos signos, das palavras em um poema, acaba revelando que a significação está na própria relação que une esses termos. Assim, o código verbal e suas qualidades, seja sonora , seja visuais, ao se desenharem diagramadoramente, adquirem características do objeto que definem.

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