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AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá Galera! Vamos continuar a falar sobre Sistema Monetário. A aula passada foi bem tranqüila. O mesmo não posso falar dessa aula. Teremos uma aula mais complexa, mas também não é nenhum bicho de sete cabeças. Sem maiores comentários, vamos à aula. Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. Prof. César Frade ABRIL/2012 AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 2 3.6. Balancete do Banco Central Agora vamos nos concentrar no Balancete do Banco Central. A autoridade monetária, em geral, apresenta as seguintes contas em seu balancete: Balancete Consolidado do Banco Central Ativo Passivo a) Reservas internacionais j) Saldo do papel-moeda Emitido b) Empréstimos ao Tesouro Nacional k) Depósitos do Tesouro Nacional J) Redescontos e outros recursos oriundos do BACEN A.2 – em depósitos dos Bancos Comerciais c) Títulos públicos federais A.2.1 – voluntários d) Encaixe em moeda corrente A.2.2 – compulsórios e) Empréstimos ao setor privado l) Recursos próprios f) Empréstimos a Governos Estaduais, Municipais, Autarquias e outras entidades públicas o) Empréstimos externos g) Imobilizado q) Recursos especiais i) Aplicações especiais p) Demais exigibilidades h) Outras aplicações As Reservas Internacionais são os recursos da União que ficam na posse do Banco Central para que sejam aplicados. A partir do momento em que pagamos um tributo federal em qualquer banco comercial, essa instituição repassa esses recursos, imediatamente, para o Banco Central pois ele será o Banco do Governo. Portanto, os recursos do Governo Federal ficam guardados no Banco Central e com isso, os Depósitos do Tesouro Nacional que constituem os recursos AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 3 federais representam um passivo do Banco Central para com o Governo Federal. Como fora dito anteriormente, esses recursos depositados no Banco Central devem ser aplicados e irão constituir as reservas internacionais. Sendo assim, essas reservas internacionais, apesar de serem recursos do Governo Federal que o Banco Central aplica figura em uma conta do ativo do balancete do Banco Central. O Banco Central pode fazer empréstimos ao Governo Federal (ao Tesouro Nacional) e tais empréstimos devem figurar como ativo do Banco Central. Já sei que você deve estar questionando o que está descrito no Artigo 164 da Constituição, correto? O Artigo 164 da Constituição Federal dispõe: “Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. § 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. § 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.” O parágrafo primeiro do artigo 164 diz que o Banco Central do Brasil só pode emprestar para instituições financeiras e nunca poderá fazer empréstimo ao Tesouro Nacional. Esses empréstimos ao Tesouro teriam a finalidade de financiar o Governo Federal com uma simples emissão de moeda. Tal medida tenta conter uma emissão desenfreada uma vez que a nossa autoridade monetária ainda é controlada pelo Poder Executivo. Controlada no sentido de não ter uma independência formal apesar de ter tido nos últimos anos uma independência de fato. Uma dúvida que sempre aparece é porque existe essa conta no Balancete do Banco Central se a própria Constituição veda a existência de tal empréstimo? AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 4 Vocês devem se lembrar de que estamos estudando a Teoria e que tal conta pode ser positiva em algum lugar do mundo. Mas, no Brasil, apesar de ela existir no balancete, ela terá seu saldo igual a zero. Já sabemos que as operações de Redesconto configuram um empréstimo que o Banco Central faz às instituições financeiras (Bancos Comerciais, nesse caso). Tendo em vista o fato de o Banco Central estar emprestando os recursos, tal conta deverá configurar no ativo do Banco Central e passivo dos Bancos Comerciais1. Observe que apesar de o Artigo 164 da Constituição, em seu parágrafo primeiro, vedar empréstimos ao Tesouro Nacional, o parágrafo segundo permite que o Banco Central compre e venda títulos do Tesouro Nacional, no mercado secundário2, com o intuito de fazer política monetária. Portanto, o Banco Central possui uma carteira de títulos públicos federais que o habilita a fazer política monetária por meio de operações de mercado aberto. Sendo assim, o Banco Central possui em sua carteira de aplicação, portanto, no ativo, os títulos públicos federais. Como já foi dito anteriormente e conforme Caput do Artigo 164 da Constituição Federal, o Banco Central tem a prerrogativa exclusiva, dada pela União, de emitir moeda. Portanto, cabe à Casa da Moeda efetuar a fabricação da moeda que se configura com a impressão das cores e símbolos, além dos processos de segurança e ao Banco Central emitir a moeda fato que se configura com a sua colocação no mercado3. Com isso, vemos que o Saldo do Papel-Moeda Emitido representa um passivo do Banco Central. Já sei que a primeira coisa que vem à cabeça quando falamos dessa forma é como que o PME é um passivo? O passivo é uma obrigação e a partir do momento em que o Banco Central emite a moeda, ele passa a ter uma espécie de obrigação moral com a sociedade pois as 1 Observe que a conta Redesconto aparece como sendo a conta J maiúsculo. Enquanto isso, as demais contas que pertencem ao balancete do Banco Central estão representadas por letras minúsculas. Optamos por utilizar essa nomenclatura (como o Simonsen) para que possamos identificar as contas que estão tanto no balancete dos Bancos Comerciais quanto no balancete do Banco Central. Portanto, contas representadas por letras maiúsculas fazem parte também do Balancete dos Bancos Comerciais. Contas representadas por letras minúsculas não fazem parte dos Balancetes dos Bancos Comerciais. 2 Quando um bem é negociado pela primeira vez dizemos que ele foi negociado no mercado primário. Quando ele é negociado pela segunda, terceira, n-ésima vez, dizemos que o negócio foi efetuado no mercado secundário. 3 De uma forma simples e coloquial, podemos entender a emissão de moeda como o ato do Banco Central de “colocar a moeda para fora do seu cofre”. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 5 pessoas trabalham, gastam seu tempo e recebem moeda em troca. Logo, cabe ao Banco Central manter o valor de compra da moeda e também a sua plena confiabilidade no mercado. Essa seria a dívida, a obrigação que o Banco Central possui em relação ao PME e, exatamente, por esse motivo essa conta se encontra no passivo da instituição.Como sabemos, o papel-moeda emitido possui três destinações distintas. Depois que sai do cofre do Banco Central do Brasil, a moeda pode ir para o caixa das autoridades monetárias, para o caixa dos bancos comerciais ou para o poder do público. Quando esse papel-moeda se encontra no caixa da autoridade monetária, ele é chamado de encaixe em moeda-corrente. Entretanto, é importante esclarecer que o saldo desta conta desde 1986, época em que acabou a Conta Movimento e que o Banco do Brasil deixou de ser autoridade monetária, é igual a zero. Lembre-se de que estamos estudando o assunto Sistema Monetário de forma teórico e genérico. Logo, várias contas podem não existir no Brasil mas se for possível em outros países, ela estará presente no balancete. Por exemplo, se o Banco Central efetuar empréstimos a instituições privadas ou a Governos, a contabilização ocorrerá no ativo da instituição. No entanto, se o Banco Central optar por comprar títulos da dívida pública de Portugal, com o intuito de emprestar recursos àquele Governo, esses recursos seriam contabilizados em Reservas Internacionais. Logo, empréstimos ao Setor Público seriam Empréstimos a Governos Estaduais e Municipais, Autarquias ou outras Entidades Públicas. E Empréstimos ao Setor Privado seriam empréstimos a empresas privadas não-financeira, pois os empréstimos às financeiras estariam contabilizados no Redesconto. Tal fato é vedado pela Constituição no Artigo 164, quando permite que o Banco Central efetue qualquer tipo de empréstimo apenas para instituições financeiras. As contas de Imobilizado, aplicações especiais e outras aplicações também fazem parte do ativo do Banco Central mas são contas que para a Economia não possuem grande importância e, portanto, iremos apenas citar a sua existência. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 6 O Depósito Compulsório, como dito anteriormente, é um valor que o Banco Comercial deposita junto ao Banco Central pois a autoridade monetária necessita controlar a quantidade de recurso disponível na Economia. Como o próprio nome diz, o Banco Comercial não possui escolha sobre esse depósito uma vez que ele é compulsório e deve ser depositado junto ao Banco Central. Como o recurso é do Banco Comercial, ele é ativo do Banco Comercial e passivo do Banco Central. O Depósito Voluntário é um recurso que o Banco Comercial deixa depositado voluntariamente no Banco Central. Dessa forma, também é um ativo do Banco Comercial e um passivo do Banco Central. Podemos entender como Recursos Próprios do Banco Central, o Patrimônio Líquido da instituição. Dessa forma, também estará do lado do passivo no balancete. É muito comum que o Banco Central faça emissão de títulos externos (chamados de Bonds4) para o Governo Federal, contraindo assim Empréstimos Externos no mercado financeiro. Esses empréstimos são dívidas constituídas pelo Banco Central junto ao mercado financeiro internacional e, portanto, farão parte do passivo da autoridade monetária. As contas Recursos Especiais e Demais Exigibilidades são contas que fazem parte do passivo do Banco Central, mas que para o estudo do Sistema Monetário não possuem grande importância. Exatamente por esse motivo iremos apenas citar essas contas. Agora que descrevemos todas as contas mais importantes que fazem parte do Balancete do Banco Central, vamos sintetizar essa estrutura com o intuito de facilitar os estudos. Observe que o passivo é dividido em duas partes, quais sejam: Passivo Monetário e Passivo não-Monetário. Essa é uma simples divisão das contas com o objetivo de facilitar o estudo do multiplicador monetário que será visto mais à frente. 4 Em algumas situações podem ser chamados de Global também. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 7 Balancete Consolidado Sintético do Banco Central Ativo Passivo a) Reservas internacionais Passivo Monetário b) Empréstimos ao Tesouro Nacional r) Saldo do papel-moeda em poder do público c) Títulos públicos federais A) Encaixes e) Empréstimos ao setor privado A.1 – em moeda corrente f) Empréstimos a Governos Estaduais, Municipais, Autarquias e outras entidades públicas A.2 – em depósitos no Banco Central J) Redescontos e outros recursos oriundos do BACEN A.2.1 – voluntários A.2.2 – compulsórios Passivo não-Monetário k) Depósitos do Tesouro Nacional o) Empréstimos externos s) saldo líquido das demais contas Existe uma passagem que não é muito simples e que precisa ser compreendida. Na estrutura original do Balancete do Banco Central, tínhamos a conta Saldo do Papel-Moeda Emitido representado pela letra “j” fazendo parte do passivo e Encaixe em Moeda-Corrente fazendo parte do ativo e representado pela letra “d”. Podemos transportar uma conta do Ativo para o Passivo e vice-versa, desde que a conta passe a ser retificadora, ou seja, tenha seu sinal trocado. Uma conta que tem saldo +10 e que faz parte do ativo, pode ser colocada no passivo mas serviria para reduzir o passivo e, portanto, teria o saldo -10. Dessa forma, podemos transportar para o lado do passivo a conta Encaixa em Moeda-Corrente e aí passaríamos a ter do lado do passivo do Banco Central o saldo do Papel-Moeda Emitido menos Encaixe em Moeda-Corrente (j – d). AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 8 A equação fundamental nos remete para a seguinte igualdade: ����� � ��� � �� � � ����� � �� �� �� ����� � �� �����á� �������� � ����� �� !�"#� ��$%&#��� ���!�� ' (�)%* � +�%�� %$ (��%& �� (ú-*�#� �(+((� Sabemos também que a igualdade abaixo é válida: (�)%* � +�%�� %$ ��&#.*�çã� �(+�� � ����� �� !�"#� ��$%&#��� ���!�� � (�)%* � +�%�� %$ (��%& �� (ú-*�#� �(+((� Logo: (�)%* � +�%�� %$ ��&#.*�çã� �(+�� � ����� �� !�"#� ��$%&#��� ���!�� ' (�)%* � +�%�� %$ (��%& �� (ú-*�#� �(+((� Dessa forma, podemos determinar que o Papel-Moeda Emitido menos o Caixa das Autoridades Monetárias equivale ao Papel-Moeda em Circulação. ����� � ��� � �� � � ����� � �� �� �� ����� � �� �����á� �������� � (�)%* � +�%�� %$ ��&#.*�çã� �(+�� Com isso, podemos substituir essas duas contas pela conta Papel-Moeda em Circulação que fará parte do passivo do Banco Central. No entanto, como sabemos da igualdade entre o Papel-Moeda em Circulação e as contas de Papel-Moeda em Poder do Público mais Caixa dos Bancos Comerciais, podemos fazer esse desmembramento no passivo do Banco Central. SINTETIZANDO. Ao invés de utilizarmos Papel-Moeda Emitido menos Caixa das Autoridades Monetárias (j–d), devemos usar Papel-Moeda em Poder do Público mais Caixa dos Bancos Comerciais que é chamado de Encaixa em Moeda- Corrente nos Bancos Comerciais (r+A.1). Portanto, no passivo do Banco Central nos utilizamos da equação abaixo e faremos a consecutiva substituição de contas: AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 9 1 � � � ' �. 3 Com o intuito de agrupar as contas com menor importância para a Economia, foi criada umaconta no passivo que sintetizou o saldo de outras seis rubricas. As contas do ativo imobilizado, aplicações especiais e outras aplicações foram reunidas e transferidas como “retificadoras” para o passivo. Reunimos também as contas passivas com os nomes recursos próprios, recursos especiais e demais exigibilidades. Todas elas foram agrupada sob a rubrica saldo líquido das demais contas. Matematicamente, podemos representar da seguinte forma: 4 � �5 ' 6 ' 7�899:99; <=>?@A B@AACD@A � �E ' F ' G�899:99; <=>?@A @?CD@A As demais contas estão repetidas. Devemos ressaltar que o Passivo Monetário do Banco Central é chamado de Base Monetária. 3.7. Balancete do Sistema Monetário Entendemos como Balancete do Sistema Monetário a soma das contas constantes no Balancete dos Bancos Comerciais e no Balancete do Banco Central. Vou te alertar novamente que todas as contas que apareceram no Balancete dos Bancos Comerciais foram entituladas com letras maiúsculas e as que apareceram no Balancete do Banco Central foram entituladas com letras minúsculas. Se alguma conta no Balancete do Banco Central tiver sido entitulada com letra maiúscula, tal fato ocorreu porque a mesma conta já havia sido contabilizada no balancete dos Bancos Comerciais. E isto nos facilitará agora, pois ao somarmos os dois Balancetes, todas as contas que estão marcadas com letra maiúscula no Balancete do Banco Central serão descartadas, pois aparecem também nos Bancos Comerciais. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 10 Balancete Consolidado do Sistema Monetário Ativo Passivo Ativos dos Bancos Comerciais Passivo Monetário B) Empréstimos ao setor privado r) papel-moeda em poder do público C) Títulos públicos e privados H) Depósitos à vista Ativos do Banco Central Passivo não-Monetário dos Bancos Comerciais a) Reservas internacionais I) Depósitos a prazo b) Empréstimos ao Tesouro Nacional M) Saldo líquido das demais contas c) Títulos públicos federais Passivo não-Monetário do Banco Central e) Empréstimos ao setor privado k) Depósitos do Tesouro Nacional f) Empréstimos a Governos Estaduais, Municipais, Autarquias e outras entidades públicas o) Empréstimos externos i) Aplicações especiais q) Recursos especiais s) saldo líquido das demais contas Por exemplo. A conta de Redesconto é um passivo do Banco Comercial e ativo do Banco Central. Ao montarmos um Balancete do Sistema Monetário que consistirá na soma dos Balancetes do Banco Central e dos Bancos Comerciais, o Redesconto aparecerá tanto no ativo quanto no passivo, fato que provocará um cancelamento da conta. Excetuando as contas que apareceram com letra maiúscula no Balancete do Banco Central, todas as outras foram mantidas para que fosse montado o Balancete Consolidado do Sistema Monetário. Observe que algumas contas passivas fazem parte do passivo monetário e outras do passivo não-monetário. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 11 Importante ressaltar que o Passivo Monetário do Sistema Monetário é chamado de Meios de Pagamentos. 3.8. Criação e Destruição de Meios de Pagamentos Neste ponto, iremos entender como funciona a criação e a destruição dos Meios de Pagamentos. Os meios de pagamentos são representados pela soma do Papel-Moeda em Poder do Público com os Depósitos à Vista nos Bancos Comerciais. Quando ocorrer uma operação que aumentar o saldo do passivo monetário de uma forma geral terá havido uma criação de meios de pagamentos. Se, por outro lado, houver uma redução dos meios de pagamentos terá havido uma destruição. Para que haja uma criação de meios de pagamentos podem ocorrer duas situações. Lembre-se que estamos falando da estrutura contábil, do balancete, e temos que efetuar lançamentos com partidas dobradas. Na primeira situação possível, a contrapartida contábil pode ser a redução do passivo não-monetário como descrito abaixo. Ativo Passivo ∆ Passivo Monetário > 0 ∆ Passivo Não-Monetário < 0 A outra opção é um aumento das contas ativas como contrapartida do aumento do passivo monetário. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 12 Ativo Passivo ∆ Operações Ativas > 0 ∆ Passivo Monetário > 0 Observe que nesses dois casos o passivo monetário foi aumentado e, portanto, houve uma criação dos meios de pagamentos. Para ocorrer uma destruição dos meios de pagamentos também podem ocorrer duas situações distintas. Na primeira situação, a contrapartida de uma redução do passivo monetário é o aumento do passivo não-monetário. Ativo Passivo ∆ Passivo Monetário < 0 ∆ Passivo Não-Monetário > 0 A outra situação em que ocorre uma destruição de meios de pagamentos acontece quando a contrapartida é uma redução das operações ativas. Ativo Passivo ∆ Operações Ativas < 0 ∆ Passivo Monetário < 0 Acho que a melhor forma de explicar tais operações é por meio de exemplos. Vamos a eles? a) O indivíduo A efetua um depósito à vista (em dinheiro) na conta do indivíduo B; Observe que neste exemplo, o indivíduo A carregava dinheiro no Bolso e esse recurso estava contabilizado no Saldo de Papel-Moeda em Poder do Público (PMPP). Concordam? Se uma pessoa leva um recurso no bolso, como ele faz parte do público, esse recurso está contabilizado como PMPP. A partir do AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 13 momento em que ele efetua um depósito à vista na conta de outro indivíduo, haverá uma redução em PMPP e um aumento na conta de Depósito à Vista nos Bancos Comerciais (DVBC). Ativo Passivo Passivo Monetário ∆PMPP = - X ∆DVBC = + X Veja que no razonete acima há uma alteração negativa em PMPP e uma alteração positiva de mesma magnitude no DVBC. Com isso, o passivo monetário não é alterado e, portanto, não há nem criação nem destruição de meios de pagamentos. b) O indivíduo A efetua um depósito a prazo; Neste caso, estamos supondo que o indivíduo possui PMPP ou DVBC, ou seja, ele tem dinheiro no bolso ou em uma conta no Banco (DVBC). Vamos supor que esse cliente tenha PMPP. Quando ele optar por efetuar um depósito a prazo, a quantidade de PMPP será reduzida e o valor transferido para a rubrica de depósito a prazo. Veja o razonete: Ativo Passivo Passivo Monetário ∆PMPP = - X Passivo Não-Monetário ∆ Depósitos a Prazo = + X Com isso, vemos que há uma redução de X no valor do passivo monetário e, portanto, uma redução dos meios de pagamentos. Como os meios de AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 14 pagamentos foram reduzidos com a operação, falamos que houve uma destruição dos meios de pagamentos. c) Venda de títulos públicos federais para o público Quando ocorrer uma venda de títulos públicos federais do sistema para o público, o sistema monetário irá se desfazer de um ativo ereceberá em troca o pagamento do público, seja em PMPP ou DVBC. Logo, haverá uma redução de PMPP, por exemplo, e a contrapartida será uma redução das operações ativas. Lembre-se que o PMPP será reduzido porque o cliente efetuará o pagamento dos títulos e, portanto, o Banco Comercial terá menos recurso do cliente depositado. Sendo assim, a operação em questão provocará uma redução dos meios de pagamentos. Ativo Passivo ∆ Título Público = -X Passivo Monetário ∆ PMPP = +X Como houve uma redução no passivo monetário, a operação gerou uma destruição dos meios de pagamentos. d) Governo Federal paga salários ao indivíduo A, funcionário público; Um indivíduo, funcionário público, recebe o pagamento de salário do Governo Federal. Assim, haverá um aumento dos recursos contidos na conta de depósito à vista do indivíduo A e haverá uma redução da conta de depósitos do Tesouro Nacional. Logo, ocorrerá uma criação dos meios de pagamentos. Ativo Passivo AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 15 Passivo Monetário ∆DVBC = + X Passivo Não-Monetário ∆ Depósitos Tesouro Nacional = - X e) Indivíduo A vende um imóvel para um Banco Comercial Quando um indivíduo vender um imóvel para um Banco Comercial, o Banco deverá efetuar o pagamento e, portanto, depositar recursos na conta desse indivíduo. A contrapartida desse depósito será um aumento do ativo imobilizado do Banco que passará a contar com mais um bem imóvel. Logo, como haverá uma alteração positiva no Passivo Monetário, ocorrerá uma criação de meios de pagamentos. Ativo Passivo ∆ Ativo Imobilizado = -X Passivo Monetário ∆ DVBC = +X 3.9. Multiplicador Bancário Essa é a parte dessa matéria que mais cai em prova. Talvez mais de 50% das questões versam sobre esse assunto. Entretanto, para entender isso com profundidade é necessário que você entenda todo o resto da matéria, tudo que foi explicado anteriormente. Como vimos, por um lado os bancos comerciais possuem o poder de multiplicar os meios de pagamentos, emprestando o mesmo recurso diversas vezes, sem os possuir. Por outro lado, o Banco Central, no intuito de controlar AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 16 a quantidade de dinheiro que circula na economia, tenta impor condições que, indiretamente, limitem essa multiplicação. Segundo Simonsen & Cysne: “O objetivo global da política monetária consiste, obviamente, no controle do total dos meios de pagamento. Ocorre que a criação de moeda não se processa apenas pelo Banco Central, mas também pelos bancos comerciais. O Banco Central pode controlar suas operações ativas e o seu recebimento de recursos não-monetários, ou, o que é o mesmo, pode controlar a base monetária. Mas o volume total dos meios de pagamentos é um múltiplo dessa base.” Importante destacarmos que o multiplicador é dado pela razão entre os meios de pagamento e a base monetária. Lembro que os meios de pagamento são formados pelo passivo monetário do sistema financeiro e que a base monetária é o passivo monetário do Banco Central. Vamos tentar colocar isso no nosso dia-a-dia para ficar mais fácil. Darei uma explicação mais simples de como funciona esse multiplicador e o que o representa. A Base Monetária (BM) é a soma entre o papel moeda em circulação com os encaixes compulsório e voluntário. Como o papel moeda em circulação (PMC) é a soma do papel moeda em poder do público com o encaixe em moeda corrente dos bancos comerciais, podemos escrever a seguinte equação: !� % +�"%Há&�� � (+(( ' I"#���% %$ +�%����!�� � ��&&%"H% ' I"#���% J�*."Há&���J�*."� ' I"#���% ��$).* ó&�����$)� Portanto, guarde que a base monetária é composta pelo recurso que as pessoas carregam em seus bolsos (PMPP) mais a soma da grana que os bancos comerciais guardam em seus caixas (CBC) com o valor que eles colocam no Banco Central de forma voluntária (Volun) ou compulsória (Comp). Por outro lado, os meios de pagamentos são formados pelo papel moeda em poder do público com os depósitos à vista dos bancos comerciais. Podemos escrever da seguinte forma: AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 17 +%�� �% (�L�$%"H� � (�)%* +�%�� %$ (��%& �� (ú-*�#� �(+((� ' M%)ó �H� à J� H� "� !�"#� ��$%&#��� �MJ!�� Conseguimos ver que o papel-moeda em poder do público faz parte tanto da base monetária quanto dos meios de pagamento. Para que consigamos traçar de forma palpável o que significam os meios de pagamento devemos antes de tudo verificar o que os bancos comerciais fazem com os recursos que são depositados nele, ou seja, com os depósitos à vista dos bancos comerciais. Quando uma pessoa deposita o seu dinheiro em um banco comercial, esta pessoa pode, a qualquer momento, solicitar um saque desses recursos. Portanto, parte desse valor depositado deverá ficar no caixa dos bancos comerciais para fazer face aos eventuais saques. Logo, uma parte dos recursos devem ficar na conta Encaixa em Moeda-Corrente que chamamos de Caixa dos Bancos Comerciais5 (CBC). Uma segunda parcela desses recursos deve ser depositada no Banco Central, seja como Depósito Voluntário ou Compulsório. Portanto, uma outra parte será classificada nas contas Encaixe Voluntário (Volunt) e Encaixe Compulsório (Comp). É claro que ainda deve sobrar uma grana. Para que vocês tenham uma ideia, o Simonsen fala que mais ou menos 5% dos depósitos são mantidos em Moeda- Corrente. Te digo que em torno de 50% (às vezes um pouco mais, às vezes um pouco menos), em geral, é mantido como depósito compulsório e o voluntário é mínimo. Portanto, está faltando uma parcela dos recursos, concorda? Essa parcela que “sobrou” é a parte que será emprestada ao público. Vamos agora fazer uma comparação entre a base monetária e os meios de pagamento. Essa comparação te ajudará a ter uma noção do que está realmente ocorrendo e o seu entendimento facilitará sobremaneira a solução intuitiva de algumas questões. 5 Lembrem-se que quando falamos de Caixa de Bancos Comerciais, estamos falando dos recursos que ficam na “gaverta” do caixa e que você receberá se for até o banco fazer algum tipo de saque. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 18 DVBC Meios de Pagamento Base Monetária Papel-Moeda em Poder do Público Papel-Moeda em Poder do Público Encaixe em Moeda-Corrente Encaixe em Moeda-Corrente Encaixe Compulsório Encaixe Compulsório Encaixe Voluntário Encaixe Voluntário Empréstimos Observe que a diferença entre os Meios de Pagamento e a Base Monetária é o empréstimo. Com isso, conseguimos chegar a uma conclusão inicial muito importante. Como todos os elementos que fazem parte dos meios de pagamento também estão presentes na base monetária, com exceção dos empréstimos, o menor valor para o multiplicador é 1. Sempre que mostro isso, brinco que um multiplicador nunca pode ser menor do que 1, pois se fosse menor do que 1 não seria multiplicador e sim divisor. Chamaremos o multiplicador de k, masmuitas vezes os autores o chamam de m. Dessa forma, podemos dizer que: O P 3 Observe k será maior que um sempre que o banco comercial fizer algum tipo de empréstimo e será igual a um quando a quantidade de empréstimo for igual a zero. Quando o Presidente Collor tomou posse, uma de suas medidas foi aumentar o compulsório para 100%. Logo, todo recurso que entrava em um banco comercial tinha como destino certo o Banco Central e, sendo assim, o multiplicador era igual a 1. Outra afirmativa que podemos fazer é que o multiplicador, obrigatoriamente, pertencerá a um intervalo entre 1 e infinito. Logo, temos: AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 19 3 Q O R ∞ TU V W X1, ∞� Vamos agora à dedução da fórmula. Depois de compreender o que foi explicado acima, fica mais simples de entender a lógica da fórmula. Inicialmente, precisamos definir as grandezas e também entender exatamente o que cada uma delas representa. Vamos lá? c � papel � moeda em poder do público meios de pagamento � jkjj k d � depósitos à vista nos bancos comerciais meios de pagamento � mnop k qr � stuvFws sx xTsyv � uTqqstzs tT4 {vtuT4 uTxsquFvF4 ys7ó4FzT4 à |F4zv tT4 {vtuT4 uTxsquFvF4 � pop mnop q} � stuvFws |T5UtzáqFT ys7ó4FzT4 à |F4zv tT4 {vtuT4 uTxsquFvF4 � nT5Ut mnop qr � stuvFws uTx7U54óqFT ys7ó4FzT4 à |F4zv tT4 {vtuT4 uTxsquFvF4 � pTx7 mnop ~ � qr ' q} ' q Vamos agora tenta entender o que significa cada um desses itens. Vamos começar pelo c. O “c” é a razão entre o papel-moeda em poder do público e os meios de pagamento. Sabemos que os meios de pagamento são constituídos pela soma entre o PMPP e o DVBC e como o PMPP é a “grana” que está de posse das pessoas, podemos afirmar que c é o percentual dos meios de pagamento que é guardado nos bolsos das pessoas. Observe que as pessoas só possuem duas formas de pagar as suas contas. Elas devem utilizar o recurso em papel moeda que está em seu bolso (PMPP) ou o dinheiro que ela guarda nos bancos comerciais. Você deve estar pensando que uma pessoa pode pagar suas contas com o cartão de crédito, mas como AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 20 ela vai quitar esse cartão em seu vencimento? Ela fará sua quitação com o dinheiro que está no seu bolso ou com o recurso que é guardado nos bancos comerciais. O “d” é a razão entre o depósito à vista nos bancos comerciais e os meios de pagamento. Logo, podemos dizer que o “d” é o percentual dos recursos que uma pessoa guarda no banco comercial. Podemos também deduzir que: c ' d � jkjj k ' mnop k � jkjj ' mnop k � 1 # ' � � 3 Vamos agora entender o que significa cada um daqueles r que são chamados de encaixes. O “r1” mostra qual o percentual dos depósitos à vista que os bancos comerciais mantêm em seu caixa. Se vocês estão lembrados, acima afirmei que o Simonsen diz em seu livro que mais ou menos 5% dos recursos depositados em um banco comercial ficam, na boca do caixa, à disposição dos clientes. Talvez esse valor seja um pouco menor pois esse dado é de um livro que tem mais de 15 anos. Mas, enfim, o “r1” tem esse significado. De forma similar, o “r2” significa o percentual dos recursos depositados que os bancos depositam voluntariamente no Banco Central. E o “r3” é o percentual que eles depositam compulsoriamente. A soma desses “rs” representa o percentual dos recursos depositados nos bancos comerciais que não são emprestados, que estão em forma de encaixe. Portanto, o valor máximo que R pode atingir é 1. Sabemos que a Base Monetária é igual à soma entre o papel-moeda em poder do público e os encaixes. Logo, temos: B � PMPP ' Encaixes B � PMPP · M M ' Encaixes · DVBC DVBC · M M B � PMPP M · M ' Encaixes DVBC · DVBC M · M AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 21 B � c · M ' R · d · M Sabemos que c + d = 1 e, portanto, c = 1 – d. B � �1 � d� · M ' R · d · M B � M � d · M ' R · d · M B � M · �1 � d ' R · d� B � M · X1 � d · �1 � R� Como o multiplicador bancário é a razão entre M e B, temos: O � + ! � 3 3 � � · �3 � � Devemos compreender o que ocorre com o multiplicador quando alteramos cada uma das variáveis. Existem duas formas de se fazer isso. A primeira é você olhar o que ocorre via fórmula e a outra (mais simples) é você fazer a análise com base nos conceitos apresentados. Em geral, a análise utilizando os conceitos é muito mais rápida e se você fizer alguns exercícios e treinar, responderá a questão em segundos. Vamos fazer essa análise. Um aumento em R pode significar tanto um aumento no encaixe em moeda- corrente como no voluntário ou compulsório. Logo, para facilitar, sempre que o examinador falar em aumento de Encaixe, devemos pensar que houve um aumento de compulsório. Observe que se o Banco Central aumentar o compulsório, o banco comercial deverá depositar mais recursos no Banco Central e, portanto, terá menos recurso à sua disposição para emprestar. Logo, um aumento em qualquer um dos encaixes, provocará uma redução no multiplicador dos meios de pagamento. Matematicamente, temos: Um aumento no Encaixe (k � r r·�rR� ) provoca um aumento no denominador do multiplicador (k � r r·�rR� ) e, consequentemente, uma redução no multiplicador( k � r r·�rR� ). Um aumento em “d” significa que as pessoas estão deixando uma parcela maior de seus recursos nos bancos comerciais e, portanto, eles possuem mais AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 22 recursos e, assim, podem emprestar mais. Logo, um aumento em “d” provoca um aumento no multiplicador. De forma similar, um aumento em “c” provoca uma redução no multiplicador pois as pessoas depositam menos recursos nos bancos comerciais. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 23 QUESTÕES PROPOSTAS Questão 20 (AFC – STN – ESAF – 2002) – Não faze(m) parte do balancete consolidado do sistema monetário: a) empréstimos dos bancos comerciais ao setor privado; b) reservas internacionais; c) empréstimos do Banco Central ao setor privado; d) papel moeda em poder do público; e) aplicações dos bancos comerciais em títulos públicos e privados. Questão 21 (ESAF – AFRF – 2003) – Não fazem parte do ativo do balancete consolidado dos bancos comerciais a) os encaixes em moeda corrente. b) os redescontos e demais recursos provenientes do Banco Central. c) os empréstimos ao setor público. d) os empréstimos ao setor privado. e) os títulos privados. Questão 22 (ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social – 2002) – Considerando o balancete consolidado do sistema monetário, são considerado(as) como itens do passivo não monetário do Banco Central: a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos. b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas internacionais. c) depósitosdo Tesouro Nacional e recursos externos. d) base monetária e papel-moeda em poder do público. e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e depósitos a prazo. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 24 Questão 23 (ESAF – AFRF – Tecnologia da Informação – 2005) – Não faz(em) parte do passivo do balancete do Banco Central: a) recursos externos. b) depósitos do tesouro nacional. c) redescontos. d) papel moeda emitido. e) encaixes dos bancos comerciais. Questão 24 (ESAF – Economista do MPOG – 2006) – São itens do passivo do balancete do Banco Central, exceto, a) papel moeda emitido. b) operações de redesconto. c) depósitos do Tesouro Nacional. d) depósitos voluntários dos bancos comerciais. e) depósitos compulsórios dos bancos comerciais. Enunciado para as questões 25 e 26 O estudo da teoria macroeconômica é essencial à compreensão dos grandes agregados econômicos. Tendo como referência essa teoria, julgue os itens a seguir. Questão 25 (CESPE – EMBASA - Economista – 2009) – No Brasil, o agregado monetário M2 excede o agregado monetário M1 pelas quotas de fundos de renda fixa, pelas operações compromissadas registradas na SELIC e pelo montante depositado nas cadernetas de poupança. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 25 Questão 26 (CESPE – EMBASA - Economista – 2009) – A compra de títulos públicos, por meio de operações de mercado aberto, eleva o preço desses títulos e conduz à redução das taxas de juros, contribuindo, assim, para a expansão dos meios de pagamento da economia. Enunciado para as questões 27 e 28 A macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos e aborda tópicos tais como a expansão do produto e do emprego e as taxas de inflação. A respeito desse assunto, julgue os itens de 68 a 80. Questão 27 (CESPE – Ministério dos Esportes – Economista – 2008) – Os depósitos em conta-corrente e os depósitos em cadernetas de poupança integram o agregado monetário M2. Questão 28 (CESPE – Ministério dos Esportes – Economista – 2008) – Os títulos estaduais e municipais detidos pelos bancos comerciais são contabilizados no passivo dessas instituições. Enunciado para as questões 29 e 30 Julgue os itens de 29 e 30, relativos à moeda e à política monetária. Questão 29 (CESPE – SEFAZ – ES – Economista – 2010) – Em decorrência de as facilidades de realocação de portfólio permitirem que M1 esteja sempre no nível necessário às transações e responda passivamente à elevações no nível de AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 26 preços, os meios de pagamento ampliados são indicadores melhores que os meios de pagamento restritos. Questão 30 (CESPE – SEFAZ – ES – Economista – 2010) – A poupança financeira, segundo definição dos meios de pagamentos, corresponde a M2 acrescido das quotas de fundos de renda fixa e das operações compromissadas registradas na SELIC, mas desconsidera os títulos públicos de alta liquidez. Questão 31 (ESAF – AFC – STN – 2002) – Considere: c = papel moeda em poder do público / meios de pagamentos d = depósitos a vista nos bancos comerciais / meios de pagamentos R = encaixes totais dos bancos comerciais / depósitos a vista nos bancos comerciais Sabendo-se que c = d e R = 0,3, pode-se afirmar que o valor do multiplicador será de, aproximadamente: a) 1,2234 b) 2,1023 c) 1,9687 d) 1 e) 1,5385 Questão 32 (VUNESP – BACEN – 98) – A propósito do conceito de multiplicador dos meios de pagamento em relação à base monetária, é correto dizer que: a) quanto maior a relação depósitos compulsórios dos bancos comerciais no Banco Central / depósitos à vista nos bancos comerciais, maior o multiplicador; AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 27 b) quanto maior a proporção dos meios de pagamento retida pelo público em forma de depósitos à vista nos bancos comerciais, menor o multiplicador; c) quanto maior a relação encaixe total / depósitos à vista nos bancos comerciais, maior o multiplicador; d) quanto maior a proporção dos meios de pagamento retida pelo público em forma de papel-moeda em poder do público, menor o multiplicador; e) quanto maior a relação depósitos voluntários dos bancos comerciais no Banco Central / depósitos à vista nos bancos comerciais, maior o multiplicador. Questão 33 (ESAF – BACEN – 2001) – Considere os seguintes dados: • papel moeda em poder do público/M1 = 0,3; • encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais = 0,3. Com base nestas informações, pode-se afirmar que: a) um aumento de 30% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 19,830% no multiplicador bancário. b) um aumento de 25% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 21,687% no multiplicador bancário. c) um aumento de 20% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 23,786% no multiplicador bancário. d) um aumento de 10% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais” implica uma redução de aproximadamente 8,750% no multiplicador bancário. e) um aumento de 15% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais” implica uma redução de aproximadamente 9,102% no multiplicador bancário. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 28 Questão 34 (BACEN – ESAF – 2001) – No que diz respeito à capacidade da autoridade monetária em controlar a liquidez da economia, é correto afirmar que: a) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma de papel-moeda em poder do público, o valor do multiplicador bancário será nulo. b) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a uma unidade adicional de M1. c) se as pessoas carregam 50% dos meios de pagamento sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a 2,5 unidades adicionais de meios de pagamento. d) se os recolhimentos totais dos bancos comerciais forem 100% dos depósitos a vista, o valor do multiplicador bancário será nulo. e) se as pessoas mantêm 100% dos meios de pagamento sob a forma de depósitos a vista, a fórmula do multiplicador torna-se incorreta como forma de medição da relação entre M1 e base monetária. Questão 35 (ESAF – GESTOR – 1998) – Acerca do multiplicador monetário em relação aos meios de pagamento, pode-se afirmar que: a) o multiplicador bancário é sempre menor do que um; b) quanto maiores os depósitos à vista nos bancos comerciais como proporção dos meios de pagamento, menor o multiplicador bancário;c) quanto maiores os encaixes totais em dinheiro dos bancos comerciais como proporção dos depósitos à vista, maior o multiplicador; d) quanto maior a proporção do papel-moeda em poder do público em relação aos meios de pagamento, menor o multiplicador; e) o multiplicador bancário é sempre um número negativo, não obstante seu valor ser apresentado em termos absolutos. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 29 Questão 36 (ESAF – GESTOR – 1998) – Considere as seguintes relações e seus valores: papel-moeda em poder do público / meios de pagamento = 0,2 ; encaixe total dos bancos comerciais / depósitos à vista nos bancos comerciais = 0,4. Pode- se afirmar que: a) uma unidade monetária a mais de operações ativas do Banco Central sem a contrapartida de aumento no seu passivo não-monetário eleva os meios de pagamentos em 1,14%, aproximadamente; b) uma unidade monetária a mais de operações ativas do Banco Central sem a contrapartida de aumento no seu passivo não-monetário dá origem, aproximadamente, a 1,14 a mais de meios de pagamentos; c) uma unidade monetária a mais de operações ativas do Banco Central sem a contrapartida de aumento no seu passivo não-monetário dá origem, aproximadamente, a 1,92 a mais de meios de pagamentos; d) o valor do multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base monetária é aproximadamente 2,3; e) não é possível calcular o multiplicador dos meios de pagamento em relação à base monetária, mas pode-se afirmar que ele é menor do que um. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 30 QUESTÕES RESOLVIDAS Questão 20 (AFC – STN – ESAF – 2002) – Não faze(m) parte do balancete consolidado do sistema monetário: a) empréstimos dos bancos comerciais ao setor privado; b) reservas internacionais; c) empréstimos do Banco Central ao setor privado; d) papel moeda em poder do público; e) aplicações dos bancos comerciais em títulos públicos e privados. Resolução: Inicialmente vamos reproduzir o balancete do Sistema Monetário. Ativo Passivo a) Reservas Internacionais Passivo Monetário b) Empréstimos do BACEN ao setor privado e) Papel-moeda em poder do público (PMPP) c) Empréstimos do BACEN ao setor público D) Depósito à vista nos Bancos Comerciais (DVBC) d) Títulos públicos e privados do BACEN Passivo não-monetário A) Títulos públicos e privados dos Bancos Comerciais f) Conta do Tesouro Nacional B) Empréstimos dos Bancos Comerciais ao Setor Privado E) Demais exigibilidades C) Empréstimos dos Bancos Comerciais ao Setor Público F) Capital Próprio g) Capital Próprio AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 31 Dessa forma, fica claro notar que não existe uma resposta correta para a pergunta. Na verdade, todos os itens fazem parte do balancete consolidado do sistema monetário. Entretanto, observe que quatro dos cinco itens fazem parte do ativo e apenas um único item faz parte do passivo. Como a resposta certa é o item que faz parte do passivo do sistema monetário não é difícil concluir que o examinador se equivocou na pergunta. A pergunta deveria ser: Não faze(m) parte do ativo do balancete consolidado do sistema monetário. O gabarito inicial foi a letra D e depois a questão foi anulada. Gabarito Inicial: D Questão 21 (ESAF – AFRF – 2003) – Não fazem parte do ativo do balancete consolidado dos bancos comerciais a) os encaixes em moeda corrente. b) os redescontos e demais recursos provenientes do Banco Central. c) os empréstimos ao setor público. d) os empréstimos ao setor privado. e) os títulos privados. Resolução: Observe que agora, o examinador questiona acerca do que não faz parte do balancete dos bancos comerciais. Se você entendeu as contas fica simples de encontrar a resposta, caso contrário terá que decorar. O balancete consolidado dos Bancos Comerciais possui a seguinte estrutura: AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 32 Balancete Consolidado dos Bancos Comerciais Ativo Passivo A) Encaixes G) Recursos Próprios A.1 – em moeda corrente H) Depósitos à vista A.2 – em depósitos no Banco Central I) Depósitos a prazo A.2.1 – voluntários J) Redescontos e outros recursos oriundos do BACEN A.2.2 – compulsórios K) Empréstimos Externos B) Empréstimos ao setor privado L) Demais exigibilidades C) Títulos públicos e privados D) Empréstimos a entidades públicas E) Imobilizado F) Outras aplicações Observe que o Redesconto faz parte do passivo dos Bancos Comerciais e do ativo do Banco Central. Vou te dar uma dica. Esse tipo de questão em que o examinador questiona se uma conta faz parte do ativo ou passivo de um tipo de instituição cai com bastante freqüência. É claro que ele nunca irá perguntar se o imobilizado está no ativo ou no passivo. A pergunta será sobre contas que não são encontradas nos balancetes das instituições não-financeiras. E, por incrível que pareça, a rubrica de Redesconto é questionada com bastante freqüência. Sendo assim, o gabarito é a letra B. Gabarito: B AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 33 Questão 22 (ESAF – Auditor Fiscal da Previdência Social – 2002) – Considerando o balancete consolidado do sistema monetário, são considerado(as) como itens do passivo não monetário do Banco Central: a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos. b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas internacionais. c) depósitos do Tesouro Nacional e recursos externos. d) base monetária e papel-moeda em poder do público. e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e depósitos a prazo. Resolução: Vamos colocar o Balancete do Banco Central na resolução: Ativo Passivo a) Reservas internacionais Passivo Monetário b) Empréstimos ao Tesouro Nacional r) Saldo do papel-moeda em poder do público c) Títulos públicos federais A) Encaixes e) Empréstimos ao setor privado A.1 – em moeda corrente f) Empréstimos a Governos Estaduais, Municipais, Autarquias e outras entidades públicas A.2 – em depósitos no Banco Central i) Aplicações especiais A.2.1 – voluntários J) Redescontos e outros recursos oriundos do BACEN A.2.2 – compulsórios Passivo não-Monetário k) Depósitos do Tesouro Nacional o) Empréstimos externos q) Recursos especiais s) saldo líquido das demais contas AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 34 Observe que a letra C possui dois itens que fazem parte do Passivo não- monetário. São eles: os empréstimos externos e os Depósitos do Tesouro Nacional. Sendo assim, o gabarito é a letra C. Gabarito: C Questão 23 (ESAF– AFRF – Tecnologia da Informação – 2005) – Não faz(em) parte do passivo do balancete do Banco Central: a) recursos externos. b) depósitos do tesouro nacional. c) redescontos. d) papel moeda emitido. e) encaixes dos bancos comerciais. Resolução: A questão pergunta qual dos itens acima não faz parte do passivo do Banco Central. Logo, a resposta deve ser uma conta que faz parte do ativo do Banco Central ou então uma que não está presente no balancete do Banco Central. O redesconto é um empréstimo que o Banco Central concede aos Bancos Comerciais, em geral, em momentos de dificuldade. Logo, o Redesconto é uma conta passiva dos Bancos Comerciais e ativa do Banco Central. Sendo assim, o gabarito é a letra C. Gabarito: C AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 35 Questão 24 (ESAF – Economista do MPOG – 2006) – São itens do passivo do balancete do Banco Central, exceto, a) papel moeda emitido. b) operações de redesconto. c) depósitos do Tesouro Nacional. d) depósitos voluntários dos bancos comerciais. e) depósitos compulsórios dos bancos comerciais. Resolução: Abaixo segue o Balancete do Banco Central: Ativo Passivo a) Reservas internacionais Passivo Monetário b) Empréstimos ao Tesouro Nacional r) Saldo do papel-moeda em poder do público c) Títulos públicos federais A) Encaixes e) Empréstimos ao setor privado A.1 – em moeda corrente f) Empréstimos a Governos Estaduais, Municipais, Autarquias e outras entidades públicas A.2 – em depósitos no Banco Central i) Aplicações especiais A.2.1 – voluntários J) Redescontos e outros recursos oriundos do BACEN A.2.2 – compulsórios Passivo não-Monetário k) Depósitos do Tesouro Nacional o) Empréstimos externos q) Recursos especiais s) saldo líquido das demais contas AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 36 O redesconto não faz parte do passivo do Banco Central. Sendo assim, o gabarito é a letra B. Gabarito: B Enunciado para as questões 25 e 26 O estudo da teoria macroeconômica é essencial à compreensão dos grandes agregados econômicos. Tendo como referência essa teoria, julgue os itens a seguir. Questão 25 (CESPE – EMBASA - Economista – 2009) – No Brasil, o agregado monetário M2 excede o agregado monetário M1 pelas quotas de fundos de renda fixa, pelas operações compromissadas registradas na SELIC e pelo montante depositado nas cadernetas de poupança. Resolução: Utilizando a definição existente no glossário do Banco Central, temos: “M1 - Papel moeda em poder do público + depósitos à vista; M2 – M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias; M3 – M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic; M4 – M3 + títulos públicos de alta liquidez.” Observe que as quotas dos fundos de renda fixa estão no M3. Sendo assim, a questão está ERRADA. Gabarito: E AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 37 Questão 26 (CESPE – EMBASA - Economista – 2009) – A compra de títulos públicos, por meio de operações de mercado aberto, eleva o preço desses títulos e conduz à redução das taxas de juros, contribuindo, assim, para a expansão dos meios de pagamento da economia. Resolução: A partir do momento em que o Banco Central opta por fazer política monetária via mercado aberto, ele pode tanto comprar quanto vender títulos públicos, dependendo do efeito que está querendo causar nos meios de pagamentos. Se a opção for pela compra de títulos públicos, será criado um excesso de demanda se partirmos do pressuposto de que o mercado se encontrava em equilíbrio, anteriormente. Como ocorrerá um aumento da demanda, os preços dos títulos deverão subir pois haverá mais um interessado em efetuar a compra. Observe que a sistemática do mercado de títulos é idêntica àquela encontrada no mercado de batatas, carne ou qualquer outro bem. A oferta e a demanda, em princípio, definirão o preço do título. Como a precificação do título deve atender à equação de juros compostos da matemática financeira: ( )ni M eço + = 1 Pr Sendo: M – valor de resgate do título; i – taxa de juros; n – prazo para o vencimento. Portanto, se o aumento de demanda elevar o preço do título, ao mesmo tempo estará reduzindo a taxa de juros. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 38 Como o Banco Central está efetuando a compra de títulos públicos via mercado aberto, ele colocará reais no mercado e recolherá títulos, expandindo, dessa forma, os meios de pagamentos. Sendo assim, a questão está CERTA. Gabarito: C Enunciado para as questões 27 e 28 A macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados econômicos e aborda tópicos tais como a expansão do produto e do emprego e as taxas de inflação. A respeito desse assunto, julgue os itens de 68 a 80. Questão 27 (CESPE – Ministério dos Esportes – Economista – 2008) – Os depósitos em conta-corrente e os depósitos em cadernetas de poupança integram o agregado monetário M2. Resolução: Os meios de pagamentos são compostos por M1, M2, M3 e M4. Quanto menor o número maior a liquidez do ativo. Veja: Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA: “M1 – Ativos mais líquidos da economia. Composto por moeda metálica, papel-moeda em poder do público e depósitos à vista; M2 – M1 + títulos da dívida pública, considerados como quase- moeda; M3 – M2 + cadernetas de poupança; e M4 – M3 + títulos da dívida privada.” Segundo o Manual de Macroeconomia: “M1 – Papel-Moeda em Poder do Público + depósitos a vista; AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 39 M2 – M1 + títulos públicos em poder do setor privado; M3 – M2 + depósitos de poupança; e M4 – M3 + depósitos a prazo e outros títulos privados.” No entanto, segundo o Mankiw: “M1 – Somatório de papel-moeda em poder do público, depósitos à vista nos bancos comerciais, cheques de viagem e outros depósitos transformáveis em cheque; M2 – Somatório de M1 e outros acordos de recompra diária. Eurodólares, depósitos remunerados, cadernetas de poupança e outros depósitos a curto prazo; M3 – Somatório de M2, e depósitos a longo prazo e acordos de recompra; L – Somatório de M3, títulos públicos a curto prazo e outros ativos líquidos.” Segundo o glossário presente no site do Banco Central do Brasil: “M1 - Papel moeda em poder do público + depósitos à vista; M2 – M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias; M3 – M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic; M4 – M3 + títulos públicos de alta liquidez.” Observem que as definições são diferentes,apesar de todas terem sido retiradas de livros ou sites confiáveis. Na verdade, a definição de meios de pagamentos depende muito da liquidez do ativo e, portanto, varia no tempo e no espaço. Se você pensou que a diferença ocorre porque os livros não são tão atuais quanto os sites, você está enganado pois os sites apresentaram resultados diferentes para a caderneta de poupança. Quer saber o que fazer na hora da prova? Eu, se fosse você, decoraria a definição do Banco Central, pois se a resposta do examinador vier diferente é possível fazer um recurso bastante robusto para a questão. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 40 Sendo assim, ao considerarmos o site do Banco Central, a resposta está CERTA. Gabarito: C Questão 28 (CESPE – Ministério dos Esportes – Economista – 2008) – Os títulos estaduais e municipais detidos pelos bancos comerciais são contabilizados no passivo dessas instituições. Resolução: Nos ativos dos Bancos Comerciais estão os direitos enquanto que nos passivos encontram-se as obrigações. Quando um banco comercial detém títulos estaduais e municipais, ele adquiriu esses títulos juntos aos agentes públicos, pagando por eles um determinado valor. No vencimento do título, os agentes públicos deverão pagar o banco comercial. Logo, esses títulos são direitos dos bancos comerciais perante os estados ou municípios. Sendo direitos, estão no ativo dessas instituições. Logo, a questão está ERRADA. Gabarito: E Enunciado para as questões 29 e 30 Julgue os itens de 29 e 30, relativos à moeda e à política monetária. Questão 29 (CESPE – SEFAZ – ES – Economista – 2010) – Em decorrência de as facilidades de realocação de portfólio permitirem que M1 esteja sempre no nível necessário às transações e responda passivamente à elevações no nível de AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 41 preços, os meios de pagamento ampliados são indicadores melhores que os meios de pagamento restritos. Resolução: Na verdade, o M1 é a soma do Papel-Moeda em Poder do Público (PMPP) e dos Depósitos à Vista nos Bancos Comerciais – DVBC. Dessa forma, esses itens não rendem qualquer quantidade de juros e não estão protegidos contra oscilações de preço. Por outro lado, são facilmente realocados. Por esse motivo, muitas vezes os meios de pagamento ampliados são indicadores melhores do que os restritos. Sendo assim, a questão está CERTA. Gabarito: C Questão 30 (CESPE – SEFAZ – ES – Economista – 2010) – A poupança financeira, segundo definição dos meios de pagamentos, corresponde a M2 acrescido das quotas de fundos de renda fixa e das operações compromissadas registradas na SELIC, mas desconsidera os títulos públicos de alta liquidez. Resolução: Observe que esta questão tem sido bastante repetitiva e apesar de os mais diferentes e conceituados livros e sites trazerem definições diferentes, parece que a postura do CESPE está de acordo com o que o site do Banco Central informa. Utilizando a definição existente no glossário do Banco Central, temos: “M1 - Papel moeda em poder do público + depósitos à vista; M2 – M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias; M3 – M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic; AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 42 M4 – M3 + títulos públicos de alta liquidez.” Sendo assim, a questão está ERRADA. Gabarito: E Questão 31 (ESAF – AFC – STN – 2002) – Considere: c = papel moeda em poder do público / meios de pagamentos d = depósitos a vista nos bancos comerciais / meios de pagamentos R = encaixes totais dos bancos comerciais / depósitos a vista nos bancos comerciais Sabendo-se que c = d e R = 0,3, pode-se afirmar que o valor do multiplicador será de, aproximadamente: a) 1,2234 b) 2,1023 c) 1,9687 d) 1 e) 1,5385 Resolução: Sabemos que o multiplicador bancário é dado por: V � r r·�r� Como c + d = 1 ⇒ c = d = 0,5 Portanto, o multiplicador é: ( ) 5385,1 65,0 1 35,01 1 7,05,01 1 3,015,01 1 == − = ⋅− = −⋅− =k Gabarito: E AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 43 Questão 32 (VUNESP – BACEN – 98) – A propósito do conceito de multiplicador dos meios de pagamento em relação à base monetária, é correto dizer que: a) quanto maior a relação depósitos compulsórios dos bancos comerciais no Banco Central / depósitos à vista nos bancos comerciais, maior o multiplicador; b) quanto maior a proporção dos meios de pagamento retida pelo público em forma de depósitos à vista nos bancos comerciais, menor o multiplicador; c) quanto maior a relação encaixe total / depósitos à vista nos bancos comerciais, maior o multiplicador; d) quanto maior a proporção dos meios de pagamento retida pelo público em forma de papel-moeda em poder do público, menor o multiplicador; e) quanto maior a relação depósitos voluntários dos bancos comerciais no Banco Central / depósitos à vista nos bancos comerciais, maior o multiplicador. Resolução: Sabemos que o multiplicador bancário é dado por: ( )Rd k −− = 11 1 Sendo assim, vemos que a os encaixes são inversamente proporcionais ao multiplicador e a proporção de depósitos à vista sobre meios de pagamento e o multiplicador são grandezas diretamente proporcionais, pois quanto mais grana estiver sob a forma de depósito nos bancos, maior será o multiplicador. Cabe ressaltar que entendemos como encaixe tanto os depósitos compulsórios, quanto dos depósitos voluntários como também o caixa dos bancos comerciais. Dessa forma, quanto maior a proporção de meios de pagamentos retidos na mão do público sob a forma de papel-moeda, menor o multiplicador, pois os bancos terão menos recursos disponíveis para efetuar a multiplicação dos meios de pagamentos. Sendo assim, o gabarito é a letra D. Gabarito: D AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 44 Questão 33 (ESAF – BACEN – 2001) – Considere os seguintes dados: • papel moeda em poder do público/M1 = 0,3; • encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais = 0,3. Com base nestas informações, pode-se afirmar que: a) um aumento de 30% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 19,830% no multiplicador bancário. b) um aumento de 25% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 21,687% no multiplicador bancário. c) um aumento de 20% na relação “depósitos a vista nos bancos comerciais/M1” resulta em um aumento de aproximadamente 23,786% no multiplicador bancário. d) um aumento de 10% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais” implicauma redução de aproximadamente 8,750% no multiplicador bancário. e) um aumento de 15% na relação “encaixe total dos bancos comerciais/depósitos a vista nos bancos comerciais” implica uma redução de aproximadamente 9,102% no multiplicador bancário. Resolução: ( ) ( ) ( ) 9608,1 51,0 1 49,01 1 7,07,01 1 3,017,01 1 11 1 bancáriodor multiplica 3,0 7,01 3,0 == − = ⋅− = −⋅− = −− = = =⇒=+ = Rd k R ddc c Temos que resolver cada um dos itens separadamente. Sendo assim: a) Inicialmente devemos calcular o novo valor de d. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 45 ( ) ( ) %5,401 9608,1 7548,2 1 7548,2 3,0191,01 1 91,03,17,030,01' =−=−= − =∆ = −⋅− = =⋅=+⋅= k k k kk k k dd AA A b) Inicialmente devemos calcular o novo valor de d. ( ) ( ) %6,311 9608,1 5806,2 1 5806,2 3,01875,01 1 875,025,17,025,01' =−=−= − =∆ = −⋅− = =⋅=+⋅= k k k kk k k dd AA A c) Inicialmente devemos calcular o novo valor de d. ( ) ( ) %786,231 9608,1 4272,2 1 4272,2 3,0184,01 1 84,02,17,020,01' =−=−= − =∆ = −⋅− = =⋅=+⋅= k k k kk k k dd AA A Portanto, o gabarito é a letra C. Esta é uma questão complicada porque o candidato tem que efetuar inúmeras operações para conseguir chegar na resposta correta. d) Inicialmente devemos calcular o novo valor de R. ( ) ( ) %95,31 9608,1 8832,1 1 8832,1 33,017,01 1 33,01,13,010,01' −=−=−= − =∆ = −⋅− = =⋅=+⋅= k k k kk k k RR AA A e) Inicialmente devemos calcular o novo valor de R. AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 46 ( ) ( ) %82,51 9608,1 8467,1 1 8467,1 345,017,01 1 345,015,13,015,01' −=−=−= − =∆ = −⋅− = =⋅=+⋅= k k k kk k k RR AA A Gabarito: C Questão 34 (BACEN – ESAF – 2001) – No que diz respeito à capacidade da autoridade monetária em controlar a liquidez da economia, é correto afirmar que: a) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma de papel-moeda em poder do público, o valor do multiplicador bancário será nulo. b) se as pessoas carregam os meios de pagamento apenas sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a uma unidade adicional de M1. c) se as pessoas carregam 50% dos meios de pagamento sob a forma de papel-moeda em poder do público, uma unidade adicional de base monetária dará origem a 2,5 unidades adicionais de meios de pagamento. d) se os recolhimentos totais dos bancos comerciais forem 100% dos depósitos a vista, o valor do multiplicador bancário será nulo. e) se as pessoas mantêm 100% dos meios de pagamento sob a forma de depósitos a vista, a fórmula do multiplicador torna-se incorreta como forma de medição da relação entre M1 e base monetária. Resolução: Na verdade, se todos carregarem todos os seus recursos no “bolso”, o valor do multiplicador será igual a um, pois não haverá depósitos à vista nos bancos comerciais e, portanto, base monetária será igual aos meios de pagamentos. Com isso, vemos que o primeiro item está errado. Quando todas as pessoas carregam seus meios de pagamentos sob a forma de papel-moeda em poder do público, o multiplicador bancário é igual a 1, então, AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 47 uma unidade adicional de base monetária dará origem a apenas uma unidade adicional de meios de pagamentos (M1). Portanto, esta é a resposta correta. Veja a equação: ( ) ( ) BM B R M B Rd M ⋅= ⋅ −− = ⋅ − = − 1 101 1 11 1 Se as pessoas carregam 50% sob a forma de PMPP (papel-moeda em poder do público), então a outra metade está sob a forma de depósitos à vista nos bancos comerciais. Sendo assim, d é igual a 0,5 e colocando isto na fórmula do multiplicador bancário, temos: ( ) ( ) B R M B Rd M ⋅ −− = ⋅ −− = 15,01 1 11 1 Não é possível determinar o valor do multiplicador pois não temos o valor dos encaixes. Entretanto, se os encaixes forem, somados, iguais a zero, o multiplicador seria igual a 2. Como os encaixes possuem uma relação inversa com o multiplicador, para qualquer valor que R venha a valer, uma unidade adicional de base monetária dará origem a, no máximo, 2 unidades adicionais de meios de pagamentos. Se os bancos recolherem todos os depósitos à vista como encaixe, o valor do multiplicador será igual a 1, conforme podemos verificar: ( ) ( ) BM B d M B Rd M ⋅= ⋅ −− = ⋅ − = − 1 111 1 11 1 AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 48 Se as pessoas não mais segurarem papel-moeda em poder do público e mantiverem todos os recursos sob a forma de depósitos à vista nos bancos comerciais, teremos que d é igual a 1. Sendo assim, o multiplicador dependerá apenas dos encaixes dos bancos. Se os encaixes forem para zero, o multiplicador tenderá a infinito, mas para qualquer valor de encaixe, podemos determinar o valor do multiplicador que, necessariamente, ficará entre 1 e infinito. Gabarito: B Questão 35 (ESAF – GESTOR – 1998) – Acerca do multiplicador monetário em relação aos meios de pagamento, pode-se afirmar que: a) o multiplicador bancário é sempre menor do que um; b) quanto maiores os depósitos à vista nos bancos comerciais como proporção dos meios de pagamento, menor o multiplicador bancário; c) quanto maiores os encaixes totais em dinheiro dos bancos comerciais como proporção dos depósitos à vista, maior o multiplicador; d) quanto maior a proporção do papel-moeda em poder do público em relação aos meios de pagamento, menor o multiplicador; e) o multiplicador bancário é sempre um número negativo, não obstante seu valor ser apresentado em termos absolutos. Resolução: Em primeiro lugar, devemos sempre lembrar que o multiplicador bancário é maior ou igual a 1. E que ele pertencerá a um intervalo X1; ∞�. A fórmula do multiplicador é a seguinte : ( )Rd k −↑− =↑ 11 1 . E quanto maior o d, maior o multiplicador. Quanto maior qualquer um dos três encaixes, menor será o multiplicador, pois os encaixes somados são iguais a R e, portanto, o aumento de qualquer um AULA 03 MACROECONOMIA PARA RECEITA FEDERAL – TURMA 3 PROFESSOR: CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 49 deles, induzirá a um aumento de R. Como a relação entre multiplicador e encaixes é sempre inversa, quanto maior os encaixes, menor o multiplicador. Quanto mais dinheiro o público “guardar” em seu bolso, menos será depositado nos bancos e, portanto, menor será a capacidade de criação de moeda pelos bancos comerciais. O multiplicador será sempre um número positivo e, no mínimo, igual a 1. Dessa forma, vemos que o gabarito é a letra D.