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ESCALA DE ESTRATÉGIAS E MOTIVAÇÃO PARA APRENDIZAGEM EM AMBIENTES VIRTUAIS NA REDE PUBLICA BASICA DE ENSINO.
Iris de Souza Dias
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo analisar o uso da mídia digital atraves de uma revisão de literatura, como estrategia e motivação para aprendizagem em ambientes virtuais, os desafios dos docentes e as caracteristicas que ele precisa ter para utilizar. A falta de motivação dos alunos é uma questão séria que pode trazer diversas consequências para a escola como um todo. Nesse cenário, encontrar novas formas de motivar os alunos contribui para a construção de um ambiente mais agradável, o que melhora o aprendizado e ajuda a evitar a evasão escolar. Uma das maneiras de fazer isso é tornar as aulas mais interessantes e colocar os alunos no centro do processo de ensino e aprendizagem. Desânimo, falta de interesse, vontade de faltar na aula, pouca participação, esgotamento. Infelizmente, essas sensações e atitudes se tornaram comuns diante de tantas mudanças sociais e de perspectivas negativas para o futuro, é possível que os alunos deixem de ver sentido nas atividades escolares. Diante deste exposto temos como seguinte questão problemática; Quais os fatores motivacionais para aprendizagem em ambientes virtuais dos alunos na rede pública de ensino ? A alternância nas metodologias pedagógicas destacaram-se, sendo consideradas pelos alunos como as que mais motivam o processo de aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Ambiente virtual de aprendizado. Educação. Tecnologia digital. Metodologia Ativa. 
ABSTRACT
This article aims to analyze the use of digital media, as a strategy and motivation for learning in virtual environments, the lack of student motivation is a serious issue that can have several consequences for the school as a whole. In this scenario, finding new ways to motivate students contributes to building a more pleasant environment, which improves learning and helps to prevent school dropout. One of the ways to do this is to make lessons more interesting and put students at the center of the teaching and learning process. Discouragement, lack of interest, desire to skip class, little participation, burnout. Unfortunately, these sensations and attitudes have become common in the face of so many social changes and negative perspectives for the future, it is possible that students no longer see meaning in school activities. In view of the above, we have the following problematic question; What are the motivational factors for learning in virtual environments for students in public schools? The alternation in pedagogical methodologies stood out, being considered by the students as the ones that most motivate the learning process.
KEYWORDS: Virtual learning environment. Education. Digital technology. Active Methodology.
Pedagoga iris.dias@edu.mt.gov.br
INTRODUÇÃO
A palavra motivação vem do Latin “motivus”, significa movimento, ou seja o impulso interno que nos leva à ação; a palavra sugere exatamente isso: motivo + ação, a força (motivo) que me leva a agir. Está diretamente ligada aos nossos desejos, busca de novos horizontes, de novas conquistas, necessidades e vontades. A motivação tem sido alvo de muitas discussões, há uma enorme controvérsia dentro da psicologia sobre como funcionam os mecanismos da motivação; e isso por uma razão muito simples: a motivação é uma das chaves para a compreensão do comportamento humano; age sobre o pensamento, a atenção, a emoção e a ação.
	O interesse por esse estudo surgiu como uma tentativa de explicação sobre a necessidade de compreender um tema importante nos dias atuais. O tema deste trabalho está focado em motivação no âmbito escolar, visando identificar quais estrategias para motivação dos Estudantes no Ambiente E-learning. Sabe-se que um dos grandes desafios atuais das escolas está em manter seus educandos motivados e conseguir que a motivação não desapareça fazendo com que o indivíduo continue tendo
sentido no que faz. Alunos motivados podem alcançar objetivos significativos na instituição, desenvolvendo e conslidando as habilidades e melhorando o indice do IDEB da escola, o ambiente de escolar, as relações interpessoais entre outros. Diante deste exposto temos como seguinte questão problemática; Quais os fatores motivacionais para aprendizagem em ambientes virtuais dos alunos na rede pública de ensino?
Promover a motivação para aprender nos estudantes não é uma tarefa fácil, pois demanda o conhecimento e o uso de estratégias de ensino eficazes (Bzuneck, 2010; Reeve et al., 2004). Nesse sentido, Prado e Almeida (2007) alertam que o professor deve identificar que a educação on-line não se restringe à virtualização da prática de sala de aula e enfatizam que reduzir essa modalidade educacional à mera transposição didática das estratégias adotadas em condições presenciais ocasiona implicações negativas na organização e recuperação de informações e nas formas de comunicação.
Nessa perspectiva, Palloff e Pratt (2002) e Prado e Almeida (2007) evidenciam a importância de estratégias para o ensino on-line que oportunizem ao estudante a gestão de recursos, do tempo e do ambiente de estudo. Palloff e Pratt (2002) ressaltam que o uso de tais estratégias ajuda que estudantes evitem situações comumente observáveis em ambientes virtuais: o fenômeno infoglut (sobrecarga desnecessária de informações e tarefas), a procrastinação para a realização das atividades e a ansiedade ocasionada pela espera do retorno das mensagens postadas ou do feedback avaliativo. 
No contexto educacional, a motivação dos alunos torna-se um relevante desafio, já que apresenta implicações diretas na qualidade do envolvimento com o processo de ensino e aprendizagem. O aluno motivado procura novos conhecimentos e oportunidades, evidenciando envolvimento com o processo de aprendizagem, participa das tarefas com entusiasmo e revela disposição para novos desafios (ALCARÁ; GUIMARÃES, 2007). A motivação, neste sentido, constitui uma variável relevante do processo ensino e aprendizagem, na medida em que o desempenho escolar não pode ser explicado somente por conceitos como inteligência, contexto familiar e condição socioeconômica.
O desenvolvimento do processo educacional, em condições de ensino presencial ou on-line, resulta de movimentos interdependentes e dialéticos entre as ações de ensinar e aprender. Estudos que tratam de temas psicoeducacionais indicam que o desenvolvimento das ações interativas e complementares, transcorrido entre os processos de ensino e de aprendizagem, requer tanto do professor como do aluno a compreensão e o uso de estratégias (Anastasiou; Alves, 2004; Oliveira; Boruchovitch; Santos, 2010).
No que se refere às estratégias de ensino, estas são destacadas por autores como Anastasiou e Alves (2004) e Okane e Takahashi (2006) como percursos e ações intencionais, previamente estruturados pelo docente, que buscam favorecer o aluno a aprender. Quanto às estratégias de ensino, Bzuneck (2010) ressalta que tais ações são substanciais à promoção e à manutenção da motivação do aluno em situações de aprendizagem.
Nessa perspectiva, Bzuneck (2010) apresenta quatro categorias de estratégias de ensino que contribuem para a motivação do estudante para aprender: atribuição de significado e relevância às tarefas acadêmicas/escolares; identificação e uso de tarefas e atividades motivadoras; utilização de embelezamentos, como computadores, jogos, manipulação de objetos e introdução de novidades; ações pedagógicas que orientam as tarefas executadas. O uso de atividades desafiadoras, o acompanhamento das tarefas realizadas pelos alunos com feedbacks avaliativos, a utilização adequada de recursos tecnológicos digitais, procedimentos para o trabalho com classes heterogêneas, entre outras, são algumas das estratégias de ensino elencadas pelo autor.
Os estudos realizados por autores como Dembo (1994), Boruchovitch (1999) e Oliveira, Boruchovitch e Santos (2010) categorizam as estratégias de aprendizagem em dois grandes grupos: as cognitivas e as metacognitivas. As estratégiascognitivas atuam diretamente nos processos de organização, armazenamento e processamento da informação, ao passo que as estratégias metacognitivas designam as ações que o aluno realiza, de forma consciente e autorregulada, e que lhe oportunizam planejar, monitorar e regular o próprio pensamento (Dembo, 1994).
Tradicionalmente, a literatura científica categorizava a motivação em duasvertentes: a motivação intrínseca e a extrínseca. A motivação intrínseca é descrita por Bzuneck e Guimarães (2010) como uma tendência natural para exercitar as próprias capacidades por meio de desafios, da busca pela novidade e pelo interesse e satisfação na realização da tarefa em si. Já a motivação extrínseca caracteriza -se pelo comportamento orientado à conquista de um objetivo almejado, como recompensas ou premiações, ou ainda direcionado a impedir eventos indesejáveis, como as punições (Bzuneck; Guimarães, 2010; Rufini; Bzuneck; Oliveira, 2011).
Os quatro tipos de motivação extrínseca preveem as seguintes regulações: a externa (regulada por controladores externos), a introjetada (os controladores são internos e atendem a questões internalizadas pelo indivíduo), a identificada (percebe-se certo nível de autonomia e atende a questões internalizadas pelo estudante) e a integrada (caracterizada como o tipo mais autônomo de motivação extrínseca). De acordo com a teoria da autodeterminação, todo comportamento é intencional e pode ser direcionado pela motivação autônoma ou pela motivação controlada (Rufini; Bzuneck; Oliveira, 2011).
Prado e Almeida (2007) alertam que o professor deve identificar que a educação on-line não se restringe à virtualização da prática de sala de aula e enfatizam que reduzir essa modalidade educacional à mera transposição didática das estratégias adotadas em condições presenciais ocasiona implicações negativas na organização e recuperação de informações e nas formas de comunicação. O estudo realizado por Tsai (2009) também apresentou a elaboração de um instrumento, a escala On-line Learning Strategies Scale (OLSS), direcionado à avaliação das seguintes dimensões: a habilidade de percepção, o afeto e a autorregulação. Os resultados obtidos nos estudos realizados resultaram na validação e na confiabilidade de ambas as escalas.
O artigo contempla estratégias que contribuem para a promoção da motivação autônoma, que propicia ao estudante protagonizar, de forma consciente, a sua própria aprendizagem. Diante desse cenário, considera-se preponderante à qualidade dos processos educacionais, mediados por ambientes virtuais, a aquisição de informações que oportunizem estudar e avaliar as estratégias de ensino e de aprendizagem e a motivação em AVA. O presente estudo se propôs a construir e levantar evidências de validade para a escala de estratégia de ensino, de aprendizagem e motivação para aprender em ambientes virtuais de aprendizagem (EEAM-AVA), direcionada aos estudantes do ensino da rede publica basica. A evidência de validade foi investigada por meio de um revisão de litreratura.
FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
	Ao refletirmos sobre a função do professor na atualidade, deparamo-nos com a dificuldade de combinar diferentes fatores que dizem respeito à formação humana. Há vários desafios, dentro e fora da sala de aula, que dificultam o trabalho docente, além da constante transformação de diversos campos da sociedade ; por meio da tecnologia, as informações são disseminadas com extrema rapidez e em grandes proporções. Em vários aspectos, esses desafios e transformações, que também incluem valores e condutas, têm ocasionado a desvalorização do profissional da educação pela sociedade. Nesse cenário, é importante destacar que, na perspectiva de Nóvoa (1992), a formação docente deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva, fornecendo aos professores os meios de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de auto formação participada. Assim sendo, estar nesse processo de formação implica investimento pessoal, trabalho livre e criativo com vista à construção de identidade profissional.
		Dessa forma, o professor deve estar aberto às mudanças educacionais e à superação de paradigmas existentes em sua prática docente com vistas ao melhor desenvolvimento do aluno e à construção do saber científico. Dada a importância da atividade docente, Rodrigues (2008) relata que em outras épocas de nossa história a docência era sinônimo de elevado status social nas famílias tradicionais da sociedade. Os professores eram respeitados e valorizados por toda a comunidade.
 Aulas nos cursos ginasial e colegial costumavam ser ministradas até por médicos e engenheiros, e compensavam financeiramente. Os alunos eram habituados a se colocar de pé quando o mestre entrava na sala. O respeito aos mais velhos era regra de educação (Rodrigues, 2008, p. 6).
	O atual cenário social e tecnológico, cada vez mais dinâmico e moderno, exige maior atualização profissional ; somado à baixa remuneração que obriga ao exercício de duplas ou triplas exaustivas jornadas de trabalho, ao baixo incentivo governamental e às condições de trabalho precárias na maioria das instituições nacionais de ensino, torna o professor cada vez mais desestimulado no exercício de suas atividades, com desvalorização da categoria por várias instâncias distintas (Barbosa, 2011).
	Apesar do baixo estímulo governamental e das condições muitas vezes precárias de trabalho, o professor não deve refletir isso na sua prática docente, mas sim buscar constantemente alternativas para os desafios que encontra na profissão. Nessa busca haverá erros e acertos, e cabe nes ses momentos avaliar os procedimentos que não deram certo para buscar novos caminhos e metodologias a seguir. Além dessa reflexão, que diz respeito à análise pessoal de seu desempenho e desenvolvimento, também se faz necessário buscar constantemente o aperfeiçoamento profissional; sua formação acadêmica deve ser uma de suas prioridades profissionais. O aperfeiçoamento profissional se faz necessário, pois permite atualizações científicas (de conteúdo específico de alguma área do conhecimento), a descoberta de novas maneiras de trabalhar e refletir sobre os caminhos já percorridos e prever e avaliar os que ainda pode percorrer.
	Na Avesi & Oliveira (2011), apontam para o fato de que a interação e o pertencimento são fatores considerados como fundamentais para a motivação, mas frequentemente não estão presentes no EaD. Segundo Badia & Monereo (2010) a percepção de vínculo é essencial no cenário educacional mediado por AVA. De forma paralela ao design instrucional, habilidades como empatia, uso da linguagem e a identificação de informações importantes para a tomada de decisões que devem ser transmitidas aos alunos podem ser desenvolvidas pelo professor, de forma a otimizar o ambiente para o estabelecimento da motivação intrínseca nos estudantes. É evidente, entretanto, que a tríade “autonomia, competência e pertencimento”, essenciais para o estabelecimento e permanência da motivação intrínseca, não depende apenas do material de estudo, mas da clareza do percurso e da interação com o professor EaD.
		A Teoria da Autodeterminação de Deci e Ryan (1985) sugere que algumas necessidades devem ser satisfeitas para que a motivação intrínseca seja atingida, como a autonomia, competência e pertencimento. Estas podem ser desenvolvidas, ainda que não completamente, através de um clima favorável no contexto educacional, influenciando no nível de envolvimento do aluno (Givvin et al, 2001). Por se tratarem dos mesmos alunos expostos a diferentes ambientes de aprendizagem, os fatores sócio-contextuais individuais não constituem um viés amostral na distribuição dos grupos no que se refere a sua auto-determinação motivacional e ao método em si.
		Todavia, além de conhecer e saber quando e como utilizar as estratégias de aprendizagem, requer-se que o aluno tenha motivação para pô-las em prática. A motivação é entendida como um processo ou um fator que faz uma pessoa agir, modificar seu curso em direção a um objetivo ou persistirna atividade (Boruchovitch & Bzuneck, 2010; Bzuneck, 2009; Guimarães, 2009; Silva & Mettrau, 2010). Embora existam várias teorias que tentam explicar a motivação para aprender, cada qual enfatizando uma crença específica ou determinado construto (Graham & Weiner, 1996), dois conceitos são considerados chaves para a compreensão da motivação: a motivação intrínseca e a extrínseca.
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Novas formas de aprender e, consequentemente, novas formas de ensinar são requeridas com a inserção e a popularização de novas tecnologias em uma sociedade. Na atualidade, o atendimento à crescente demanda de estudantes que utilizam as tecnologias digitais, apresentam especificidades, como a flexibilidade de horário, o distanciamento geográfico e o acesso à grande quantidade de informações, demandando do professor o uso de estratégias de ensino que auxiliem o estudante a assumir uma postura autônoma e responsável por sua aprendizagem. O comprometimento e o empenho para regular a aprendizagem são ações do aluno que demonstra comportamento motivado para aprender. 
		O estudo, realizado com base na revisão de literatura, pode-se concluir que o estudante pode encontrar certa dificuldade na identificação das estratégias de aprendizagem utilizadas mediados por uso de midias digitais, posto que ainda é inicial a vivência do aluno nesse contexto educacional, quando comparada a sua experiência no ensino presencial. Essa interpretação sustenta-se nas considerações apresentadas por Dembo (1994), Monereo (1990), Veiga Simão (2004), entre outros, que relatam o conhecimento incipiente que muitos estudantes apresentam sobre suas próprias estratégias de aprendizagem diante de situações educacionais presenciais. Ou seja, muitos alunos ainda encontram dificuldades para compreensão, identificação e utilização dessas estratégias mesmo em ambientes de ensino considerados familiares.
	Os resultados que mais sobressaíram no presente estudo dizem respeito às correlações da motivação extrínseca, tanto com as subescalas de estratégias de aprendizagem quanto com a escala total, que tiveram valores de rho muito baixos, alguns em torno de zero. Uma única exceção foi a relação positiva, mas em nível apenas discreto, entre essa forma de motivação e as estratégias metacognitivas. O uso de estratégias de aprendizagem, na presente amostra, e a motivação extrínseca apareceram como variáveis independentes entre si, um dado que se alinha com os de Boruchovitch (2006), realizado com estudantes do ensino fundamental, e de Cunha e Boruchovitch (2012), conduzido com universitários de cursos de formação de professores. Futuros estudos devem ser delineados para um exame mais aprofundado dessa relação, incluindo a variável rendimento escolar, visto a literatura mostrar que a motivação extrínseca não é necessariamente prejudicial à aprendizagem (Covington, 2000). De modo semelhante aos dados encontrados por Boruchovitch (2006), o fato de as correlações entre as estratégias de aprendizagem metacognitivas terem sido de magnitude fraca, embora positivas e significativas com todos os tipos de motivação, também se constitui em outro achado instigante do presente estudo que merece ser alvo de novas investigações. 
	Entretanto é preciso que o professor esteja preparado para utilizar-se desses recursos no processo escolar, adequando-se e superando os desafios encontrados a fim de proporcionar aos alunos um ensino de qualidade e significativo, atendendo às dificuldades e habilidades dos discentes. Por fim, é possível dizer que muitas são as dificuldades da prática docente. Mas, ainda que pese a falta de reconhecimento e incentivo por parte dos governantes e de uma parcela da sociedade, apesar das dificuldades cotidianas referentes à falta de recursos da escola, das limitações pessoais de cada indivíduo, continua valendo a pena ser professor quando se tem em mente que se está contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes e que permanecerão na busca incessante por melhores condições de existência, manutenção da sua comunidade/sociedade e por uma educação de qualidade
	 Diante do exposto, espera-se que os resultados alcançados com este estudo possam contribuir com professores e alunos em futuras pesquisas que objetivem investigar e, por conseguinte, qualificar o processo educacional realizado com uso de midias digitais.
REFERÊNCIAS
 
Anastasiou, L. G. C.; Alves, L. P. Estratégias de ensinagem. In: . Processos de ensinagem na universidade : pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. Joinville: Univille, 2004. p. 68-74.
Badia, A.; Monereo, C. Ensino e aprendizado de estratégias de aprendizagem em ambientes virtuais. In: Coll, C.; Monereo, C. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 311-328
Boruchovitch, E. Estratégias de aprendizagem e desempenho escolar: considerações para a prática educacional. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre: UFRGS, v. 12, n. 2, p. 361-376, 1999
Bzuneck, J. A. A motivação do aluno: aspectos introdutórios. In: Boruchovitch, E.; Bzuneck, J. A. (Orgs.). A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2001. p. 9-36.
____. Como motivar os alunos: sugestões práticas. In: Boruchovitch, E.; Bzuneck, J. A.; Guimarães, S. É. R. (Orgs.). Motivar para aprender: aplicações no contexto edu- cativo. Petrópolis: Vozes, 2010. p. 13-42.
Deci, E. L.; Ryan, R. M. The “what” and “why” of goal pursuits: human needs and self-determination of behavior. Psychological Inquiry, Oxfordshire, England: Routledge Journals, Taylor & Francis, v. 11, n. 4, p. 227-268, 2000.
Dembo, M. H. Applying educational psychology. 5. ed. New York: Longman Publishing Group, 1994.
Prado, M. E. B. B.; Almeida, M. E. B. Estratégias em educação a distância: a plasticidade na prática pedagógica do professor. In: Valente, J. A.; Almeida, M. E. B. (Orgs.). Formação de educadores a distância e integração de mídias. São Paulo: Avercamp, 2007. p. 67-83.
Tsai, M. J. The model of strategic e-learning: understanding and evaluating student e-learning from metacognitive perspectives. Educational Technology & Society, Athabasca, AB, Canada: IFETS, v. 12, n. 1, p. 34-48, 2009.

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