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● Resumo - Arritmias cardíacas São disfunções relacionadas com anormalidades na formação e condução do impulso cardíaco. Pode ser supraventricular ou ventricular. Supraventricular quando surge no nó sinoatrial ou nó atrioventricular, e ventricular, como o nome diz, quando surge nos ventrículos. As principais causas incluem a aterosclerose, espasmo coronariano, bloqueio do coração, isquemia do miocárdio. Na avaliação inicial do paciente com arritmia existe a necessidade de esclarecer sintomas que podem ter sido provocados pela arritmia e realizar um ECG em repouso com uma derivação longa. Além disso, recolher uma história clínica que possa oferecer informações para caracterizar o tipo de arritmia, os fatores que desencadeiam, a frequência, a duração e o comprometimento hemodinâmico. O método de registro é escolhido a partir da frequência dos sintomas. Taquicardia sinusal: aumento na frequência sinusal acima de 100 bpm relacionada a um estresse. Esse estresse pode ser emocional ou físico, pode vir do uso de medicações e também a insuficiência cardíaca, anemia, hipertiroidismo, infecção e tromboembolismo pulmonar. Para o tratamento é necessário identificar a patologia associada. Betabloqueador pode ser útil na taquicardia sinusal por estresse emocional. No ECG temos: FC > 100 bpm, uma onda P para cada QRS, onda P positiva em DI, DII e aVF e negativa em aVR. Taquicardia atrial: Arritmia taquicardica originada no átrio e não dependente do nó atrioventricular. Seu mecanismo vai ser diferente dependendo da etiologia. Podem ser automáticas, por reentrada ou atriais por atividades deflagradas. No ECG temos: taquicardia de QRS estreito, intervalo RP > PR e onda P negativas em DII, DIII e aVF. Flutter atrial: Taquicardia atrial macroreentrante que pode acontecer em indivíduos com ou sem cardiopatia. - Quadro clínico: palpitação, dispnéia, dor precordial ou fadiga. - No ECG: Ondas F regulares, sem linha isoelétrica, FC entre 250 e 350 bpm. morfologia similar a “dentes de serra'' e ondas F negativas em DII, DIII e aVF. - Tratamento: cardioversão elétrica (CVE). Fibrilação atrial: Em seu mecanismo, há atividade automática rápida com origem em áreas de transição entre o tecido muscular atrial e das veias pulmonares, sensível ao aumento do tono autonômico que age como iniciador e sustentador da arritmia. Múltiplas áreas com reentrada anatômica, envolvendo áreas de fibrose, ou funcional, em que os períodos refratários dos átrios são encurtados. Os átrios sofrem alterações nas estruturas anatômica e eletrofisiológica, com encurtamento dos períodos refratários, aumento das áreas de fibrose, e diminuição da complacência atrial levando a mais crises de fibrilação atrial. É classificada temporalmente como inicial, crônica, paroxística, persistente e permanente. O quadro clínico é bastante variável. No ECG: Irregularidade do intervalo RR e ausência de atividade atrial regular (ausência de onda p). No tratamento emergencial em pacientes instáveis é utilizado CVE e em pacientes estáveis a reversão é feita com o uso de antiarritmicos. https://www.sanarmed.com/arritmias https://www.sanarmed.com/arritmias