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Clínic� Médic� Cirr�s� � sua� complicaçõe� Introdução ● Varizes esofágicas: vasos colaterais portossistêmicos — isto é, canais vasculares que unem a circulação venosa porta e sistêmica ● Formam–se, preferencialmente na submucosa do esôfago inferior, como consequência da hipertensão portal. •sistema portal é uma rede venosa de baixa pressão, com níveis fisiológicos <5 mmHg (Clínica >10 mmHg) ● O sangramento alta taxa de mortalidade ● 10 a 30 % das HDA ● 60% a 85% dos pacientes com Child-Pugh C Rastreamento ● Em todo paciente com cirrose independente da gravidade ● EDA ● Child A e sem varizes 02 ou 03 anos ● Demais anuais Profilaxia pré primária ● Evitar aparecimento das varizes ● Não recomendada ● Tto da doença base e da HP Profilaxia do primeiro sangramento Pacientes com varizes de fino calibre ● Pacientes Child A e sem outros fatores de risco: BBNS para evitar sangramento (uso individualizado). Diminuiram a progressão de varizes em três anos (11% vs. 37% no grupo placebo) e o risco e hemorragia digestiva em cinco anos (12% vs. 22% no grupo placebo)28. ● Já os com varizes de fino calibre e função hepática descompensada (Child B ou C) têm risco aumentado de sangramento e devem ser submetidos à profilaxia primária com BBNS. Varizes de médio e grosso calibre ● Devem ser submetidos à profilaxia primária independente da função hepática e presença de fatores de mau prognóstico à endoscopia. ● Nestes pacientes pode-se oferecer o tto com BBNS ou LEVE ● A escleroterapia apresenta resultados contraditórios e maior risco de complicações, não sendo indicada para profilaxia de pacientes cirróticos ● Existem diversas revisões sistemáticas comparando ambos na profilaxia primária demonstraram superioridade no controle do primeiro sangramento nos pacientes submetidos ao LEVE. ● Pode ser individualizado (acesso à terapia) Classificação das varizes esofágicas Se dilata e some, provavelmente é pequeno. Se atrapalha a luz, é grosso ou médio calibre Sangramento agudo ● Emergência médica; paciente deve ser internado de maneira imediata, já que tem risco iminente de vir a óbito nas próximas horas ● Alta morbimortalidade (30 a 45%); para realizar o procedimento, o paciente deve estar estável ● Chaves do tratamento: Reposição volêmica/controle do sangramento/controle de infecção Reposição volêmica ● Cuidado para não repor volume em demasia, o que pode aumentar a pressão portal e o risco de ressangramento pelas varizes. Repor de forma que não seja pouco nem muito; se der pouco choca, se muito sangra ● Atualmente, aceita-se a reposição de cristalóides e hemoderivados visando manter a estabilidade hemodinâmica com pressão arterial sistólica entre 90 e 100 mmHg, frequência cardíaca <100 bpm e hemoglobina entre 7-9 g/dl (hematócrito entre 21-27%); soluções cristalóides mais usadas por segurança ● Realiza a ligadura, depois mantém fisiológico, para que já esteja com varizes contidas ou, pelo menos, sem sangrar Controle do sangramento ● Terapêutica endoscópica associada às drogas que diminuam o fluxo sanguíneo esplâncnico, como a somatostatina (não é tão seletiva, faz vasoconstrição periférica, por isso não é primeira escolha), a octretotida, que por muito tempo foi a melhor droga do mercado e a terlipressina (única com redução mortalidade) ● Terlipressina como primeira escolha! É a única que gera eficácia na mortalidade dos pacientes; as demais conseguem conter o sangramento, mas não diminui tanto a chance de mortalidade ● Controla o sangramento por duas vias: medicamentosa e tópica; recomenda-se mais a ligadura leve, mas a escleroterapia também é boa alternativa ● Terlipressina: A dose inicial é 2 mg, seguida de 1-2 mg de 4/4 h (na dependência do peso corpóreo: <50 kg: 1 mg, 50-70 Kg: 1,5 mg, >70 Kg: 2 mg) por dois a cinco dias ● Iniciado mesmo antes da endoscopia; 12 horas para estabilizar o paciente, iniciar a medicação, para depois o endoscopista realizar ● Tto endoscópico o mais rápido possível (LEVE); Melhor terapêutica para conter o sangramento continua sendo a LEVE Antibioticoterapia ● Tto de escolha ● Infecção registrada em 25 s 50% do pacientes admitidos. O risco do paciente com varizes evoluir com infecção é de 25-50% ● Peritonite bacteriana espontânea, infecção do trato urinário e pneumonia; principais locais de infecção ● Fator independente para ressangramento; se o paciente infecta tem mais chance de ter outro sangramento, independente do que foi usado; por isso a preocupação em fazer o tto correto ● As quinolonas orais (em especial o norfloxacino 400 mg 2x/dia, por sete dias) são os agentes de primeira escolha. As quinolonas endovenosas (como a ciprofloxacina) são administradas quando a VO não é possível ● Norfloxacino é o mais usado, mas como o paciente permanece internado por alguns dias, pode-se usar ciprofloxacina ● Quinolonas selecionam bactérias e trazem resistência bacteriana importante, por isso em infecções urinárias, uretrites, etc não são tão usados mais, sendo adm ciprofloxacina; isso porque as quinolonas trazem a resistência bacteriana. Entretanto, aqui ainda mantém o norfloxacino como primeira escolha ● Em pacientes de alto risco (ascite, encefalopatia, icterícia e desnutrição), existem evidências de que o ceftriaxone EV (1 g/dia) pode ser mais efetiva no controle de infecções ● Atualmente, por conta da resistência, pode-se pensar mais na ceftriaxona > Repõe volume, controla sangramento Profilaxia secundária ● Ressangramento em torno de 60-70% em um ano e elevada mortalidade (33%) ● Profilaxia secundária são os betabloqueadores não seletivos (BBNS), os nitratos e terapia endoscópica ● Durante o procedimento do sangramento no hospital, coloca-se a ligadura apenas em varizes sangrantes ● Tto cirúrgico (Derivação/TIPS)- terapia de resgate; tto aberto para realizar o tradicional, ou as derivações para diminuir a pressão. Uma das derivações é a TIPS ● Paciente que usa betabloqueador e não responde bem: desviar o trânsito ● Derivação é alternativa ● Ao estabilizar de maneira hemodinâmica, usar LEVE ● Se não conseguiu estabilizar, pensa-se na possibilidade de colocar o balão. Em sangramentos de grande volume, o balão é usado; inflado e bloquear o vaso por pressão. É um tampão, uma ponte para fazer a cirurgia ● 85-90% dos pacientes têm sucesso; a outra porcentagem sangra; se não ressangrou, matém as drogas, uso de antibioticoterapia ● 6º dia pós: uso de betabloqueador ● Se não responder bem, fazer cirurgia ● Falha terapêutica e continuou sangrando: pensar em nova endoscopia