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Exame Especular e Toque Vaginal (resumo)

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Medicina UFAL Arapiraca, turma 9 | 4º período
Taíssa N. VeigaExame Especular e Toque Vaginal
Conteúdo:
○ Exame especular: como realizar? Materiais necessários.
○ Coleta de citologia oncótica.
○ Conceitos de ectrópio, zona de transformação normal e anormal, cistos de naboth;
○ Teste de schiller: conceito, como realizar e como interpretar;
○ Toque vaginal: unidigital; bidigital e bimanual;
○ Toque retal: objetivo. Prática: EXAME ESPECULAR
○ Reconhecimento dos materiais necessários para realização do exame: espéculo vaginal, pinça de Cheron, espátula de Ayre,
escova cervical, gaze, lâminas para citologia, solução de lugol, fixador de lâminas, foco de luz, maca ginecológica.
○ Técnica de inserção do espéculo e visualização dos diferentes tipos de colo;
○ Técnica de coleta de citologia e inserção do material na lâmina;
○ Técnica de realização do teste de Schiller;
○ Técnica de realização do toque vaginal: unidigital, bidigital e bimanual
INTRODUÇÃO
O exame especular antecede o toque vaginal pode haver:
● Interferência na coleta de exames (pode haver
sangramento de lesões)
● Negativação de culturas com o uso de lubrificantes,
como a Neisseria gonorrhoea
Em algumas situações, pode-se fazer antes:
● Suspeita de deformações da cavidade vaginal
● Suspeita de intensa atrofia: risco de laceração com
exame especular
○ Mulheres menopausadas
MATERIAIS
Luvas de procedimento (1). Algodão ou gaze (2). Pinça Cherron (3).
Escovinha endocervical (4). Espátula de Ayre (5). Lugol (6). Soro
fisiológico (7). Recipiente para lâmina de vidro com álcool 960 ou
fixador spray de polietilenoglicol (8). Lâmina com borda fosca (9).
INTRODUÇÃO DO ESPÉCULO
Expor, com delicadeza, o introito vaginal e avaliar a
necessidade de lubrificar o espéculo..
Introduzir o espéculo com delicadeza na cavidade vaginal,
iniciando com o espéculo a 45° para evitar trauma uretral
e, durante a progressão na cavidade vaginal, rodar em
sentido horário o espéculo até o posicionando na transversal
de modo que as valvas anterior e posterior do espéculo
fiquem na parede anterior e posterior da vagina e a
borboleta (de abertura do espéculo) fique na posição inferior
esquerda.
Abrir o espéculo com delicadeza para expor o colo uterino,
atento ao desconforto da paciente.
INSPEÇÃO DO COLO
Descrever:
✔ Paredes vaginais (rugosas ou lisas, secreções,
elasticidade)
✔ Características do colo
✔ Forma do orifício externo (puntiforme, fenda)
✔ Aspecto do muco cervical
Normal: colo de coloração rósea, orifício puntiforme,
ausência de secreções, ausência de lesões
󰔞 Na presença de corrimento, verificar: quantidade, cor,
odor, bolhas e sinais inflamatórios associados.
Medicina UFAL Arapiraca, turma 9 | 4º período
Taíssa N. Veiga
ALTERAÇÕES
➢ Candidíase vaginal
Colo de coloração avermelhada/hiperemiada com presença
de secreção aderente esbranquiçada, sem odor e com
prurido, característica de infecção fúngica.
Não é IST. Causada pelo fungo Candida albicans.
➢ Vaginose bacteriana
Colo de aspecto róseo, com lesões hiperemiadas e com
presença de secreção bolhosa, leitosa e com odor fétido.
Não é IST. Causada pela bactéria Gardnerella vaginalis.
Ocorre por conta de fatores como o uso de antibióticos →
alteração na microbiota, que normalmente são de
lactobacilos (acidófilos).
Pode estar presente após atividade sexual e ciclo menstrual,
pois ambos aumentam o pH vaginal; Não são comuns
lesões.
➢ Tricomoníase/Colo em framboesa
Colo hiperemiado com lesões puntiformes petequiais, com
secreção amarelada abundante e fluida, com odor fétido.
É IST. Causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Há
dispareunia.
➢ Cervicite
Colo de coloração rósea, com áreas hiperemiadas, com
presença de secreção espessa purulenta amarelada,
exteriorizando através do canal cervical
É IST. Causada pela Chlamydia trachomatis ou pela Neisseria
gonorrhoeae.
Infecta o canal cervical por causa das células colunares, o
que gera uma infecção e saída de secreção purulenta do
canal.
Pode gerar uma DIP (Doença Inflamatória Pélvica)
Está associada ao linfogranuloma venéreo. A Chlamydia
trachomatis causa inflamação, gerando reação inflamatória
→ secreção purulenta do canal cervical.
A bactéria pode pegar as vias linfáticas, chegando aos
linfonodos → ulceração → dificuldade de drenagem dos
MMII.
➢ Pólipo endometrial
Colo de coloração rósea, com saída de nodulação através
do canal cervical de aspecto hiperemiado, sugestivo de
pólipo endometrial, ausência de secreção
Pólipo é um tumor benigno formado apenas por endométrio
- para ter certeza só com o anatomopatológico. Pode ocorrer
metrorragia e sangramento pós-coito.
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Medicina UFAL Arapiraca, turma 9 | 4º período
Taíssa N. Veiga
EPITÉLIOS DO COLO UTERINO
O colo uterino possui dois tipos de epitélio, escamoso e
colunar, sendo este o responsável pela produção de
secreções.
● Ectocérvice: epitélio escamoso estratificado
não-queratinizado. Seu estroma não apresenta
glândulas. Reveste os fundos de saco, toda a
vagina e colo do útero. - característica de proteção
● Junção escamosa-colunar (JEC): consiste em
uma região de transição do epitélio colunar para o
escamoso. É nesta localização que incide com
maior frequência o câncer do colo uterino: o
carcinoma de células escamosas.
● Endocérvice: epitélio colunar simples.
Responsável pela produção de muco - epitélio do
interior do canal cervical, com características
secretórias
A disposição desses epitélios do colo uterino sofre
alterações durante as diferentes fases de vida da mulher.
Pré-menarca Menarca Metaplasia escamosa Pós-menopausa
Vagina: epitélio escamoso
Colo: epitélio colunar
JEC é a junção
escamoso-colunar, a junção
dos dois epitélios
A parte do epitélio colunar
que exteriorizou é chamada
de ectrópio
O problema disso é que o
epitélio é frágil, facilitando o
sangramento em atividades
sexuais, por exemplo. Assim,
é preciso proteger o epitélio.
Também chamada de zona
de transformação
Há então a formação de uma
nova JEC (proteção)
O HPV pode pegar carona
nas mitoses que estão
ocorrendo nessa região
Na pós-menopausa o epitélio
sofre regressão, pois não há
mais o estímulo hormonal
Ectopia: O termo é utilizado quando a JEC (junção
escamocolunar) encontra-se além do limite anatômico do
canal cervical, na região ectocervical. O epitélio é
“ectópico”, pois o epitélio colunar encontra-se além dos
seus limites anatômicos.
Colo de aspecto róseo com característica hiperemiada próximo ao
orifício característica de ectrópio
CISTOS DE NABOTH
● Podem ocorrer após a metaplasia
● Como o epitélio colunar é secretor e ficou
encarcerado, há acúmulo dessas secreções
● Se muito proeminente, pode-se fazer drenagem
● Não é patológico
ZONA DE TRANSFORMAÇÃO ANORMAL
● Ocorre quando há evidência de carcinogênese
cervical, com alterações displasia na zona de
transformação
● Quase todas as manifestações de carcinogênese
ocorrem nesta zona
● Todo tecido com alta taxa de multiplicação tem alta
chance de neoplasia
● A JEC é muito acometida pelo HPV
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Medicina UFAL Arapiraca, turma 9 | 4º período
Taíssa N. Veiga
COLETA DE CITOLOGIA
Material necessário: espéculo, luvas, pinça de Cherron,
espátula de Ayre, escova endocervical, lâminas de vidro
com extremidade fosca, lápis, frasco porta-lâmina.
1. Identificação das lâminas
2. Secar o muco cervical com uma gaze na pinça
de Cheron
3. Coleta das células escamosas (c/ a parte romba
da da espátula; em meia lua)
a. coloca em vertical na lâmina, perto da
parte fosca
4. Coleta das células da JEC (com a parte em
coração da espátula; gira 360º)
a. coloca em horizontal na lâmina, na parte
superior)
5. Coleta das células endocervicais (com a escova)
a. coloca girando na parte inferior da lâmina
6. Colocar o fixador na lâmina
a. Usa álcool 960 em um frasco ou spray de
polietilenoglicol
Aplicação do material na lâmina
Empunhadura da pinça Cherron
TESTE DE SCHILLER
● Feito depois da coleta
● Questionar se paciente é alérgica à iodo
● Retirar secreções antes da aplicação do iodo
● Deposição de solução de lugol (iodo) no colouterino
● Coloração marrom nas células que contém
glicogênio (epitélio escamoso)
● Mucosa glandular não contém glicogênio (não cora)
● Cora fracamente no epitélio atrófico
As células com muita mitose vão consumir muita energia,
então não coram.
A mucosa glandular também não cora, assim como os
epitélios atróficos.
Quando encontrar um Schiller positivo, manda para fazer
uma colposcopia e fazer biópsia para mandar para análise.
󰔞 Registrar as alterações localizando-as com base em
horas (ex.: Schiller positivo às 3 h)
Em caso de Schiller positivo:
1. Aguardar a citologia
2. Encaminhar para a colposcopia
3. Biópsia guiada pela colposcopia
Colo normal Colo anormal
Schiller negativo → Iodo positivo
Schiller positivo → Iodo negativo
TOQUE VAGINAL
● Cuidados de assepsia
● Gel lubrificante
Semiotécnica:
1. Toque na cúpula vaginal (2º e 3º quirodáctilo);
Polegar, 4ª e 5ª quirodáctilo: afastamento dos
pequenos lábios
2. Unidigital: apenas um dedo é introduzido;
exploração do canal vaginal antes do toque bidigital
3. Bidigital: avalia as mesmas coisas, mas agora
com dois dedos; Pinça o colo para verificar a
mobilidade
4. Mobilizar o colo
5. Bimanual: Tocar o fundo de saco
No toque simples (unimanual), avalia-se:
● As paredes da vagina: observando a elasticidade, a
capacidade, a extensão, a superfície, as
irregularidades, a sensibilidade e a temperatura
● Os fórnices (presença de tumoração)
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Medicina UFAL Arapiraca, turma 9 | 4º período
Taíssa N. Veiga
Deve-se também mobilizar o colo uterino avaliando a sua
mobilidade e observando se há dor.
Observar também a consistência do colo, que pode ser
fibroelástica (semelhante a cartilagem nasal) quando a
paciente não está gestante, ou amolecido (semelhante ao
lábio), quando a paciente é gestante.
Afastamento dos pequenos lábios e toque simples
No toque bimanual, avalia-se:
● Posição do útero (anteverso flexão, médio
versoflexão ou retroverso-flexão).
● Tamanho do útero
● Presença de tumorações
● Se os anexos estão palpáveis ou dolorosos
Toque bimanual
Bimanual - Avaliação dos anexos
Após realizar o toque vaginal é necessário classificar:
✔ Consistência e espessura da parede.
✔ Mobilização.
✔ Orifício externo (puntiforme, entreaberto etc).
✔ Posição do útero.
✔ Anexos: palpáveis ou não, dolorosos ou não, volume normal ou não presença ou não de tumor.
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Taíssa N. Veiga
✔ Sensibilidade
Normal: consistência do colo fibroelástica, parede sem tumoração, mobilização do colo (não refere dor), orifício fechado,
posição do útero em (anteversoflexão, medioversoflexão, retroversoflexão) e anexos livres.
TOQUE RETAL
O toque retal é feito com a introdução do dedo indicador no ânus após a sua lubrificação.
Através desse exame, avalia-se estenose vaginal e os paramétrios (ligamentos).
● Não é muito feito
○ Usado quando a paciente tem câncer para verificar se há invasão
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