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Aula 10 - Conteúdo Online - Aquecimento Global

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Climatologia
Aula 10 – Aquecimento Global
Introdução:
A histórica emissão de gases estufa na atmosfera tem intensificado o efeito estufa, resultando no aquecimento global, fenômeno que preocupa governantes, cientistas, empresários e sociedade em geral.
O aquecimento global é uma realidade que tem influenciado as atividades econômicas e a distribuição socioambiental dos fenômenos mundiais.
Nesta aula, estudaremos a conceituação de efeito estufa, sua intensificação e o aquecimento global. Discutiremos causas e consequências do aquecimento global. Ao final da aula, analisaremos as políticas mundiais e brasileiras no combate ao fenômeno global.
Objetivos:
· Discutir os principais conceitos sobre o aquecimento global;
· Identificar as principais causas e consequências do aquecimento global;
· Examinar ações e planos nacionais e internacionais para a contenção do aquecimento global.
Efeito Estufa, Gases Efeito Estufa e Aquecimento Global:
O Sol, cuja temperatura de aproximadamente 6 mil graus centígrados, é a maior fonte de energia da Terra. Essa energia é chamada de energia radiante ou radiação solar. Após atravessar a atmosfera terrestre, a radiação oriunda do Sol pode sofrer transmissão, absorção e reflexão, como estudamos na Aula 1.
A radiação solar é o fator determinante do clima. São as condições térmicas da atmosfera e da superfície do solo que determinam as temperaturas médias e extremas de uma região, as precipitações, os ventos e outros fenômenos climáticos.
Essa radiação, quando chega à superfície terrestre é parcialmente absorvida e a maior parte é refletida de volta ao espaço. Mas, um conjunto de gases presentes na atmosfera acabam por reter essa energia reemitida, auxiliando o aquecimento do ar atmosférico. Na verdade, esse fenômeno mantém a Terra aquecida quando anoitece e o Sol não é capaz de aquecer a parte na sombra. Chamamos de Efeito Estufa.
O efeito estufa é um mecanismo natural do planeta terra para manter a temperatura em uma média de 15°C.
Os principais absorventes dessa energia na atmosfera são:
· Vapor d’água.
· Ozônio Troposférico.
· Dióxido de Carbono.
· Nuvens.
Todos esses elementos são encontrados naturalmente na Terra e é sua produção que cria essa condição de efeito estufa e a manutenção de uma temperatura média.
Tudo correria bem se esses gases não estivessem sendo produzidos em grande quantidade nos últimos séculos, aumentando sua concentração na atmosfera e ampliando sua capacidade de produzir o efeito estufa. Ou seja, intensificando o efeito estufa. É a intensificação do efeito estufa que tem causado o aquecimento global.
Atualmente, as Nações Unidas reuniram um conjunto de gases que causam o aumento do efeito estufa e os chamou de Gases Efeito Estufa (GEE). Esses gases são regulados pelo Protocolo de Quioto e estão presentes na Figura 1.
A intensificação do efeito estufa tem causado o aquecimento da temperatura da Terra ao longo dos anos. Nas Nações Unidas, existe um órgão que cuida exclusivamente das questões das flutuações climáticas globais, que é o Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC).
A temperatura da Terra tem aumentado muito?
De acordo com Silva (2009), o IPCC informa que a maior parte do aumento da emissão do dióxido de carbono ocorreu nos últimos cem anos, com crescimento mais acentuado a partir de 1950. Segundo o órgão, nos últimos 140 anos a temperatura da Terra aumentou, em média, 0,7ºC.
Precisamos ter cuidado com as projeções alarmistas, por isso, é importante conhecer as propostas do IPCC. No relatório de 2013, o órgão destacou que é possível que a temperatura do planeta aumente em quase 5ºC até 2100. É uma previsão muito pessimista, considerando que nada seja feito a partir de agora. Caso as ações propostas pelos cientistas para redução das causas do efeito estufa sejam efetivadas, a elevação da temperatura variará entre 0,3ºC e 1,7ºC no período 2081-2100 (Figura 02).
Figura 2 – Possibilidades de aumento da temperatura. Visões otimista e pessimista pelo IPCC.
Os especialistas apresentaram essa variação baseada na quantidade de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera que o planeta poderá emitir, nas próximas décadas. O IPCC considera agora "extremamente provável" que a influência da atividade humana seja a principal causa do aquecimento global observado desde meados do século XX (UOL, 2013).
Principais causas do Aquecimento Global:
A comunidade científica afirma que as principais causas do aquecimento global estão associadas às atividades antrópicas, mas há grande número de vozes discordantes que mencionam, em suas argumentações, o fato do clima envolver uma grande quantidade de variáveis e que os modelos climáticos dificilmente seriam capazes de abranger sua totalidade.
E mais! Dizem que há inúmeras causas naturais que provocam mudanças climáticas, por exemplo, os movimentos da Terra e as atividades solares, de modo que seria prematuro associar a elevação da temperatura superficial da Terra ao aumento da concentração de gases de efeito estufa (Barbieri, 2016).
A temperatura da terra aumenta e diminui no período de milhões de anos. Os geólogos chamam de períodos de glaciações e interglaciações e têm sido muito frequentes no período geológico conhecido como Cenozoico.
Entre os períodos glaciais, há aumento de temperatura, mas nada igual ao que acontece atualmente. Os períodos entre glaciações eram longos, com duração de milhares de anos. Hoje, o aquecimento global está acarretando aumento da temperatura na escala de dezenas de anos. Há uma causa natural, mas ela não é suficiente para explicar esse fenômeno global de flutuação climática atual. Portanto, o que mais causa a flutuação climática em tempo tão rápido é a atividade humana.
O pior inimigo da manutenção da temperatura é a intensificação do efeito estufa. Se a quantidade de GEE na atmosfera aumentar, há o aquecimento global.
O principal GEE em discussão é o gás carbônico (CO2), porque sua emissão tem aumentado ao longo dos séculos, desde a primeira medição. Esse crescimento está sendo atribuído às emissões decorrentes das atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento das florestas.
De acordo com Almeida (2016), desde o final do século XVIII, com a Primeira Revolução Industrial:
Se não houver mudança nos modelos atuais de agricultura, o IPCC projeta que até 2030 o NO2 e o CH4 cresçam de 35 a 60%, em decorrência do uso crescente de fertilizantes à base de nitrogênio e do aumento de rebanhos em todo o mundo.
Observe a Figura 3, com a relação entre a concentração de dióxido de carbono na atmosfera e a temperatura média do ar. O gráfico mostra a variação desses elementos desde 720 mil anos atrás até o período atual. Repare que conforme há a variação da concentração de CO2 na atmosfera, há uma inclinação da temperatura média seguindo o mesmo padrão.
Figura 3 – Relação entre a concentração de dióxido de carbono na atmosfera e a temperatura médio do ar.
Fonte: Adaptado de Almeida (2016).
De acordo com Almeida (2016), a concentração de CO2 na atmosfera há 325 mil anos passados, era até maior que a existente nos séculos XVIII, XIX e XX. Portanto, não parece ser tão óbvia assim a afirmação que esse aumento se deva a atividade antrópica. Constata-se, entretanto, que houve um aumento de cerca de 100ppm na concentração de CO2 nos últimos 200 anos. Há relatos na literatura que indicam defasagem da ordem de 40 anos, entre a emissão do CO2 e o efeito.
O IPCC aponta que o motivo maior para as grandes emissões de gás carbônico é a queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural. Embora essa emissão seja crescente desde que o homem descobriu o fogo, foi a partir da Primeira Revolução Industrial (PRI) que essa queima se tornou mais constante. Não se esqueça de que a maior fonte de energia, durante a PRI foi o carvão mineral
Brasil:
O crescimento industrial aumentou muito durante os séculos XIX e XX, nos países desenvolvidos. E partir da segunda metade do século XX, foram os países subdesenvolvidos que passaram por ampla industrialização,destruindo florestas, destruindo ecossistemas e queimando toneladas de combustíveis fósseis.
No Brasil, o crescimento industrial foi acentuado entre os anos 1950 e 1980, concentrando os parques industriais principalmente na Região Sudeste. Hoje, as grandes emissões de CO2 estão associadas ao crescimento do uso de transportes rodoviários e às grandes extensões de queimadas e desmatamentos, sobretudo nos biomas do Cerrado e da Amazônia.
Principais consequências do Aquecimento Global:
São, em sua maioria, previsões estabelecidas a partir de resultados passados (atuais ou históricos) e ainda estão sendo analisados por cientistas em todo o mundo.
O aquecimento global tem impactos profundos no planeta como:
· Extinção de espécies animais e vegetais;
· Alteração na frequência e intensidade de chuvas (interferindo, por exemplo, na agricultura);
· Elevação do nível do mar;
· Intensificação de fenômenos meteorológicos (por exemplo: tempestades severas, inundações, vendavais, ondas de calor, secas prolongadas) entre outros.
A consequência mais divulgada, nos últimos anos, é o degelo de grandes massas glaciais nos polos e no alto de picos montanhosos em todo o planeta. De acordo com a ONU (2008), a espessura da camada de gelo no Ártico está 40% mais fina nas últimas décadas e está diminuindo 2,7% por década.
A extensão da camada de gelo no Ártico diminuiu de 10% a 15% na primavera/verão desde 1950. No Hemisfério Norte, onde há continentes de grandes dimensões laterais (quando se considera a longitude), a duração do gelo sobre rios e lagos reduziu, em média em duas semanas, sobretudo no verão.
Para o IPCC (2014), a mudança climática está causando o aquecimento e descongelamento do permafrost (solos locais), em regiões localizadas nas altas latitudes e em regiões de alta altitude.
Tipo de solo encontrado na região do Ártico, formado por terra, gelo e rochas permanentemente congelados.
Nos primeiros dias de julho de 2012, cientistas da NASA registraram o maior derretimento na superfície de gelo da Groenlândia já visto nos últimos 30 anos.
Em 2015, dois grandes lagos situados sob a camada de gelo da Groelândia secaram. No caso do primeiro lago, o processo deixou visível uma cratera com mais de um quilômetro de diâmetro. O segundo lago foi esvaziado duas vezes nos últimos dois anos (Visão, 2015).
Associado diretamente ao degelo das áreas geladas está o aumento do nível dos oceanos, a maior preocupação de pessoas e governantes que estão em áreas costeiras ou em arquipélagos.
No Brasil, o nível dos oceanos já subiu em média 20 centímetros entre 1900 e 2012. Se subir outros 60 centímetros, com as marés, o resultado será uma forte erosão nas áreas costeiras de todo o mundo. Rios como o Amazonas, por exemplo, sofrerão forte refluxo de água salgada, o que afetará todo o ecossistema local (Toledo, 2017). Sem contar a perda de praias e o avanço da água no mar em assentamentos, condomínios e urbanizações litorâneas.
Com o progressivo aumento da temperatura do mar, há maior possibilidade de evaporação que alimenta, com umidade, as massas de ar que sopram do oceano para o continente, promovendo o desenvolvimento de chuvas mais intensas e maiores totais pluviométricos em áreas já consideradas úmidas.
Na verdade, os eventos extremos do clima, como enchentes, secas, fortes precipitações, ondas de calor têm aumentado nas últimas décadas. De acordo com a ONU (2008), aumentou a ocorrência de precipitações fortes nas latitudes médias do Hemisfério Norte, bem como a frequência de secas extremas no verão.
	Em algumas regiões da Ásia e da África, a frequência e a intensidade de eventos extremos aumentaram nas ultimas décadas. Aumentou, também, a frequência, permanência e intensidade do fenômeno. El Niño nas últimas décadas, se comparadas com os últimos cem anos.
Apesar de serem consideradas fenômenos naturais, as ondas de calor e suas consequências têm se tornado mais recorrentes e intensas por causa do aquecimento global.
Cada ecossistema está adaptado a um tipo de clima. Se a temperatura e/ou as precipitações aumentam ou diminuem, a fauna e a flora poderão ser ameaçadas. Imagine a ave que depende de uma certa temperatura do ar para fazer a sua migração?
Você já ouviu falar em branqueamento dos corais?
É a morte dos pólipos responsáveis pela construção dos recifes de coral, devido a problemas ambientais, como a mudança do clima.
Pesquisadores observaram que, no Hemisfério Norte, as plantas estão florescendo mais cedo, as aves chegam antes, e o acasalamento começa mais cedo. Os insetos também aparecem mais cedo (ONU, 2008).
Os insetos típicos de áreas tropicais poderão migrar para regiões historicamente mais frias. Com o aquecimento global haverá a possibilidade de desenvolvimento e reprodução desses insetos, mesmo em regiões de clima temperado. Isso poderá causar o aumento da incidência de doenças tropicais, como a malária, esquistossomose e febre amarela em outras regiões do planeta.
Outras consequências do aquecimento global são a desertificação e queda nos índices de biodiversidade e perda de áreas férteis para a agricultura.
Brasil:
O país é muito dependente de usinas hidrelétricas para a geração de eletricidade. Imagine se houver a redução das chuvas em qualquer lugar do Brasil, mas principalmente, no Sudeste.
Se ocorrer a expansão do processo de desertificação no entorno do semiárido brasileiro ou savanização no entorno da Amazônia, certamente haverá perda de biodiversidade.
Na agricultura, o país desenvolveu tecnologias muito interessantes para adaptar seus principais cultivos agrícolas, como soja e café, a um clima mais quente. Mas, a natureza sempre ganha da tecnologia e o limite para essa adaptação estará presente, com o gradual aquecimento da Terra.
Vamos entender as principais consequências do fenômeno no país?
O Brasil se tornou um dos países mais preparados no combate aos avanços e impactos do aquecimento global. A queda nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) demonstra essa liderança. Sozinho, o Brasil reduziu, em 2010, o dobro dos índices verificados por todos os países desenvolvidos, agrupados no Anexo 1 do Protocolo de Quioto.
Acordo internacional que estabelece metas de corte na liberação de gases na atmosfera.
Além disso, a redução de GEE gerada pelo controle do desmatamento em apenas um ano equivale às emissões totais anuais de locais como a Espanha e o Reino Unido (Garcia, 2017).
Ações Internacionais e do Brasil:
· Nos anos 1970:
A conferencia de Estocolmo, realizada pelas Nações Unidas, e reunindo representantes governais de todo mundo, demostrou o interesse global pela relação entre as atividades antrópicas e a degradação e superexploração dos recursos naturais planetários.
· Na década de 1980:
Com a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, houve a elaboração de um relatório chamado de “Nosso Futuro Comum’’ ou Relatório de Brundtland (tem esse nome porque a Comissão foi presidida pela primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland). Nesse documento, foi publicado o conceito de desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades’’.
O mundo estava cada vez mais interessado nos efeitos globais das ações humanas. Nos anos 198, foi revelada a redução da camada de ozônio e cientistas foram convocados pelas Nações Unidas, para determinar a extensão do estrago, as causas e as consequências imediatas, bem como identificar as formas de resgate da camada e ações para a sua proteção.
Assim, foi assinado o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada de Ozônio, que é um tratado internacional que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1989. O documento, assinado pelos países-partes, impõe obrigações especificas, em especial a progressiva redução da produção e consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDOs) até sua total eliminação.
· Nos anos 1990:
Com a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizadaem junho de 1992, no Rio de Janeiro (Rio – 92), a opinião pública internacional pôde manifestar as suas preocupações com o aquecimento global e buscou discutir as ações sustentáveis que poderiam reduzir o fenômeno internacional.
Entre as discussões da Rio – 92, estava a Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que é um tratado internacional que busca medidas para redução do aquecimento global e sistematizou um conjunto de reuniões, conhecido como Conferência das Partes (COP), que deveria acontecer anualmente para atualizar, discutir e determinar ações efetivas de combate ao fenômeno global.
· A partir de 1995:
Iniciaram-se as reuniões na Alemanha, quando o processo de negociação de metas e prazos específicos para a redução de missões de gases de efeito estufa pelos países desenvolvidos ganhou o pontapé inicial (Figura 4).
Figura 4 – Conferência das Partes ao longo do tempo.
· Em 1997:
Por meio do Protocolo de Quioto, os líderes encontraram uma fórmula de acordo, estabelecendo que as metas seriam seguidas apenas pelos países desenvolvidos (reunidos no anexo I), mas que todos tinham responsabilidade em buscar maneiras de redução da emissão dos GEE.
Nesse documento, os países do anexo I concordaram em reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012.
O problema é que os Estados Unidos não assinaram o documento, argumentando, que o aquecimento global era uma farsa, ou que os países em desenvolvimento, como Brasil e China, eram grandes emissores e não tinham metas claras. Hoje, a China já ultrapassou os Estados Unidos é o maior emissor de CO2 do planeta.
Embora a Europa Ocidental tenha levado a sério as metas, grande parte dos países do mundo não cumpriu o acordo, que deveria ter perdido o efeito em 2012 e novo tratado deveria ter sido assinado. A obrigatoriedade ficou para 2020.
· Em 2009:
O Brasil chamou a atenção do mundo, na reunião na Dinamarca, afirmando que havia criado metas próprias de redução de gás carbônico e prometeu diminuir entre 36,1% e 38,9% até 2020.
Os países desenvolvidos estavam discutindo algo em torno de 5% e China/Estados Unidos não queriam reduzir nada. Certamente o Brasil saiu de Copenhague, com o papel de protagonista. E, desde então, vem cumprindo suas resoluções.
No mesmo ano, o presidente do país sancionou a Política Nacional de Mudanças Climáticas (Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009), confirmando suas convicções publicitadas no meio internacional.
As medições são feitas, desde 1990, a cada cinco anos, nos setores de Uso da Terra e Florestas, agropecuária, processos industriais, tratamento de resíduos e energia.
Em função das ações de combate ao desmatamento implementadas pelo Governo Federal desde 2004, o setor de Uso da Terra e Florestas é que vem apresentado a maior queda de emissões de gases de efeito estufa.
Observe a Figura 5, que demonstra a evolução das emissões de GEE do Brasil de 1990 até 2010. O país aumentou o seu lançamento em 1995, e desde então sofreu forte redução até o valor de -52,33%.
· Ano de 2015:
Foi marcado pela Conferência das Partes realizada em Paris e o maior destaque ficou por conta da possibilidade de um efetivo acordo de redução das emissões de gás carbônico, porque se estabeleceu que todos reuniram esforços para manter o aquecimento global "muito abaixo de 2ºC”. Países ricos e pobres têm metas claras e determinadas previamente.
Mas, por que abaixo de dois graus centígrados?
É que os cientistas têm afirmado que esse é o ponto a partir do qual a Terra estaria condenada a um futuro sem volta de efeitos devastadores, como elevação do nível do mar, eventos climáticos extremos (como secas, tempestades e enchentes) e falta de água e alimentos.
De acordo com Calixto (2016), em Paris, o governo brasileiro comprometeu-se a reduzir em 37% as emissões até 2025 e em 43% até 2030, em comparação com o quanto foi emitido em 2005. Para
conseguir esse resultado, foi publicado que o país seguiria por duas frentes:
· No setor da energia será necessário o aumento da participação de energias renováveis em nossa matriz, como solar, eólica e biomassa.
· No meio ambiente, a luta contra o desmatamento na Amazônia. O Brasil deseja zerar o desmatamento ilegal na Amazônia e promover o reflorestamento de 12 milhões de hectares.
Exercícios:
Questão 01 (VUNESP 2017) – Leia o texto:
"O desmatamento ainda é o principal vilão das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O setor de mudança no uso da terra e florestas é responsável por 61% do total de emissões. A agricultura aparece em seguida, com 19% das emissões nacionais e o setor de energia é responsável por outros 15%". 
(Fonte: BRASIL. MME. Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005. Disponível em: Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram cerca de 60% entre 1990 e 2005. Acesso em: 27 set 2017).
A notícia descreve uma das causas que agravam o fenômeno conhecido como:
a) Biodiversidade.
b) Buraco negro.
c) Energia renovável.
d) Lixo atômico.
e) Aquecimento global.
Questão 02 (Adaptado de CESPE 2009) – Leia o texto:
O rápido aumento das temperaturas no mundo deverá ter um efeito devastador sobre os cultivos agrícolas nas zonas tropicais e subtropicais até o fim deste século. Estudo recente alerta que, se não houver uma adaptação ao novo clima, metade da população mundial sofrerá com a escassez de alimentos em 2100. Produtos primários, como o milho e o trigo, por exemplo, poderão sofrer reduções de 20% a 40%. As populações dessas regiões estão entre as mais pobres do mundo e as que apresentam um crescimento demográfico significativo. Calcula-se que 3 bilhões de pessoas vivam nessas zonas. 
Fonte: O Globo, 9 jan. 2009, p. 32 - com adaptações.
O aumento das temperaturas médias, cujos efeitos danosos à vida no planeta são apontados por cientistas como aquecimento global. A principal causa do fenômeno é:
a) A queima de combustíveis fósseis.
b) O aumento das ilhas de calor locais.
c) O maior uso de gás natural no planeta.
d) As diversas inversões térmicas globais.
e) O avanço das massas de ar na Amazônia.
Questão 04 (FGV 2013) – O Protocolo de Quioto, de 1997, constitui um tratado complementar à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O tratado internacional estabeleceu, como medida de preservação do Meio Ambiente:
a) Os limites de uso da propriedade, para resguardar a vegetação existente.
b) A redução das emissões de gases causadores do efeito estufa pelos países desenvolvidos.
c) As diretrizes para implantar uma economia verde, baseada no uso inteligente dos recursos naturais.
d) A responsabilidade dos países subdesenvolvidos na defesa do desenvolvimento sustentável.
e) A ampliação do mar territorial para 200 milhas e a criação de zonas de pesca exclusivas.

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