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SAÚDE DA MULHER História e Saúde Pública Enf. Caroline Marinho MARCOS HISTÓRICOS DA SAÚDE DA MULHER 1940 1960 1980 20001990 2010 2015 Década de 30, 50 e 70: os programas materno – infantis, traduziam uma visão restrita sobre a mulher, baseada no seu papel social de mãe e domestica. HISTÓRICO DA MULHER NA LUTA PELA SAUDE 28 de maio: Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher O Movimento Internacional Mulher e Saúde/MIMS, emergiu na década de 1970, Europa e nos EUA pelo direito ao aborto legal e seguro (“Nosso corpos nos pertencem”), assim como a elaboração, nos meios feministas. I Conferência Mundial da ONU sobre a Mulher (1975,NAIROBI) Criação da Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos (1978, Holanda); IV Encontro Internacional Mulher e Saúde (1984, Holanda)abordagem sobre morte materna Década de 80 a 90: muitos movimentos feministas foram para as ruas, o que incentivou a criação do PAISM, que foi influenciado pelas características da nova politica de saúde o SUS . 28 de maio de 1988 Foi iniciada a Campanha de Prevenção da Mortalidade Materna que ficou conhecida como “A Campanha Mundial pela Saúde da Mulher e de Combate à Morbimortalidade Materna” para: denunciar as altas taxas de morbidade e mortalidade maternas, especialmente nos países menos desenvolvidos. 1988. Campanha Mundial contra a mortalidade materna 1989. Impeçamos a mortalidade e a morbidade maternas 1990. Maternidade voluntária e sem riscos 1991. Melhor qualidade de atenção 1992. A gravidez adolescente 1993. Aborto! Basta de Silêncio! 1994. Aborto legal e sem riscos para todas as mulheres 1995. Contra a feminilização da pobreza, pela saúde da mulher. 1996 a Campanha, na América Latina e no Caribe, manteve enfoque em temas (Chamados de Ação), tendo como eixo os direitos sexuais e os direitos reprodutivos. 1997/1998. Pelo exercício dos direitos sexuais e reprodutivos: acesso e qualidade de atenção nos serviços de saúde – um direito das mulheres 1999/2000. Pelo exercício dos direitos sexuais e reprodutivos: acesso à informação, educação e serviços de saúde sexual e reprodutiva para adolescentes. 2001/2002. Pelo exercício dos direitos sexuais e reprodutivos: direito à saúde –direito de cidadania das mulheres e das meninas. 2003. Mortalidade materna: um assunto de direitos humanos, uma demanda de Justiça social. 2004. Pela Saúde Integral e os Direitos das Mulheres. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER Elaborada em 2004, é um marco na saúde das mulheres, superando a abordagem somente da saúde materno-infantil Criando outros olhares e abordagens sobre a saúde das mulheres Está dividida em 6 eixos prioritários FORTALECIMENTO DA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA 55% das mulheres não planejam a gravidez* Nas adolescentes, esse percentual é ainda maior, 66,6%* Apenas 33% das mulheres utilizam contraceptivos** * Fonte: Nascer no Brasil, 2014 ** Fonte: PNAUM,2014 1 PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS Ampliação da faixa etária de vacina do HPV, de 9 a 26 anos, para mulheres vivendo com HIV; Ampliação da testagens rápidas para HIV e sífilis de gestantes durante o pré- natal e o início do tratamento a partir do diagnóstico positivo Lançamento da Agenda de Ações Estratégicas para a Redução da Sífilis Congênita no Brasil (2016) No Brasil, a maior concentração dos casos de Aids entre mulheres está na faixa etária de 25 e 39 anos Corresponde a 49,4% do total de casos registrados de 1980 a junho de 2016 Queda de 36% da taxa de transmissão vertical do HIV, nos últimos 6 anos Em 2015, foram notificados 33.365 casos de sífilis em gestantes AVANÇOS ATENÇÃO OBSTÉTRICA2 1,8 milhões de partos são realizados no SUS por ano Morte materna por causas evitáveis é um desafio a ser superado 180 mil curetagens realizadas ao ano. Aborto é uma das principais causas de morte materna no país AVANÇOS OBTIDOS NA ATENÇÃO OBSTÉTRICA Abertura de 18 Centros de Parto Normal e mais 95 obras em andamento Compra e distribuição nacional de material para AMIU (aspiração manual intra- uterina) Compra e distribuição de misoprostol, para qualificação da atenção obstétrica Adequação física de 22 Lançamento de projeto para qualificação de 96 hospitais de ensino para atenção ao parto e nascimento e abortamento Abertura de 14 casas de gestante, bebê e puérpera e mais 55 obras em andamento maternidades para garantia de privacidade, acompanhante e boas práticas de atenção ao parto e nascimento PELA PRIMEIRA VEZ NÚMERO DE CESARIANAS NÃO CRESCE NO PAÍS 3 milhões de partos em 2015 1,6 milhão cesarianas 1,3 milhão parto normal R$ 1,2 bilhão/ano investidos em partos no SUS 44,5% 55,5% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% SINASC - Nº DE NASCIDOS VIVOS % Vaginal SINASC - Nº DE NASCIDOS VIVOS % Cesaria 57% 43% 50% ATENÇÃO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIAS3 ✓ Em 2015, foram registrados 45.460 estupros no país (Fonte: Anuário de Segurança Pública, 2016) ✓ 229 Serviços de Referência para Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual ✓ Criação de procedimento específico para atenção à violência sexual e para coleta de vestígios ✓ Capacitação de 478 profissionais em saúde para coleta de vestígios de violência sexual de 65 estabelecimentos de saúde em 26 estados e Distrito Federal ATENÇÃO ONCOLÓGICA4 ✓ Câncer de mama é o mais comum entre mulheres ✓ Câncer de colo de útero é o terceiro mais comum ✓ 299 serviços oncológicos disponíveis no SUS ✓ Desde 2013, 801 laboratórios habilitados no Programa QualiCito (Qualificação Nacional em Citopatologia na Prevenção do Câncer do Colo de Útero) ✓ Oferta da vacina HPV para meninas na faixa de 9 a 15 anos 5 ATENÇÃO GINECOLÓGICA E CLIMATÉRIO ✓ Ações recentes do Ministério da Saúde para qualificar o cuidado ✓ Publicação do protocolo de atenção à saúde da mulher na AB ✓ Elaboração e disponibilização de 2 cursos EAD (educação a distância) sobre saúde das mulheres POPULAÇÕES ESPECÍFICAS E VULNERABILIZADAS6 População Negra ✓ Implantação do quesito raça/cor em todos os sistemas de informação do SUS ✓ Publicação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra População LGBT ✓ Inclusão dos campos nome social, orientação sexual e identidade de gênero na Ficha de Notificação de Violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) ✓ Processo Transexualizador no SUS, instituído em 2008 ✓ Até hoje, 400 procedimentos hospitalares e 18.241 mil ambulatoriais ✓ Criação de Unidades Básica de Saúde (UBS) Fluviais e Estratégia de Saúde da Família (ESF) para as populações ribeirinhas ✓ Inclusão do Programa Mais Médicos ✓ Instituição de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador Rural (CEREST), nos estados do CE, GO, MG, MS, MT, PI, RO e RR MAIS ASSISTÊNCIA PARA A POPULAÇÃO DO CAMPO E DA FLORESTA População em Situação de Rua ✓ Instituição em 2011 do Consultório na Rua. Hoje são 104 consultórios, desses 34 são novos ✓ Realização de oficinas de Sensibilização para Profissionais que atuam com a População de Rua Saúde indígena V Conferência Nacional de Saúde Indígena, em 2013, onde foram aprovadas propostas para maior participação das mulheres indígenas nas instâncias do controle social I Conferência Livre de Saúde das Mulheres Indígenas, realizada nos dias 23 e 24 de abril de 2017 Ministério da Saúde publica pela primeira vez diretrizes para o parto normal VALORIZAR O PROTAGONISMO DA MULHER Reduzir as altas taxas de intervenções desnecessárias no parto Orientações a profissionais de saúde e mais informações às gestantes Padronizar as práticas mais utilizadas Compreender o parto não só como um conjunto de técnicas, mas como um momento fundamental entre mãe e filho Mulheres devem ser informadas sobre os benefícios e riscosdos locais de parto O parto de baixo risco pode ser realizado pelo médico obstetra, enfermeira obstetra e obstetriz Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às informações e serem incluídas na tomada de decisão 1 2 3 Todas as gestantes no parto devem ter apoio contínuo e individualizado, incluindo pessoa que não seja membro da maternidade Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos e dieta leve Métodos não farmacológicos de alívio de dor devem ser oferecidos à mulher antes da utilização de métodos farmacológicos 4 5 6 As mulheres devem ser encorajadas a se movimentarem e adotarem posições diferentes da deitada Garantir o contato pele-a-pele imediato da mãe e do bebê após o nascimento e estímulo à amamentação Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito 7 8 9 AMPLIAÇÃO DO USO DO DIU DE COBRE NAS MATERNIDADES MAIOR ACESSO AO DIU DE COBRE NO SUS MÉTODO É O MAIS UTILIZADO NO MUNDO Todas as maternidades do Brasil poderão ofertar o DIU de Cobre em duas situações: Pós-Parto e Pós- Abortamento O Ministério da Saúde já oferta nas Unidades Básicas de Saúde Método prático e altamente eficaz, livre de hormônio Duração de até 10 anos e índice de segurança maior que 99% DIU DE COBRE É DISTRIBUÍDO AOS ESTADOS E MUNICÍPIOS Até 2018, foram investidos mais R$ 12 milhões na oferta Expectativa é aumentar a prevalência do DIU para 10% entre os métodos contraceptivos até 2020 Garantir a decisão da mulher e o planejamento reprodutivo OUTROS MÉTODOS JÁ SÃO OFERTADOS PELO SUS Pílula Combinada, Anticoncepção de Emergência Mini-pílula anticoncepcional injetável mensal e trimestral preservativo feminino e masculino Parceria intersetorial com o Ministério do Desenvolvimento social para o Criança Feliz Atendimento geral à saúde das mulheres na atenção básica Atenção à saúde sexual e reprodutiva: compra e distribuição de 7 métodos contraceptivos, orientações na atenção básica Consultas e atendimento ginecológicos Atendimento ao pré-natal de baixo e alto risco Estruturação da rede para assistência ao parto Mulheres são as maiores usuárias do SUS, não só para o seu próprio cuidado mas, acompanhando filhos e familiares Estratégias para redução de mortes maternas Câncer: prevenção e tratamento: mamografias, cirurgias, mastectomias e reconstrução da mama. Programa de qualificação do exame de citologia (Qualicito) Assistência ao abortamento e ao aborto previsto em lei Atendimento à mulher em situação de violência sexual Atenção à saúde da mulher adolescente: agenda proteger e cuidar de adolescentes Atenção às mulheres no contexto da epidemia do ZIKA vírus Atenção à saúde sexual e reprodutiva. Cuidados no climatério OBRIGADO!