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TEMA 6 - Sistema de Controle da Produção

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DEFINIÇÃO
Apresentação dos conceitos e das ferramentas aplicáveis ao controle e gestão da produção.
PROPÓSITO
Habilitar e sensibilizar os alunos com relação à importância e aos conceitos e técnicas referentes ao controle e gestão da produção.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
celular/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir o controle de gestão da produção pelo uso de indicadores de desempenho
MÓDULO 2
Definir os conceitos de sistemas flexíveis de manufatura e introdução à produção enxuta
MÓDULO 3
Descrever os sistemas kanban, 5S e TRF
MÓDULO 1
 Definir o controle de gestão da produção pelo uso de indicadores de desempenho
INTRODUÇÃO
Fonte: NicoElNino/Shutterstock
Neste módulo, abordaremos os conceitos referentes ao controle de gestão da produção pelo uso de indicadores de desempenho.
Veremos as diferenças entre métricas e indicadores de desempenho, e a importância destes, bem como serão definidos os
conceitos de eficiência, eficácia e produtividade, relacionando-os a alguns dos principais indicadores e métricas adotados no dia a
dia das empresas.
MÉTRICAS E INDICADORES DE DESEMPENHO
“O QUE NÃO SE MEDE NÃO SE GERENCIA.”
Essa frase famosa de Peter Drucker, mas atribuída a W. Edwards Deming, outro importante guru da qualidade, destaca-se nas
organizações em todo mundo.
Adotar uma gestão baseada em métricas de desempenho é fundamental para a tomada de decisão e sucesso, não só de uma
empresa, mas também de setores e equipes que aplicam esse tipo de gerenciamento, com especial destaque à área produtiva.
O uso de indicadores de produção é capaz de otimizar o controle de processos e as rotinas de trabalho nesse departamento,
tornando-as mais eficientes.
Para tanto, é preciso estabelecer key performance indicators (KPIs) , ou indicadores-chaves de desempenho, que norteiem os
esforços e as ações, sempre alinhados, é claro, com os objetivos estratégicos das empresas.
Métricas
São medidas brutas que servem de subsídio para a determinação dos indicadores de desempenho.

Indicadores de desempenho
São medidas de desempenho compostos por um conjunto de métricas.
Nos dias de hoje, um dos maiores problemas de grande parte das empresas é o excesso de indicadores, que demandam muito
tempo para serem gerados, sem que, na maioria das vezes, afetem de forma significativa o seu resultado.
Daí a importância de estabelecer os indicadores-chave de desempenho, ou seja, aqueles que afetam diretamente os resultados da
empresa ou setor.
Em empresas industriais, por exemplo:
1
Indicadores e métricas - contribuem para a medição de performance, eficiência e eficácia das operações fabris, gerando dados e
informações estratégicas.
2
Indicadores de produção - mensuram os níveis de qualidade nas etapas da produção, fornecendo subsídios para a redução de
custos e para o aumento da produtividade.
EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E PRODUTIVIDADE
Antes de iniciarmos o estudo sobre os principais indicadores e métricas utilizadas na produção, vamos compreender alguns
conceitos importantes, como eficiência, eficácia e produtividade.
EFICIÊNCIA
Mede o resultado de saída de um método ou processo previamente definido, com relação a um padrão previamente determinado.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO
Um operador produziu, em um dia de trabalho, 800 peças, sendo que o padrão de produção esperado para um dia de trabalho é de
1000 peças.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EFICÁCIA
Compara o resultado de saída de um método ou processo previamente definido A, com relação ao resultado de saída de um método
ou processo previamente definido B.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO 1
EXEMPLO 2
EXEMPLO 1
O operador X produziu 300 peças em um dia de trabalho utilizando o método A. Já o operador Y produziu 500 peças em um dia de
trabalho utilizando o método B.
, ou seja, o operador X teve uma eficácia de 60% em relação ao operador Y
EXEMPLO 2
O método de trabalho A tem 2.000 peças por dia como padrão de produção, enquanto o método de trabalho B tem 1.000 peças por
dia.
, ou seja, o método de trabalho A é duas vezes mais eficaz que o método de trabalho B.
Eficiência  = O que foi produzido pelo método A
O que deveria ter sido produzido pelo método A
Eficiência  = = 80%800 peças
1.000 peças
Eficácia  = O que foi produzido pelo método A
O que foi produzido pelo método B
Eficácia  = = 60%300 peças
500 peças
Eficácia  = = 200%2000 peças/dia
1.000 peças /dia
PRODUTIVIDADE
Representa a relação entre a produção realizada e os recursos gastos para a produção de um determinado bem ou serviço.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO
Um posto de trabalho produziu, em 8 horas de trabalho de 2 operadores, 1.600 peças.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
PRINCIPAIS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO
DA PRODUÇÃO
Um especialista apresentará neste vídeo as principais métricas e indicadores de desempenho na gestão da produção.
Produtividade  =
Produção realizada
Recursos consumidos
Produção  = 1. 600 peças
Produtividade  = = 100 peças por homem − hora1.600 peças
2 homens x 8 hs
BOAS MÉTRICAS E KPIS COSTUMAM REFLETIR OS OBJETIVOS
DO NEGÓCIO, AJUDANDO OS GESTORES A DIRECIONAREM SEUS
ESFORÇOS NOS PONTOS REALMENTE IMPORTANTES PARA O
BOM DESEMPENHO DO SETOR OU DA EMPRESA.
Além disso, é importante contar com sistemas tecnológicos, como ERPs, que aprimoram o gerenciamento e a aplicação de métricas
e indicadores de produção por meio de seus bancos de dados, relatórios, históricos etc., que fornecem os dados e informações de
forma ágil, confiável e integrada.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM DETERMINADO POSTO DE TRABALHO PRODUZIU, EM UM DIA, 800 KG DE MATERIAL. O
PADRÃO DE PRODUÇÃO DIÁRIA ESPERADO PARA ESSE POSTO É DE 1200 KG, SENDO
NECESSÁRIOS 2 OPERADORES PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO. A EFICIÊNCIA DO POSTO
NESSE DIA FOI DE:
A) 400Kg/operador.
B) 67%.
C) 600Kg/operador.
D) 80%.
2. O INDICADOR DE DESEMPENHO QUE RELACIONA QUANTIDADE PRODUZIDA E O TOTAL DE
RECURSOS GASTOS É CHAMADO DE:
A) Produtividade.
B) Eficácia.
C) MTBF.
D) Índice de atendimento.
GABARITO
1. Um determinado posto de trabalho produziu, em um dia, 800 kg de material. O padrão de produção diária esperado para
esse posto é de 1200 kg, sendo necessários 2 operadores para a execução do trabalho. A eficiência do posto nesse dia foi
de:
A alternativa "B " está correta.
A eficiência é calculada dividindo-se o total produzido pelo padrão de produção determinado para o trabalho. Portanto, a eficiência é
de 800kg de material divididos pelo padrão determinado de 1.200kg, ou seja, 67%.
2. O indicador de desempenho que relaciona quantidade produzida e o total de recursos gastos é chamado de:
A alternativa "A " está correta.
A produtividade é a relação entre a produção realizada e os recursos consumidos para efetuar a produção.
MÓDULO 2
 Definir os conceitos de sistemas flexíveis de manufatura e introdução à produção enxuta
INTRODUÇÃO
Este módulo tratará dos conceitos referentes aos sistemas flexíveis de manufatura, bem como os fundamentos e as técnicas da
manufatura enxuta, relacionando os principais tipos de desperdício nas empresas. Além disso, definirá, de forma resumida, as
principais ferramentas utilizadas na produção enxuta (lean manufacturing) .
SISTEMAS FLEXÍVEIS DE MANUFATURA
Um sistema flexível de manufatura (flexible manufacturing system (FMS) ) é um sistema de manufatura focado na flexibilidade para
reagir a mudanças esperadas ou inesperadas no processo de fabricação.
MAS POR QUE SER FLEXÍVEL É TÃO IMPORTANTE NOS DIAS DE
HOJE?
Para responder a essa pergunta, precisamos compreender que a flexibilidade na manufatura é a capacidade de manter ou aumentar
fatias de mercado decorrentesde:
1
Rapidez na entrega: muitas vezes, isso significa alterar as programações de produção para responder a um pedido urgente de um
cliente.
Entregas em pequenos lotes: cada vez mais as empresas, incluindo clientes, desejam reduzir os seus estoques, querendo receber,
diariamente ou semanalmente, a quantidade de produtos para atender a sua demanda nesse período.
2
3
Capacidade de reação a picos de demanda em curto espaço de tempo.
Desenvolvimento rápido de novos produtos, visto que o ciclo de vida destes diminui consideravelmente a cada dia.
4
Esta flexibilidade é, geralmente, enquadrada em duas categorias nos FMSs:
PRIMEIRA CATEGORIA
Flexibilidade de máquina (machine flexibility) se refere à capacidade do sistema em mudar para produzir não somente novos
produtos, como também a ordem de operações executadas.

SEGUNDA CATEGORIA
Flexibilidade de roteiro (routing flexibility) consiste na possibilidade de usar múltiplas máquinas para efetuar a mesma operação,
de forma a absorver grandes mudanças, tanto na variedade como na quantidade de produtos.
A maioria dos sistemas FMS são automatizados com uso de máquinas CNC, conectadas por sistemas de movimentação de
materiais, sendo o controle do sistema realizado por computadores que gerenciam o movimento dos materiais e o andamento das
operações das máquinas.
A PRINCIPAL VANTAGEM DOS SISTEMAS FMS É A ALTA
FLEXIBILIDADE EM ADMINISTRAR OS RECURSOS DA
MANUFATURA, TENDO SUA MELHOR APLICAÇÃO NA PRODUÇÃO
DE PEQUENOS LOTES DE PRODUTOS, E NÃO NA PRODUÇÃO EM
MASSA.
Pode-se definir os sistemas de manufatura flexíveis como métodos de produção altamente automatizados, capacitados a produzir
grande variedade de peças e produtos diferentes, usando o mesmo equipamento e sistema de controle.
Os FMSs costumam apresentar ao menos três subsistemas:
1. Sistema de armazenamento e processamento de material — equipamentos automatizados ou robotizados que fornecem e
gerenciam material.
2. Sistema de processamento — grupo de máquinas com comando numérico (CN) ou comando numérico computadorizado (CNC).
3. Sistema de controle computadorizado — realiza o controle operacional do conjunto.
A produção flexível substituiu o modelo Ford de produção, pois este não atendia aos requisitos das perspectivas industriais
modernas.
Nesse sistema, as inovações tecnológicas são de fundamental importância para o surgimento de um novo modelo de produção,
denominado indústria de ponta, agora vinculado à tecnologia e ao trabalho altamente qualificado.
Nessa perspectiva, a tendência é de um mercado cada vez mais competitivo, que requer uma produção flexível de baixo custo e
elevada qualidade.
ORIGEM DA PRODUÇÃO ENXUTA
Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão precisava se reerguer. A guerra causou grandes perdas, os materiais e recursos eram
escassos e os japoneses precisavam encontrar uma forma de competir com a Ford, que tinha desenvolvido e implementado um
sistema de produção em massa de baixo custo.
Fonte: Panchenko Vladimir/Shutterstock
Mediante essa necessidade, nasceu o lean manufacturing, também conhecido como sistema Toyota de produção. Essa metodologia
visava entregar ao cliente exatamente o que ele desejava, no momento em que desejava (just-in-time) e com a melhor qualidade
possível.
MAS COMO ISSO É POSSÍVEL?
Por meio de uma produção baseada em simplicidade, baixo custo, qualidade perfeita, envolvimento total dos funcionários e,
principalmente, redução total às perdas e desperdícios.
Portanto, o termo “produção enxuta” refere-se a um sistema de produção sem desperdícios. Porém, como isso é impossível em uma
empresa, ela é vista como um tipo focado em ter o mínimo de desperdício possível, entregando ao cliente o que ele deseja, na hora
em que deseja, e feito da maneira certa na primeira vez.
Mas, afinal, o que são desperdícios e quais são os de uma empresa?
DESPERDÍCIO É TUDO AQUILO QUE CONSOME RECURSOS, MAS
NÃO AGREGA VALOR AO CLIENTE.
Afinal, nós, clientes, não ficamos felizes em pagar por qualquer ação feita para a fabricação e entrega do produto que não agregue
valor ao mesmo (só custos).
OS SETE DESPERDÍCIOS NA PRODUÇÃO ENXUTA
1º DESPERDÍCIO ‒ DEFEITOS
São decorrentes de falhas no processo e/ou na operação do processo de matérias-primas. Quando ocorre, há duas opções para o
produto: refugo ou retrabalho, sendo que ambos geram custos e não agregam valor aos clientes.
2º DESPERDÍCIO ‒ PRODUÇÃO EM EXCESSO OU SUPERPRODUÇÃO
Corresponde à produção além do necessário, o que leva a utilizar mão de obra, matérias-primas e energia.
3º DESPERDÍCIO ‒ ESTOQUE
Estoques excessivos de produtos finais, matérias-primas ou insumos geram altos custos financeiros e demandam espaço físico
adicional e despesas de armazenamento, além de acarretarem custos de armazenamento desnecessários.
4º DESPERDÍCIO ‒ ESPERA
As esperas aumentam o lead time de produção e entrega, sendo, geralmente, causadas por filas nos centros de trabalho, máquinas
paradas, pausas para limpeza ou falta de mão de obra, quebrando o fluxo do processo.
5º DESPERDÍCIO ‒ TRANSPORTE
Corresponde à movimentação de materiais de um local para outro, não adicionando valor algum para o produto.
6º DESPERDÍCIO ‒ MOVIMENTAÇÃO
Correspondem aos deslocamentos e movimentos do homem no local de trabalho.
7º DESPERDÍCIO ‒ PROCESSOS DESNECESSÁRIOS OU INADEQUADOS
Ocorrem quando, para produzir algo, executam-se atividades desnecessárias (caso fossem eliminadas, não fariam a menor falta).
Por exemplo: pessoas conferindo produtos que já o foram conferidos ou utilização de recursos para a produção que não os
previstos (de maior produtividade), ocasionando períodos mais extensos de processamento e, consequentemente, maiores custos.
PRINCIPAIS FERRAMENTAS UTILIZADAS NA PRODUÇÃO
ENXUTA
Nesse tipo de sistema, o foco é a eliminação dos sete desperdícios listados anteriormente e, para isso, diversas técnicas e
ferramentas são aplicadas.
Segue um breve resumo dessas ferramentas:
1º 3MS
Correspondem a três palavras japonesas:
MUDA
Desperdício - qualquer atividade que consuma recursos sem criar valor para o cliente.
MURA
Variabilidade - falta de regularidade em uma operação, como altos e baixos na programação ou nos resultados. É difícil planejar e
ter confiabilidade nos resultados esperados quando estes variam muito.
Focado na variabilidade de volumes e de resultados, visando reduzi-las ao máximo por meio da identificação de suas causas com o
auxílio das ferramentas da qualidade.
MURI
Sobrecarga de equipamentos ou operadores - máquinas trabalhando sem as intervenções planejadas tendem a quebrar com mais
facilidade, bem como operadores trabalhando acima da sua capacidade, que, após algum tempo, apresentam redução no
rendimento em função do desgaste excessivo.
2º 5SS
3º TROCA RÁPIDA DE FERRAMENTAS
4º PRODUÇÃO EM LOTES PEQUENOS
5º MANUFATURA CELULAR
6º TRABALHO PADRÃO
2º 5SS
Programa implementado pelas empresas com foco em organização, limpeza, saúde e segurança, visando, dentre outras coisas, a
eliminação dos desperdícios.
3º TROCA RÁPIDA DE FERRAMENTAS
Estudos realizados para diminuir o tempo de troca de ferramentas de forma a reduzir o tempo de máquina parada e aumentar a
disponibilidade do equipamento, permitindo a produção em lotes pequenos.
4º PRODUÇÃO EM LOTES PEQUENOS
Sistema voltado para a programação de diversas entradas nas máquinas de um mesmo produto em um período de tempo, de modo
a aumentar a flexibilidade no atendimento aos clientes.
5º MANUFATURA CELULAR
Sistema que utiliza os conceitos de layout em forma de células de manufatura, propiciando o fluxo unitário de peças, redução de
lead times, estoques de materiais em processo, transportes de materiais e movimentações de pessoas, que fazem parte dos 7
desperdícios.
6º TRABALHO PADRÃO
Consiste na determinação e padronização do método mais eficaz para a realização dos trabalhos e no treinamento para que todos
trabalhem seguindo tal método. Se os operadores trabalham utilizando diferentes métodos, é de se esperarque os resultados
apresentados sejam diferentes. O trabalho padrão é uma das formas de se atuar no MURA.
7º POKA YOKE
São dispositivos à prova de falhas, simples e desenvolvidos pelos próprios operadores para evitar erros na produção.
8º ANDON
São sistemas de sinalização visíveis a todos para que as informações necessárias para a tomada de decisões não dependam da
ação do homem, mas de códigos visuais previamente estabelecidos ou informações visíveis ao alcance de todos. Isso melhora e
torna mais ágil a comunicação.
Sinaleiros são bastante utilizados nas fábricas, onde os códigos definidos para cada uma das suas cores indicam uma determinada
situação facilmente visível, como, por exemplo: vermelho — máquina aguardando ou em manutenção; amarelo — aguardando
material; verde — em troca de ferramentas etc.
Fonte: Nopparat S/Shutterstock
9º OPERADORES POLIVALENTES
Corresponde ao treinamento multifuncional dos operadores, de forma a se obter maior flexibilidade de mão de obra, reduzindo
custos e aumentando a empregabilidade das pessoas.
10º ATIVIDADES DE PEQUENOS GRUPOS
São programas que estimulam os próprios operadores a se reunirem para resolver problemas ou tratar de melhorias em seus postos
de trabalho.
O HOMEM NÃO É MAIS O PROBLEMA, E SIM, PARTE DA SOLUÇÃO,
NÃO SENDO PAGO APENAS PARA EXECUTAR, MAS PARA
PENSAR.
11º MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
Ferramenta utilizada para mapear os processos, identificando os tempos gastos com e sem valor agregado, como forma de
visualização de oportunidades para a melhoria dos processos.
12º MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL (MPT)
Ferramenta utilizada para aumentar a disponibilidade dos equipamentos por meio da quebra do paradigma “a produção produz e a
manutenção conserta”. Na MPT, todos são responsáveis pelos equipamentos, desde os operadores até o pessoal de manutenção,
engenharia e outros setores.
 COMENTÁRIO
Nos trabalhos de MPT, utiliza-se, como forma de acompanhamento, um indicador intitulado eficácia geral do equipamento (overall
efectiveness of equipment — OEE), que considera a disponibilidade do equipamento, a sua performance e os seus índices de
qualidade.
13º KANBAN
É uma ferramenta de programação da produção e de materiais que utiliza o conceito de produção puxada, onde cada etapa do
processo só tem autorização para produzir se a etapa seguinte necessitar de produto.
Fonte: Wright Studio/Shutterstock
No próximo módulo, veremos algumas dessas ferramentas mais detalhadamente.
VISÃO GERAL DA MANUFATURA ENXUTA
Um especialista descreverá o contexto relativo a este tópico.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM SISTEMA DE MANUFATURA FOCADO NA FLEXIBILIDADE PARA REAGIR A MUDANÇAS
ESPERADAS OU INESPERADAS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO É CONHECIDO COMO:
A) CAD/CAM.
B) FMS.
C) CIM.
D) ERP.
2. COM RELAÇÃO ÀS AFIRMATIVAS A SEGUIR, ASSINALE A OPÇÃO VERDADEIRA:
I. A PRODUÇÃO ENXUTA TEM COMO FOCO A ELIMINAÇÃO DOS DESPERDÍCIOS ENCONTRADOS NAS
FÁBRICAS.
II. OS 3MS SE REFEREM À ELIMINAÇÃO DE DESPERDÍCIOS, REDUÇÃO DE VARIABILIDADE E
ELIMINAÇÃO DE SOBRECARGA DE TRABALHO NAS MÁQUINAS E NOS OPERADORES.
A) Apenas a afirmativa I está correta.
B) Apenas a afirmativa II está correta.
C) As afirmativas I e II estão corretas.
D) Nenhuma das afirmativas está correta.
GABARITO
1. Um sistema de manufatura focado na flexibilidade para reagir a mudanças esperadas ou inesperadas no processo de
fabricação é conhecido como:
A alternativa "B " está correta.
Um sistema flexível de manufatura (flexible manufacturing system — FMS) é um método de manufatura focado na flexibilidade para
reagir a mudanças esperadas ou inesperadas no processo de fabricação.
2. Com relação às afirmativas a seguir, assinale a opção VERDADEIRA:
I. A produção enxuta tem como foco a eliminação dos desperdícios encontrados nas fábricas.
II. Os 3Ms se referem à eliminação de desperdícios, redução de variabilidade e eliminação de sobrecarga de trabalho nas
máquinas e nos operadores.
A alternativa "C " está correta.
A produção enxuta tem como foco a eliminação dos desperdícios encontrados nas fábricas. Os 3Ms (MUDA, MURA e MURI
referem-se, respectivamente, à eliminação de desperdícios, redução de variabilidade e eliminação de sobrecarga de trabalho nas
máquinas e nos operadores.
MÓDULO 3
 Descrever os sistemas kanban, 5S e TRF
INTRODUÇÃO
Este módulo apresentará as ferramentas kanban, 5S e troca rápida de ferramentas utilizadas na manufatura enxuta, com os seus
conceitos, princípios e aplicações básicas.
ABORDAGEM PRÁTICA NA IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA
KANBAN
Antes de iniciarmos, assista a este vídeo, no qual o professor Alexandre Silva Pinheiro falará sobre os conceitos tratados no módulo
3.
SISTEMA KANBAN
CONCEITOS BÁSICOS
O sistema kanban é uma técnica de gestão de materiais e de produção desenvolvida no pós-guerra pelos japoneses, com base no
supermercado norte-americano. É uma das ferramentas da produção just-in-time (JIT) , que visa produzir apenas a quantidade
necessária e, no momento necessário, utilizando o conceito de produção puxada.
MAS O QUE É PRODUÇÃO PUXADA?
Os sistemas de produção podem ser classificados, de acordo com a sua forma de acionamento, em: empurrada e puxada.
PRODUÇÃO EMPURRADA
PRODUÇÃO PUXADA
PRODUÇÃO EMPURRADA
Nos sistemas de produção empurrada, os produtos são fabricados a partir de uma previsão de demanda e colocados à
disposição do mercado consumidor.
PRODUÇÃO PUXADA
Nos sistemas de produção puxada, os produtos são fabricados de acordo com as vendas realizadas. É um sistema semelhante
ao supermercado, em que uma pequena quantidade de cada um dos produtos é colocada nas gôndolas e, à medida que nós,
consumidores, os retiramos das prateleiras, o processo de reposição é iniciado.
 COMENTÁRIO
A palavra kanban significa, em japonês, “cartão”, pois, inicialmente (e até hoje em muitas empresas), toda a programação de
produção e movimentação de materiais era feita por meio do uso de kanbans. Podem ser cartões, bolachas, quadrados pintados no
chão da fábrica etc.
Veja um exemplo de quadro kanban:
Fonte: Autor
 Quadro Kanban.
Agora observe um exemplo de cartão kanban:
Fonte: Autor
 Cartão Kanban.
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO SISTEMA KANBAN
Pela sua característica de “puxar a produção”, o kanban exerce as seguintes funções:
1
Acionar o sistema produtivo apenas quando necessário;
Não permitir a produção para estoques com base em previsões;
2
3
Paralisar toda a linha de produção anterior quando um posto de trabalho parar devido a algum problema;
Adequar as linhas de produção às variações de demanda de cada um dos itens;
4
5
Definir visualmente as prioridades de produção.
REGRAS DO KANBAN
A seguir, veremos algumas regras básicas do kanban.
REGRA Nº 1
Cada processo deve buscar as peças nos processos anteriores.
REGRA Nº 2
Cada processo não deve produzir mais do que foi requisitado pelo processo posterior.
REGRA Nº 3
Peças com defeito não devem ser enviadas aos processos posteriores.
REGRA Nº 4
A quantidade de cartões kanban em circulação são um meio de ajuste nos volumes reais de produção.
REGRA Nº 5
A produção deve ser estabilizada e racionalizada constantemente.
TIPOS DE KANBAN
Nas linhas de produção, são usados principalmente dois tipos de kanban:
De produção: autoriza o centro de trabalho a produzir um contenedor de peças, para repor o que foi tirado. O cartão circula
apenas no CT que produz a peça;
De movimentação: autoriza a transferência de um contenedor de peças de um centro de trabalho para outro, circulando,
dessa forma, entre dois.
CORES E GESTÃO VISUAL NO SISTEMA KANBAN DE PRODUÇÃO
Nos quadros kanban, são utilizadas as cores verde, amarelo e vermelho como forma de, visualmente, permitir a tomada de decisões
com relação ao que produzir primeiro, em função do grau de urgência atribuído a cada item. Portanto, a simbologia utilizada segue a
seguinte convenção:
Fonte: Autor
CARTÕES NA FAIXA VERDE
Há necessidade de produzir tais itens.
Fonte: Autor
CARTÕES NA FAIXA AMARELAAtenção! Há necessidade de produzir tais itens prioritariamente em relação aos que se encontram na faixa verde. Caso não sejam
produzidos, a situação poderá ficar crítica em termos de possíveis faltas de materiais.
Fonte: Autor
CARTÕES NA FAIXA VERMELHA
Atenção! Alerta máximo. Produzir imediatamente tais itens, pois há risco de parada da linha ou de falta de produtos.
CÁLCULO DAS QUANTIDADES DE CARTÕES KANBAN
Para o dimensionamento desse sistema, é necessário calcular o número de cartões em circulação, de forma a atender à demanda
prevista e manter os níveis de estoques de segurança desejados.
O cálculo de número de cartões kanban é feito de forma bastante simples, através da fórmula:
Fonte: Autor
 EXEMPLO
Um determinado produto acabado tem demanda de 200 unidades por semana, tempo de reposição de 1 semana, e deseja-se
manter estoque de segurança para 1 semana.
Sabe-se, também, que cada contenedor é dimensionado para 100 unidades do produto. Calcule o número de cartões kanban para
esse item.
Solução:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O sistema kanban pode ser utilizado com muita eficiência, também, fora do setor industrial. Empresas baseadas em escritórios ou
prestações de serviços também o utilizam para programar as atividades a serem executadas, traduzindo-se em menos ou nenhum
tempo ocioso por parte dos colaboradores.
Atualmente, o sistema que começou de forma simples, por meio de cartões, já foi convertido para o ambiente digital através do e-
kanban, trazendo ainda mais agilidade, eficiência e novas possibilidades ao processo de comunicação interna da empresa.
 COMENTÁRIO
Podemos afirmar que a utilização desse sistema traz inúmeros benefícios para as empresas em termos de aumento da
produtividade, redução de custos, simplificação e agilidade nos sistemas de programação de produção e de gestão de materiais. Ele
ainda pode ser integrado “de ponta a ponta”, ou seja, desde os clientes finais até os fornecedores de matérias-primas.
5S
O primeiro passo para atingir a excelência é o programa 5S, que torna o ambiente de trabalho mais organizado, limpo, seguro e
harmonioso.
Teve sua origem a partir do housekeeping, desenvolvido na década de 1950 nos EUA, sendo, hoje, bastante difundido no mundo
inteiro, como uma das ferramentas do pensamento Lean voltada para a criação de uma cultura focada na disciplina, identificação de
problemas e geração de oportunidades para melhorias.
QUAL É A PROPOSTA DO 5S?
Reduzir os desperdícios de recursos e espaço de forma a aumentar a eficiência operacional, melhorando a qualidade de vida
pessoal e profissional das pessoas, a motivação dos funcionários, o clima organizacional, a produtividade e tornando o ambiente de
trabalho mais seguro.
O programa 5S é focado na implementação de cinco sensos designados por 5 palavras de origem japonesa: seiri, seiton, seiso,
seiketsu e shitsuke. Cada uma dessas palavras busca despertar a atenção para um senso de responsabilidade.
Portanto, os cinco sensos do 5S são:
K =  [(200  ×  1)  +  200] / 100
K  =  4 cartões
PRIMEIRO S-SEIRI: SENSO DE UTILIZAÇÃO
A implementação do seiri se dá através da classificação de materiais, ferramentas, objetos, documentos e tudo que estiver nos
locais de trabalho como objetos necessários ou não necessários.
A partir daí:

O que for necessário e utilizado constantemente deve ser mantido o mais próximo possível do funcionário.
O que for utilizado esporadicamente deve ser mantido um pouco mais distante do funcionário.


O que for raramente utilizado deve ser armazenado em local mais afastado.
Já os materiais classificados como não necessários devem ser imediatamente transferidos para outros setores que os utilizem de
alguma forma ou, caso ninguém se interesse por eles, devem ser descartados, sucateados ou vendidos.
A figura a seguir sintetiza bem as ações a serem tomadas para a implementação do seiri:
Fonte: Autor
 Ações para implementação do seiri.
SEGUNDO S-SEITON: SENSO DE ORGANIZAÇÃO (ORDEM)
Uma área ou um escritório está em ordem quando não há coisas desnecessárias e todas estão em seus devidos lugares. Tudo
pode ser encontrado facilmente.
Deve-se organizar e identificar o que é necessário, permitindo que qualquer um o localize de forma simples.
ALGUNS BENEFÍCIOS DA ORDEM:
Permite a localização rápida das coisas;
Elimina causas de acidentes;
Previne perdas (tempo, materiais etc.);
Proporciona melhor aproveitamento de espaço;
Garante a boa aparência do local de trabalho;
Estimula a moral dos funcionários, tornando o trabalho mais agradável;
Impressiona clientes;
Identifica vazamentos;
Reflete uma empresa bem administrada.
As áreas desorganizadas, por sua vez, apresentam as seguintes características: espaços entulhados; empilhamento desordenado
de materiais, danificando-os ou as suas embalagens; itens que não são mais necessários; corredores obstruídos; prateleiras e
arquivos sem identificação; materiais e ferramentas misturados etc.
Fonte: Chanachai Saenghirun/Shutterstock
MAS O QUE FAZER PARA ORGANIZAR O LOCAL DE TRABALHO?
DICAS
Um lugar para cada coisa; cada coisa em seu lugar;
Mantenha tudo identificado;
Encontre em, no máximo, 30 segundos;
Deixe tudo à vista;
Melhore o layout do seu posto de trabalho;
Use etiquetas e cores vivas para identificação de objeto;
Mantenha sempre o posto de trabalho organizado;
Deixe tudo à vista;
Evite gavetas e caixas de ferramentas;
Abuse da comunicação visual.
TERCEIRO S-SEISO: SENSO DE LIMPEZA
Este senso desperta atenção tanto para o aspecto pessoal, da aparência, quanto do ambiente de trabalho e também dos processos.
Quanto menos sujeira no ambiente de trabalho e quanto mais atenção para melhorar o que já está limpo, melhor.
COMO IMPLEMENTAR O 3º S?
 NÃO DEIXAR SUJAR; SE SUJAR, LIMPAR IMEDIATAMENTE;
 DEIXAR SEMPRE LIMPO;
 FAZER BRILHAR O LOCAL DE TRABALHO.
QUARTO S-SEIKETSU: SENSO DE PADRONIZAÇÃO
O 4º S significa manter os 3Ss anteriores, garantindo continuamente as condições de organização, higiene, saúde e segurança.
Esta etapa e a próxima são as mais difíceis de serem atingidas, pois dependem, essencialmente, da criação de uma cultura voltada
para o 5S.
NESTA FASE, É MUITO IMPORTANTE CRIAR ROTINAS E
ATRIBUIÇÕES DE TAREFAS VIÁVEIS E REALIZÁVEIS. NO
SEIKETSU, É FUNDAMENTAL QUE SEJAM CRIADAS REGRAS PARA
MANTER A LIMPEZA E ARRUMAÇÃO.
QUINTO S-SHITSUKE: SENSO DE DISCIPLINA
Shitsuke é a disciplina para manter e praticar corretamente aquilo que está determinado, por meio do comprometimento para
transformar regras em hábitos. Todos devem seguir os padrões estabelecidos, pensar voltado para a organização e simplificação do
trabalho, e divulgar os 5Ss para os seus colaboradores.
O QUE SIGNIFICA TER SENSO DE AUTODISCIPLINA?
Significa desenvolver o hábito de observar e seguir normas, regras, procedimentos, atender especificações, sejam elas escritas ou
informais. Esse hábito é o resultado do exercício da força mental, moral e física.
ETAPAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO 5S
Agora, relacionaremos as etapas a serem seguidas para uma implementação de sucesso do programa 5S nas empresas.
Fonte: Autor
1ª ETAPA: SENSIBILIZAÇÃO DAS PESSOAS ESTRATÉGICAS
Nas grandes e médias organizações, não é comum que a iniciativa em implantar o 5S parta do alto escalão. Normalmente, a ideia é
de algum gerente de setor (qualidade, produção etc.).
Porém, o programa 5S é um top-down, em que a sensibilização e apoio da alta direção é fundamental para o sucesso. Como regra
geral, não se deve implementar o 5S em um nível da organização se o nível imediatamente superior não tiver conhecimento sobre o
assunto.
2ª ETAPA: FORMAÇÃO DO COMITÊ DO 5S
Uma vez tomada a decisão de implantação pelo alto escalão e escolhido o gestor que vai coordenar o programa, é formado o
Comitê de 5S.
É ele quem deve elaborar o plano de implantação, acompanhar a implementação das ações previstas no plano, obter apoio e
recursos junto ao alto escalão, coordenaras avaliações e analisar os resultados obtidos, mantendo o programa funcionando
conforme previsto.
3ª ETAPA: TREINAMENTO
Com o objetivo de promover o treinamento de 5S em todos os níveis da organização, algumas atividades de preparação devem ser
desenvolvidas, tais como:
Definir um nome para o programa, que seja motivador e esteja de acordo com a cultura da empresa;
Definir a estratégia de implantação de cada “S” (inicialmente, com foco nos 3 primeiros “S”, e depois de uma efetiva
implantação dos mesmos, implementar os outros dois “S”);
Fazer o mapeamento das áreas que farão parte, inicialmente, do programa a fim de criar um maior comprometimento dos
líderes, planejar e dimensionar o treinamento dos facilitadores/multiplicadores/auditores e facilitar a implementação de uma
política de reconhecimento.
4ª ETAPA: PREPARATIVOS PARA O LANÇAMENTO DO 5S
O famoso Dia da Limpeza, quando a empresa parará para que seja aplicado o 1º S.
Nesta etapa, é importante definir as áreas de descarte de materiais sem utilização potencial, bem como providenciar os recursos
necessários para tal dia (tintas, estopas, solventes, equipamentos de movimentação, cartões vermelhos para identificarem
oportunidades de melhorias que não possam ser realizadas naquele momento etc.).
É muito importante não se esquecer de tirar fotos do antes e depois do Dia da Limpeza, pois esse comparativo evidência o quanto
as áreas envolvidas foram beneficiadas com o programa.
5ª ETAPA: PLANEJAMENTO DAS AUDITORIAS
O comitê deve planejar de que forma serão realizadas as auditorias, delimitando todas as áreas a serem auditadas e elaborando o
plano e a frequência de auditorias.
6ª ETAPA: DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DAS AUDITORIAS
Normalmente, elabora-se um quadro por área para a gestão visual dos resultados, além dos relatórios de auditorias com fotos
evidenciando não só as não conformidades como as boas práticas encontradas.
7ª ETAPA: RECONHECIMENTO DAS MELHORES EQUIPES
É imprescindível que uma sistemática de reconhecimento faça parte do projeto e esteja clara para todos os envolvidos.
TOP-DOWN
Se contrapõe ao bottom-up. Pode ser traduzido como “de cima para baixo”. É um método que entende a estrutura da gestão,
por uma abordagem geral, descendo para níveis específicos.
MANUTENÇÃO DO PROGRAMA 5S
Para a manutenção do programa, é importante envolver os profissionais e manter avaliações constantes nas áreas da empresa para
que o programa não caia no esquecimento.
Divulgue constantemente os resultados de forma a permitir uma maior visibilidade e motivação perante aos colaboradores.
TRF
A troca rápida de ferramentas (TRF) é uma metodologia para redução dos tempos de preparação de equipamentos, possibilitando
a produção de lotes econômicos (pequenos) , de forma a flexibilizar a produção.
Isso significa produzir diversas vezes os mesmos tipos de peça ao longo de um determinado período de tempo, melhorando a
produtividade devido à redução dos tempos improdutivos das máquinas.
O tempo de troca de ferramentas é o tempo de máquina parada medido entre a última peça boa de um lote e a primeira peça boa do
próximo lote de produção.
Fonte: Autor
 Tempo de troca de ferramentas.
Nos projetos de troca rápida de ferramenta, geralmente, são estabelecidos objetivos parciais:
Objetivos das trocas de ferramentas:
3º Fase - One touch exchange die (OTED)
2° Fase - Single minute exchange die (SMED)
1° Fase - Redução do tempo de troca de ferramentas
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
3º FASE - ONE TOUCH EXCHANGE DIE (OTED)
Trocar a ferramenta com apenas um toque (one touch exchange die [OTED]).
2° FASE - SINGLE MINUTE EXCHANGE DIE (SMED)
Reduzir o tempo de troca até um valor com um dígito (menos que 10 minutos — chamado de single minute exchange die
[SMED]).
1° FASE - REDUÇÃO DO TEMPO DE TROCA DE FERRAMENTAS
Busca-se reduzir o tempo de troca.
UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL A SER RESPONDIDA REFERE-SE
ÀS CAUSAS DE LONGOS TEMPOS DE TROCA, OU SEJA, QUAIS
SÃO OS FATORES QUE TORNAM LONGOS ESSES PERÍODOS?
RESPOSTA
RESPOSTA
Diversos fatores contribuem para que as trocas sejam demoradas: desconhecimento da próxima programação; procura de
moldes, parafusos, ferramentas etc.; falta de método e/ou treinamento (operações confusas), de padronização; difícil acesso
às áreas de trabalho, ajustes que só o operador conhece (“pulo do gato”), equipamentos auxiliares de transporte e/ou
materiais não disponíveis quando necessário etc.
É importante frisar que TRF NÃO significa ritmo acelerado de quem executa a troca, e sim, menos tempo gasto nas trocas. Possui
os objetivos de: aumentar a disponibilidade dos equipamentos, aumentar a capacidade produtiva da fábrica, se a máquina for
“gargalo”, viabilizar a produção em lotes pequenos, reduzir lead time de fabricação, aumentar a produtividade e evitar improvisos.
O tempo de troca rápida de ferramenta é calculado da seguinte maneira:
TTRF = TP + TM + TA + TR + TI
Onde:
TTRF = Tempo total de troca rápida de ferramenta
TP = Tempo de preparação (montagem e desmontagem)
TM = Tempo de movimentação do ferramental
TA = Tempo de abastecimento do material
TR = Tempo de regulagens e ajustes
TI = Tempo de inspeção para aprovação
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
METODOLOGIA PARA OS ESTUDOS DE TRF
Para que um trabalho de redução do tempo de troca de ferramenta seja desenvolvido, são necessárias nove etapas:
1
Documentar cada atividade desenvolvida no processo de troca (filmagens são bastante utilizadas).
Separar as atividades internas e externas:
- Atividades internas: são aquelas que precisam ser executadas com a máquina parada;
- Atividades externas: são as que podem ser executadas durante o funcionamento da máquina.
2
3
Converter atividades internas em externas.
Identificar atividades que podem ser feitas em paralelo.
4
5
Padronizar.
Eliminar ajustes.
6
7
Testar/verificar o novo procedimento.
Documentar os procedimentos para a troca de ferramentas.
8
9
Treinar, treinar e treinar.
Com o desenvolvimento dos trabalhos de troca rápida de ferramenta, as empresas conseguem reduzir os seus custos de produção,
pois setups mais rápidos representam menos tempo de máquina parada, aumentando a sua capacidade produtiva.
Além disso, eles obtêm maior flexibilidade no atendimento aos seus clientes devido à produção em pequenos lotes, e reduzem seus
estoques, devido à produção viável de lotes menores, dentre outros benefícios.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. OS SISTEMAS EM QUE OS PRODUTOS SÃO FABRICADOS DE ACORDO COM AS VENDAS
REALIZADAS, À SEMELHANÇA DE UM SUPERMERCADO, SÃO CHAMADOS DE:
A) Sistemas intermitentes.
B) Sistemas de produção puxada.
C) Sistemas de produção em massa.
D) Sistemas contínuos.
2. COM RELAÇÃO ÀS AFIRMATIVAS A SEGUIR, ASSINALE A ALTERNATIVA VERDADEIRA:
I. OS TRABALHOS VOLTADOS PARA A TRF VISAM AUMENTAR A DISPONIBILIDADE DOS
EQUIPAMENTOS.
II. OS TRABALHOS VOLTADOS PARA A TRF VISAM PERMITIR A PRODUÇÃO EM GRANDES LOTES.
A) Apenas a afirmativa I está correta.
B) Apenas a afirmativa II está correta.
C) As afirmativas I e II estão corretas.
D) Nenhuma das afirmativas está correta.
GABARITO
1. Os sistemas em que os produtos são fabricados de acordo com as vendas realizadas, à semelhança de um
supermercado, são chamados de:
A alternativa "B " está correta.
Nos sistemas de produção puxada, os produtos são fabricados de acordo com as vendas realizadas. É um sistema semelhante ao
supermercado, em que uma pequena quantidade de cada um dos produtos é colocada nas gôndolas e, à medida que nós,
consumidores, os retiramos das prateleiras, o processo de reposição é iniciado.
2. Com relação às afirmativas a seguir, assinale a alternativa VERDADEIRA:
I. Os trabalhos voltados para a TRF visam aumentar a disponibilidade dos equipamentos.
II. Os trabalhos voltados para a TRF visam permitir a produção em grandes lotes.
A alternativa "A " está correta.
Os trabalhos voltados paraa TRF visam aumentar a disponibilidade dos equipamentos de forma a permitir a produção em pequenos
lotes.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, foram abordados diversos assuntos de extrema relevância e de grande aplicabilidade para as empresas de produção
de bens e de serviços. Foram vistos os conceitos referentes à gestão da produção por meio de indicadores de desempenho, os
conceitos de eficiência, eficácia e produtividade, bem como os principais indicadores e métricas utilizados na gestão da produção.
Pudemos compreender, também, os conceitos relacionados aos sistemas flexíveis de manufatura e manufatura enxuta. Nos
aprofundamos um pouco mais nas ferramentas kanban, 5S e TRF.
Dessa forma, esperamos que os alunos tenham obtido um conhecimento que lhes permita exercer com excelência as suas
atividades nos setores de produção das empresas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BROWN, S. Administração da produção e operações — um enfoque estratégico na manufatura e nos serviços. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
CHASE, R. B.; JACOBS, F. R.; AQUILANO, N. J. Administração da produção e operações para vantagens competitivas. 11. ed.
São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
MOURA, R. A. Kanban — a simplicidade do controle da produção. São Paulo: IMAM, 1989.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
VOLLMANN, T. E. Sistemas de planejamento e controle da produção para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
EXPLORE+
Leia o artigo de Alexandre Ferreira: Estudo sobre sistemas flexíveis de manufatura, que aborda, de forma abrangente, os sistemas
flexíveis de manufatura.
Leia o livro A máquina que mudou o mundo, de James P. Womack, Daniel T Jones e Daniel Roos. Além de ser um best-seller, a obra
conta a história do desenvolvimento do sistema de manufatura enxuta. É uma leitura obrigatória para todos os engenheiros de
produção.
CONTEUDISTA
Alexandre Silva Pinheiro
 CURRÍCULO LATTES

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