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GUERRA DOS CANUDOS Dados da Guerra Ocorreu na comunidade de Canudos, interior do sertão da Bahia. Aconteceu de novembro de 1896 a outubro de 1897. Os envolvidos foram: de um lado os habitantes do Arraial de Canudos, liderados pelo beato Antônio Conselheiro. E do outro as tropas do governo da Bahia com apoio de militares enviados pelo governo federal. Mapa Situação do Nordeste no final do século XIX Fome. Seca. Falta de apoio político. Violência. Desemprego. Fanatismo religioso. Antônio Conselheiro Nasceu no dia 13 de março de 1.830. Cresceu e viveu no sertão do Ceará, na Vila do Campo Maior, Antonio Vicente Mendes Maciel. Mais tarde viria a ter o apelido de Antônio Conselheiro. Desde sua juventude sentiu e percebeu as injustiças praticadas contra o povo pobre do sertão e cresceu nele o desejo de libertar este povo das péssimas condições em que viviam. Tornou-se educador e missioneiro laico. Na última década do século XIX, resolveu pôr em prática seu objetivo de formar uma comunidade igualitária: Belo Monte. Rapidamente, a comunidade cresceu e tornou-se uma das maiores cidades do nordeste, com 25.000 habitantes. Organizada, religiosa, produtiva e comunitária. A reação das pessoas de posses, dos políticos e de alguns setores da igreja, deu início à Guerra dos Canudos. Causas O governo da Bahia, não concordavam com o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas. Por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil. Era também um crítico do sistema republicano, como ele funcionava no período. Conflitos militares Nas três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem sucedida. Os sertanejos e jagunços se armaram e resistiram com força contra os militares. Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais, e venceram. Antônio Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897. Significado do conflito A Guerra de canudos significou a luta e resistência das populações marginalizadas do sertão nordestino no final do século XIX. Embora derrotados, mostraram que não aceitavam a situação de injustiça social que reinava na região.