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RAZÃO E POSITIVIDADE: 
O ENTRELAÇAMENTO ENTRE 
DIREITO, POLÍTICA E MORAL
Jürgen Habermas
AILTON ROCHA MACHADO JUNIOR
GUSTAVO DE SOUSA AVELINO
JANE DA SILVA SANTOS
JEOVÁ VIEIRA FERNANDES
MARCOS CÉSAR GOMES
MILCA VERÔNICA MIRANDA J. SANTOS
NATALHA GOMES DE REZENDE SILVA
PATRÍCIA SILVA SILVESTRE
RUBENS RONNITON GONÇALVES DA SILVA
JÜRGEN HABERMAS
• Jürgen Habermas é um filósofo alemão e um dos mais influentes sociólogos
do pós-guerra. É conhecido por suas teorias sobre a razão comunicativa e
considerado um dos mais ilustres representantes da segunda geração da
Escola de Frankfurt.
• Habermas foi um dos principais teóricos do movimento estudantil na
Alemanha, embora tenha efetivamente rompido com o núcleo radical do
movimento em 1967, quando ele alertou sobre a possibilidade de um
“fascismo de esquerda”.
TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA
• Em 1981 publicou “Teoria da Ação Comunicativa”, onde trata dos
fundamentos da teoria social, da análise da democracia, do Estado de
direito e da política contemporânea, especialmente da Alemanha.
• Essa publicação considerada sua obra mais importante tem uma grande
relevância dentro do contexto de qualquer regime que se pretende
democrático, quando sugere um modelo de ação comunicativa, a
“Democracia Deliberativa”, na qual a sociedade é que deve criar suas
próprias regras através de um consenso de forma não coercitiva.
PRINCIPAIS IDEIAS DE JÜRGEN HABERMAS
• Enquanto Adorno e Horkheimer apresentavam uma crítica ao que
chamavam de razão instrumental, que designava o uso antiético da razão
e a instrumentalização da ciência para fins maléficos, para Habermas a
razão é ampla e se dá por outros meios, como a comunicação.
• Habermas desenvolveu o conceito de “ação comunicativa”, modelo
racional de interação, por meio de debates, argumentações e
deliberações, para se alcançar os acordos.
I. Essa interação se daria na esfera pública, em espaço de discussão que
incluiria grupos sociais e agentes do Estado.
• A “ação comunicativa” deveria ser balizada por algumas pretensões, como
a “inteligibilidade”, ou seja, ser de fácil compreensão, a “verdade”,
embasada em informações verdadeiras, “sinceridade”, ao expor as ideias,
“correção normativa”, que significa ser correta dentro de um contexto de
normas e valores.
• Para Habermas, a ausência de um canal de interlocução que permitisse às
minorias políticas participar da normalização ética poderia gerar conflitos
em razão da repressão e desprezo à sua cultura e suas demandas por
ampliação de direitos.
• Habermas defendeu um amplo debate público para a produção de
consenso. Defende que o debate livre e racional é primordial para a
democracia. Esse modelo de comunicação de caráter deliberativo busca
aproximar diferentes grupos sociais para um entendimento comum.
HABERMAS, PRINCÍPIO DA DEMOCRACIA
Habermas parte da tensão que existe entre a positividade do direito
e a legitimidade a ele associada (sua validade ou sua justiça). Ele
procura dissolver tal tensão aplicando ao direito sua Teoria do
Discurso, cujo Princípio se transforma em Princípio da Democracia.
Ele demonstra que pelo Princípio da Democracia, a validade ou
justiça de uma lei depende do assentimento de todos os
parceiros do direito, ou seja, de todos aqueles que participam do
processo jurídico de elaboração de normas através do discurso.
É preciso demonstrar que os direitos positivos se fundamentam na 
formação democrática da opinião e da vontade e também nos 
pressupostos da linguagem.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO CONCEITO 
DE DIREITO PARA KANT
O conceito, quando se refere a uma 
obrigação correspondente, 
considera em primeiro lugar apenas 
a relação externa, e precisamente 
prática, de uma pessoa com outra, 
enquanto suas ações possam 
exercer, como fatos, influência umas 
sobre as outras;
A relação entre dois sujeitos, para ser 
uma relação jurídica, deve se dar 
entre dois arbítrios (vontades), e não 
entre o arbítrio de um e o simples 
desejo do outro.
• A definição de direito não é extraída do direito positivo, uma vez que Kant
define metafísica dos costumes como o estudo das leis que regulam a
conduta humana sob um ponto de vista meramente racional.
A ÉTICA DA RAZÃO COMUNICATIVA PARA 
JURGEN HABERMAS
• A Ética da Razão Comunicativa é uma teoria moral que procura fornecer
um novo princípio moral que oriente nossas ações em contextos sociais
estruturados.
• É uma teoria moral cognitivista, que dá continuidade ao princípio moral
enunciado por Immanuel Kant no seu imperativo categórico. A Razão
Comunicativa foi proposta por Karl Otto Apel, seguindo um referencial
kantiano, e posteriormente continuado por Jurgen Habermas.
• Esta teoria moral parte do pressuposto de que a linguagem é o meio de
interação entre a Filosofia, a Sociologia e a Psicologia.
PRESSUPOSTO DA ÉTICA DA RAZÃO 
COMUNICATIVA
1. As pretensões da validade das normas têm um sentido cognitivo e podem
ser tratadas como pretensões de verdade.
2. A fundamentação de normas e ordens exige a realização de um discurso
efetivo, ou seja, só é efetiva quando produzida por uma interação entre
os sujeitos.
• Quando duas ou mais pessoas se comunicam pode haver concordância e
aceitação da verdade. Quando alguém rompe com as pretensões de
validade surge um impasse. A superação do mesmo pode ocorrer por uma
ação estratégica, como na guerra, ou pela restauração da comunicação,
verificada pela coerência entre discurso e ação.
TRÊS REGRAS BÁSICAS DA RAZÃO COMUNICATIVA 
1. Regra da Inclusão
• "Todo e qualquer sujeito capaz de agir e falar pode participar de discursos."
2. Regra da Participação
• "Todo e qualquer participante de um discurso pode problematizar qualquer
afirmação, introduzir novas afirmações, exprimir suas necessidades, desejos e
convicções."
3. Regra da Comunicação Livre de Violência e Coação
• "Nenhum interlocutor pode ser impedido, por forças internas ou externas ao
discurso, de fazer uso pleno de seus direitos, assegurados nas duas regras
anteriores."
HABERMAS E O POSITIVISMO JURÍDICO
• Habermas define o positivismo: “Recusar a reflexão, isso é o positivismo”.
Essa recusa à reflexão está associada à elevação do método científico,
típico das ciências naturais, como única instância de verdade.
I. Adorno e Habermas, acusam as ciências sociais positivistas de quererem
encontrar de forma dedutiva leis que possam ser pensadas em analogia com as
leis das ciências naturais.
• Em relação a uma das teses fundamentais do positivismo jurídico, para
Habermas, a moral não pode ser um fundamento para o direito justamente
por causa de sua indeterminação cognitiva, razão pela qual os positivistas
jurídicos afirmam o elemento de decisão última da autoridade do direito,
sem que o conteúdo seja o ponto determinante.
TRATAMENTO DO POSITIVISMO JURÍDICO NA 
ESTRUTURAL HABERMASIANA
• Habermas é um crítico ferrenho da teoria do direito natural, rival histórica do
positivismo jurídico.
• O positivismo jurídico é criticado de forma direta, a partir do exame, feito
por Habermas, da regra de reconhecimento de Hart.
I. A crítica se dá porque a regra de reconhecimento valida o que seria o direito
apenas através da legalidade dos procedimentos legislativos, em detrimento
da consideração pelo conteúdo.
II. Na resolução de casos difíceis, isso levaria ao decisionismo, pois o juiz faria seu
julgamento indiscriminado.
DIREITO DE ACORDO COM JURGEN HABERMAS
• Habermas enxerga o Direito como uma solução para a estabilização e
integração socia, a partir da constatação de que, com a ampliação do
risco de dissenso em sociedades cada vez mais complexas e diferenciadas,
nas quais o mundo da vida, por si só, não é mais capaz de oferecer o
denominador comum para viabilizar o agir comunicativo.
Habermas sustenta que o Direito não deve ser considerado uma
instância externa aos cidadãos.
• O direito funciona como uma espécie de transformador, o qual impede, em
primeiro lugar, que a rede geral da comunicação, socialmente integradora,
se rompa.
FACTICIDADE E VALIDADE
• Mensagensnormativas só conseguem circular em toda a amplidão da
sociedade através da linguagem do direito
• Habermas situa o direito numa dupla tensão entre facticidade e validade,
ou seja, entre o plano factual e o normativo. Dupla tensão pois presente
tanto internamente quanto externamente ao próprio direito.
Facticidade: entre a positividade 
do direito, seu caráter coercitivo 
que independe da aceitação do 
destinatário para sua aplicação;
Validade: pretensão de 
legitimidade do direito, condição 
necessária para sua validade em 
um Estado Democrático de Direito.
MORAL
• A Moral traz uma harmonia e é ponderadora segundo Dworkin, trazendo
assim uma segurança jurídica onde a justiça será alcançada levando com
que o direito cumpra seu papel de observar e operar o direito, assim a
sociedade teria a segurança para se desenvolver sendo segurada pelo
direito.
• O direito usando da sua coercibilidade deve-se obrigar que as
determinações legais sejam cumpridas por todos, deve-se respeitar as
regras e normas acima de tudo, garantindo que o juízo político ou
particularidades sejam invertidas de modo indiscriminado nas decisões, ter
a moral e a integridade como heteronomia prática e justa, aumentando a
efetividade do direito e trazendo a sociedade a justiça distributiva.
O ENTRELAÇAMETRO ENTRE 
DIREITO,POLÍTICA E MORAL
• Através do pensamento de Habermas se compreende que a legitimidade
das normas jurídicas não são conseguidas exclusivamente pela
compreensão de seus fundamentos morais, mas também sobre o
embasamento de fundamentos políticos.
É o processo legislativo democrático que traz justificação
de validade às normas jurídicas em um cenário de inter-relação
entre direito moral e política.
• Assim também será tratado a questão da aplicação da razão
comunicativa como uma das possíveis respostas para se entender a
democracia e a legitimidade do direito.
FUNDAMENTOS
• “O direito situa-se entre a política e a moral: Dworkin demonstra que o discurso
jurídico trabalha, não somente com argumentos políticos que visam o
estabelecimento de objetivos, mas também com argumentos de fundamentação
moral”.
• A orientação política em conformidade com os princípios do agir comunicativo
poderá coordenar a resolução dos conflitos da práxis legislativa para que não
esteja circunscrita as negociações e barganhas políticas.
• Habermas compreende que a dependência e a co-originação entre direito e
política só acontece quando considera-se que todos os indivíduos são titulares de
direitos iguais, e é assim que a deliberação terá caráter realmente democrática.
SEPARAÇÃO DE PODERES
• A ascensão do legislador democrático sobre as outras funções políticas
demonstra que o direito materializado e reflexivo faz estremecer a clássica
separação dos poderes políticos e o vínculo entre o direito e a
administração da justiça (jurisdição) em relação ao controle legislativo.
• O sistema jurídico se postula como regulador das relações sociais. O direito
como mediador social de conflitos se estabelece pelo procedimento de
fundamentação imparcial das normas e na aplicação de regulações
obrigatórias.
DIREITO, POLÍTICA E MORAL
• Habermas observa que o resgate da relação entre o direito e a moral poderá
conter a instrumentalização política do direito e arranjá-lo em características
normativas que expressem a semelhança com o procedimento moral de dedução
de normas.
• O direito é, ao mesmo tempo, um sistema de saber e um sistema de ação – “ele
pode ser entendido como um texto repleto de proposições e interpretações
normativas como uma instituição, isto é, como um complexo de regulativos para
ação”.
I. O direito pode compensar as fraquezas de uma moral racional que se atualiza na
forma de um saber, pois ele está estabelecido simultaneamente nos níveis da
cultura e da sociedade;
II. Sua interpretação sobre o conceito de autonomia na linha de uma teoria do
discurso, a qual permite reconhecer o nexo interno entre direitos humanos e
soberania do povo.