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“A importância da família para uma sociedade sustentável” # Raiz histórica -> “Habitus” Pierre Bourdieu # Falta de mobilização do corpo civil/social O filme “Wall-E” retrata um mundo futurista que devido ao consumo inconsequente dos recursos naturais, a população foi obrigada a abandonar a Terra e morar em uma cápsula espacial. Paralelamente, apesar de ficcional, a obra midiática revela um debate muito comum no contexto hodierno: o papel da família na construção de um corpo civil sustentável. Nesse viés, convém analisar como a raiz histórica e a escassez de mobilização social fomentam a questão. Diante desse cenário, é válido salientar sobre a herança cultural. Nessa conjuntura, o filósofo Pierre Bourdieu, em seu conceito de “Habitus”, postula que a prática frequente de ações de determinadas épocas causa a naturalização dessas atitudes nas sociedades mais atuais. De maneira análoga ao proposto pelo autor, nota-se, na vivência brasileira contemporânea, a reprodução de comportamentos advindos da organização nacional durante a colonização, isto é, o fato de outras federações utilizarem os recursos naturais do país de forma imprudente, com a intenção de lucrar e de comercializar, como, por exemplo, o ocorrido com a exploração do Pau-Brasil por Portugal. Assim, com a normalização de atos explorativos na sociedade, a irrelevância de um desenvolvimento consciente em relação ao meio ambiente se perpetua. Ademais, destaca-se a omissão do corpo civil como mais um fator corroborativo para o revés. Nessa perspectiva, o sociólogo Habermas, em sua obra “Ação comunicativa”, afirma a importância de disseminar informações sobre assuntos pouco debatidos, com o objetivo de torná-los mais visíveis e sendo, desse modo, solucionados. De forma similar, percebe-se a urgência de manifestação, na comunidade e nas redes sociais quanto ao papel da família na promoção de uma coletividade sustentável, visto que, sem o auxílio desse grupo, não há discussão frequente no que diz respeito às fatalidades na natureza e maneiras de preservar o bioma nacional. Portanto, depreende-se a necessidade de medidas para mitigar a problemática. Para isso, com o intuito de desnaturalizar comportamentos em relação ao ecossistema, cabe à mídia, entidade responsável por disseminar informações, por meio do incentivo fiscal do governo, elaborar campanhas explicativas sobre os efeitos negativos da visão gananciosa para a biodiversidade, além de citar ações em que as famílias possam inserir nos seus cotidianos para contribuir com a preservação do meio ambiente.