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O LÚDICO E SUAS ATRIBUIÇÕES PARA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO RESUMO Este trabalho foi realizado com base nos três Estágios Supervisionados, sendo eles, Estágio I na Educação Infantil, Estágio II no Ensino Fundamental e Estágio III na Gestão Escolar. Também foi utilizada como fonte de pesquisa uma entrevista realizada com a Professora Noeli Kock Agostini, a qual leciona no 1º Ano do Ensino Fundamental. O tema deste artigo tem a finalidade de conhecer e evidenciar a importância do método lúdico para a Educação Infantil e em como este método pode influenciar positivamente para o ensino/aprendizagem da alfabetização e letramento nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Buscando investigar sobre o assunto proposto, foram realizadas pesquisas bibliográficas de autores consagrados na área, também foram realizadas pesquisas de campo, aonde foram coletadas informações importantíssimas com os profissionais da área da educação nas Unidades e Escolas Municipais. É através do lúdico, já na Educação Infantil, que a criança se reconhece como um ser social, preparando-se para encarar a aventura do aprendizado da alfabetização e letramento, após adentrar ao primeiro ano do Ensino Fundamental. Esta preparação da criança é de suma importância, uma vez que ela começará a experimentar o universo das letras e das palavras formadas, possibilitando-as de ler os rótulos dos produtos, as placas das ruas, e até mesmo, ter o prazer de escrever seus primeiros bilhetinhos. Palavras-chave: Ludicidade; Alfabetização; Letramento 1 INTRODUÇÃO Com base na Metodologia de Ensino, o Tema deste trabalho traz a Ludicidade como um método muito eficaz utilizado desde a Educação Infantil, partindo para a Alfabetização e Letramento nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Também é importante lembrar da contribuição da Gestão Escolar para que estes processos tenham sucesso no ensino aprendizagem da criança. Este trabalho trata-se da articulação entre a teoria e a prática, decorrente das experiências dos Estágios Curriculares I – Educação Infantil, II – Ensino Fundamental e III – Gestão Escolar. Também iremos trazer, através de uma entrevista realizada em um Seminário Interdisciplinar do curso de Pedagogia, os métodos utilizados pela Professora Noeli Korc Agostini, que lecionou no 1º Ano das Séries Iniciais no Colégio Municipal de Indaial. Esta professora, com os seus variados métodos, alfabetizou 100% da turma em muito pouco tempo, oferecendo aos seus alunos um ensino de qualidade. A justificativa se dá por investigar e conhecer sobre a importância e as atribuições do Lúdico para o processo de ensino/aprendizagem. Trabalhar o lúdico faz com que a criança aprenda com prazer, alegria e dinamismo. As crianças precisam de professores experientes que buscam sempre melhorar sua prática, com metodologias diversificadas por intermédio de contação de histórias, pinturas, músicas, jogos e brincadeiras, dessa maneira percebe-se a necessidade de se aplicar novas metodologias, que estimule o interesse da criança colaborando com o conhecimento da mesma. É necessário dar a devida importância que a alfabetização e o letramento têm sobre a vida de uma criança para que se torne um adulto capacitado a conviver e expressar-se como um ser social, desenvolvendo as suas habilidades de compreender, criticar, construir novos significados, produzindo para si o conhecimento. O uso da leitura e da escrita, coloca a criança em um mundo letrado, contribuindo com que ela interaja socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. De acordo com os estágios supervisionados, levanta-se um questionamento, o qual nos leva a justificativa de um problema: – De que forma Lúdico da Educação Infantil prepara a criança para entrar no processo de Alfabetização e seus mais variados métodos nas Séries Iniciais? Como a Gestão Escolar contribui para que estes processos sejam vistos como sucesso? Este trabalho tem como objetivo estudar o tema da Ludicidade, nos trazendo informações ricas com relação à alfabetização e letramento e seus mais variados métodos. Também tem como objetivo nos ensinar sobre o que o lúdico representa para um eficiente processo de ensino e em como a Gestão Escolar pode contribuir para que este processo seja eficaz. A presente pesquisa é de campo, bibliográfica e qualitativa. Com o intuito consolidar este trabalho foram realizados três estágios. O Estágio Curricular Obrigatório I – Educação Infantil, foi realizado em uma Unidade de Educação Infantil no município de Indaial/SC, com doze horas de observação e vinte horas de regências, totalizando trinta e duas horas de estágio, entre os meses de março/abril do ano 2018. O Estágio Curricular Obrigatório II – Séries Iniciais do Ensino Fundamental foi realizado numa Escola Municipal no município de Indaial/SC, onde foram realizados vinte horas de observação e mais vinte horas de regências, totalizando quarenta horas de estagio, entre os meses de agosto/setembro do ano 2018. E por fim, o Estagio Curricular Obrigatório III – Gestão Escolar, que foi realizado em uma Unidade de Educação Infantil na cidade de Indaial/SC, com vinte e quatro horas de observação seguidas de oitos horas de entrevista totalizando trinta e duas horas de estágio, nos meses de março/abril do ano 2019. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Tendo como área de concentração a Metodologia de Ensino, de acordo com os Estágios Supervisionados realizados no decorrer do curso de Pedagogia, conseguimos observar em como o lúdico tem influenciado positivamente no processo de ensino-aprendizagem das crianças desde a Educação Infantil até as Séries Iniciais do Ensino Fundamental, aonde o lúdico prepara a criança como ser social, encontrando-se a si mesma, para enfrentar o grande desafio da alfabetização e do letramento. Há quem pense e questione, a utilização do lúdico ainda nos dias de hoje, concluindo que não passa de brincadeiras e passa tempo. Porém, não existem dúvidas de que este método tem sido plausível e que funciona perfeitamente, influenciando no processo de aprendizado dos pequenos estudantes. A Proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa à prática educacional, promovendo momentos de descontração durante o período de aprendizagem dos alunos. O brincar é mais que um divertimento na vida dos educandos, ele promove à criança um espaço para resolver conflitos permitindo relacionar-se consigo mesmo e com os outros, podendo ser uma forma fácil de comunicação. Santos (1999) relata que brincando, a criança ordena o mundo à sua volta assimilando experiência e informações, e ainda incorporando comportamentos e valores. É através do brinquedo e do jogo que a criança consegue reproduzir e recriar o meio a sua volta. Ao que a criança se descobre como ser social, ela elimina barreiras, e se abre a um mundo de aprendizado, ela se relaciona e interage, abre a mente e se coloca à disposição para novos conhecimentos, influenciando efetivamente no processo de Alfabetização e Letramento, que ocorre logo nos primeiros Anos das Séries Iniciais. A Gestão Escolar deve estar atenta a este processo influenciando e contribuindo positivamente para que tudo vá bem. Um dos papeis fundamentais da Gestão Escolar, é de interferir e solucionar os possíveis conflitos que possam surgir no decorrer do processo de aprendizagem de uma criança. Sabemos que um dos grandes vilões que influenciam na falta do aprendizado de uma criança é a questão sócio econômica e cultural. Com o apoio da Orientação Pedagógica e demais profissionais que contemplam o corpo da Gestão Escolar, é possível intervir e ajudar para que o processo dos primeiros contatos da criança com as letras e números tenham sucesso, e desta forma, consigam aprender e se desenvolver intelectual e socialmente junto com às demais crianças da turma. 3 O LÚDICO NA EDUCAÇÃOINFANTIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES A ludicidade na Educação Infantil, é vista como um instrumento de ensino/aprendizagem que promove a construção do conhecimento da criança através do brincar, que permite à criança imaginar, criar e se desenvolver como um ser social. Afonso (2013, p. 37) afirma: É justamente a capacidade de brincar que permite o questionamento, a desconstrução de sentidos cristalizados e a invenção de novos sentidos diante da realidade social já simbolizada através das mais diferentes formas. É a capacidade de brincar – e o imaginário, como seu correlato – que permite o desenvolvimento do pensamento para além das fronteiras do que já está historicamente dado. (AFONSO, 2013, p. 37). Ao trabalhar o lúdico, considera-se o quanto é essencial que a educação seja cada vez mais esclarecida sobre os vínculos sociais, preparando a criança para o convívio, respeitando as diferenças dos sujeitos que compõe a sociedade. Considera-se significativamente importante estimular a criança ao brincar, pois, de acordo com Dallabona, (2004, p. 02): O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Se bem aplicada e compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino quer na qualificação ou formação crítica do educando quer para redefinir valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade. (DALLABONA, 2004, p. 02). De acordo com Ferreira (1986) a brincadeira é o ato de brincar, divertimento, gracejo, borga, bailarico. Kishimoto (2008) afirma que nas situações lúdicas, meninos manifestam maior interesse pelo poder, pelo prestígio e pelo controle das situações. As meninas valorizam a imagem do corpo, as vestimentas, a beleza dos seres e das coisas e interessam-se pelas atividades domésticas, pelo papel da mãe. Queiroz, (2006, p.170), afirma que: A partir da brincadeira, a criança constrói sua experiência de se relacionar com o mundo de maneira ativa, vivencia experiências de tomadas de decisões. Em um jogo qualquer, ela pode optar por brincar ou não, o que é característica importante da brincadeira, pois oportuniza o desenvolvimento da autonomia, criatividade e responsabilidade quanto a suas próprias ações. (QUEIROZ, 2006, p. 170). Trabalhar o lúdico na Educação Infantil é algo extraordinário, levando em consideração que sem perceber, as crianças evoluem e adquirem conhecimento brincando. Através dessa estratégia de ensino, é possível que a criança comtemple de jogos, brinquedos e brincadeiras expressando-se de diferentes formas, exteriorizando seu intimo, seu senso critico e suas ideias. A ludicidade é uma estratégia de ensino que permite ao professor a promoção da aprendizagem, facilitando as práticas pedagógicas em sala de aula, como mediadores do conhecimento, oportunizando o crescimento da criança de acordo com seu nível de desenvolvimento. O lúdico promove a interação e a troca de aprendizado, trazendo benefício tanto para os alunos, como para os professores, pois desde a elaboração de um plano de aula, até a aplicação das atividades, faz-se necessário que o professor pesquise e participe de todas as etapas, interagindo assim com a turma, criando um elo ainda maior com a criança. FOTO 1: ATIVIDADE – TEATRO SEU LOBATO FONTE: As Autoras 3.1 O PAPEL DO PROFESSOR PARA A INSERÇÃO DO LUDICO O papel do professor na educação lúdica é importantíssimo. Considera-se de grande necessidade que seja garantida a formação dos professores para trabalhar a ludicidade na educação infantil, bem como garantir as condições de atuação. Para um educador de qualidade é necessário que, em sua sustentação, seja considerada as formações teórica, pedagógica e lúdica. Considera-se de extrema importância tanto a formação inicial, como também a formação continuada. De acordo com Carvalho (1999, p. 47), Formar professores é trabalhar numa situação muito particular, na qual o conhecimento que se domina tem de ser constantemente redimensionado, reelaborado, devido às mudanças que ocorrem na sociedade em que se vive, consequência, em grande parte, dos avanços da ciência e da tecnologia, tendo em vista que o processo de formação não cessa, envolvendo sempre novos contingentes de professores (CARVALHO, 1999, p. 47). Uma das melhores estratégias para a conquista de um ensino de qualidade, é a formação continuada de professores, levando em consideração que a formação inicial não é o suficiente para atender às necessidades impostas pela sociedade atual. Ao descobrir o universo infantil, o educador se permite adquirir conhecimento, teórico, prático, ter capacidade de observação, amar e se tornar cumplice da criança. O educador, ao brincar espontaneamente ou orientando a criança, consegue obter informações importantes sobre ela, podendo analisar o seu grau de iniciativa, criatividade, autonomia e criticidade. Também consegue avaliar o seu conhecimento construído, levando em consideração o raciocínio e a capacidade de argumentação. O educador deve estar atento durante seu plano, fazendo intervenções, quando necessárias, avaliando o comportamento de cada criança, buscando atingir o objetivo ao qual se propôs, devendo não somente buscar a construção do conhecimento, mas também a construção do indivíduo. Segundo Bolzan (2009 p. 68), É possível afirmar que a escola tem que ser um campo de ensino e de aprendizagem capaz de favorecer, não apenas a construção do conhecimento, mas a construção dos indivíduos, envolvidos de forma cooperativa nos processos de ensinar e de aprender. Os elementos apresentados remetem à dinâmica da sala de aula, um dos horizontes fundamentais para a reflexão dos professores, capaz de impulsioná-los a desenvolver conhecimento pedagógico compartilhado. Quando os professores trabalham junto a partir de problemas comuns, negociando ideias e preocupações sobre o fazer pedagógico avançam nessa construção. (BOLZAN, 2009, p. 68). Ao organizar as atividades pedagógicas, o professor deve buscar formas de fazer com que o aluno vivencie o a teoria do ensino-aprendizagem na prática. Esta é uma forma de abordar os diferentes conhecimentos buscando o envolvimento do aluno para um eficiente aprendizado da alfabetização. E isso começa desde a Educação Infantil até os primeiros anos das Séries Iniciais. Segundo Marinho et al (2007 p. 86): O educador em sua ação, na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental, deve considerar essas questões ao refletir sobre a prática pedagógica. A ludicidade deve ser um dos principais eixos norteadores do processo de ensino-aprendizagem, pois possibilita a organização dos diferentes conhecimentos numa abordagem metodológica com a utilização de estratégias desafiadoras. Assim, a criança fica mais motivada para aprender, pois tem mais prazer em descobrir e o aprendizado é permeado por um desafio constante. (MARINHO et al, 2007 p. 86). Para que seja alcançada uma aprendizagem significativa, Jordão (2012 p. 9) coloca que: (...) é preciso romper limites, aprender com os próprios erros, assumir riscos, inovar, gerenciar a própria aprendizagem, tornar-se confiante admitindo que a ética é possível, ousar com responsabilidade, estudar para aprender e ensinar, abrir-se ao conhecimento novo, ser capaz de enxergar que a mudança é possível e ultrapassa o limiar de simples metas procedimentais. (JORDÃO, 2012, p. 9). 4 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NAS SÉRIES INICIAIS O processo de alfabetização na vida de uma criança, inicia-se quando ela ingressa no 1º Ano das Séries Iniciais. Sabe-se que algumas crianças que frequentam as Unidades de Ensino Particulares, aprendem a ler e a escrever precocemente, devido a essas, é que se abrem algumas exceções. Porém, para as demais crianças, matriculadasnas Escolas Públicas do nosso país, podemos afirmar que começam a ser alfabetizadas entre 5 e 6 anos de idade. Esta é uma fase em que a criança começa a conhecer um mundo novo, com novas expectativas, aonde nem tudo é totalmente lúdico, e sim, surgem algumas regras e responsabilidades. Por este motivo, faz-se necessário o cuidado de o professor preparar o espaço em que estas crianças vão utilizar fazendo com que seja atrativo e curioso para elas. É necessário que se prepare um ambiente para facilitar as ações da alfabetização. Ambiente alfabetizador: fazer da sala de aula um espaço aonde ricos estímulos de aprendizagem estejam sempre presentes. É um ambiente que promove um conjunto de situações de uso real de leitura e de escrita, em que os educandos têm a oportunidade de participar. (LOPES, 2010 p. 6). Segundo as pesquisas realizadas sobre os métodos existentes para alfabetizar, podemos encontrar os mais variados tipos utilizados em salas de aula. Em todas as turmas existem alunos em diferentes estágios de aprendizado, aonde cabe ao professor, analisar qual atividade realizar com cada grupo, sendo que as atividades devem ser desafiadoras, mas não impossíveis de serem realizadas, aonde uma mesma atividade abrange diferentes níveis de aprendizado. Para que isto aconteça, é necessário que o professor tenha conhecimentos linguísticos, fonológicos e cognitivos, e com formação continuada. O que temos que pensar é que, como afirma CAGLIARI, 1998, p. 34, [...] “nenhum método educacional garante bons resultados sempre e em qualquer lugar; isso só se obtém com a competência do professor”. Devido ao alto índice de analfabetismo e os problemas de estrutura das escolas públicas do nosso país, têm-se levantado uma discussão entre os especialistas do assunto, sobre qual seria o melhor método para revolucionar a alfabetização, ou pelo menos, para que o índice de analfabetismo tenha uma queda considerável. Com o passar dos anos, pode-se destacar a grande mudança que já houve sobre a forma de pensar a educação, a qual hoje tem sido trabalhada a maneira de aprender do aluno, e não a maneira de ensinar do professor. Ou seja, sobre como encontrar métodos que sejam eficientes diante do perfil de cada turma ou até mesmo de algum aluno individualmente, fortalecendo assim, o elo entre aluno e professor com o objetivo de juntos, formar alunos devidamente alfabetizados e letrados. 4.1 O LUDICO NA ALFABETIZAÇÃO No campo escolar a criança entra em processo de alfabetização. É nesta fase que a criança exige muito a atenção dos professores. Nas primeiras escolas tínhamos uma educação formal, onde crianças eram monopolizadas cada vez mais cedo e o ensino era de péssima qualidade, oferecendo aos alunos apenas livros de inúmeras páginas e sem contexto nenhum. Com o avanço da educação na parte da alfabetização podemos perceber que os professores vêm se aprofundando mais no que se diz lúdico juntamente com a alfabetização, fazendo assim, com que os alunos se prendam mais ás aulas e que estas se tornem mais dinâmicas e divertidas, obtendo por fim um ensino de mais qualidade e crianças menos monopolizadas. Observe na imagem a seguir, um exemplo da utilização do lúdico como auxílio para a alfabetização. Ao mesmo tempo em que a criança brinca e se diverte, sem que ela perceba, está adquirindo conhecimento, aprendendo as sílabas, e formando palavras. FOTO 2: CAIXA DAS SÍLABAS FONTE: As Autoras O conceito dos jogos no Lúdico, na visão de BROTTO, 2001, p. 12, "[...] não existe uma teoria completa do jogo, nem ideias admitidas universalmente". De forma geral o jogo na educação lúdica compreende diversos campos como, o educacional, psicológico, sociológico, folclórico, entre outros. Compreende-se também que os jogos são uma forma de atividade ou ocupação voluntária, mas que ajuda tanto o professor na hora de ensinar como o aluno na hora de aprender. A palavra "jogo" aplica-se mais às crianças e jovens, exclui qualquer atividade profissional, como interesse e tensão e, por isso, vai além dos jogos competitivos e de regras, podendo contemplar outras atividades de mesmas características como: histórias, dramatização, canções, danças e outras manifestações artísticas. (BROUGERE, 2004, p. 16). Ao alfabetizar com o lúdico, o professor facilita a aprendizagem, junto com o seu desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborando para a saúde mental do aluno, ajudando no processo de socialização, comunicação, expressão corporal e construção de conhecimento. O educador precisa ter uma base teórica para que possa sustentar a aplicação do lúdico como educação complementar. Suas bases são de três pilares sólidos: formação teórica, pedagógica e pessoal. Assim o educador acaba por se tonar uma peça chave para o ensino de qualidade. Quanto maior a sua carga hora de ensino for, mais rica será a aprendizagem do aluno, mais possibilidade de se desempenhar melhor na pratica o aluno terá e por fim aprender mais rápido e melhor. Seguindo este enfoque, ANTUNES, 1998, p. 37 afirma: Jamais pense em usar os jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso planejamento, marcado por etapas muitos nítidas e que efetivamente acompanhem o progresso dos alunos, e jamais avalie qualidade de professor pela quantidade de jogos que emprega, e sim pela qualidade de jogos que se preocupa em pesquisar e selecionar. 4.2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Alfabetização e letramento é preciso e andam juntos. Práticas discursivas representam a fala e a escrita e junto abrangem textos e conhecimentos das escritas e letras e é a alfabetização que representa o letramento e o letramento representa a alfabetização. O Objetivo é fazer com que o indivíduo saiba ler e escrever com compreensão, desenvolvendo um senso crítico. FIGURA 1 – Fonte: disponível em < https://www.slideshare.net/luciana_raspa/formulrio- alfabetizao-e-letramento1> acesso em 02/04/2019. Com o intuito de aprender a ler e escrever as famílias ingressam seus filhos na escola, muitas das vezes formando adultos que sabem ler e escrever, mas que não sabem interpretar o que estão lendo, não tendo criatividade e nem muitas práticas sociais e por fim se tornando adultos alfabetizados funcionais. “[...] Hoje nossas escolas já se adaptam as várias técnicas de alfabetização e letramento ajudando a compreender o que estão lendo e por fim entender os métodos sociais postos pela sociedade”. (SOARES, p. 47, 2009). Alfabetização é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever. Letramento é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita. O Letramento vem da palavra inglesa Litiracy, significado: qualidade, estado, condição. Também vem do latim Littera que significa Letra. Podemos entender que nas definições descritas acima, não basta você saber ler e escrever, e sim fazer bom uso da qualidade das palavras colocando-as corretamente no papel e tendo condições para que o bom ensinamento seja aprendido. Sabemos também que um analfabeto pode ser letrado, afinal ele pode saber o que é dinheiro e como usá-lo, e saber também as marcas das roupas que usa ou até mesmo a placa da lanchonete que frequenta. Segundo KLEIMAN, 1995, p. 19, [...] “letramento e "um conjunto de práticas sociais que usam a escrita enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos”. E nesta parte então que o professor de letramento e alfabetização precisa entender que desde o nascimento a criança aprende a conviver com o mundo das letras, mas, que é dentro da escola e com práticas inovadoras ela se alfabetiza aprendendo a ler e escrever. Segundo SOARES, 1998, p. 18, [...] “É preciso alfabetizar letrando que garante desde o início a participação em práticas e produções de textos reais e diversos”. 4.3 O EFICIENTE MÉTODO FÔNICO Especialistas informamque o método fônico alfabetiza crianças em uma média período de quatro a seis meses, sendo este, o método mais indicado e mais utilizado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que fazem uso da linguagem alfabética. De acordo com a entrevista realizada com a professora Noeli Korc Agostini, o método fônico foi o mais eficiente para o perfil de suas turmas, aonde em apenas três meses, muitas crianças já conseguiram ler palavras inteiras e até a escrever. O método fônico é um método que primeiro ensina os sons de cada letra e então constrói a mistura destes sons em conjunto para alcançar a pronuncia completa da palavra. Permitindo dessa forma, que se consiga ler toda qualquer palavra. A criança deve aprender cada letra como um fonema, que juntando com outra letra, forma uma sílaba e palavras, ensinando primeiramente as silabas mais simples e mais conhecidas, depois as mais complexas, difíceis de entender. A consciência fonológica envolve o reconhecimento pelo indivíduo de que as palavras são formadas por diferentes sons que podem ser manipulados, abrangendo não só a capacidade de reflexão (constatar e comparar), mas também a de operação com fonemas, sílabas, rimas e aliterações (contar, segmentar, unir, adicionar, suprimir, substituir e transpor). (MOOJEN et al., 2003, p. 11). O método fônico é o ensino da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. É um método que permite conhecer sobre o princípio alfabético e depois então, dominar o conhecimento ortográfico próprio da sua língua, por intermédio dos textos trabalhados para este fim. A criança deve conhecer vários gêneros textuais, que servem para aumentar seu vocabulário e para que ela possa reconhecer, entender e futuramente escolher com qual tipo de texto ela mais se identifica. Para a Professora entrevistada – “toda e qualquer leitura tem como objetivo a alfabetização, as tirinhas e quadrinhas são um gênero textual que agrada muito as crianças por ser um texto que diverte ao leitor, e por ser de personagens conhecidos das crianças se torna muito prazeroso para ela entender o que significa aquela fala que quase sempre tem uma metáfora para ser compreendida, que gera um pensamento sobre o fato e consequentemente hipóteses que devem ser respondidas gerando aprendizado. Procuro mostrar aos alunos a importância social da escrita e leitura. Procuro ter momentos fortes de escrita e leitura no cotidiano, com muita escrita espontânea e registros em forma de desenhos das atividades que são realizadas por eles. A contextualização também é muito importante para que ela se aproprie do conhecimento.” BALDI (2009 p. 25) ressalta que: Precisamos estar atentos e observar se as crianças estão demonstrando interesse pela leitura, ouvindo e participando para que o ato de ler não seja em vão. Nessa circunstância, o professor precisa usar formas de despertar a atenção das crianças, interagindo com elas. Usar uma leitura que provoque interesse e desperte a interação na classe. (BALDI, 2009, p. 25). 4.4 PROJETO CECILIANDO – OS POEMAS DE CECÍLIA MEIRELES Este foi um dos projetos realizados pela Professora Noeli com as suas turmas, visando uma alfabetização lúdica e de qualidade textual, ao qual, têm-se constatado um grande avanço para a alfabetização de seus alunos. “A poesia vai mostrar, com certeza, que a música das palavras pode e vai aumentar ainda mais o interesse das crianças pela leitura e escrita. Mais do que isso, a poesia provoca o inusitado, inesperado, a expansão do sentido do que pensamos e do que queremos dizer. Há coisas que só a poesia dá sentido. Com esta proposta a criança será convidada todos os dias, com os versos, a perceber e reconhecer suas emoções. Ouvindo, lendo, desenvolvendo várias atividades relacionadas ao universo poético e as infinitas possibilidades da palavra”. Uma das atividades realizadas, foi em cima dos poemas “O Vestido de Laura’, para as meninas, e “O Cavalinho Branco”, para os meninos, aonde as crianças deveriam confeccionar, juntamente com seus familiares, algo que representasse o poema. O objetivo foi de levar a criança a interessar-se pela leitura e a materializar o texto, criando os personagens de Cecília Meireles, contextualizando o poema aos seus olhos. FOTO 3: MURAL CECÍLIA MEIRELES Fonte: Foto de Noeli Korc Agostini (2017). 5 AS CONTRIBUIÇÕES DA GESTÃO ESCOLAR PARA O PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO A Gestão Escolar deve estar atenta a este processo influenciando e contribuindo positivamente para que tudo vá bem. Um dos papeis fundamentais da Gestão Escolar, é de interferir e solucionar os possíveis conflitos que possam surgir no decorrer do processo de ensino/aprendizagem de uma criança. Sabemos que um dos grandes vilões que influenciam na falta de aprendizado de uma criança é a questão sócio econômica e cultural. Com o apoio da Orientação Pedagógica e demais profissionais que contemplam o corpo da Gestão Escolar, é possível intervir e ajudar para que o os primeiros contatos da criança com as letras e números tenham sucesso, e desta forma, consigam aprender e se desenvolver intelectual e socialmente junto às demais crianças da turma. Saber ler e escrever é ter acesso a um novo mundo. Quando se ensina a alfabetização espera- se que a criança além de dominar a leitura, use-a como instrumento principal para a aprendizagem da escrita como função social. A partir do momento que se aprende ler e escrever, o indivíduo passa a reconhecer sua identidade, seu lugar social e sua história. Dentro da sala de aula o professor deve levar em consideração o fator cultural, social e histórico familiar de cada aluno, respeitando sua individualidade, buscando junto aos demais profissionais da área a ajuda necessária para que todos tenham o acesso à educação. A diversidade é um direito de todos os alunos, aonde devem aprender o fundamental para o seu desenvolvimento e socialização, sem discriminação ou intervenções externas. Quando as crianças chegam na escola, já trazem de casa grande conhecimento sobre os mais variados assuntos, que se aprende em ambiente familiar, tais como, valores, crenças, costumes, etc. Para um bom desenvolvimento e aprendizado da criança, a família e a escola devem caminhar juntas, para que haja sucesso escolar para o aluno. Para o bom e significativo desenvolvimento de seus filhos os pais devem estimular e apoiar. A relação entre a família e a escola, possui grande influência para o aprendizado da criança. Os primeiros padrões de conduta são oferecidos em casa através do convívio familiar. Muitas pessoas acham que a criança só aprende sobre a educação quando vai para escola, porém esse processo começa muito antes da escola, e quem são os professores? São os pais, avós, tios e responsáveis pela criança. A escola e a famílias são ambientes educacionais diferentes, porém com o mesmo objetivo, o desenvolvimento da aprendizagem. Para o bom desenvolvimento no aprendizado a criança precisa fazer tarefas e praticar suas habilidades, com o auxílio de pessoas adultas, ou capacitadas para transmitir algum conhecimento para a criança. VYGOTSKY tem uma abordagem genética da escrita: preocupa-se com o processo de sua aquisição, o qual se inicia muito antes da entrada da criança na escola e se estende por muitos anos. Considera, então, que para compreender o desenvolvimento da escrita na criança é necessário estudar o que ela chama de ‘a pré-história da linguagem escrita’, isto é, o que se passa com a criança antes de ser submetida a processos deliberados de alfabetização. (OLIVEIRA, 2008, p.68). Para um bom desempenho e grandes resultados, a relação entre família e escola deve ser de grandes diálogos, exposição de ideias e opiniões. A responsabilidade maior sobre a educação das crianças é da família, pois deve sempre estar em contato nesta fase de formação e desenvolvimento. Háopiniões contrárias que diz que os pais não possuem grande influência no aprendizado dos filhos e não conseguem contribuir com o projeto pedagógico escolar. Pessoas estas, que não lembram que grandes valores se aprendem em casa e que os pais são os grandes educadores dos seus filhos. É preciso traçar metas e dedicar-se a educação de um filho, apesar do trabalho excessivo, a correria do dia-a-dia, é necessário que ocorra uma organização, para que haja participação significativa. Demonstração de afeto e interesse auxiliam no processo de aprendizagem. A família possui grande responsabilidade no sucesso ou no fracasso da criança. 4 MATERIAL E MÉTODOS Para a construção deste trabalho foram utilizadas pesquisas bibliográficas, entrevistas e informações transmitidas pelos professores regentes e diretoria das turmas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, as quais foram desenvolvidos os estágios, observações nas respectivas turmas e entorno da escola/unidade, além das análises dos dados coletados sobre a área de concentração e tema escolhido, servindo essas à compreensão do desenvolvimento do processo ensino- aprendizagem nas mesmas e respectivas práxis dos professores regentes, assim como às orientações ocorridas em sala de aula na escola/unidade, às leituras, análises e pesquisas sobre os teóricos que norteiam o processo educativo, descrevendo o panorama do cenário educacional e qualificação docente. O Estágio Curricular Obrigatório I – Educação Infantil, foi realizado no município de Indaial/SC, com doze horas de observação e vinte horas de regências, totalizando trinta e duas horas de estágio. O Estágio Curricular Obrigatório II – Séries Iniciais do Ensino Fundamental foi realizado em uma Escola Municipal no município de Indaial/SC, onde foram realizados vinte horas de observação e mais vinte horas de regências, totalizando quarenta horas de estágio. E por fim, o Estagio Curricular Obrigatório III – Gestão Escolar, que foi realizado em uma Unidade de Educação Infantil na cidade de Indaial/SC, com vinte e quatro horas de observação seguidas de oitos horas de entrevista totalizando trinta e duas horas de estágio. QUADRO DE RESUMO DOS ESTÁGIO SUPERVISIONADOS I, II E III 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Este trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica documental, buscando enfatizar e averiguar como objetivo principal a importância da ludicidade na Educação Infantil e em como ela influencia consideravelmente para o processo da alfabetização e letramento já no 1º Ano do Ensino Fundamental. Para compreender a importância dos métodos da alfabetização, foram pesquisados periódicos, livros, internet, bem como foram consultados professores que atuam na área e utilizam estes métodos de ensino. Os dados foram levantados cuidadosamente com coerência e com as dúvidas solucionadas com relação ao assunto trabalhado de forma investigativa qualitativa. Ao finalizar as pesquisas necessárias, abrem-se novos horizontes à cerca do assunto aos quais nos levam a dar continuidade à investigação através de obras relacionadas e de trabalhos acadêmicos já existentes. O brincar no processo de ensino ainda é pouco utilizado. Muitos professores ainda utilizam os métodos tradicionais, com os estudantes enfileirados, cada qual no seu espaço, realizando as atividades propostas em silencio e individualmente. Durante o estágio no ensino fundamental, conseguimos ter uma pequena amostra deste método ainda tradicional, aonde os alunos passavam todo o tempo ouvindo a professora e executando as atividades propostas. Para promover a formação da criança e estimular seu desenvolvimento é necessário estabelecer práticas desafiadoras, que as motivem e instiguem a querer saber mais para aprender. Segundo Piaget (1971) “o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, assim sendo, ela precisa brincar para aprender”. Para Kishimoto (1999): Os jogos e as brincadeiras educativas, estão orientados para estimular o desenvolvimento cognitivo e são importantes para o desenvolvimento do conhecimento escolar. São fundamentais para a criança por inicia-la em conhecimentos e favorecer o desenvolvimento mental. (KISHIMOTO, 1999, p. 104). Desta forma, ao realizar esta pesquisa, pode-se constatar que a ludicidade é uma importante estratégia para a melhoria no processo de aquisição de conhecimento. Através dessa prática pedagógica o educador consegue uma análise dos diferentes níveis de desenvolvimento que o aluno apresenta, além de contribuir com a promoção da aprendizagem. Tanto no estágio realizado na Educação Infantil, quanto no Ensino Fundamental, foi possível observar em como atividades lúdicas e dinâmicas atraem a atenção dos alunos. Eles prestam muita atenção e aprendem consideravelmente quando a informação lhes é transmitida de forma lúdica, seja por meio de histórias, músicas, jogos ou brincadeiras. O professor, ao propor o ensino com o uso do lúdico como instrumento metodológico, deve iniciar sua prática a partir do que o aluno já traz de conhecimento prévio. O mesmo deve direcionar a atividade e estabelecer propósitos que se pretendem alcançar, realizando brincadeiras com caráter educativo, que proporcionem o crescimento intelectual. Durante os estágios, optamos por dar continuidade ao planejamento que já estava em andamento pelos professores, tanto na Educação Infantil como no Ensino Fundamental, buscando através do lúdico, encontrar na criança o interesse em aprender, oferendo a elas o conhecimento com qualidade, de forma divertida e atraente. Os planos de aula foram elaborados com o intuito de promover a construção do conhecimento, enriquecendo o intelecto utilizando a ludicidade. 6 CONCLUSÃO Com base nas Metodologias de Ensino, este trabalho foi fundamentado através de pesquisas bibliográficas, de campo e entrevistas. No decorrer desta pesquisa, podemos concluir em como a ludicidade está presente no contexto escolar, sendo este, para os dias de hoje, um método muito eficiente e assertivo. É através do lúdico que a criança vence barreiras, encontra dentro de si as suas qualidades e vence seus medos. Quando um professor utiliza uma atividade lúdica, ele, com certeza, terá o objetivo de investigar na criança as suas expectativas, suas angustias, suas alegrias, ou seja, seus mais variados sentimentos. Isto tudo ocorre ainda na Educação Infantil, aonde a criança está tendo o seu primeiro contato com o mundo. É neste processo que a criança se encontra como um ser social fora do circulo familiar, preparando-a para uma próxima etapa tão importante quanto, que é o 1º Ano do Ensino Fundamental, aonde ela terá novas perspectivas, novos desafios para vencer, sendo o principal deles, o processo da alfabetização e do letramento. Através da pesquisa realizada com a Professora Noeli, do 1º Ano do Ensino Fundamental, conseguimos compreender de quais formas a ludicidade pode ser aplicada como auxílio para contribuir com o processo da aprendizagem na alfabetização e no letramento. Através de métodos lúdicos, a Professora atingiu seu objetivo de alfabetizar 100% de uma turma a qual encontrava-se sem um professor pelo tempo de um bimestre completo. Levando em consideração de que o método fônico foi o mais eficaz para a realização deste processo, tivemos a oportunidade de conhecer os planos em que a mesma traçou para conseguir tal feito. Diante das pesquisas realizadas, conseguimos perceber sobre a importância da intervenção da Gestão Escolar no processo de ensino da criança. Um dos papeis fundamentais da Gestão Escolar, é de interferir e solucionar os possíveis conflitos que possam surgir no decorrer do processo de ensino/aprendizagem de uma criança. Sabemos que um dos grandes vilões que influenciam na falta de aprendizado de uma criança é a questão sócio econômica e cultural Durantea seleção dos conteúdos, para a concretização do trabalho acadêmico, pode-se perceber que apesar do surgimento de novos métodos e concepções de alfabetização que priorizam a garantia dos direitos de aprendizagem dos educandos, ainda existem profissionais da educação aplicando métodos tradicionais, recusando-se a mudar sua prática pedagógica. Com base no conhecimento adquirido durante a coleta de dados, pode-se chegar à conclusão, que só haverá a aquisição do conhecimento, durante o processo de alfabetização se os educadores buscarem métodos que favoreçam a todos os educandos. REFERÊNCIAS AFONSO, Maria Lúcia M.; ABADE, Flávia Lemos. Jogos para pensar: Educação em Direitos Humanos e formação para a cidadania. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 1998. BALDI, Elizabeth. 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