Prévia do material em texto
Ao longo da Unidade 1, Vimos que a arte no Egito Antigo estava fortemente ligada à religião e servia como forma de comunicação do pensamento e da cultura nos diferentes períodos do império, além de contribuir para a preservação das crenças e desígnios. A arte, nesse período, estava disposta em papiros, paredes de templos, palácios e túmulos, bem como obras arquitetônicas e objetos fabricados de diferentes materiais. A produção artística era financiada pela teocracia e pela nobreza, as classes dominantes no Egito Antigo. As cores utilizadas transmitiam simbolismos e estavam associadas a figuras específicas. Pela dimensão das composições em templos e túmulos, as representações artísticas somente podiam ser realizadas por equipes de artesãos, que formavam verdadeiras linhas de produção. Referência ANDE, Edna. LEMOS, Sueli. Egito. Arte na idade antiga. São Paulo: Callis, 2011. Disponível em Biblioteca Virtual Universitária. Com base no texto, aponte outro período da história no qual a produção artística esteve diretamente ligada à religião. Indique os traços religiosos do período e ao menos uma obra de grande destaque. Mencione ainda as contribuições desse período para o desenvolvimento da arte. IMPÉRIO BIZANTINO - O Império Bizantino nasceu da divisão do Império Romano, no ano de 395, em Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. A cidade de Constantinopla, antes denominada Bizâncio, havia sido rebatizada pelo Imperador Constantino no ano de 330. (Atualmente, a cidade recebe o nome de Istambul). Por esta razão, o Império Romano do Oriente passou para a história como “Império Bizantino”. Sua extensão territorial compreendia a Península Balcânica, a Ásia Menor, a Síria, a Palestina, o norte da Mesopotâmia e o nordeste da Ásia. Em decorrência do período histórico, quando o imperador Constantino outorgou o Édito de Milão, que proibia a perseguição aos cristãos. A Arte Bizantina surge no momento em que o Cristianismo passa a ser reconhecido como religião. O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais, ele era o representante de Deus, tal como era propagado na época. Assim, muitas vezes se encontra mosaicos que retratavam o imperador e sua esposa entre Jesus e Maria. Constantinopla foi considerada o maior centro cultural do mundo cristão durante a Idade Média, principalmente pela preservação de uma grande quantidade de obras de artistas e pensadores da Antiguidade, em especial dos gregos e dos romanos. Inclusive a influência grega sobre o Império Bizantino foi enorme, ao ponto de substituírem o uso do latim pelo grego nas cerimônias religiosas e nos documentos oficiais. Foram os bizantinos que difundiram o cristianismo no oriente europeu, a ponto de dois monges bizantinos, Cirilo e Metódio, terem criado um alfabeto, baseado no alfabeto grego, para converter os povos eslavos. O alfabeto cirílico, como foi batizado, é hoje utilizado em diversos países, como na Rússia e na Ucrânia. A arte bizantina se destacou na pintura, na escultura, mas foi o mosaico e a arquitetura que se destacaram de forma mais expressiva. Ao contrário do que parece ela não tinha apenas finalidade decorativa, mas também possuiu um objetivo didático e educativo ao orientar os fiéis, especialmente os analfabetos, no entendimento das passagens bíblicas por meio de reproduções da vida de Cristo. Na pintura Bizantina ganham destaque os afrescos nas paredes das igrejas, as pinturas em painéis portáteis e as miniaturas usadas nas ilustrações dos livros. Como exemplo pode-se citar a Madona Entronizada, têmpera sobre painel, pintura datada do final do século XIII. Na escultura, o culto à imagem do imperador e a presença do princípio da frontalidade aparecem como características principais das obras. Elas eram divididas em dois modelos: as estátuas grandes, geralmente feitas de pedra ou mármore, e os marfins, obra em baixo-relevo. Como exemplo pode-se citar o Díptico Barberini ou Marfim Barberini. Os mosaicos eram confeccionados com pequenos pedaços de pedras e vidros sobre cimento fresco. Os mosaicos ilustravam além das passagens bíblicas, retratos do imperador. Justiniano e seu Séquito (547 d.C.) é um bom exemplo da aplicação dessa técnica. Na arquitetura a característica básica das construções bizantinas são as cúpulas sustentadas por colunas ou arcos, criando espaços de grandes dimensões. A Igreja de Santa Sofia é a mais grandiosa desse período, foi construída em 532-537 d.C. O Império Bizantino foi, sem dúvidas, uma das organizações políticas e sociais mais importantes do mundo antigo, tendo dominado regiões muito valiosas na Europa, África e Eurásia durante séculos. Sua ascensão e sua queda marcaram a História da humanidade e, até hoje, refletem na forma como as sociedades se organizam onde antes prosperou um dos impérios mais grandiosos do mundo. Um exemplo a citar são nos países eslavos. Referências IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Arte Bizantina. História das Artes, 2021. Disponível em: <https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-medieval/arte-bizantina/> Episódio 15 - O IMPÉRIO BIZANTINO - De Constantinopla, o Império Bizantino continuou as tradições de Grécia e Roma. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=77RUH7vJ9d0>