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Bizu Direito Processual Penal

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Aula 03
Bizu Estratégico p/ TJ-RJ (Técnico em
Atividade Judiciária) - Pós-Edital
Autor:
Aula 03
3 de Junho de 2020
01382611480 - Joas Morais
1 
 
BIZU ESTRATÉGICO – DIREITO PROCESSUAL PENAL – TJRJ 
Olá, pessoal. Tudo bem? 
Neste material, trazemos uma seleção de bizus da disciplina de Direito Processual Penal para o 
concurso para Técnico Judiciário, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 
Certamente, não esgotaremos o edital. Nosso objetivo aqui é trazer um material conciso, com os 
principais pontos já exigidos pela CEBRASPE em provas para servidores de Tribunais, para uma revisão 
eficaz próximo à prova. 
Coach Ana Caroline Lima 
@anacaroline.flima 
Coach Leonardo Mathias 
@profleomathias 
Direito Processual Penal (Técnico - TJ/RJ) 
Assunto Bizus Caderno de Questões 
Introdução ao estudo do Processo Penal: 
Princípios do Direito Processual Penal. 
Aplicação da Lei processual penal. Disposições 
constitucionais. Fontes do Direito Processual 
Penal. Sistemas processuais penais. 
1 e 2 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNhT 
Inquérito Policial 3 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNMJ 
Ação penal 4 e 5 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNho 
Sujeitos processuais 6 a 9 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNRa 
 Citações e intimações. Sentença e coisa 
julgada. 
10 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNiG 
Prisão e liberdade provisória 11 a 16 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNTG 
Processo: Processo comum. Procedimento 
pelos rito ordinário e sumário. Tribunal do Júri, 
Servidores Públicos. 
17 a 19 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNis 
Rito sumaríssimo: Juizados especiais criminais 20 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNj4 
Aula 03
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2 
 
O habeas corpus e seu processo 21 e 22 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1BNU6 
Observação: Para aumentar nosso banco de dados e, consequentemente, melhorar sua preparação, selecionamos 
questões da CEBRASPE de outros Tribunais de Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 03
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3 
 
ANÁLISE ESTATÍSTICA 
Abaixo, conforme as últimas provas da CEBRASPE, vejamos a frequência com que a banca vem exigindo 
os temas previstos: 
Direito Processual Penal - Técnico ( 207 questões ) 
Assunto Quant. Questões % incidência 
Introdução ao estudo do Processo Penal: Princípios 
do Direito Processual Penal. Aplicação da Lei 
processual penal. Disposições constitucionais. 
Fontes do Direito Processual Penal. Sistemas 
processuais penais. 
24 11,59 
Inquérito Policial 19 9,17 
Ação penal. 40 19,32 
Sujeitos processuais 10 4,83 
Citações e intimações. Sentença e coisa julgada. 24 11,59 
Prisão e liberdade provisória 27 13,04 
Processo: Processo comum. Procedimento pelos 
ritos ordinário e sumário. 
14 6,76 
Procedimento dos crimes da competência do 
Tribunal do Júri 
7 3,38 
Processos especiais previstos no CPP (Servidores 
Públicos). 
2 0,96 
Rito sumaríssimo: Juizados especiais criminais 25 12,07 
O habeas corpus e seu processo 15 7,24 
Obs.: Optamos por analisar estatisticamente as questões de Direito Processual Penal da CEBRASPE para cargos 
de servidores de Tribunais de Justiça. 
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Introdução ao estudo do Direito Penal 
1. Aplicação da Lei Processual Penal 
➢ No espaço: O CPP adotou, como regra, o princípio da territorialidade, e só é aplicável aos atos 
processuais praticados no território nacional. 
 
➢ No tempo: A lei nova não pode retroagir para alcançar atos processuais já praticados, mas se aplica 
aos atos futuros dos processos em curso. 
 
➢ CUIDADO! No que se refere às normas relativas à execução, a Doutrina diverge quanto à sua natureza. 
O STF e o STJ entendem que se trata de norma de direito material. 
 
2. Princípios Processuais penais 
Princípios 
Inércia O Juiz não pode dar início ao processo penal, pois isto implicaria em 
violação da sua imparcialidade. Trata-se de uma das materializações da adoção 
do sistema acusatório, ou seja, a 
clara separação entre as funções de acusar e julgar. 
Devido Processo Legal Base principal do Direito Processual brasileiro. Trata-se da obediência ao rito 
previsto na Lei Processual (seja o rito ordinário ou outro), bem como às demais 
regras estabelecidas para o processo 
Presunção de não 
culpabilidade ou 
Presunção de inocência 
Maior pilar de um Estado Democrático de Direito. Nenhuma pessoa pode ser 
considerada culpada (e sofrer as consequências 
disto) antes do trânsito em julgado se sentença penal condenatória. 
Obrigatoriedade da 
fundamentação das 
decisões judiciais 
Quando o Juiz indefere uma prova requerida, ou prolata a sentença, deve 
fundamentar seu ato, o que é determinado pela própria Constituição. 
Publicidade Os atos processuais e as decisões judiciais serão públicos. Essa publicidade 
NÃO É ABSOLUTA, podendo sofrer restrição, quando a 
intimidade das partes ou interesse público exigir (publicidade restrita) 
Isonomia Processual As pessoas são iguais perante a lei, sendo vedadas práticas discriminatórias. 
Também chamado de “par conditio” ou “paridade de armas”. 
Duplo grau de 
jurisdição 
As decisões judiciais devem estar sujeitas à revisão por outro 
órgão do Judiciário. Tem previsão expressa no Pacto de San José da Costa Rica 
(Convenção Americana de Direitos Humanos), ratificado pelo Brasil. 
Juiz Natural Toda pessoa tem direito de ser julgada por um 
órgão do Poder Judiciário brasileiro. Portanto, é vedada a formação de 
Tribunal ou Juízo de exceção. 
Vedação às provas 
ilícitas 
A Doutrina dominante admite a utilização de provas ilícitas quando esta for a 
única forma de se obter a absolvição do réu. Veda-se, também, a utilização de 
provas ilícitas por derivação (teoria dos frutos 
da árvore envenenada) 
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Vedação à 
autoincriminação 
O ônus da prova incumbe à acusação, não ao réu. Conhecido como nemo 
tenetur se detegere 
Non bis in idem Uma pessoa não pode ser punida, nem processada duplamente pelo mesmo 
fato. 
. VEDAÇÃO À DUPLA CONDENAÇÃO PELO MESMO FATO; 
. VEDAÇÃO AO DUPLO PROCESSO PELO MESMO FATO; 
. VEDAÇÃO À DUPLA CONSIDERAÇÃO DO MESMO 
FATO/CONDIÇÃO/CIRCUNSTÂNCIA NA DOSIMETRIA DA PENA 
➢ Quando a decisão a ser tomada pelo Juiz não possa esperar a manifestação do acusado ou a ciência 
do acusado pode implicar a frustração da decisão. 
 
➢ A existência de prisões provisórias (prisões decretadas no curso do processo) não 
ofende a presunção de inocência. 
 
➢ Entendimentos do STF e STJ: 
 
• Processos criminais em curso e inquéritos policiais em face do acusado não podem ser considerados 
maus antecedentes, pois em nenhum deles, o acusado foi condenado de maneira irrecorrível, logo, 
não pode ser considerado culpado nem sofrer qualquer consequência em relação a eles (súmula 444 
do STJ). 
 
• Não há necessidade de condenação penal transitada em julgado, para que o preso sofra a regressão 
do regime de cumprimento de pena mais brando para o mais severo → basta que o preso tenha 
cometido novo crime doloso ou falta grave. 
 
• Descoberta a prática de crime pelo acusado beneficiado com a suspensão do processo, este benefício 
deve ser revogado, por ter sido descumprida uma das condições, não havendo necessidade de 
trânsito em julgado da sentença condenatória do crime novo. 
 
➢ Uma pessoa não pode ser duplamente processada pelo mesmo fato quando já houve 
decisão capaz de produzir coisa julgada material, ou seja, a imutabilidade da decisão. Quando a 
decisãonão faz coisa julgada material, é possível novo processo. 
 
 
 
 
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Inquérito Policial 
3. Peculiaridades 
➢ Características: 
 
• Tem natureza de procedimento administrativo, e não de processo judicial. 
• Não é fase do processo. 
• É pré-processual. Eventual irregularidade ocorrida durante a investigação não gera nulidade do 
processo. 
• Não há acusação, logo, não há nem autor, nem acusado. 
• Não há direito ao contraditório nem à ampla defesa. 
• Uma vez instaurado o IP, não pode a autoridade policial arquivá-lo. 
• É dispensável. 
• A autoridade policial pode conduzir a investigação da maneira que entender mais frutífera. 
 
➢ Diante da notitia criminis relativa a um crime cuja ação penal 
é pública incondicionada, a instauração do IP passa a ser admitida, ex officio, nos termos do já 
citado art. 5°, I do CPP. 
 
➢ A solução encontrada pela Doutrina e pela Jurisprudência para conciliar o interesse público na 
investigação com a proibição de manifestações apócrifas (anônimas) foi determinar que o Delegado, 
quando tomar ciência de fato definido como crime, através de denúncia anônima, não deverá 
instaurar o IP de imediato, mas determinar que seja verificada a procedência da denúncia e, caso 
realmente se tenha notícia do crime, instaurar o inquérito. 
 
➢ O inquérito poderá ser instaurado, ainda, mediante requisição do MP. Essa requisição deve ser 
obrigatoriamente cumprida pelo Delegado. 
 
➢ O STF suspendeu a eficácia do art. 3º-A do CPP (e outros), motivo pelo qual o dispositivo ainda não 
está vigorando. 
 
➢ Auto de Prisão em Flagrante: Embora essa hipótese não conste no rol do art. 5° do CPP, trata-se de 
hipótese clássica de fato que enseja a instauração de IP. Parte da Doutrina, no entanto, a equipara à 
notitia criminis e, portanto, estaríamos diante de uma instauração ex officio. 
 
➢ Delatio criminis postulatória: ato mediante o qual o ofendido autoriza formalmente o Estado (através 
do MP) a prosseguir na persecução penal e a proceder à responsabilização do autor do fato, se for o 
caso. 
 
• Caso a vítima não exerça seu direito de representação no prazo de seis meses, a contar da 
data em que tomou conhecimento da autoria do fato, estará extinta a punibilidade. 
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• Caso se trate de vítima menor de 18 anos, quem deve representar é o seu representante 
legal. Caso não o faça, entretanto, o prazo decadencial só começa a correr quando a vítima 
completa 18 anos. 
 
➢ Diferentemente da representação, a requisição do Ministro da Justiça não está sujeita a 
prazo decadencial, podendo ser exercitada enquanto o crime ainda não estiver prescrito. 
 
 
➢ Se o inquérito policial visa a investigar pessoa que possui foro por prerrogativa de 
função (“foro privilegiado”), a autoridade policial dependerá de autorização do Tribunal para 
instaurar o IP. 
 
➢ Percebam que o art. 7° prevê a famosa “reconstituição”, tecnicamente chamada de 
reprodução simulada. ESTA REPRODUÇÃO É VEDADA QUANDO FOR CONTRÁRIA À 
MORALIDADE OU À ORDEM PÚBLICA. 
 
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➢ Súmula vinculante n° 14: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao 
exercício do direito de defesa”. 
 
➢ O indiciamento não desconstitui o caráter sigiloso do Inquérito Policial. O ato de indiciamento é 
PRIVATIVO da autoridade policial. 
 
➢ Caso o indiciado esteja preso, o novo art. 3º-B, §2º do CPP (com eficácia suspensa pelo STF – ADI 
6298) estabelece que o prazo pode ser prorrogado pelo Juiz uma vez, por até 15 dias. 
 
➢ “(...) O sistema processual penal brasileiro não prevê a figura do arquivamento implícito de inquérito 
policial.” (HC - 104356, informativo 605 do STF). 
 
➢ O Juiz pode usar as provas obtidas no Inquérito para fundamentar sua decisão. O que o 
Juiz NÃO PODE é fundamentar sua decisão somente com elementos obtidos durante o inquérito. 
 
➢ MP pode investigar (por meio de procedimentos próprios de investigação); 
 
➢ MP não pode instaurar e presidir inquérito policial; 
 
 
Ação Penal 
4. Peculiaridades 
➢ No processo penal, o interesse de agir está mais ligado a questões como a utilização da via 
adequada. Assim, não pode o membro do MP oferecer queixa em face de alguém que praticou 
homicídio, pois se trata de crime de ação penal pública. Nesse caso, o MP é parte legítima, pois 
é o titular da ação penal. No entanto, a via escolhida está errada (deveria ter sido ajuizada ação 
penal pública, denúncia). 
 
➢ O sujeito ativo do crime (infrator) será, no processo penal, o sujeito passivo na relação 
processual. 
 
➢ Se a ausência de condição da ação obsta à apreciação do mérito não há ilegitimidade. 
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➢ Ação penal pública incondicionada: 
 
• É a regra no ordenamento processual penal brasileiro. 
• Não se admite mais a chamada “ação penal ex officio”. 
• Trata-se de condição imprescindível, nos termos do art. 24 do CPP. 
A representação admite retratação, mas somente até o oferecimento da denúncia. 
Admite-se, ainda, a retratação da retratação. Ou seja, a vítima oferece a representação e 
se retrata. Posteriormente, a vítima resolve oferecer novamente a 
representação. 
• Caso ajuizada a ação penal sem a representação, esta nulidade processual pode ser sanada 
posteriormente, caso a vítima a apresente em Juízo (desde que realizada dentro do prazo 
de seis meses que a vítima possui para representar, nos termos do art. 38 do CP). 
Não se exige forma específica para a representação, bastando que descreva claramente a 
intenção de ver o infrator ser processado. Pode ser escrita ou oral (neste último caso, 
deverá ser reduzida a termo, ou seja, ser “passada para o papel”). A jurisprudência admite 
que o simples registro de ocorrência em sede policial, desde que conste informação de 
que a vítima pretende ver o infrator punido, PODE ser considerado como representação. 
• A representação não pode ser dividida quanto aos autores do fato. Ou se representa em 
face de todos eles, ou não há representação, pois esta não se refere propriamente aos agentes 
que praticaram o delito, mas ao fato. Quando a vítima representa, está 
manifestando seu desejo em ver o fato ser objeto de ação penal para que sejam punidos 
os responsáveis. Entretanto, embora não possa haver fracionamento da representação, isso 
não impede que o MP denuncie apenas um ou alguns dos infratores, pois um dos princípios 
da ação penal pública é a divisibilidade. 
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• A legitimidade para oferecer a representação é do ofendido, se maior de 18 anos e capaz 
(art. 34 do CP). 
• Se o ofendido for menor ou incapaz, terá legitimidade o seu representante legal. Porém, se 
o ofendido não possuir representante legal ou os seus interesses colidirem com o do 
representante, o Juiz deve nomear curador, por força do art. 33 do CPP (por analogia). Este 
curador não está obrigado a oferecer a representação, devendo apenas analisar se é salutar 
ounão para o ofendido (maioria da Doutrina entende isso, mas é controvertido). 
• Se ofendido falecer, aplica-se a ordem de legitimação prevista no art. 24, § 1° do CPP21. É 
importante observar que essa ordem deve ser observada. A Doutrina equipara o 
companheiro ao cônjuge (não é unânime). 
• O prazo para representação é de SEIS MESES, contados da data em que a vítima veio a 
saber quem é o autor do delito (art. 38 do CPP). Se o ofendido for menor de idade, o prazo, 
para ele, só começa a fluir quando completar 18 anos. 
• Em caso de óbito da vítima, os sucessores recebem apenas o prazo que restava (ex.: se a 
vítima faleceu 02 meses após descobrir a autoria delitiva, os sucessores terão apenas 04 
meses para oferecer a representação); 
• A representação pode ser oferecida perante o MP, a autoridade policial ou mesmo perante 
o Juiz. 
 
➢ Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça: 
 
• Prevista apenas para determinados crimes, nos quais existe um juízo político acerca da 
conveniência em vê-los apurados ou não. São poucas as hipóteses, citando, como exemplo, 
o crime cometido contra a honra do Presidente da República (art. 141, I, c/c art. 145, § 
único, do CP). 
• Diferentemente do que ocorre com a representação, não há prazo decadencial para o 
oferecimento da requisição, podendo esta ocorrer enquanto não estiver extinta a 
punibilidade do crime. 
• A maioria da Doutrina entende que não cabe retratação dessa requisição24, ao contrário do 
que ocorre com a representação do ofendido, por não haver previsão legal e por se tratar 
a requisição, de um ato administrativo. 
• O MP não está vinculado à requisição, podendo deixar de ajuizar a ação penal. 
 
➢ A renúncia, o perdão do ofendido e a perempção só têm cabimento 
nos casos de ação penal privada exclusiva ou personalíssima, não sendo cabíveis 
na ação penal privada subsidiária da pública. 
 
➢ Ao final do prazo de seis meses, a vítima perde o direito de ajuizar a queixa-crime 
subsidiária, ocorrendo a decadência do direito. Todavia, o MP continua podendo ajuizar a ação 
penal pública. 
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5. Acordo de não persecução penal 
➢ A lei 13.964/19 (chamado “pacote anticrime”) incluiu o art. 28-A e seus §§ ao CPP, criando 
a figura do “acordo de não persecução penal”, uma espécie de transação entre MP e suposto 
infrator, a fim de evitar o ajuizamento da denúncia. 
 
• Os pressupostos para a proposição, pelo MP, do acordo de não-persecução penal, são: 
Tratar-se de infração penal (crimes ou contravenções penais, portanto), sem violência 
ou grave ameaça à pessoa, e com pena MÍNIMA inferior a quatro anos (se for igual a 
04 anos, não será cabível); 
• O acordo deve se mostrar necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do 
crime; 
 
➢ A celebração do acordo não constará de certidão de antecedentes criminais, exceto 
para impedir nova concessão do benefício pelos próximos 05 anos; 
 
➢ Caso o MP não ofereça proposta de acordo, o investigado poderá requerer a remessa 
dos autos ao órgão superior do MP, para que seja revisada a decisão. 
Sujeitos do Processo 
6. Juiz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Ministério Público 
➢ O fato de o membro do MP ter participado da fase investigatória não é causa de impedimento ou 
suspeição (verbete nº 234 da súmula de jurisprudência do STJ). 
 
8. Do acusado 
➢ O STF, em 2018, quando do julgamento das ADPFs 395 e 4447, por 
maioria, decidiu que é INCONSTITUCIONAL a condução coercitiva do 
investigado/indiciado/acusado para fins de interrogatório. 
 
➢ Quando o art. 262 se refere ao acusado “menor” não está se referindo à menoridade 
penal, mas à menoridade CIVIL. 
 
 
9. Do defensor do acusado, do assistente de acusação, dos auxiliares de justiça 
➢ O STF editou o verbete nº 523 de sua súmula de jurisprudência, no seguinte sentido: NO PROCESSO 
PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O 
ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA O RÉU. 
 
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➢ O STF e o STJ entendem que o corréu, embora não possa se habilitar no 
processo como assistente de acusação, pode recorrer (apelar) para reformar a sentença que 
absolve o outro corréu. 
 
➢ A nomeação do perito é ato privativo do Juiz (óbvio, dada a sua imparcialidade), não 
cabendo às partes intervirem nesse ato. Além disso, o perito nomeado não poderá recusar o 
encargo, salvo se provar motivo relevante para isso, sob pena de multa. 
 
 
 
Atos Processuais 
10. Peculiaridades 
➢ A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o 
processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente. 
 
➢ A contagem dos prazos processuais penais se dá EXCLUINDO-SE O DIA DO COMEÇO E INCLUINDO-
SE O DIA DO VENCIMENTO. 
 
➢ Isto só ocorre com os chamados PRAZOS PROCESSUAIS. Os prazos que, embora 
presentes no CPP, sejam considerados prazos MATERIAIS (referentes ao próprio Direito Material 
em si, o que às vezes é difícil de diferenciar) são computados de maneira diversa, incluindo-se o 
dia do começo. 
 
 
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➢ O réu preso, entretanto, será citado PESSOALMENTE, por força do art. 360 do CPP. O 
comparecimento espontâneo do acusado sana eventual nulidade ou falta da 
citação, desde que não tenha havido prejuízo para a defesa, nos termos do art. 570 do CPP e do 
entendimento consolidado do STJ. 
 
➢ Vigora no processo penal o princípio da identidade física do Juiz, que significa, 
basicamente, que o Juiz que presidir a instrução deverá proferir a sentença. 
 
➢ Só é cabível o incidente de falsidade documental na fase do processo penal, não 
sendo possível durante o inquérito policial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prisões Cautelares 
11. Prisão em flagrante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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➢ FLAGRANTE DIFERIDO (OU RETARDADO): Nessa modalidade a autoridade policial retarda a realização 
da prisão em flagrante, a fim de, permanecendo “à surdina”, obter maiores informações e realizar a 
prisão em flagrante em momento posterior, com maior sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
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==17c59c==
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12. Prisão Preventiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13. Prisão temporária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da prisão. Das Medidas Cautelares. Da Liberdade Provisória 
14. Introdução 
 
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15. Prisão Domiciliar 
 
➢ O “recolhimento domiciliar noturno” do art. 319, V, não se confunde com a PRISÃO 
DOMICILIAR, prevista no art. 317 do CPP. 
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16. Da Liberdade Provisória e da Fiança 
➢ A perda da totalidade do valor da fiança ocorrerá caso o réu, condenado 
DEFINITIVAMENTE, não se apresentar para cumprimento da pena. 
 
➢ Tanto no caso de perda total quanto no caso de perda parcial do valor da fiança, o 
saldo (após recolhidas as custas processuais e demais encargos aos quais esteja obrigado o 
acusado) será recolhido ao FUNDO PENITENCIÁRIO. 
 
Do Processo Comum 
17. Peculiaridades 
➢ Anteriormente à reforma, as alegações finais eram apresentadas, em regra, NA 
FORMA ESCRITA. Atualmente a regra é a de que as alegações finais sejam feitas ORALMENTE, 
concedendo-se prazo de 20 MINUTOS PARA A ACUSAÇÃO E PARA A DEFESA, prorrogáveis por 
MAIS 10 MINUTOS. 
 
 
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Processo dos crimes da competência do Tribunal do Júri 
18. Peculiaridades 
➢ Aqui não há previsão de possibilidade de SUBSTITUIÇÃO DAS ALEGAÇÕES ORAIS 
por alegações ESCRITAS, como há previsão no procedimento pelo rito comum ordinário. 
 
➢ Não se adia o julgamento em razão da ausência do acusado solto, do assistente de 
acusação ou do advogado do querelante (na ação penal privada subsidiária da pública), que tiver 
sido regularmente intimado. 
 
➢ Se for levantada a tese da DESCLASSIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO para uma infração de 
competência do Juiz singular, deve o Juiz-Presidente formular um quesito autônomo, após 
o reconhecimento da materialidade e autoria do delito. 
 
 
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➢ Se for sustentada a tese de crime tentado ou houver divergência acerca da tipificação do 
delito, deverá haver quesito autônomo acerca destes fatos, após o quesito relativo à 
autoria. 
 
 
Processo e Julgamento dos Crimes de Responsabilidade dos Servidores Públicos 
19. Procedimentos para crimes afiançáveis 
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Juizados Especiais Criminais 
20. Peculiaridades 
 
➢ Em se tratando de violência doméstica e familiar contra a mulher, o STF e o STJ 
entendem que também não se aplica o rito dos Juizados Especiais Criminais. 
 
➢ NÃO É POSSÍVEL CITAÇÃO POR EDITAL NOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. 
 
➢ O termo circunstanciado será utilizado, posteriormente, como subsídio para a ação penal, 
dispensando-se o inquérito policial. 
 
➢ A Lei não prevê possibilidade de TRANSAÇÃO PENAL nos crimes de ação penal 
privada. Entretanto, a Jurisprudência vem admitindo esta possibilidade, cabendo ao próprio 
ofendido o seu oferecimento. 
 
➢ A jurisprudência entende que uma vez oferecida a proposta e aceita pelo acusado e 
seu defensor, o Juiz não tem margem para atuação, ele DEVE suspender o processo. 
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Habeas Corpus 
21. Sujeitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
22. Cabimento e processamento 
➢ A Doutrina e a Jurisprudência NÃO admitem mais a utilização do HC como substituto 
recursal, ou seja, sua utilização ao invés da utilização do recurso cabível. 
 
➢ A Jurisprudência não tem admitido a impetração de HC contra ato de indeferimento de 
liminar em HC, salvo em casos de flagrante ilegalidade ou teratologia da decisão que 
indefere a liminar. 
 
➢ O Assistente de acusação não pode intervir no HC. 
 
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➢ O HC não comporta dilação probatória, ou seja, o impetrante deve provar, DE PLANO, a 
ilegalidade da coação. 
 
➢ É incabível o HC para impugnar decisão que defere a intervenção do assistente de acusação 
na ação penal. 
 
➢ A prisão administrativa (aquela que não foi determinada pelo Judiciário), à exceção do 
flagrante delito, foi abolida do nosso ordenamento jurídico. Caso seja praticada, poderá ser 
impetrado HC em face dessa ilegalidade. 
 
➢ É possível a impetração de HC para evitar que o paciente seja algemado, ou para que cesse 
o ato, quando esta medida seja ilegal (não esteja dentre as exceções previstas na súmula 
vinculante n° 11 do STF). 
 
➢ É incabível a utilização do HC para atacar ato de punição disciplinar militar (prisão do militar), 
salvo se a prisão foi determinada de maneira ilegal (por autoridade incompetente, etc.), mas 
não o mérito da medida. 
 
➢ O STJ entende ser cabível a impetração de HC para discutir aplicação de prisão domiciliar. 
 
➢ Não é cabível o manejo de HC para discutir a aplicação de pena acessória de perda de 
cargo público (pois não há violação ou ameaça à liberdade de locomoção). 
 
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