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SEMINARIO DE PEDAGOGIA - REVISADO.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI
A ESCOLA E A FAMÍLIA SÃO A BASE PARA O DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS
 
 Veronica Costa Conceição
 Suzana Mendes Vieira
 Polianna da Silva Bispo Nascimento
 Mércia Barbosa Santos
 Thainá da Silva Macedo
 
Tutor Externo
Adlandia Dias
1. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa ancora-se nas orientações do Projeto de Práticas Indisciplinar, que tem como o tema: A escola e a família são a base para o desenvolvimento do aluno. A pesquisa tem como ponto de partida mostrar a importância entre escola e família e mostrar como essa parceria é importante no desenvolvimento da criança.
Para compreendermos melhor o papel da família em relação à criança, principalmente nos primeiros anos de vida e do contato dela com a escola.
A família é a primeira instituição na qual a criança se reconhece, e nela, compreendem de seus pais ou parentes mais próximos (como tios, irmãos, primos e etc.) orientações educacionais.
Na busca da compreensão sobre a escola, encontramos em Risolene Reis (2007, p.6) que diz: 
“A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamis cessará”. 
A autora afirma que o diálogo entre a escola e a família, tem fundamental importância dentro do processo de afirmação da criança na escola da educação infantil, pois é nesta fase que se dá o primeiro contato da criança com a instituição escolar.
O interesse de estudar a família e a escola é entender as relações entre a família e escola, para que a criança se favoreça com esses diálogos, para afirmarem essas crianças na educação infantil. 
Segundo (FREIRE, 2005 P.45) “diálogo é este dos homens, mediatizados pelo mundo, para ´pronunciá-los, não se esgotando, por tanto, na relação eu-tu”
Pensando os diálogos, como canal que irá conduzir essa família e essa escola, a refletir e agir sob a aquisição educacional dessa de criança de educação infantil
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 
A família sendo o primeiro contato social da criança exerce grande importância em sua educação, pois é nesse ambiente familiar que a criança aprenderá valores sociais, éticos e culturais, além disso terá todo apoio e preparo necessário para um desenvolvimento saudável.
É desafiante para a escola propiciar uma relação entre escola e família satisfatória, levando em consideração que essa relação no nosso sistema escolar está longe de ser aquilo que se espera, ou seja, seria um equívoco afirmar que a relação família e escola tem sido satisfatória e positiva. A escola tem buscado soluções para desenvolver uma relação efetiva e permanente com a família.
Ao iniciar a vida escolar a criança se encontra inserida em um ambiente incomum e diferente, com pessoas espaços e rotinas que pouco ou em nada se assemelha com o espaço familiar, e por isso é essencial que os pais sejam presente para que essa experiência não se torne angustiante Shinyashiki fala que não devemos exigir que sempre sejam os melhores, mas sim ajudarmos nessa caminhada:
Atualmente não existe um único modelo de estrutura familiar, mas vários modelos, além de ainda existir o modelo antigo de família, onde o pai era provedor de sustento do lar e a mãe cuidadora do lar e dos filhos existem também modelos como; pai e mãe separados com guarda partilhada; mães que sozinhas sustentam o lar, pais ausentes, famílias homo afetivas, pais que fazem o papel da mãe, famílias constituídas por pais jovens e até pré-adolescentes etc.
Segundo Paulo Freire, Filhos não devem imitar cegamente os pais, mas os mesmos devem testemunhar ações coerentes entre o que se prega e o que se faz, ficando clara a busca com humildade e com trabalho, da educação em uma perspectiva ética e democrática, não assumindo atitudes puritanas
“Moral, sim, moralismo, não” (FREIRE, 2000, p, 38).
Os filhos não precisam seguir os exemplos dos pais de ponta a ponta, mas, ter uma referência para observar e seguir, com suas próprias opiniões e atitudes. Infelizmente muitos pais não impõem regras aos filhos, não ensinam as responsabilidades, a ética e a moral. Tudo isso se reflete no comportamento e desenvolvimento escolar, pois a maioria dos pais sequer aparecem na escola uma única vez em todo ano letivo, deixando de lado a parceria fundamental entre escola e família. Assim sendo temos uma legião de crianças e adolescentes que não obedecem aos pais e aos professores. O reflexo disso podemos observar no resultado negativo dos rendimentos escolares.
Os educadores sentem-se sobrecarregados com tantas tarefas, sendo que além dos
conhecimentos escolares, precisam também ensinar a educação que já deveria ter sido ensinada em casa. Muitos pais se tornaram omissos e permissivos.
Paulo Freire, em seu livro Pedagogia da Indignação (2000, p. 29), destaca essa realidade:
A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania e a liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade. 
A família é a base para a para a formação completa do indivíduo. Já está mais que provado que quando a família se faz presente na vida escolar de seus filhos, estes possuem maiores chances de obter sucesso escolar.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
	O Estatuto da criança e do Adolescente reafirma, em seus termos, que a família é a primeira instituição social responsável pela efetivação dos direitos básicos das crianças. Cabe, portanto, as instituições estabelecerem um diálogo aberto com as famílias, considerando –as como parcerias interlocutoras no processo educativo infantil. (BRASIL, 1998, P. 76).
Para conferir o direito à criança de ter uma educação de qualidade e amparada legalmente, as políticas públicas surgem como órgão regulamentador desses direitos, que devem ser cumpridos para garantir educação de qualidade. Para assegurar política, de forma segura e amparada pelos diálogos, o ECA (2002), em seu o art. 19, confere o seguinte direito a criança:
 
Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambientes livre de presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
Percebe-se que dialogando com RCNEI (1998) e o ECA, o papel da família é cuidar, zelar, desde nascimento da criança até o período escolar, quando será inserida não importando estrutura familiar a qual pertença. No século XXI, com tantas transformações, o modelo de família nuclear (pai e mãe), vem se modificando, dando lugar, segundo o RCNEI (1998), a outros tipos de estrutura, tais como: as relações homo afetivos (entre pessoas do mesmo sexo) e monoparental (pai, mãe, avó ou avô). Ou seja, mesmo com os novos arranjos familiares, a Constituição Brasileira (1988) descreve seu papel com o foco de assegurar a criança de seus direitos legais, favorecidos pelo Art. 227:
 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com uma absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
Essas primeiraspremissas de acolhimento às quais o estado se refere, conferem à família a arte de educar, de nortear princípios que legitimam a criança a organizar aprendizados domésticos e protegê-la de qualquer violência, seja doméstica, sexual ou até mesmo cultural fazendo-a excluir-se do direito de estudar. Para o RCNEI (1998), educar, compreende cuidados especiais com a criança cuidados com o corpo, o incentivo de promoção de brincadeiras que possam aguçar a cognição da criança, para contribuir com o seu crescimento intelectual.
Ser criança tem suas especificidades, não podemos definir a criança de forma generalizada, em relação à forma com que foi educada, diferenciando uma criança da outra. De acordo com o RCNEI (1998), a criança é:
  ‘[...] é um sujeito social e histórico, e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura em um determinado lugar.” (BRASIL, 1998, P.20)
“[...] é um sujeito social e histórico, e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura em um determinado lugar.” (BRASIL, 1998, p.20).
4. REFERÊNCIAS
	BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Organização de Alexandre de Moraes. 16.ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
 
BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996 
HTTPS://sites.google.com/site/webquestpedagogiaiesb/fundamentação -teorica.
 Mundo Jovem. São Paulo. Fev. 2007. Referencial curricular nacional para a educação infantil
 Pedagogia do Oprimido. 17º edição, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação. Cartas Pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Ed.UNESP,2000.

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