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Analise da patologia em pavimentos urbanos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA 
CENTRO DAS CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - CCET 
CAMPUS REITOR EDGARD SANTOS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
LORENA AGUIAR 
RAFAELLA FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS 
 NA CIDADE DE BARREIRAS-BA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARREIRAS - BA 
2022 
2 
 
 
 
LORENA AGUIAR 
RAFAELLA FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS 
 NA CIDADE DE BARREIRAS-BA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho desenvolvido como requisito 
parcial para obtenção de nota na disciplina 
de Pavimentação, do curso de Engenharia 
Civil, da Universidade Federal do Oeste da 
Bahia - Campus Reitor Edgard Santos. 
 
Professora: Oisy Hernandez Menendez 
 
 
 
 
 
 
 
BARREIRAS - BA 
2022 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
Para que se tenham uma boa trafegabilidade nas estradas e rodovias, faz-se necessário 
pavimentos de boa qualidade, perante a isso, é importante que bases, sub-bases, revestimentos 
e outras camadas, apresentem boa resistência e que sejam executadas com mão de obra 
qualificada e de forma correta, não propiciando o surgimento de patologias, conservando a vida 
útil do pavimento e proporcionado conforto e segurança à quem trafega. Em caso de 
manifestações patológicas, é necessário tomar providências para realizar a restauração do 
mesmo e em qualquer pavimento, independente de apresentar manifestações patológicas ou 
não, realizar manutenções. 
Os defeitos na superfície do pavimento podem aparecer em qualquer estágio de sua vida 
útil, seja a curto (proveniente de inadequações ou erros), médio ou longo prazo, classificando-
se as principais manifestações patológicas em: fendas, afundamentos, corrugações, ondulações, 
exsudação, desgaste, buraco, remendo, entre outros, segundo Bernucci et al., (2010). 
Através de análises do estado de conservação do pavimento asfáltico e embasamentos 
é possível diagnosticar e propor a melhor técnica e/ou alternativa para a adequação e 
restauração do pavimento, informa o DNIT (2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBJETIVOS 
O presente trabalho tem como objetivo analisar um trecho pavimentado na rua Estação 
elevatória, Morada Nobre, escolhido pela equipe, obter suas informações de sinalização e 
situação da rua e relatar em fotos suas patologias existentes para assim, posteriormente, tratar 
das suas causas e possíveis soluções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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METODOLOGIA 
Figura 01: Localização da rua escolhida 
 
Fonte: Google Maps 
 Figura 02: Largura da rua escolhida 
 
 Fonte: Google Maps 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 03: Croqui da rua escolhida 
 
 Fonte: Autores (AutoCAD) 
 
Figura 04:Rua escolhida 
 
Fonte: Autores 
 
7 
 
Essa rua é de pavimentação flexível (feito com base granulares e revestimento 
asfáltico), sendo uma via urbana de tráfego médio com velocidade de circulação de 40 km/h 
de mão dupla com marcação de faixa e de 3,98 m de largura. 
Foi realizado o registro fotográfico dos defeitos encontrados na via e, por meio dessas 
imagens, fez-se o diagnóstico patológico da rua utilizando o livro Pavimentação Asfáltica: 
Formação Básica para Engenheiros como material de apoio para descrever qual o tipo de 
patologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Ao estudar as patologias associadas ao pavimento asfáltico de determinada via, é 
necessário ter em mente que o principal objetivo da pavimentação é garantir a trafegabilidade 
da via em qualquer época do ano, garantindo conforto e segurança aos usuários (BERNUCCI, 
2008). No caso de municípios como Barreiras, onde o crescimento é alavancado de forma 
desordenada (TEIXEIRA, 2019), pesa ainda mais o fator segurança, já que a própria 
desorganização urbana favorece a ocorrência de acidentes mesmo em vias com alto nível de 
serventia. 
O nível de serventia é função do conforto ao rolamento de um veículo trafegando em 
determinado trecho da via (BERNUCCI, 2008) e atualmente varia de 0 a 5 de acordo com o 
procedimento adotado pela norma DNIT 009/2003-PRO, de avaliação subjetiva da superfície 
de pavimentos flexíveis e semi rígidos. Quanto maior esse valor, maior é o conforto e 
trafegabilidade da via, impactando diretamente também em sua segurança. 
Se bem executado, o pavimento asfáltico terá a serventia avaliada em valores próximos 
de 5 logo após sua execução, entretanto, também é possível elevar esse valor com o tempo 
através da manutenção da via para prevenir e/ou corrigir patologias. 
Essas patologias podem ser classificadas em defeitos funcionais e defeitos estruturais 
(RIBEIRO, 2017). Os defeitos funcionais são os ligados à superfície do revestimento, enquanto 
os estruturais estão mais relacionados com as camadas inferiores do pavimento. Já a norma 
DNIT 005/2003-TER, da terminologia dos defeitos nos pavimentos flexíveis e semi rígidos, 
separa as patologias em fendas e outros defeitos. Classificando as fendas em fissuras, trincas 
isoladas, ou trincas interligadas e os outros defeitos em afundamento, ondulações, 
escorregamento, exsudação, desgaste, panelas ou remendos. 
As fissuras são fendas bastante estreitas somente perceptíveis a uma distância inferior 
a 1,50m que não são consideradas nos métodos atuais de avaliação das condições de superfície 
por não causarem problemas funcionais ao revestimento. 
As trincas são fendas facilmente visíveis, de abertura superior à da fissura. As trincas 
podem ser isoladas, ou interligadas. As isoladas se dividem em transversais, quando se 
apresentam de forma ortogonal ao eixo da via; longitudinais, quando paralelas ao eixo da via e 
de retração, quando não estão associadas aos fenômenos de fadiga e sim de retração. Já as 
interligadas podem ser do tipo “Couro de Jacaré”, relacionadas aos fenômenos de fadiga ou do 
tipo “Bloco”, não relacionadas aos fenômenos de fadiga. 
9 
 
Os afundamentos são deformações permanentes que se apresentam na superfície do 
pavimento em forma de depressão. Podem ser plásticos, quando causados por fluência plástica 
de uma ou mais camadas do pavimento ou subleito, ou de consolidação, quando causas dos por 
consolidação diferencial de uma ou mais camadas do pavimento ou subleito. 
As ondulações ou corrugações, se apresentam de forma transversal na superfície do 
pavimento e impactam o conforto do usuário e a durabilidade dos veículos devido às vibrações 
que propiciam. 
O escorregamento é o deslocamento do revestimento em relação à camada subjacente 
do pavimento, apresentando fendas em forma de meia-lua. 
A exsudação é causada pela migração do ligante através do revestimento de forma que 
este se apresenta em excesso na superfície do pavimento. 
O desgaste é causado pelo arrancamento progressivo do agregado devido ao tráfego e 
se apresenta na forma de aspereza superficial do pavimento. 
As panelas são cavidades que se formam no revestimento e podem possuir diversas 
causas. 
Os remendos, apesar de serem mecanismos de manutenção são considerados defeitos e 
podem ser profundos ou superficiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
RESULTADOS 
Tendo definido todas as patologias existentes no pavimento, na tabela abaixo foram 
expostas as patologias encontradas no pavimento escolhido para estudo assim como relatadas 
suas causas e também possíveis sugestões para correção dos problemas encontrados. 
 
Tabela 01: Patologias no pavimento 
Loc Imagem Defeito Descrição Causa Sugestões 
1 
 
Desgaste O desgaste gera 
efeitos de 
arrancamento 
progressivo do 
agregado do 
pavimento 
 
 
Desgaste 
causado ao 
longo do 
tempo 
Tratamentosuperficial/la
ma asfáltica 
2 
 
Trincas 
tipo couro 
de jacaré 
com 
desagrega
ção e 
panela 
pequena 
Trincas 
interligadas, 
devido ao 
processo de ação 
do tráfego 
Repetição de 
cargas de 
tráfego, ação 
climática, 
compactação 
deficiente do 
pavimento 
 
Selagem das 
trincas 
 
3 
 
Trinca 
interligada 
em blocos, 
sem 
erosão 
Tende a um 
formato 
geométrico com 
leves 
formatos de 
retângulos 
 
Má execução 
da junta 
longitudinal 
de separação 
entre as duas 
faixas de 
tráfego; 
recalque 
diferencial; 
Aplicação de 
capa selante 
11 
 
4 
 
Desagrega
ção do 
agregado 
com trinca 
Arrancamento 
progressivo do 
agregado do 
pavimento e 
aspereza no 
revestimento. 
 
 
Desgaste ao 
longo tempo e 
por excesso de 
tráfego 
pesado. 
Tratamento 
superficial 
5 
 
Panela 
com 
desgaste e 
desagraga
ção 
Cavidade no 
revestimento 
asfáltico, que 
atinge camadas 
subjacentes 
 
Falha 
construtiva: 
deficiência na 
compactação, 
falha na 
imprimação, 
falha 
 na dosagem e 
excesso de 
cargas 
 
Remendo 
bem 
executado 
com 
aplicação de 
massa 
asfáltica 
 
6 
 
Remendo 
Remendo mal 
executado e 
Preenchiment
o mal feito 
de uma panela 
com remendo. 
Causado por 
estacionament
o de cargas 
excessivas de 
forma 
frequente. 
“Operação 
tapa buracos" 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
CONCLUSÃO 
Após analisar o que foi apresentado, pode-se sugerir que o trecho analisado da via seria 
avaliado como ruim em caso de avaliação do nível de serventia descrito pela norma DNIT 
009/2003- PRO. O pavimento apresenta diversos defeitos funcionais e estruturais que 
impactam diretamente no conforto e segurança e parte deles poderia ser corrigida através de 
técnicas de restauração. 
Visto que a via é imediatamente paralela a uma das principais ruas do bairro e pode ser 
utilizada para escoamento do tráfego em horários de pico, a correção rápida dos defeitos 
apresentados se mostra importante a fim de aumentar o nível de serventia da via. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M.; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B.. Pavimentação 
Asfáltica: Formação Básica para Engenheiros. Rio de Janeiro, RJ. 2008. 
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 005/2003 - TER: 
Defeitos nos pavimentos flexíveis e semi-rígidos Terminologia. Rio de Janeiro, 2003. 
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 009/2003 - PRO: 
Avaliação subjetiva da superfície de pavimentos flexíveis e semi-rígidos - Procedimento. 
Rio de Janeiro, 2003. 
DYNATEST. Tipos de patologia do asfalto em rodovias. Disponível em: 
http://dynatest.com.br/tipos-de-patologia-do-asfalto-em-rodovias/. Acesso em: 8 jun. 2022. 
ROSA, K. K. B.; MOTA, G. L. P.; SOUZA, J. M.; MARQUES, C. S.; NEVES, L. D.; 
FENANDES, F. A. S. Diagnóstico e procedimento de recuperação das Patologias 
apresentadas na pavimentação asfáltica de Palmas-TO. REVISTA INTEGRALIZAÇÃO 
UNIVERSITÁRIA, Palmas, v.11, n.15, novembro 2016, p. 44-58, novembro. 2016.
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