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Modelos de Administração Pública IV
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA IV
REFORMAS ADMINISTRATIVAS: DASP, COSB, DL200 E PND
O DASP era composto por um Conselho Deliberativo, sob o comando de um 
Presidente (art. 4º) e por diretores (art. 5º), todos nomeados em comissão, pelo 
Presidente da República. Os diretores dirigiam as seguintes divisões: Divisão de 
Organização e Coordenação; Divisão do Funcionário Público; Divisão do Extra-
numerário; Divisão de Seleção e Aperfeiçoamento e Divisão do Material. Nos 
casos de impedimentos, o Presidente era substituído por um dos diretores de 
Divisão; e estes eram substituídos por um outro diretor, por designação do Pre-
sidente do DASP.
Com o Decreto-Lei n. 8.323-A, de 7 de dezembro de 1945, que reorganizou 
o DASP, foi mudado o nome do dirigente máximo do órgão para Diretor-Geral e 
substituído o Conselho Deliberativo do órgão pelo Conselho de Administração, 
que tinha atribuição consultiva e orientadora.
A crise do Estado implicou a necessidade de reformá-lo e reconstruí-lo; a glo-
balização tornou imperativa a tarefa de redefinir suas funções.
Em 1942, com a superação da crise, o Estado despe-se do papel de regula-
dor da economia e assume uma postura desenvolvimentista, seguindo a esteira 
mundial. Essa nova feição culmina com o governo de Juscelino Kubitschek, (“50 
anos em 5”) e caracteriza-se pela criação de órgãos de linha, staff e das primei-
ras entidades da administração indireta. A ideia dominante é que a participação 
maciça no Estado no setor produtivo desenvolveria e dinamizaria a economia, e 
é nesse momento que se percebe a ineficiência da burocracia.
• Decreto n. 39.510, de 4 de julho de 1956:
Art. 1º Funcionará, junto ao Departamento Administrativo do Serviço Público, uma 
Comissão de Simplificação Burocrática (C.O.S.B.), constituída de cinco membros, 
um dos quais servirá de Secretário Executivo, incumbida de promover a simplifica-
ção nas normas e rotinas administrativas, de modo a evitar a duplicidade de atribui-
ções, excesso de pareceres e de despachos interlocutórios.
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A burocracia gera disfunção. 
Parágrafo único. O Secretário Executivo da C.O.S.B. atuará em articulação com o 
Serviço de Organização e Métodos (S.O.M.), que será o órgão de coordenação dos 
trabalhos de simplificação das normas e rotinas administrativas.
Art. 2º Incumbe à Comissão de que trata este decreto:
a) estudar os meios de descentralização dos serviços mediante delegação de com-
petência, fixação de responsabilidades e prestação de contas da autoridade, pela 
execução dos trabalhos que se acham sob a sua jurisdição;
b) promover medidas junto aos Ministérios quanto ao exame da situação atual das 
repartições e das rotinas que merecem providência, imediatas de correção;
c) supervisionam as atividades das Subcomissões ministeriais abaixo referidas, 
traçando-lhes normas de sistematização dos trabalhos a serem efetuados.
Em cada Ministério, há uma subcomissão, vinculada à C.O.S.B..
Art. 3º Terão preferência nos trabalhos da C.O.S.B. as atividades que compreen-
dam:
a) simplificação de rotinas;
b) fixação de responsabilidades de funcionamento e dirigentes de serviços;
c) unidade de execução (reagrupamento de funções);
d) descentralização de execução (delegação de competência);
e) supressão de organismos inoperantes ou desnecessários.
Art. 4º Haverá, em cada Ministério, uma Subcomissão constituída de três mem-
bros, incumbida de promover, na área ministerial, as medidas necessárias à exe-
cução deste Decreto.
Art. 5º Compete à Subcomissão de que trata o artigo anterior submeter a uma aná-
lise completa os serviços internos do Ministério e propor à C.O.S.B. as correções 
necessárias ao aperfeiçoamento das rotinas administrativas.
Art. 6º Ficam obrigados os dirigentes de Serviços dos Ministérios e órgãos direta-
mente subordinados à Presidência da República a apresentar, no prazo de 60 dias, 
à Subcomissão respectiva, ou à C.O.S.B., a situação dos respectivos Serviços, 
bem como as medias consideradas necessárias à simplificação de rotinas e à efi-
ciência dos serviços.
Art. 7º Incumbirá ainda aos dirigentes de Serviços ministeriais facilitar todos os 
meios de acesso aos membros da Subcomissão Ministerial e aos da C.O.S.B. para 
que possam desincumbir-se de suas atribuições.
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Art. 8º Nos Ministérios Militares, Autarquias e entidades subordinadas à Presidên-
cia da República, os trabalhos e atribuições de que tratam os artigos 4º e 5º incum-
birão aos órgãos que forem indicados, respectivamente, pelos Ministros de Estado 
e dirigentes respectivos.
Art. 9º A proporção que forem sendo ultimados os projetos de simplificação de 
normas administrativas, o D.A.S.P. os submeterá à aprovação do Presidente da 
República.
Art. 10. Os membros da C.O.S.B. bem como os das Subcomissões Ministeriais são 
nomeados, mediante livre escolha, pelo Presidente da República.
Art. 11. Dentro do prazo de cinco dias, o Departamento Administrativo do Serviço 
Público elaborará regimento sucinto da C.O.S.B. e das Subcomissões ministeriais. 
Art. 12. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário.
Rio de Janeiro, em 4 de julho de 1956; 135º da Independência e 68º da República.
JUSCELINO KUBITSCHEK
A simplificação da burocracia é iniciada no governo de JK, seguindo uma indi-
cação do D.A.S.P..
• Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967:
(…)
Art. 115. O Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) é o órgão central 
do sistema de pessoal, responsável pelo estudo, formulação de diretrizes, orienta-
ção, coordenação, supervisão e controle dos assuntos concernentes à administra-
ção do Pessoal Civil da União.
(Vide Lei n. 6.228, de 1975)
Parágrafo único. Haverá em cada Ministério um órgão de pessoal integrante do 
sistema de pessoal.
Art. 116. Ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) incumbe: (Vide 
Lei n. 6.228, de 1975)
I – Cuidar dos assuntos referentes ao pessoal civil da União, adotando medidas 
visando ao seu aprimoramento e maior eficiência.
II – Submeter ao Presidente da República os projetos de regulamentos indispensá-
veis à execução das leis que dispõem sobre a função pública e os servidores civis 
da União.
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III – Zelar pela observância dessas leis e regulamentos, orientando, coordenando 
e fiscalizando sua execução, e expedir normas gerais obrigatórias para todos os 
órgãos.
IV – Estudar e propor sistema de classificação e de retribuição para o serviço civil 
administrando sua aplicação.
V – Recrutar e selecionar candidatos para os órgãos da Administração Direta e au-
tarquias, podendo delegar, sob sua orientação, fiscalização e controle a realização 
das provas o mais próximo possível das áreas de recrutamento.
VI – Manter estatísticas atualizadas sobre os servidores civis, inclusive os da Admi-
nistração Indireta.
VII – Zelar pela criteriosa aplicação dos princípios de administração de pessoal com 
vistas ao tratamento justo dos servidores civis, onde quer que se encontrem.
VIII – Promover medidas visando ao bem-estar social dos servidores civis da União 
e ao aprimoramento das relações humanas no trabalho.
IX – Manter articulação com as entidades nacionais e estrangeiras, que se dedicam 
a estudos de administração de pessoal.
X – Orientar, coordenar e superintender as medidas de aplicação imediata (Capítu-
lo II, deste Título).
Art. 117. O Departamento Administrativo do Pessoal Civil prestará às Comissões 
Técnicasdo Poder Legislativo toda cooperação que for solicitada.
Parágrafo único. O Departamento deverá colaborar com o Ministério Público Fede-
ral nas causas que envolvam a aplicação da legislação do pessoal.
Art. 118. Junto ao Departamento, haverá o Conselho Federal de Administração de 
Pessoal, que funcionará como órgão de consulta e colaboração no concernente à 
política de pessoal do Governo e opinará na esfera administrativa, quando solicita-
do pelo Presidente da República ou pelo Diretor-Geral do DASP nos assuntos rela-
tivos à administração de pessoal civil, inclusive quando couber recurso de decisão 
dos Ministérios, na forma estabelecida em regulamento.
Art. 119. O Conselho Federal de Administração de Pessoal será presidido pelo Di-
retor-Geral do Departamento Administrativo do Pessoal Civil e constituído de qua-
tro membros, com mandato de três anos, nomeados pelo Presidente da República, 
sendo: dois funcionários, um da Administração Direta e outro da Indireta, ambos 
com mais de vinte anos de Serviço Público da União, com experiência em adminis-
tração e relevante folha de serviços; um especialista em direito administrativo; e um 
elemento de reconhecida experiência no setor de atividade privada.
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O Gerencialismo não se afasta muito da Burocracia, pois muitas característi-
cas são mantidas.
§ 1º O Conselho reunir-se-á ordinariamente duas vezes por mês e, extraordinaria-
mente, por convocação de seu Presidente.
§ 2º O Conselho contará com o apoio do Departamento, ao qual ficarão afetos os 
estudos indispensáveis ao seu funcionamento e, bem assim, o desenvolvimento e 
a realização dos trabalhos compreendidos em sua área de competência.
§ 3º Ao Presidente e aos Membros do Conselho é vedada qualquer atividade polí-
tico-partidária, sob pena de exoneração ou perda de mandato.
Art. 120. O Departamento prestará toda cooperação solicitada pelo Ministro res-
ponsável pela Reforma Administrativa.
Art. 121. As medidas relacionadas com o recrutamento, seleção, aperfeiçoamento 
e administração do assessoramento superior da Administração Civil, de aperfeiço-
amento de pessoal para o desempenho dos cargos em comissão e funções gratifi-
cadas a que se referem o art. 101 e seu inciso II (Título XI, Capítulo II) e de outras 
funções de supervisão ou especializadas, constituirão encargo de um Centro de 
Aperfeiçoamento, órgão autônomo vinculado ao Departamento Administrativo do 
Pessoal Civil. (Vide Lei n. 6.228, de 1975)
Parágrafo único. O Centro de Aperfeiçoamento promoverá direta ou indiretamente 
mediante convênio, acordo ou contrato, a execução das medidas de sua atribuição.
Art. 212. O atual Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) é trans-
formado em Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP), com as atribui-
ções que, em matéria de administração de pessoal, são atribuídas pela presente 
Lei ao novo órgão. (Vide Lei n. 6.228, de 15.7.1975)
(…)
Brasília, em 25 de fevereiro de 1967; 146º da Independência e 79º da República.
H. CASTELLO BRANCO
Em 1967, acontece a desconcentração e a descentralização, levando o país 
ao Gerencialismo. Já em 1975, ocorrem as alterações no DASP.
• Decreto n. 83.740, de 18 de julho de 1979:
Institui o Programa Nacional de Desburocratização e dá outras providências.
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Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Desburocratização, destinado a di-
namizar e simplificar o funcionamento da Administração Pública Federal.
Art. 2º O Programa Nacional de Desburocratização ficará sob a direção do Presi-
dente da República com a assistência de um Ministro Extraordinário, que terá a in-
cumbência de orientar e coordenar a execução do Programa, observado o disposto 
no presente Decreto.
Art. 3º O programa terá por objetivo:
a) construir para a melhoria do atendimento dos usuários do serviço público;
No período da Ditadura Militar, administrativamente, havia melhora, pois o 
foco era no cidadão.
b) reduzir a interferência do Governo na atividade do cidadão e do empresário e 
abreviar a solução dos casos em que essa interferência é necessária, mediante a 
descentralização das decisões, a simplificação do trabalho administrativo e a elimi-
nação de formalidades e exigências, cujo custo econômico ou social seja superior 
ao risco;
c) agilizar a execução dos programas federais, para assegurar o cumprimento dos 
objetivos prioritários do Governo;
d) substituir, sempre que praticável, o controle prévio pelo eficiente acompanha-
mento da execução e pelo reforço da fiscalização dirigida, para a identificação e 
correção dos eventuais desvios, fraudes e abusos;
e) intensificar a execução dos trabalhos da Reforma Administrativa de que trata o 
Decreto-lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, especialmente os referidos no Título 
XIII;
f) fortalecer o sistema de livre empresa, favorecendo a empresa pequena e média, 
que constituem a matriz do sistema, e consolidando a grande empresa privada 
nacional, para que ela se capacite, quando for o caso, a receber encargos e atri-
buições, que se encontram hoje sob a responsabilidade de empresas do Estado; 
g) impedir o crescimento desnecessário da máquina administrativa federal, me-
diante o estímulo à execução indireta, utilizando-se, sempre que praticável, o con-
trato com empresas privadas capacitadas e o convênio com órgãos estaduais e 
municipais;
h) velar pelo cumprimento da política de contenção da criação indiscriminada de 
empresas públicas, promovendo o equacionamento dos casos em que for possí-
vel e recomendável a transferência do controle para o setor privado, respeitada a 
orientação do Governo na matéria.
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Art. 4º Para o bom desempenho de suas atribuições, o Ministro Extraordinário para 
a Desburocratização deverá:
a) integrar a estrutura da Presidência da República, funcionando em estreita articu-
lação com o Gabinete Civil e com as Secretarias de Planejamento e de Comunica-
ção Social, que lhe propiciarão o apoio necessário;
b) promover, junto aos Ministérios Civis, mediante cooperação com os respectivos 
titulares, a adoção, em caráter prioritário, das medidas necessárias à realização 
dos objetivos do Programa, procedendo-se, com esse propósito, à revisão e even-
tual ajustamento das leis, regulamentos e normas em vigor, respeitada, quando for 
o caso, a competência do Poder Legislativo;
c) entender-se diretamente com as autoridades estaduais e municipais no caso de 
medidas que, compreendidas nos objetivos do Programa, escapem à competência 
federal;
d) quando expressamente solicitado, cooperar com os Poderes Judiciário e legisla-
tivo, inclusive recolhendo e estudando, para exame da Presidência da República, 
sugestões que envolvam a iniciativa do Poder Executivo; e
e) sugerir ao Presidente da República as providências necessárias à fiel execução 
do presente Decreto.
Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as dis-
posições em contrário.
Brasília, 18 de julho de 1979; 158º da Independência e 91º da República.
JOÃO B. DE FIGUEIREDO
������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Bruno Eduardo.

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