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DIREITO PENAL Professor Péricles Mendonça Edital NOÇÕES DE DIREITO PENAL: 1 Infração penal. 1.1 elementos, espécies. 1.2 Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal. 2 Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade. Imputabilidade penal. 3 Crimes contra a pessoa. 4 Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019 e suas alterações). 5 Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990 e suas alterações). 6 Crimes contra a administração pública Exercícios (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2021) O agente que se tenha apropriado de valor inferior a um salário mínimo ao praticar o crime de peculato poderá ser beneficiado, pelo juiz, com a aplicação do princípio da insignificância. Gabarito, questão errada. A súmula 599 do STJ dispõe que “o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública”. Exercícios (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2021) O crime de concussão se consuma com a obtenção da vantagem indevida pelo servidor público. Gabarito, questão errada. Exercícios (CESPE/CODEVASF/ASSESSOR JURÍDICO/2021) O particular pode responder pelo crime de peculato, desde que o crime tenha sido praticado em concurso de pessoas com funcionário público, mesmo que o particular não saiba da condição pessoal do funcionário público. Gabarito, questão errada. Exercícios (CESPE/CODEVASF/ASSESSOR JURÍDICO/2021) Funcionário público que exija para si vantagem indevida para realizar ato de ofício pratica o crime de corrupção passiva Gabarito, questão errada. Exercícios (CESPE/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL/2020) Ana, servidora do MP/CE, aproveitou-se do acesso que sua função pública lhe permitia para se apropriar de valores do órgão. Durante o inquérito policial, preocupada com eventual condenação, Ana ofereceu vantagem pecuniária a uma amiga que não exerce função pública, para prestar depoimento falso em seu favor, a qual assim o fez. Nessa situação hipotética, Ana deve ser responsabilizada pelo crime de apropriação indébita, com aumento de pena correspondente ao dano ao patrimônio público. Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação. Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa. Gabarito, questão errada. Exercícios (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2019) Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denunciados pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confessou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia. Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, a respeito de imputabilidade penal, crimes contra o patrimônio, punibilidade e causas de extinção e aplicação de pena. Se, em virtude de perturbação de saúde mental, Pedro não for inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do seu ato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, a pena imposta a ele poderá ser reduzida. Inteiramente incapaz = isento de pena; Não era inteiramente capaz = redução de pena Art. 26 É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Gabarito, questão certa. Exercícios (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2019) Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denunciados pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confessou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia. Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, a respeito de imputabilidade penal, crimes contra o patrimônio, punibilidade e causas de extinção e aplicação de pena. Pedro será condenado se comprovado que, no momento do furto, por caso fortuito, estava completamente embriagado Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão; II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. § 1º É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Gabarito, questão errada. Espécies de embriaguez Não acidental Voluntária Não exclui a imputabilidade Culposa Acidental ou fortuita Completa Exclui a imputabilidade Incompleta Diminui a pena em 1/3 ou 2/3 Patológica Equipara-se a doença mental e o agente é considerado inimputável ou semi-imputável Preordenada agrava a pena Exercícios (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) A circunstância do descumprimento de medida protetiva de urgência imposta ao agressor, consistente na proibição de aproximação da vítima, constitui causa de aumento de pena no delito de feminicídio. Art. 121, § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Gabarito, questão certa. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii Feminicídio Art. 121, § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii Exercícios (CESPE/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa de terras, planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após analisar detidamente a rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano. Caso Francisco mate Paulo com o emprego de veneno, haverá, nessa hipótese, a possibilidade da coexistência desse tipo de homicídio com o homicídio praticado por motivo de relevante valor moral, ainda que haja premeditação. Gabarito, questão certa. Ele não perguntou se a situação de Francisco e Paulo se encaixam nisso, ele só quer saber se essas duas situações podem coexistir, e a resposta é sim, já que o emprego de veneno tem caráter objetivo e o relevante valor moral tem caráter subjetivo, teríamos o homicídio privilegiado- qualificado. “ (...) tratando-se- de qualificadora de caráter objetivo (meios e modos de execução do crime), é possível o reconhecimento do privilégio.”(HC 97.034/MG)” (STF) “I – por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal, o homicídio qualificado- privilegiado não integra o rol dos denominados crimes hediondos.” (HC 153.728/SP) (STJ) Exercícios (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Situação hipotética: Um médico de hospital particular conveniado ao Sistema Único de Saúde praticou conduta delituosa em razão da sua função, configurando-se, a princípio, o tipo penal do peculato-furto. Assertiva: Nessa situação, como não detém a qualidade de servidor público, o agente responderá pelo crime de furto em sua forma qualificada. Gabarito, questão errada. Artigo 327, § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. Exercícios (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018) Para a configuração do crime de prevaricação faz-se necessário um ajuste de vontade entre o agente do Estado e o beneficiário do seu ato. Gabarito, questão errada. A motivação do crime de prevaricação é a satisfação de interesse ou sentimento pessoal, portanto, não é necessário um prévio ajuste de vontade entre as pessoas. Exercícios (CESPE/PRF/PRF/2019) Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de mercadoria lícita de procedência estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos impostos de importação. O motorista, penalmente imputável e proprietário do caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O passageiro, que se identificou como servidor público alfandegário lotado no posto de fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia passado para adentrar no território nacional, alegou desconhecer a existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o motorista. Caso fique comprovada a participação do servidor público na conduta delituosa, ele responderá pelo delito de descaminho em sua forma qualificada: ela tinha o dever funcional de prevenir e de reprimir o crime. Gabarito, questão errada. Facilitação de contrabando ou descaminho Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. Exercícios (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2021) Servidor público que, violando dever funcional, facilite a prática de contrabando responderá como partícipe pela prática desse crime. Gabarito, questão errada. Facilitação de contrabando ou descaminho Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. Exercícios (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU/2018) Joaquim, penalmente imputável, praticou, sob absoluta e irresistível coação física, crime de extrema gravidade e hediondez. Nessa situação, Joaquim não é passível de punição, porquanto a coação física, desde que absoluta, é causa excludente da culpabilidade. Gabarito, questão errada. Exercícios (CESPE/DPF/PERITO CRIMINAL/2018) Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de infanticídio, após ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado à luz. Segundo a ocorrência policial, um familiar da suspeita disse que ela havia escondido a gravidez e que negava que houvesse praticado aborto. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. A configuração do crime de infanticídio independe da existência de estado puerperal, bastando para tal que o sujeito passivo seja uma criança. Gabarito, questão errada. Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. Exercícios (CESPE/MPU/ANALISTA DO MP/2018) No crime de peculato, o proveito a que se refere o tipo penal pode ser tanto material quanto moral, consumando-se o delito mesmo que a vantagem auferida pelo agente não seja de natureza econômica. Gabarito, questão certa. O STF reconhece o proveito moral do crime de peculato. Exercícios (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018) O crime de peculato pode ser praticado por quem exerce emprego público, ainda que sua atividade seja transitória ou sem remuneração. Gabarito, questão certa. (...) embora transitoriamente ou sem remuneração (...) Exercícios (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Situação hipotética: Um policial, ao cumprir um mandado de condução coercitiva expedido pela autoridade judiciária competente, submeteu, embora temporariamente, um cidadão a situação de privação de liberdade. Assertiva: Nessa circunstância, a conduta do policial está abarcada por uma excludente de ilicitude representada pelo exercício regular de direito. Gabarito, questão errada. Exercício regular de direito: Compreende condutas do cidadão comum autorizadas pela existência de um direito definido como lei e condicionadas à regularidade do exercício desse direito; Estrito cumprimento do dever legal: O agente público, no desempenho de suas atividades, não raras vezes é obrigado, por lei (em sentido amplo), a violar um bem jurídico. Essa intervenção lesiva, dentro de limites aceitáveis, é justificada pelo estrito cumprimento de um dever legal. Exercícios (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) É causa de extinção da punibilidade a reparação de dano decorrente de peculato culposo por funcionário público, antes do trânsito em julgado de sentença condenatória. Gabarito, questão certa. Peculato culposo Art. 312 § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta Exercícios (CESPE/EBSERH/ADVOGADO/2018) O ordenamento jurídico nacional adotou o critério legal para a tipificação dos crimes hediondos, sendo vedado ao juiz, em caso concreto, fixar a hediondez de um delito ou excluí-la em razão de sua gravidade ou forma de execução. Rol taxativo Gabarito, questão certa. Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; II - roubo: a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). VII-A – (VETADO) VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e §1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956; II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado. Exercícios (CESPE/DPF/DELEGADO DE POLÌCIA/2018) Paula, proprietária de uma casa de prostituição, induziu e passou a explorar sexualmente duas garotas de quinze anos de idade. Nessa situação, o crime praticado por Paula é hediondo e, por isso, insuscetível de anistia, graça e indulto. Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável. Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. Gabarito, questão certa. Exercícios (CESPE/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL/2020) Mário, após ingerir bebida alcoólica em uma festa, agrediu um casal de namorados, o que resultou na morte do rapaz, devido à gravidade das lesões. A moça sofreu lesões leves. Se, após a apuração dos fatos, a morte do rapaz caracterizar homicídio simples doloso, a conduta de Mário não será classificada como crime hediondo. O homicídio simples só será considerado hediondo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio. Gabarito, questão certa. Exercícios (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2019) Júnia, de quatorze anos de idade, acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter praticado crime de natureza sexual consistente em conjunção carnal forçada no dia do último aniversário da jovem. Pierre, contudo, alega que o ato sexual foi consentido. A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, tendo como referência aspectos legais e jurisprudenciais a ela relacionados. Se Pierre for condenado por estupro, o regime de cumprimento de pena será integralmente fechado, por se tratar de crime hediondo. Gabarito, questão errada. Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) O particular que atuar em coautoria ou participação com um agente público no cometimento de crime de abuso de autoridade não responderá por esse crime. A regra é que somente o agente público, conforme define o artigo 2°da lei responda pelo crime de abuso de autoridade, porém, o particular poderá responder como coautor ou partícipe do crime de abuso, desde que saiba da condição do agente. Gabarito, questão errada Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) Os crimes de abuso de autoridade são punidos tanto em sua forma dolosa como culposa. Não temos previsão de crimes culposos na Lei de Abuso de Autoridade Gabarito, questão errada Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) Todos os tipos penais previstos na lei de abuso de autoridade tem a dupla subjetividade passiva, ou seja, em todos eles o Estado figura como sujeito passivo indireto ou mediado. Sempre que um agente do Estado praticar uma conduta com abuso de autoridade, a imagem do Estado ficará maculada, e por isso, figura como sujeito passivo indireto ou mediato dos crimes de abuso de autoridade. Gabarito, questão certa Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) Faz coisa julgada em âmbito cível, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado amparado por uma excludente de ilicitude. Essa é a exata previsão do artigo 8° da lei, vejamos: Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Gabarito, questão certa Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) Agente público, para os efeitos dessa lei, é todo aquele que exerce ainda que transitoriamente, porém sempre de forma remunerada, cargo, emprego ou função pública. O artigo 2° da lei define o sujeito do crime, e em seu parágrafo único temos a seguinte definição. Art. 2°, Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo. Gabarito, questão errada Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) Constitui crime de abuso de autoridade deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal. Essa é a exata previsão do artigo 12 da lei em estudo. Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa Gabarito, questão certa Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) O agente que for capturado em flagrante delito no período do repouso noturno só poderá ter seu interrogatório colhido após as 5 horas. O artigo 18 afirma que o preso não poderá ser submetido a interrogatório no período do repouso noturno, salvo se preso em flagrante ou se consentir em prestar as declarações (acompanhado de seu patrono). Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Gabarito, questão errada Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) Constitui abuso de autoridade manter presos de ambos os sexos na mesma cela, porém, não é amparado por essa lei, e sim pelo ECA, manter adolescentes na mesma cela que de imputáveis. O artigo 21 caput prevê como abuso a manutenção de presos de sexos diferentes no mesmo ambiente, e o seu parágrafo único prevê também como abuso colocar crianças e adolescentes em ambientes com maiores de idade. Gabarito, questão errada Exercícios (ELABORADO PELO PROFESSOR) Equipe policial cumpriu mandado de busca e apreensão as 5 horas de uma segunda feira. O alvo das buscas questionou a legalidade do ato acusando os agentes policiais por abuso de autoridade, por terem ingressado no imóvel antes das 6 horas. Os agentes deverão então responder por abuso de autoridade. Os agentes não responderão por abuso de autoridade, já que estão amparados pela legislação atual, que afirma que constitui abuso o cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou antes das 5h. Gabarito, questão errada Agradecimentos Muito obrigado! Bons estudos, Força e Honra! Professor Péricles Mendonça profpericlesrezende@gmail.com @vemserpolicial mailto:profpericlesrezende@gmail.com