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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA KALYANA MONALYZA FERNANDES CÂMARA PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA EAD DO POLO DE MACAU DA UFRN: DESAFIOS, VANTAGENS E SUCESSOS DA APRENDIZAGEM. MACAU/RN 2016 2 KALYANA MONALYZA FERNANDES CÂMARA PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA EAD DO POLO DE MACAU DA UFRN: DESAFIOS, VANTAGENS E SUCESSOS DA APRENDIZAGEM. Artigo Científico apresentado ao Curso de Pedagogia a Distância do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sob a orientação do professor Dr. Marcos Aurélio Felipe. MACAU/RN 2016 3 KALYANA MONALYZA FERNANDES CÂMARA PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA EAD DO POLO DE MACAU DA UFRN: DESAFIOS, VANTAGENS E SUCESSOS DA APRENDIZAGEM. Artigo Científico apresentado ao Curso de Pedagogia a Distância do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________ Prof. Dr. Marcos Aurélio Felipe Universidade Federal do Rio Grande do Norte _____________________________________________________ Profa. Dra. Célia Maria de Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Norte ______________________________________________________ Profa. Dra. Jacyene Melo de Oliveira Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Norte 4 RESUMO Este artigo consiste na apresentação do resultado da pesquisa realizada com alunos do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN ofertado na modalidade EaD. O objetivo é analisar o perfil desses alunos, bem como seus desafios, vantagens e sucessos de aprendizagem. Trata-se de uma pesquisa de caráter investigativo e descritivo. Trabalhou-se com um universo de 82 alunos que ingressaram no Curso de Pedagogia, nas turmas ofertadas em 2012.2 e 2014.2 no Polo de Macau/RN. Foram aplicados questionários estruturados, por meio eletrônico, abordando questões sobre o perfil dos alunos, características sobre a família e o trabalho, assim como sua ligação com a educação à distância superior e pública ofertada no Polo de Macau pela UFRN. Foram obtidos respostas de 27 alunos. Partimos de fundamentos teórico-metodológicos que colaboram para pensarmos as possibilidades educacionais das tecnologias de educação (BELLONI, 2001; GOMEZ, 2004; MOORE e KEARSLEY, 2013) e, particularmente, da educação a distancia (LOBO NETO, 2001; DANTAS e RÊGO, 2011; FORMIGA, 2009). Os resultados mostram que o perfil desses alunos é de um público relativamente jovem, alguns que concluíram o ensino médio, mas com uma maioria que já concluiu outro curso superior. Em relação aos desafios, vantagens e sucessos da aprendizagem conclui-se que existem lacunas que precisam ser preenchidas, principalmente em relação às idas ao polo e ao tempo dedicado as atividades. Os resultados fornecem elementos fundamentais para o gerenciamento do curso. Portanto, este artigo apresenta os desafios, vantagens e sucessos da aprendizagem de alunos das duas primeiras turmas do Curso de Pedagogia à distância do Polo de Macau/RN, ressaltando o perfil desses profissionais que estão nessa formação de professores tão importante para a sociedade. PALAVRAS-CHAVE: Perfil, Curso de Pedagogia, Educação a Distância. 5 ABSTRACT This article is the presentation of the results of research conducted with students of the pedagogy course from the Federal University of Rio Grande do Norte - UFRN offered in distance education mode. The objective is analyze the profile of these students as well as their challenges, advantages and learning successes. It is an investigative and descriptive research. It worked with a universe of 82 students who entered the Course of Education, the classes offered at 2012.2 and 2014.2 at the Polo Macau / RN. Were applied Structured questionnaires by electronic means, addressing questions about the students' profile, characteristics of family and job, as well as its link with education and public higher distance offered in the Polo Macau by UFRN. 27 student responses were obtained. We start from theoretical- methodological foundations that contribute to think the educational possibilities of educational technology (BELLONI, 2001; GOMEZ, 2004; Moore and KEARSLEY, 2013), and particularly, distance education of (LOBO NETO, 2001; DANTAS and RÊGO, 2011; FORMIGA, 2009). The results show that the profile of these students is a relatively young audience, some who have completed high school, but with a majority that has already completed another superior course. In addressing the challenges, benefits and successes of learning it is concluded that there are gaps that need to be met, especially in relation to visits to the pole and the time dedicated in the activities. The results provide key elements for the management of the course. Therefore, this article presents the challenges, benefits and student learning successes of the first two classes of the Pedagogy Course of Distance Education from Polo Macau / RN, highlighting the profile of professionals who are in this teacher training as important to society. Keyword: Profile, Pedagogy Course, Distance Education. 6 1 INTRODUÇÃO No século XX, houve um avanço considerável ao acesso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), chegando a influenciar até mesmo o processo de educação nas instituições de ensino superior privado e públicas. Nessa mesma época, a modalidade de Educação a Distância (EaD) tem ganhado relevante espaço, e, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), não foi diferente. Em 2005, o MEC deu inicio ao Sistema de Universidade Aberta do Brasil, e a UFRN abriu o edital do Prolicenciatura, e, só em 2006 foi aberto na UFRN o primeiro edital da Universidade Aberta do Brasil (UAB), - que é um sistema integrado das universidades públicas de ensino superior, com a intenção de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no País. Especialmente, um sistema focado na criação, fomento, desenvolvimento e oferta de cursos a nível superior na modalidade de EaD. Desse modo, pensando em contribuir para uma melhor compreensão dos desdobramentos desse contexto, o presente artigo propõe pesquisar o Perfil dos alunos do Curso de Pedagogia EaD do Polo de Macau da UFRN, procurando identificar, analisar e refletir sobre seus desafios, problemáticas e sucessos em termos de aprendizagem. Através desse tema de pesquisa, buscaremos discutir como problema os desafios enfrentados pelos alunos acerca das atividades presenciais na EaD como complemento de um processo de ensino-aprendizagem, investigando se ela é condição relevante para obter melhor desempenho durante o curso, e se a ausência nesses encontros podem mostrar, quantitativamente, dificuldades na aprendizagem. Nesta pesquisa podemos pensar em três hipóteses que dão conta dessa problemática que envolve a dimensão da presencialidade na modalidade EaD: a primeira, relacionada aos desafios da modalidade à distância, com o foco em alunos disciplinados com horários para estudos, responsáveis nos prazos das atividades, concentrados mesmo sem a presença física do docente; professores e tutores comprometidos com a prática educativa, que, mesmo à distância, orientam, também cumprem horário para responder aos alunos e aos prazos de atividades. Elencamos esses desafios como proposições que, a nosso ver, dão conta da problemática traçada anteriormente. Segunda hipóteseé entender como vantagem uma modalidade de ensino- aprendizagem – reafirmo-nos, claro, a modalidade de EaD - que nos possibilita organizar nosso próprio tempo de estudo, que nos dá senso de responsabilidade, que nos instiga a uma disciplina, vinculada a auto-organização, habilidade com as tecnologias e a desenvolver 7 dimensões de autoaprendizagem e, consequentemente, de autonomia. A terceira e última hipótese seria entender que, tendo o comprometimento tanto do aluno como do professor, o sucesso da aprendizagem é algo possível e quase inevitável. Dessa maneira, justificamos o estudo da pesquisa como uma abordagem temática de essencial importância para fazermos uma reflexão acerca de um Curso de Pedagogia na modalidade EaD, pensando, especificamente, a partir dos diversos perfis discentes do Polo de Macau - UFRN. Basicamente, a escolha da pesquisa é embasada em três principais pilares: o primeiro seria de ordem pessoal - escolhi este tema, pois sou aluna deste curso e entendo que, ao término, faz-se necessário realizarmos reflexões acerca das dificuldades, vantagens e sucessos obtidos ao longo dessa trajetória de estudos. O segundo pilar está vinculado mais a dimensão acadêmica – visto que, entendo a importância de expor para universidade na qual estou me formando, dados que, através de um trabalho de conclusão, mostra como está sendo a visão desses concluintes acerca do Curso de Pedagogia na modalidade EaD. Oportunizaremos, assim, o conhecimento da visão do curso para equipes da área e interessados, bem como para os calouros e futuros alunos que estão em dúvida sobre qual curso seguir. E o terceiro e ultimo pilar seria mais de ordem social – onde se encaixa as demais pessoas que venham a se interessar acerca de assuntos apresentados no âmbito da pesquisa. Além disso, esse estudo apresenta dados precisos acerca das aprovações dos discentes em concurso público ou que tenha obtido sucesso profissional em outras instâncias, expondo uma contribuição social desse curso para a sociedade, já que partimos da premissa que podemos ter possibilitado, a uma parte significativa do corpo discente, elementos para que fosse possível chegar a realizar suas aspirações como sujeitos históricos. Para tanto, temos como objetivo analisar o perfil dos alunos do Curso de Pedagogia EaD - UFRN (Polo de Macau/RN), procurando compreender quais os desafios, as vantagens e sucessos na aprendizagem encontrados pelos discentes ao longo do curso. Para chegar a esse objetivo foi feita a aplicação de um questionário em formato eletrônico de maneira que consigamos abranger uma maior quantidade de respostas. Esse questionário foi respondido pelos discentes do curso, uma vez que, precisamos conhecer melhor o perfil desses alunos. Nesse sentido, por meio dessa pesquisa, pretendemos ainda avaliar quais os desafios enfrentados no Curso de Pedagogia na modalidade EaD e considerar as vantagens dessa modalidade para o sucesso na aprendizagem. Questionamos também a Coordenação do Curso de Pedagogia, com perguntas que nos levam a compreendermos como se deu o inicio da oferta do Curso de Pedagogia EaD - 8 UFRN (Polo de Macau/RN), qual a quantidade de turmas já ofertadas e de alunos matriculados. Mapeamos também quanto aos alunos que ingressaram no curso, quantos concluíram a graduação (nivelados e desnivelados) e quantos desistiram do curso (evadiram). São questões que consideramos essenciais para pesquisa. Nesse sentido, esperamos que os resultados possibilitem conhecer quais são os perfis das pessoas que procuram essa modalidade de ensino-aprendizagem, quais os motivos que contribuíram para essa escolha, quais são suas características, o que eles buscam nesse ambiente e quais seus desafios, vantagens e sucessos na aprendizagem. Portanto, a pesquisa se delineia como quantitativa, com caráter investigativo e descritivo. Nela foram aplicados questionários estruturados, em formato eletrônico, aos alunos que ingressaram no Curso de Pedagogia EaD -UFRN nas turmas ofertadas em 2012.2 e 2014.2 do Polo de Macau RN. Por fim, este artigo está estruturado da seguinte maneira: 2. Abordagem Teórica. 2.1 As tecnologias da informação e comunicação (TIC). 2.2 A Universidade Aberta do Brasil (UAB). 2.3 O aluno na modalidade de educação à distância (EaD). 3 Pesquisa e Análise dos Dados 3.1 Parâmetros Metodológicos da Pesquisa. 3.2 Análises dos Dados. 4 Considerações Finais. Referências e Apêndices (questionário aplicado). 2 ABORDAGEM TEÓRICA 2.1 As tecnologias da informação e comunicação (TIC). Mediante as colocações de DANTAS e RÊGO (2011, p. 112): “O avanço do desenvolvimento das tecnologias da informação (TI) tem interferido substancialmente nos diversos setores da sociedade, provocando uma revolução nas estruturas do pensar e atuar dos sujeitos”. Do mesmo modo, percebemos que o desenvolvimento dessas tecnologias da informação e comunicação também tem intervido de uma maneira geral na educação, proporcionando a toda comunidade escolar um acesso ao conhecimento de forma mais dinâmica e diversificada, proporcionando tanto aos professores, quanto aos estudantes, uma maior interação, criticidade e reflexão no que concerne ao contato com as informações recebidas. Visto que, através das TIC inseridas nos espaços escolares, as aulas passam de informações ditas como verdades absolutas e passam a ser um espaço onde ocorre a mediação 9 e troca de informações importantes para a formação dos sujeitos, críticos e reflexivos em relação à sociedade que está inserido. Nesse sentido, buscamos analisar ao longo desse trabalho qual o perfil de alunos que comungam desse ensino através das TIC, isto é, tentaremos aqui explicar de modo específico, como é o Perfil dos alunos do Curso de Pedagogia EaD - UFRN (Polo de Macau/RN), avaliando os desafios, vantagens e sucessos da aprendizagem que estão adquiridos através da modalidade à distância. Assim, discutiremos ao longo desse trabalho, uma gama de contribuições de vários autores que falam com propriedade sobre os assuntos que norteiam as TIC, a UAB e a Educação a Distância. Desse modo, ao analisar o trabalho da BELLONI (2001), podemos ver como a autora apresenta, as circunstâncias em que se deram o acesso das TIC nos espaços escolares. Para tanto a autora coloca que: A entrada das TIC nas escolas ocorreu, sobretudo, como resultado da pressão do mercado, estando à instituição escolar em franca defasagem com relação às demandas sociais e a cultura das gerações mais jovens. Esta situação faz da escola um campo privilegiado de observação. A defasagem da cultura escolar (inclusive esta “cultura acadêmica” encastelada nas universidades) com relação aos jovens que ela deve educar é gritante, e diz respeito tanto as questões éticas (conteúdos, mensagens) quanto aos aspectos estéticos (imagens, linguagem, modos de percepção, pensamento e expressão). Esta defasagem torna ainda mais claro o impacto das TIC na cultura jovem. (BELLONI, 2001, p. 18) Diante do exposto, entendemos que a inserção das TIC no ambiente escolar veio para contribuir no sentido de ampliar o interesse dos jovens aos espaços escolares. A partir daí, a escola passa a ser uma espécie que espaço para avaliar o grau de aceitação, interação e aprovação dos jovens as tecnologias e a educação. Procurando, dessa maneira, uma reinvenção e inovação ao acesso da educação, que pudesse oferecer aos jovens, mais fascínio, ao ato de buscar conhecimento. Sendo assim, os autores LITTO e FORMIGA (2009), apresentaram no livro Educação a Distância: o estudo da arte, ideias que vem a somar os conceitos de TIC para a área educativa, mostrando justamente caminhos que fazem o aprendizado acontecer através da interação e flexibilidade, que proporcionam um aprendizado mais prazeroso e satisfatório para os alunos. Como podemos perceber logo abaixo: 10As novas tecnologias da informação e de comunicação1, em suas aplicações educativas, podem gerar condições para um aprendizado mais interativo, através de caminhos não lineares, em que o estudante determina seu ritmo, sua velocidade, seus percursos. Bibliotecas, laboratórios de pesquisa e equipamentos sofisticados podem ser acessados por qualquer usuário que disponha de um computador conectado a uma central distribuidora de serviço. (NUNES, 2009, p.7- 8) Desse maneira, como coloca os autores acima entendemos que a inserção das tecnologias da informação e comunicação aos espaços educativos deve ser vistos e utilizados como objetos de estudos e instrumentos metodológicos, que tem a capacidade de contribuir com um aprendizado mais interativo, que perpassa a linearidade dos fatos, dos conteúdos e da história, mas que proporciona ao aluno a oportunidade de ser o sujeito de seu próprio conhecimento. Assim sendo, teremos um público que busca, nos diferentes meios didáticos metodológicos das TIC, a chance de encontrar a informação necessária para um aprendizado significativo, e quando falo de aprendizado significativo, quero dizer um aprendizado que faz do aluno sentir-se um ser responsável por suas atitudes, capaz de pensar, refletir e então construir estratégias para viver em sociedade. E mais ainda, ser um cidadão preparado para fazer do seu espaço social o melhor possível, crescê-lo e, por conseguinte diferenciar-se neste espaço. Para entender melhor tudo isso, podemos analisar a citação do autor a seguir, o qual fala muito bem sobre o “aprender fazendo” como podemos ver abaixo: A importância do “aprender fazendo”, graças as TICs e a capacidade crescente de inovar, faz com que a dinâmica cognitiva da sociedade se tenha transformado em questão crucial. Por meio das TICs, os modelos de aprendizagem finalmente ultrapassando o universo limitado dos educadores e invadem todas as células da vida social e econômica. (FORMIGA, 2009, p.43) Com isso, entendemos cada vez mais a contribuição das TIC para a educação, visto que, através dela deixa-se de ter apenas os educadores como parâmetro para o acesso ao 1 Neste artigo, optamos por utilizar o termo TIC em função, basicamente, de dois argumentos: primeiramente, porque o termo Novas Tecnologias já entrou em desuso, uma vez que só fazia sentido em meados da década de 90 / inicio dos anos 2000. Com o passar dos anos, a terminologia passou a não fazer mais sentido, uma vez que os produtos, recursos e linguagens do contexto tecnológico contemporâneo já não são tão novos assim. Por outro lado, porque o termo Novas Tecnologias pressupõe, pejorativamente, que existem Velhas Tecnologias (sempre atribuídas ao cinema, rádio, Jornal, fotografia), quando o mais adequado é empregar o termo de Mídias Tradicionais. 11 conhecimento, passando a ter nas TIC uma gama de alternativas capazes de proporcionar caminhos que levem a informação. No entanto, chamamos a atenção para o que coloca Maria Luiza Belloni (2001, p. 21): “Na chamada revolução tecnológica, porém, a grande ausência é justamente a informação nova e relevante. As TIC avançaram mais rapidamente do que a própria informação”. Isto é, com o avanço acelerado das tecnologias da informação e comunicação, alguns problemas surgiram, os quais transcendem o nível técnico, como os conteúdos a ser criados e a metodologia a ser empregada no ensino. Para tanto, é preciso valorizar o mundo real dos sujeitos, considerá-los como protagonistas de sua história. E isso, claro, é um pouco preocupante, pois nos leva a pensar acerca desse avanço tecnológico, e para tanto, como a área da educação tem se comportado em relação a isso, daí podemos analisar as palavras abaixo, que fala: A preocupação com o rumo das mudanças tecnológicas impõe a área da educação um posicionamento entre tentar entender as transformações do mundo, produzindo conhecimento pedagógico sobre ele e auxiliando o homem a ser sujeito da tecnologia; ou, ao contrario – como acusam muitos que já se posicionaram em relação ao assunto -, “dar as costas” para a realidade. (SAMPAIO e LEITE, 1999, p. 29). Assim, entendemos o quanto a mudança tecnológica tem provocado mudanças no modo de pensar também dos profissionais que atuam dentro dos espaços escolares, levando- os a refletirem como as TIC podem contribuir para a educação caso seja aceita como uma alternativa que pode inovar e beneficiar o ensino. Como vimos nos autores acima, quando colocam também que, caso esses profissionais educativos ignorem tais mudanças tecnológicas, podem na verdade estar fugindo da realidade. Neste momento cabe também analisar outro fator bastante relevante das TIC, apresentado mais uma vez por BELLONI (2001): As TIC, ao mesmo tempo em que trazem grandes potencialidades de criação de novas formas mais performáticas de mediatização, acrescentam muita complexidade ao processo de mediatização do ensino/aprendizagem, pois há grandes dificuldades na apropriação destas técnicas no campo educacional e em sua “domesticação” para utilização pedagógica. Suas características essenciais – simulação, virtualidade, acessibilidade à superabundância e extrema diversidade de informações – são totalmente novas e demandam concepções metodológicas muito diferentes daquelas das metodologias tradicionais de ensino, baseadas num discurso cientifico linear, cartesiano e positivista. Sua utilização com fins educativos exige mudanças radicais nos modos de compreender o ensino e a didática. (BELLONI, 2001, p. 27) 12 A partir desta colocação entendemos que a chegadas das TIC nos espaços escolares trazem consigo um novo desafio para todos que fazem parte dessas instituições, pois caso queiram que o aprendizado continue acontecendo deveram saber lidar com essas tecnologias, fazendo-as aliados no processo de ensino aprendizagem, pois como afirma MOORE e KEARSLEY (2013, p. 132): “Não existe tecnologia “certa” ou “errada” para a educação a distancia. Cada mídia e cada tecnologia para veiculá-la têm seus próprios pontos fortes e pontos fracos”. Sendo assim, caberá aos envolvidos – tanto os professores na busca por estratégias de ensino atrativas e inovadoras as quais favorecem o interesse dos alunos, quanto os próprios alunos, que buscam o conhecimento independente de uma orientação pedagógica - no processo de ensino aprendizagem buscar mecanismos que favoreçam a si uma mediação do conhecimento através das TIC. Segundo MOORE e KEARSLEY (2013, p. 133), “O modo como uma mídia é usada se torna mais importante do que quais tecnologias específicas são selecionadas. Esse aspecto indica a importância das considerações de criação e de implementação”. Então, deve-se ter toda a atenção quando se for utilizar tais TIC, buscando sempre muita atenção e consciência quando estão sendo feitas essas escolhas, buscando sempre as melhores formas de comunicar- se, dialogar-se, a fim de chegar a um resultado satisfatório. Para finalizar, temos a colocação de BELLONI (2001) que fala: As TIC são o resultado da fusão de três grandes vertestes técnicas: a informática, as telecomunicações e as mídias eletrônicas. As possibilidades são infinitas e inexploradas, e vão desde as “casas ou automóveis inteligentes” até os androides reais e virtuais para finalidades diversas, incluindo toda a diversidade dos jogos on line. (BELLONI, 2001, p. 21) Tudo isso quer dizer que praticamente não se existe limites quando se fala em TIC. Suas possibilidades de utilização, manipulação, investigação, entre outras coisas, são gigantescas, e todas essas mudanças acontecem segundo MARTINO (2004, p. 271), por que: “As alterações na tecnologia pela ação humana não se separam de sua cultura, de sua história e das sociedades formadas. A relação não é de causa e efeito, mas dialética: tecnologias foram e são formadaspela cultura humana”. Portanto, entendemos aqui que a cultura humana é uma das principais impulsionadoras das invenções tecnológicas, os homens em sociedades buscam as transformações que lhes acham cabíveis e necessárias para cada sociedade, cultura, e é nesta perspectiva que provavelmente se deu o surgimento da Universidade Aberta do Brasil (UAB). 13 2.2 A Universidade Aberta do Brasil (UAB) Conhecendo um pouco sobre a história da Universidade aberta do Brasil (UAB), iremos compreender melhor, quais seus princípios e finalidades, e isto, é muito bem apresentado a seguir: O sistema UAB foi oficializado pelo decreto nº 5.800, de 8 de junho de 2006, destacando a articulação e interação de instituições de ensino superior, municípios e estados, visando a democratização, expansão e interiorização da oferta de ensino superior publico e gratuito no país, bem como ao desenvolvimento de projetos de pesquisa e de metodologias inovadoras de ensino, preferencialmente para a área de formação inicial e continuada de professores da educação básica. (MOTA, 2009, p. 300). Desse modo, entendemos a importância que tem a UAB para a EaD, pois a UAB pode ser considerada como um instrumento que tem proporcionado o avanço e enfrentamento da qualificação da educação básica e da valorização dos professores, a fim de levar o conhecimento, cada vez mais próximo às pessoas que por vários motivos não conseguiam chegar aos bancos das universidades. Nas palavras do pesquisador: Mais e mais a educação a distancia tem demonstrado, na prática, ser um meio adequado a responder, com qualidade e em custos mais baixos, a demanda crescente e flexível por formação profissional, tanto em nível social quanto empresarial. (LOBO NETO, 2001, p. 87). Destarte, fazendo uma ligação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) com a Universidade Aberta do Brasil (UAB), iremos perceber o quanto as TIC foram e são importantes para a o sistema de Universidade Aberta, assim como para a Educação a Distância (EaD). O sistema UAB, agregado a várias ações e projetos do MEC, visa a proporcionar o uso dos meios de comunicação e de tecnologia na educação, especialmente para a formação inicial e continuada de professores para a educação básica, com uma dimensão de expansão e atendimento que somente a EAD permite. Os Cursos de formação inicial ou continuada de professores possibilitarão não apenas uma formação em exercício e em larga escala e dimensão, mas também um ensino em que estejam presentes de forma associada à pesquisa, a extensão e o ensino. Ou seja, por meio da EAD, pode-se criar uma rede de aprendizagem significativa na qual o professor, o tutor, o professor-aluno interagem constantemente, vivenciando experiências inter e multidisciplinares, de construção coletiva e individual do conhecimento, desenvolvendo competências e habilidades, atitudes e hábitos, relativos tanto ao estudo e a profissão quanto a sua própria vida. Nesse sentido, podem-se transformar os educadores e seus respectivos alunos em autores do seu próprio conhecimento com o uso da tecnologia, 14 que cada vez mais está próxima da educação, em que se criam e se efetivam possibilidades de sua utilização como um valioso instrumento e recurso didático. (MOTA, 2009, p. 301-302) Sendo assim, entendemos a grande importância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para a Educação a Distância (EaD). Na UFRN foi criada em maio de 2003 uma secretaria, que funciona vinculada a reitoria, para implementar o ensino de graduação a distancia. E em 2004 a UFRN lança o primeiro edital da SEED. Como podemos ver com precisão no site da SEDIS (2011, p. Sobre a SEDIS): A Secretaria de Educação a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi criada em junho de 2003, com o objetivo de fomentar a Educação na sua modalidade à distância e estimular o uso das tecnologias de informação e comunicação como ferramenta de ensino e aprendizagem. Funcionando na Praça Cívica do Campus Central, a SEDIS está em condições de prestar assessoria pedagógica e técnica para projetos de cursos à distância. Assim sendo, conhecemos um pouco o pioneirismo no ensino EaD da UFRN e, entendemos quais seus objetivos com a concepção dessa modalidade de ensino. Através da SEDIS, a UFRN implementou esses cursos de EaD em nível de graduação, e segundo PERNANBUCO (2011, p. 18): A SEDIS montou uma estrutura de produção de materiais impressos e audiovisuais, e o sistema de acompanhamento do Moodle foi integrado ao SIGAA, sistema de acompanhamento de todos os cursos da UFRN. Essa estrutura vem atendendo não só aos cursos de graduação da UAB, mas a cursos de extensão à distância, cursos ofertados por convênios específicos e a demanda de cursos presenciais da instituição. Nesse contexto surge também o Curso de Pedagogia EaD - UFRN (Polo Macau/RN), com duas turmas, uma no segundo semestre de 2012, e outra em 2014.1. Com a matrícula de 60 alunos na primeira turma e 45 na segunda. Ambas as turmas anda estão em andamento, a primeira, com previsão de conclusão para o final desse semestre de 2016.1, mas, já são em número 25 alunos que tiveram o curso cancelado por abandono ou desistência. Para tanto, no que concerne a modalidade EaD, discutiremos mais a fundo no próximo tópico, colocando em discussão autores que argumentaram acerca dessa modalidade de ensino. Buscando entender os benefícios que um ensino dessa natureza pode trazer para a nossa atual sociedade. 15 2.3 O aluno na modalidade de educação à distância (EaD) Afunilando nossa pesquisa acerca da temática que abrange as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e a Educação à distância (EaD), trataremos neste tópico acerca dessa questão tão atual que invade os espaços escolares que é a EaD. Nessa perspectiva buscaremos debater com diversos autores sobre esse assunto. Assim, começaremos um debate analisando a citação a seguir: A educação a distancia evoluiu ao longo de diversas gerações. A primeira geração ocorreu quando o meio de comunicação era o texto, e a instrução, por correspondência. A segunda geração foi o ensino por meio da difusão pelo rádio e pela televisão. A terceira geração não foi caracterizada pela tecnologia de comunicação, mas, preferencialmente, pela invenção de uma nova modalidade de organização da educação, de modo mais notável nas “universidades abertas”. Em seguida, na década de 1980, tivemos nossa primeira experiência de interação de um grupo em tempo real a distancia, em cursos por rádio e videoconferência transmitidos por telefone, satélite, cabo e redes de computadores. Por fim, a geração mais recente de educação a distancia envolve ensino e aprendizado on-line em classes e universidades “virtuais”, baseadas em tecnologias da internet. (MOORE e KEARSLEY, 2013, p. 33). De maneira mais sucinta podemos dizer que a citação acima fala justamente da evolução da educação a distancia, a qual passa por basicamente cinco distintos momentos em sua história. São eles: correspondência; transmissão por rádio e televisão; universidade aberta; teleconferência e internet/web. Diante disso, existe uma colocação muito pertinente: A educação a distancia tem se desenvolvido muito nas ultimas décadas, incorporando procedimentos metodológicos que aumentam a independência e a criatividade do aluno, aproveitando-se de meios tecnológicos de comunicação cada vez mais interativos e usufruindo de experiências de administração que tem mostrado a capacidade dos sistemas educativos a distancia em reduzir custos coletivos. (LOBO NETO, 2001, p. 93) É por esse desenvolvimento tecnológico, acima citado, que a educação a distância tem se desenvolvido consideravelmente, e consequentemente trazendo uma maior oportunidade de acesso dos alunos as universidades. E não tem sido diferente aos alunos do Brasil,pois: “Em 2003, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) cria a secretaria de educação a distancia (SEED) com o argumento de promover a expansão do ensino superior. [...] Ampliando as oportunidades de acesso a esse nível de ensino” (PERNAMBUCO, 2011, p. 14). 16 E ainda segundo Pernambuco (2011, p. 16), Em dezembro de 2005, as ações da SEED são configuradas no sistema universidade aberta do Brasil (UAB). Ocasionando assim uma oportunidade ainda maior para muitas pessoas que almejam no ensino a distância uma maneira de conseguir ter uma formação acadêmica. Pois como é muito bem apresentado no decreto nº 5622, que regulamenta o artigo 80 da lei de diretrizes e bases da educação (LDB), a educação a distância caracteriza-se: Como a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagogica nos processos de ensino aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempo diversos. (decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005). Com o decreto acima exposto fica demonstrado o meio tecnológico como uma ferramenta didática importantíssima na hora de utilizar-se da educação à distância, para tornar o processo de ensino aprendizagem regulamentado e embasado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. E LOBO NETO (2001), vem nos apresentar na citação abaixo essa ligação entre a EAD e as TIC: A EAD no contexto da revolução tecnológica se apresenta como uma alternativa de grandes potencialidades no sentido de possibilitar “um maior acesso a uma melhor qualidade”. Para tal necessita apostar na confluência da qualidade formal e política, tendo em vista a formação do cidadão e não apenas do especialista. Esse é o nosso desafio. (LOBO NETO, 2001, p.83) Desta maneira, entendemos que a formação na educação a distancia deve ter bem mais que a ideia de educar, academicamente falando, mas é preciso que essa formação a distancia tenha uma perspectiva de tornar o cidadão mais critico e reflexivo, político e social, capaz de intervir na melhoria de sua sociedade, demonstrando ser sujeito ativo, e isso também o leva a ser muitas vezes um aluno autônomo. Com isso, veremos abaixo algumas citações de autores no que concerne ao ato de ser autônomo no contexto da educação a distancia: A educação a distância é um sistema tecnológico de comunicação de massa e bidirecional, que substitui a interação pessoal, em aula, de professor e aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e o apoio de uma organização tutorial, que propiciam a aprendizagem autônoma dos alunos. (LOBO NETO, 2001, p. 30-31). Em relação a ver o aluno como sujeito autônomo, as autoras DANTAS e RÊGO (2011, p. 115), dizem que a EaD supõe estratégias em que a centralidade do processo de ensino aprendizagem está no aluno, o qual é sujeito do seu aprendizado, desenvolvendo, desse 17 modo, a autonomia e independência em relação ao professor, que orienta no sentido de “aprender a aprender e aprender a fazer”. A aprendizagem em EaD se articula com o campo de atuação do aluno, o qual consiste em um adulto capaz de ser sujeito de seu próprio processo de aprendizagem, que será desenvolvido ao longo de sua vida e de forma colaborativa. Para que esse processo ocorra, é necessário que o ambiente de ensino-aprendizagem proposto ofereça serviços de apoio, estratégias interativas e integração de diversas mídias. (SILVA; BRITO; FERNANDES e LUCENA, 2011, p. 24). Já os autores MOORE e KEARSLEY (2013, p. 162) acreditam que: “Os bons alunos autodirigidos são capazes de: (a) criar seus próprios objetivos de aprendizado, (b) identificar recursos que os ajudarão a alcançar seus objetivos, (c) escolher métodos de aprendizado para cumprir tais objetivos e (d) testar e avaliar seu desempenho”. E para fechar esse ciclo de ideias sobre os sujeitos autônomos temos a visão logo abaixo: Definindo melhor e com categorias didáticas, portanto, estudantes são autônomos quando assumem e executam as funções dos docentes. Isso significa: quando eles mesmos reconhecem suas necessidades de estudo, formulam objetivos para o estudo, selecionam conteúdos, projetam estratégias de estudo, arranjam materiais e meios didáticos, identificam fontes humanas e materiais adicionais e fazem uso delas, bem como quando eles próprios organizam, dirigem, controlam e avaliam o processo da aprendizagem. (PETERS, 2003, p. 95) Portanto, como apresenta PETERS (2003) compreendemos ainda melhor que ser um estudante autônomo é muito mais que exercer todas as funções necessárias de um estudante, mas é comportar-se como estudante, como tutor, como docente, isto é, tomar as decisões precisas para que o processo de aprendizagem aconteça. No entanto, os autores SILVA; BRITO; FERNANDES e LUCENA (2011, p. 36) acreditam que: “O contato entre os tutores e a equipe de professores, bem como com a coordenação do curso, é de suma importância para o aprendizado do aluno, bem como para as melhorias nas estratégias e metodologias, uma vez que estão em contato direto com os alunos”. Além disso, podemos considerar também que na Educação a Distância (EaD) existem o que podemos chamar de pilares da EaD, que é justamente o tutor presencial e distância; o material didático seja impresso ou digital; os docentes; toda a infraestrutura do polo de apoio; os recursos didáticos metodológicos utilizados; o ambiente virtual; as TIC; e claro, os alunos, elementos essenciais para que ocorra a EaD. 18 Nesse sentido, falando um pouco sobre a EaD, e sobre os alunos que procuram essa modalidade de ensino, podemos destacar um pouco da acessibilidade que ela tem, pois, nessa modalidade, são vários os beneficiados que encontram uma oportunidade para realizar seus estudos. Alguns exemplos de pessoas que “desfrutam” do ensino a distancia são pais com filhos em casa, idosos, deficientes, e talvez em sua maioria pessoas que moram em áreas rurais ou remotas. No que concerne a isso, FIREMAN e VIDAL (2011, p. 146) fala que “A EaD apresenta-se com uma flexibilidade de tempo e espaço, mas há o compromisso de cumprimento de prazos estabelecidos para a entrega das atividades e avaliação presencial”. Isto é, embora exista uma visão de acessibilidade e flexibilidade para vários públicos alvos, deve existir a contrapartida desses alunos, que é justamente o compromisso e responsabilidades durante o curso. Diante disso, pesquisadores nos apresentam que: Na UFRN, as matrizes e os direcionamentos para o desenvolvimento da EaD estiveram baseados nas características que acentuam o uso das TICs no processo de ensino aprendizagem, no estímulo a autonomia e interatividade do aluno, na busca por construir ambientes colaborativos, visando à construção coletiva do conhecimento. (DANTAS e RÊGO, 2011, p. 114). No entanto, utilizar de meios tecnológicos na EaD não é o mesmo que estar inovando, como bem nos é apresentado por BELLONI (2001, p. 89), quando fala que: “Evidentemente, a simples introdução de um suporte tecnológico não significa inovação educacional. Esta só ocorrerá quando houver transformação nas metodologias de ensino e nas próprias finalidades da educação”. Por conseguinte, podemos concluir: A educação a distancia por meio da web é possível. O que resta a fazer envolve a pratica dos professores da rede de educação de gestão pública, privada e de todo cidadão interessado, se entendermos que a educação implica transformação de si mesmo e do outro é educar para a liberdade. (GOMEZ, 2004, p. 161) Diante das discussões, vimos que o sucesso da educação à distância no Brasil é recente, apesar de o modelo ser antigo, se levarmos em conta os cursos por correspondência. Mas, o fato é que é preciso ter maturidade para encarar uma rotina mais solitária de estudo. Assim, buscamosentender melhor um perfil de aluno próprio da modalidade EaD, e percebemos que as pessoas que fazem uma graduação de ensino a distância se apresentam 19 como pessoas de idade em média de 25 anos ou mais, são casadas e trabalham. Algumas delas são pessoas que não conseguiram ingressar em um curso superior logo depois do ensino regular e já estão no mercado de trabalho, outras buscaram na EaD sua segunda graduação. Além do aluno de EAD ter de cinco a dez anos mais do que o estudante tradicional, ser casado e ter filhos na maioria dos casos, ele também se apresenta uma pessoa com disciplina, motivada e organizada. Portanto, organizamos e apresentamos logo abaixo uma tabela para melhor demonstrar essas características: Quadro 1: Características necessárias aos alunos de EaD. CARACTERISTICAS ESSENCIAIS PARA ALUNOS EAD Capacidade de automotivação. Disciplina e Organização. Saber ler com foco. Conseguir se autogerenciar, sem precisar da intervenção sistemática do professor ou dos colegas. Internet de qualidade à disposição e facilidade com a internet e com os ambientes virtuais. Fonte: Autoria própria Por fim, diante de todas essas apresentações dialogadas e enriquecidas com colocações de vários autores acima citados, compreendemos mais a ligação entre TIC, UAB, e EaD, no processo de ensino aprendizagem. E é com essas ideias que discutiremos na próxima fase desse trabalho a analise dos resultados de uma pesquisa realizada através de questionários, no intuito de entender o Perfil dos alunos do Curso de Pedagogia EaD - UFRN (Polo de Macau/RN), analisando os desafios, vantagens e sucessos da aprendizagem. 20 3 PESQUISA E ANÁLISE DOS DADOS 3.1 Parâmetros Metodológicos da Pesquisa Como já assinalado, a escrita desse trabalho acontece com base em uma pesquisa acerca do Perfil dos alunos do Curso de Pedagogia EaD - UFRN (Polo de Macau/RN) no qual analisamos os desafios, vantagens e sucessos da aprendizagem deste público alvo durante o curso de graduação. Desse modo, a pesquisa foi realizada através da aplicação de questionários estruturados em formato eletrônico e aplicado via ambiente virtual de aprendizagem (Moodle Mandacaru) do curso, a partir do qual elaboramos questões sobre a identificação dos alunos; sua família; a relação com o trabalho e com a EaD superior pública da UFRN. De caráter quantitativo, a pesquisa se delineia como sendo investigativa e descritiva, aplicadas aos alunos que ingressaram no Curso de Pedagogia EaD – UFRN (Polo de Macau/RN), nas turmas ofertadas no período de 2012.2 e 2014.2. Ser aluna da primeira turma do Curso de Pedagogia EaD – UFRN (Polo de Macau/RN) foi um dos principais critérios que impulsionaram a seleção do estudo e escrita desse trabalho; contribuição acadêmica e social seriam os outros motivos pelos quais estamos a pesquisar essa temática. Critérios já mencionados e esclarecidos na introdução deste trabalho. Em relação ao curso de Licenciatura em Pedagogia EaD UFRN, podemos analisar como exposto no site da SEDIS (2011, p. Cursos/ Cursos oferecidos /Graduação /Licenciatura /pedagogia ) que: O curso de PEDAGOGIA a distância nasceu a partir das demandas dos municípios, demonstradas através da Plataforma Paulo Freire e do Plano de Ações Articuladas – PARFOR/MEC, que demonstrou a carência de formação inicial de professores, tendo em vista a inclusão da educação infantil no FUNDEB e a recente obrigatoriedade atribuída ao atendimento das crianças de 4 e 5 anos, além da expansão do ensino fundamental para 9 anos. Esses fatos geraram a necessidade de qualificar educadores para exercerem uma prática pedagógica comprometida com os ideais de uma sociedade inclusiva, justa e solidária. Para UFRN foi esta realidade que indicou a direção a ser tomada, no sentido de realizar o curso de Pedagogia à distância, que forme e qualifique professores que não possuam tal titulação. No momento em que atingimos níveis bastante elevados de desenvolvimento tecnológico, devemos capitalizá-los para a educação, melhorando o perfil acima apresentado no que tange à formação dos educadores, e conseqüentemente, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e cultural do país. 21 Nessa perspectiva, portanto, a UFRN cria seus polos de apoio ao ensino superior no interior do Estado, proporcionando assim, o acesso e a qualificação de profissionais para exercerem suas profissões com maior segurança. Nesse sentido, segundo a UFRN o objetivo geral do curso de pedagogia EaD era justamente poder: Habilitar professores, por meio do curso superior, para o exercício da docência em Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e para atividades de coordenação e assessoramento pedagógico em escolas, instituições do sistema educacional e projetos educativos em espaços não escolares. O profissional formado pelo Curso de Pedagogia será capaz de atuar na docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, em atividades de gestão e coordenação do trabalho pedagógico e em outros espaços educativos não escolares, a partir da compreensão do significado sócio - político de sua prática pedagógica, com competência intelectual e técnica, criatividade e consciência profissional. O Curso de Licenciatura em Pedagogia em sua modalidade EaD tem uma carga horária total de 3200 horas (Resolução CNE/CP 01/2006). Essa carga horária será cumprida em um período de quatro anos, distribuídas em 08 semestres, de acordo com uma estrutura curricular que articula atividades teóricas e práticas. (SEDIS, 2011, p. Cursos/ Cursos oferecidos /Graduação /Licenciatura /pedagogia). Para tanto, no que concerne ao processo de formação docente, na UFRN, entendemos que os discentes têm oportunidade de vivenciar uma graduação com uma gama de conhecimentos que os possibilitam atuarem em várias áreas, como a educação infantil, o ensino fundamental menor e também atividades de gestão e coordenação pedagógica, além de poderem atuar em espaços não escolares, assim seja necessário o apoio desse profissional. É perceptível também que desde o início do curso, a prática de ensino, a qual busca ser vista como integradora entre a docência e a realidade social, econômica, bem como de sua área/curso, na interlocução com os referenciais teóricos do currículo. Os estágios, por sua vez, apresentam-se como uma atividade prática, que ocorre junto às escolas e unidades educacionais, de modo a observar e registrar, tendo em vista a articulação teoria e prática, com foco também nos aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos das instituições educativas. Podemos dizer que o curso EaD pedagogia visa, ainda, a iniciação à investigação e ao ensino, por considerar que a formação profissional não se desvincula da pesquisa. Destarte, a pesquisa deu-se em um Polo EaD - UFRN situado na cidade de Macau, município brasileiro no Estado do Rio Grande do Norte, localizado na microrregião de Macau, na Mesorregião Central Potiguar e no Polo Costa Branca. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2008 sua população era estimada em 27.951 habitantes. Possui uma área territorial de 788 km² e está localizada a 175 km da capital do estado, Natal. Este município está numa região produtora de sal marinho (uma das principais do Brasil), petróleo e de pescados, sendo um dos maiores produtores nacionais de sardinha. É bastante conhecido na regiã o estado do Rio Grande do Norte. O Polo UAB de Macau Barros, localizado na Rua Padre João Clemente, s/n. º, no bairro Porto de São Pedro, sob coordenação dos Professores Geraldo Alves Diniz e Luiz Bouquillard. Nesse polo são oferecidos dez cursos, sendo um de Bacharelado em Administração Pública, e nove cursos de licenciatura em: Ciências Biológicas Pedagogia, Química e História IFRN, são eles: Educação Ambiental e Geografia do Semiáridoe uma Especialização em Educação Ambiental e Geografia do Semiárido. No total o polo apresenta 606 (seiscentos e seis) alunos. O polo da UFRN Macau é composto por um espaço físico com estrutura de primeiro andar, e suas condições de uso das dependências do Campos tem 02 Salas de aulas, 01 Sala de professores/tutores, 01 Laboratóri Laboratório de Matemática e de Geografia, 01 Laboratório de Informática I, 01 Laboratório de Informática II, 01 Biblioteca, 01 Secretaria/Coordenação, 01 Auditório, 02 Sanitários coletivos para alunos (masculinos), 02 Sanitários coletivos para alunos (femininos), Pouso Universitário: para servidores, docentes e/ou tutores da UFRN, 01 Sanitários coletivos para servidores (Masculino), 01 Sanitários coletivos para servidores (Feminino), 01 Almoxarifado (Material Consumo), 01 central coberto. Possui uma fachada de estrutura moderna, para os padrões da época atual, coforme se apresenta imagem abaixo: Figura 1: Fachada da estrutura física Fonte: (Sedis, 2011) principais do Brasil), petróleo e de pescados, sendo um dos maiores produtores nacionais de sardinha. É bastante conhecido na região por seu carnaval, o que atrai visitantes de quase todo o estado do Rio Grande do Norte. O Polo UAB de Macau (campo de pesquisa) funciona no Campus Prof. Rua Padre João Clemente, s/n. º, no bairro Porto de São Pedro, sob coordenação dos Professores Geraldo Alves Diniz e Luiz Bouquillard. Nesse polo são dez cursos, sendo um de Bacharelado em Administração Pública, e nove cursos de Biológicas, Educação Física, Física, Geografia Química e História. Além desses, o polo ainda da apoio a dois IFRN, são eles: Educação Ambiental e Geografia do Semiárido e uma Especialização em Educação Ambiental e Geografia do Semiárido. No total o polo apresenta 606 (seiscentos e seis) alunos. O polo da UFRN Macau é composto por um espaço físico com estrutura de primeiro andar, e suas condições de uso das dependências do Campos tem 02 Salas de aulas, 01 Sala de professores/tutores, 01 Laboratório de Química e Biologia, 01 Laboratório de Física, 01 Laboratório de Matemática e de Geografia, 01 Laboratório de Informática I, 01 Laboratório de Informática II, 01 Biblioteca, 01 Secretaria/Coordenação, 01 Auditório, 02 Sanitários masculinos), 02 Sanitários coletivos para alunos (femininos), Pouso Universitário: para servidores, docentes e/ou tutores da UFRN, 01 Sanitários coletivos para servidores (Masculino), 01 Sanitários coletivos para servidores (Feminino), 01 (Material Consumo), 01 - Almoxarifado (Material Didático), 01 Copa Possui uma fachada de estrutura moderna, para os padrões da época atual, coforme se Fachada da estrutura física - UFRN Polo de Macau/RN. (Sedis, 2011) 22 principais do Brasil), petróleo e de pescados, sendo um dos maiores produtores nacionais de o por seu carnaval, o que atrai visitantes de quase todo Campus Prof. Benito Maia Rua Padre João Clemente, s/n. º, no bairro Porto de São Pedro, sob coordenação dos Professores Geraldo Alves Diniz e Luiz Bouquillard. Nesse polo são dez cursos, sendo um de Bacharelado em Administração Pública, e nove cursos de Geografia, Letras, Matemática, . Além desses, o polo ainda da apoio a dois Cursos oferecidos IFRN, são eles: Educação Ambiental e Geografia do Semiárido e uma Especialização em Educação Ambiental e Geografia do Semiárido. No total o polo apresenta uma quantidade de O polo da UFRN Macau é composto por um espaço físico com estrutura de primeiro andar, e suas condições de uso das dependências do Campos tem 02 Salas de aulas, 01 Sala de o de Química e Biologia, 01 Laboratório de Física, 01 Laboratório de Matemática e de Geografia, 01 Laboratório de Informática I, 01 Laboratório de Informática II, 01 Biblioteca, 01 Secretaria/Coordenação, 01 Auditório, 02 Sanitários masculinos), 02 Sanitários coletivos para alunos (femininos), 01 - Pouso Universitário: para servidores, docentes e/ou tutores da UFRN, 01 Sanitários coletivos para servidores (Masculino), 01 Sanitários coletivos para servidores (Feminino), 01 Almoxarifado (Material Didático), 01 Copa, 01 Pátio Possui uma fachada de estrutura moderna, para os padrões da época atual, coforme se 23 Os funcionários são compostos por: 01 Coordenador Acadêmico UAB - Servidor efetivo – UFRN, 01 Coordenador Administrativo - Servidor efetivo – UFRN, 02 Assistentes em Administração - Servidor efetivo – UFRN, 07 Servidores da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) – Parceria com a UFRN, 01 Funcionário cedido pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos – PM de Macau, 02 Secretários – FUNPEC, 02 Auxiliares de serviços gerais – SAFE, 04 Vigilantes - Garra Vigilância LTDA. E para dar suporte a essa pesquisa temos como sujeitos os alunos pertencentes às duas turmas do Curso de Pedagogia EaD – UFRN (Polo de Macau/RN). A escolha desse público alvo aconteceu no sentido pesquisar e analisar as suas opiniões e posicionamentos, acerca de sua atuação enquanto aluno de um curso EaD UFRN, entendendo os seus desafios, vantagens e sucessos ao longo do curso. Para realizarmos nossa pesquisa escolhemos elaborar um questionário a ser aplicado aos discentes das duas turmas do Curso de Pedagogia EaD – UFRN (Polo de Macau/RN). Desse modo, podemos ter uma maior confiabilidade das posições de cada aluno em relação a cada questão nele abordada. Isto é, entendemos que é através de um questionário que podemos analisar de maneira mais precisa como cada aluno percebe o Curso Pedagogia EaD UFRN. Assim, propusemos como temáticas para nortear o questionário assuntos que buscam perceber qual o perfil desses alunos. Portanto, foi nessa perspectiva que o elaboramos com questões que pretendem traçar um perfil acerca desses discentes, que dizem respeito ao discente enquanto pessoa / indivíduo. Em seguida, temos questões sobre o discente e sua família, em seguida acerca da relação do mesmo com o trabalho. E, por fim, questões que se referem ao aluno e a EaD superior publica (UFRN). Nesse sentido, partimos do sujeito como dimensão individual para o sujeito em sua dimensão social para, finalmente, abordarmos suas percepções sobre sua dimensão profissional, uma vez que estamos tratando com professores em atividade (no caso dos que já lecionam) e com professores em formação (já que o nosso público, como já especificado anteriormente, são de formando do curso de Pedagogia EaD). Desse modo, tivemos o apoio para elaboração do questionário de um técnico da Secretaria de Educação a Distância – SEDIS da UFRN, que se utilizou do Google Forms que permite elaborar questionário. Assim, foi enviado um link via Moodle Mandacaru para os discentes das duas turmas, que as receberam como mensagem a proposta para respondê-lo. Nesse programa, podemos assim visualizar os resultados de modo que já se apresentam tabulados, o que se tornou necessário somente analisa-los conforme podemos ler a seguir. 24 3.2 Análises dos Dados Depois de elaborado e aplicado o questionário da pesquisa, apresentamos agora a análise dos dados gerados, embasados a partir da fundamentação teórica desenvolvida anteriormente. Além da discussão do questionário também estamos expondo uma tabela de informações do curso de pedagogia EaD – UFRN colhidas na coordenação do curso de pedagogia. Com dados numéricos de todos os polos onde existe o curso de pedagogia à distância, no sentido de compará-los especificamente com o polo de Macau. O universo dos alunos pesquisados foi composto por discentes das turmas de quinto e oitavo período do Curso de Pedagogia EaD – UFRN (Polo de Macau/RN). O questionário foi aplicado entre os dias 12 a 30 de abril de 2016. Por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. Com mensagens para os alunos com olink para acesso ao questionário, o mesmo foi encaminhado para 82 alunos matriculados no Curso de Pedagogia EaD – UFRN (Polo de Macau/RN). Sendo que, deste total apenas 66 ainda estão cursando esta graduação. Dos quais obtivemos apenas 27 respostas, isto é, vinte e sete pessoas responderam ao questionário. Mas, no entanto, nem todas responderam todas as questões, como veremos nos gráficos abaixo. A contribuição dada pelos alunos questionados abrangeu diversas áreas contemplando os vários itens do roteiro do questionário (sobre o entrevistado; ele e sua família; ele e o trabalho; e o entrevistado e a EaD Superior Pública UFRN). Além de questões levantadas junto à coordenação do Polo de Macau e também a coordenação do Curso de Pedagogia EaD UFRN. Os tópicos das questões propostas no questionário, com o objetivo de colher dados que apresentem os resultados acerca do perfil dos alunos de pedagogia que estudam na modalidade a distancia da UFRN, remetem a quatro principais eixos norteadores. São eles: “sobre você”, “você e sua família”, “você e o trabalho”, e por fim, “você e a EaD Superior Pública UFRN”. Nesse sentido, apresentaremos a partir de agora os resultados do questionário tabulados através de gráficos, dos quais faremos as apresentações de dados, discussões de respostas e análise dos resultados colhidos. Com relação às vinte e sete respostas obtidas dos questionários respondidos tivemos a contribuição das pessoas com as seguintes faixas etárias: 13 pessoas na faixa dos 20 anos, 9 pessoas na faixa dos 30 anos, e 5 pessoas na faixa dos quarenta anos, então podemos perceber que essa modalidade de ensino está abrangendo um público de pessoas mais jovens. Com relação ao sexo das pessoas que responderam ao questionário temos um percentual de 92% 25 feminino e 8% masculino. Um dado que também remete a realidade das turmas do curso de pedagogia como um todo, onde temos mais mulheres que homens estudando. E, a partir destes dados, um público de mulheres jovens. Com relação aos tipos de escolas que esses discentes frequentaram quando cursaram o ensino fundamental e médio, respectivamente, os gráficos a seguir mostram os dados (primeiro gráfico – Ensino Fundamental e segundo gráfico - Ensino Médio): Gráfico 1: Embasado na questão – Que tipo de escola os discentes frequentaram ao cursar o ensino fundamental? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. Gráfico 2: Embasado na questão – Que tipo de escola os discentes frequentaram ao cursar o ensino médio? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. Como mostra os gráficos mais de 75% das pessoas que responderam ao questionário estudaram o ensino fundamental e também no ensino médio em escolas publicas. Ou seja, os alunos que hoje estão cursando Pedagogia EaD – UFRN (Polo de Macau/RN) são oriundos, eminentemente, do ensino público. Apenas 16% são alunos de escolas particulares e, em 26 menor parcela, estariam os alunos vindos de um ensino parte em escola pública e parte em escola particular. Analisando o tópico sobre os discentes e suas famílias, percebemos que 52% dos discentes se consideram pardos, 32% brancos e 12% pretos. Abaixo temos outro gráfico onde expõe que mais de 55% dos discentes são casados, 36% solteiros e 8% separados. Gráfico 3: Embasado na questão – Como apresenta-se o estado civil dos discentes? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. Em relação à moradia dos alunos no momento eles responderam que 80% moram em casa com a família, 12% moram sozinhos e 8% estão em uma situação não definida, isto é, possivelmente estejam passando por alguma fase de transição, e, portanto não querem afirmar com certeza como se caracteriza sua moradia no momento. Partindo para o próximo tópico “você e o trabalho” questionamos se os discentes trabalham atualmente e suas respostam foram as seguintes: 88% dos alunos estão trabalhando e apenas 12% estão fora do mercado de trabalho. Continuando a análise dos dados colhidos através do questionário podemos perceber que o motivo mais importante para se ter um trabalho está descriminado da seguinte maneira: 8% diz que trabalhar é importante para se ter independência financeira, 12% para crescer profissionalmente, já a maioria 80% acredita que além dessas duas respostas anteriores é importante trabalhar para adquirir experiência. Nesse sentido, indagamos se os discentes trabalhavam remuneradamente durante a graduação e as respostas saíram conforme o gráfico abaixo: 68% disseram sim, todo o tempo, 16% sim, menos de um ano, 8% sim, de um a três anos, e 8% não trabalharam de maneira remunerada. 27 Gráfico 4: Embasado na questão – Os discentes trabalham remuneradamente durante a graduação? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. Cerca 60% dos discentes disseram trabalhar de 21 a 40 horas semanais durante os estudos de ensino superior, 26% trabalhavam mais de 40 horas semanais e 13% de 11 a 20 horas por semana. Expuseram que trabalhavam enquanto estudava com a finalidade de ajudar nas despesas com a casa, sustentar a família pouco mais de 66%, para se independente cerca de 20%, e 8,3 alegaram outra finalidade. Dos que trabalham atualmente cerca de 78% atuam como funcionário público do governo federal, estadual ou municipal. E 13% falaram ter outros vínculos como: estagiaria, missionária evangélica, ministra aulas de reforço, atua como ASG, e outros não trabalham. Perguntamos também há quanto tempo estão trabalhando, dois disseram não estarem trabalhando, os outros, menos de um ano: 3 pessoas, 10 anos ou menos: 12 pessoas, 12 anos a mais: 6 pessoas. Sendo assim, perguntamos como esse discente avalia estudar e trabalhar ao mesmo tempo durante a graduação. E eles disseram o exposto no gráfico abaixo: Gráfico 5: Embasado na questão – Como o discente avalia estudar e trabalhar ao mesmo tempo durante a graduação? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. 28 Segundo os alunos, 48% acreditam que trabalhar e estudar ao mesmo tempo atrapalha os estudos, mas possibilita o crescimento profissional, 24% apenas veem isso como crescimento profissional, 16% dizem que o trabalho atrapalha os estudos, e 8% não trabalham. Partindo para análise do tópico “você e a EaD superior pública UFRN”. Observamos que 92% dos alunos se consideram preparados para entrar no mercado de trabalho. Quando indagados sobre qual o principal resultado que esperam obter ao concluir o ensino superior, e podendo preencher mais de uma alternativa, disseram: 60% dizem querer obter um certificado de conclusão de curso, 64% querem uma formação básica necessária para obter um emprego melhor, 84% dizem querer obtenção de cultura geral e ampliação da formação pessoal, 64% formação básica necessária para continuar os estudos em uma pós-graduação, e 12 % atender a expectativa de meus pais sobre meus estudos. Conforme apresentado abaixo: 2 Gráfico 6: Embasado na questão – Qual principal resultado que esperam obter ao concluir o ensino superior? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagemMoodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. Continuando a análise da pesquisa, questionamos os discentes acerca de que decisão irá tomar ao concluir o ensino superior: 68% dizem querer continuar os estudos em uma pós- graduação, 20% querem continuar os estudos e procurar um emprego e 8% montar uma escolinha de reforço. Sobre estudar em um curso superior EaD UFRN, os discentes classificaram como 54,2% ótimo e 45,8% bom. 2 Por problema técnico não é possível observar a descrição completa das palavras postas no gráfico ao menos que seja vista individualmente quando passamos o cursor em cima de cada item, isto no site. Mas, como aqui se trata de uma imagem também não podemos ver a informação completa mesmo passando o cursor. Desse modo, para que seja compreendida a informação do gráfico, apresento aqui as informações completas: Obtenção um certificado de conclusão de curso; Formação básica necessária para obter um emprego melhor; Obtenção de cultura geral e ampliação da formação pessoal; Formação básica necessária para continuar os estudos em uma pós-graduação; Atender a expectativa de meus pais sobre meus estudos. 29 Fizemos questões também sobre a estrutura e funcionamento do polo de Macau, onde constatamos que 32% consideraram ótimo, 44% bom e 24% razoável. Em relação à atuação da gestão do curso de pedagogia (coordenação), 64% diz ser boa, 32% ótima e 4% razoável. Em relação à atuação do corpo docente, 87,5% satisfatório, 8,3% muito satisfatório. Sobre as orientações dos tutores a distancia nas tarefas, temos 80% das pessoas satisfeitas. Sobre a disponibilidade dos tutores presenciais para o atendimento ao discente, 56% diz-se ter tipo uma atenção muito satisfatória. No que concerne ao planejamento das atividades na EaD na UFRN, foi considerado por 68% dos alunos como bom, pois algumas disciplinas ainda deixam a desejar na elaboração de seu material didático, assim como nas disponibilidades dos acervos complementares. Mas, mesmo assim 64% classificaram o material didático com a clareza dos conteúdos e conceitos bons, mas precisam ser melhorados, os demais falaram ser de excelente qualidade. Sobre essa importância do material didático, mais precisamente dos acervos tecnológicos complementares: Nenhuma tecnologia isoladamente tem possibilidade de atender a todos os requisitos de ensino e aprendizado de todo um curso ou programa completo, satisfazer as necessidades dos diferentes alunos ou atender as variações em seus ambientes de aprendizado. Usar uma mescla de mídias resulta em diferenças de estilo ou de capacitação no aprendizado do aluno. Alguns alunos preferem o estilo de pensamento reflexivo associado ao texto impresso, ao passo que outros se adaptam bem ao diálogo ao vivo e dinâmico em uma conferencia por computador. Consequentemente, quanto mais alternativas de mídia são oferecidas, mais eficaz o curso de educação a distancia possivelmente será para uma faixa mais ampla de alunos. Outra razão que justifica a obtenção de diversas mídias e múltiplas tecnologias consiste em proporcionar disponibilidade e flexibilidade. Caso ocorra um problema com a utilização de uma tecnologia, a outra pode compensar. (MOORE e KEARSLEY, 2013, p. 126). Desse modo, percebemos o leque de possibilidades que um ensino a distância pode abranger para tornar o processo de ensino aprendizagem eficaz, não se tornando de nenhuma maneira, monótono ou incompreensível, mas sendo um espaço onde o conhecimento, a informação e a aprendizagem podem fluir. Posteriormente, indagamos também aos discentes sobre a aprovação deles em algum concurso público durante a sua graduação e 36% contaram ter sido aprovados em concursos como: Prefeitura Municipal de Natal (professor de educação infantil), Prefeitura Municipal de Macau (auxiliar de educação infantil), Prefeitura Municipal de Parnamirim (professor de educação infantil), Governo do RN – SEEC (professor pedagogo e suporte pedagógico). 30 Uma das principais inquietações que buscamos respostas neste questionário foi tentar entender quais as desvantagens/desafios os alunos enfrentaram no Curso de Graduação em Pedagogia EaD - UFRN. Podendo responder mais de uma alternativa, os discentes pronunciaram segundo o quadro abaixo: 3 Gráfico 7: Embasado na questão – Quais as desvantagens/desafios os alunos enfrentaram no curso de graduação em Pedagogia EaD – UFRN? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. Destarte, os alunos colocam que o maior desafio do curso é a sobrecarga de informações, chegando a ter 72% de votos. Em segundo lugar, temos com 32% a categoria outros, e nela os discentes colocaram como dificuldades o acesso ao polo nos dias de atividades presenciais. Mesmo considerando importante esse contato com professores e alunos, as aulas presenciais requerem tempo para deslocamento ao polo, custo financeiro e transporte, além de desestruturar seu horário profissional e doméstico, ou seja, alegam ter escolhido uma modalidade de ensino EaD, onde a obrigatoriedade presencial é apenas nos dias de prova, mesmo sabendo que proximidade no estudo traz benefícios a formação acadêmica. Os outros 24% remetem a dificuldades com o acesso a internet, e ao computador. Com relação às vantagens encontradas em uma graduação EaD, os discentes elencaram em primeiro lugar com 92% o horário de estudo flexível, isto é, possibilita ao aluno ter autonomia para organizar seu tempo de estudo, não sendo esse um horário engessado, mas 3 Por problema técnico não é possível observar a descrição completa das palavras postas no gráfico ao menos que seja vista individualmente quando passamos o cursor em cima de cada item, isto no site. Mas, como aqui se trata de uma imagem também não podemos ver a informação completa mesmo passando o cursor. Desse modo, para que seja compreendida a informação do gráfico, apresento aqui as informações completas: Dificuldades com o acesso a internet; Dificuldades com o acesso ao computador; Sobrecarda de informações; e Outros (dificuldades o acesso ao polo nos dias de atividades presenciais). 31 com possibilidades de mudanças diária, caso o aluno necessite. Em segundo lugar temos com 68% das pessoas dizendo que a vantagem no ensino EaD é que o aluno aprende a aprender, 48% falaram da autonomia na aprendizagem e familiaridade com as novas tecnologias, 9% elencam a economia com o material didático. Ou seja, são vários os motivos que colocam a EaD em vantagem a cada dia. O gráfico abaixo no mostra claramente esses dados citados acima: 4 Gráfico 8: Embasado na questão – quais às vantagens encontradas em uma graduação EaD? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. É de acordo com essa perspectiva que MOORE e KEARSLEY (2013), falam sobre os benefícios da EaD: Um dos benefícios da educação a distancia é o fato de poder proporcionar acesso à educação para muitos alunos que, de outro modo, não teriam essa oportunidade. Isso inclui populações rurais, pessoas com deficiência física, pais com filhos em casa e idosos. Entretanto, proporcionar um ensino a distancia efetivo para diferentes tipos de alunos exige uma boa compreensão de suas circunstâncias e limitações particulares. (MOORE e KEARSLEY, 2013, p. 243). Nesse sentido, ficam ainda mais explícitos os motivos da aceitabilidade do ensino a distância a um público cada vez maior nos dias de hoje, onde a barreira da acessibilidade e da presença físico corporal são substituídospelo intermédio das tecnologias, proporcionando que o aprendizado continue a acontecer. No entanto, de modo a abranger um público, que antes, muitas vezes, foram marginalizados pela sociedade educacional. 4 Por problema técnico não é possível observar a descrição completa das palavras postas no gráfico ao menos que seja vista individualmente quando passamos o cursor em cima de cada item, isto no site. Mas, como aqui se trata de uma imagem também não podemos ver a informação completa mesmo passando o cursor. Desse modo, para que seja compreendida a informação do gráfico, apresento aqui as informações completas: horário de estudo flexível; autonomia na aprendizagem; familiaridade com as novas tecnologias; economia com o material didático; o aluno aprende a aprender. 32 Diante dessa situação, fizemos também perguntas sobre o ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru e a maioria de 68% o caracterizaram como bom, pois ainda veem a necessidade de uma melhora. Uma das questões que mais confundem é que cada professor organiza sua pagina de uma maneira diferente, não existe um padrão de organização e isso dificulta para o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Uma maioria de 96% acessa esse ambiente virtual na sua própria casa e o restante diz utilizar o espaço do polo para fazer o acesso. Duas ou três vezes por semana, é a periodicidade que as respostas demarcaram. Já o percentual de acesso de 60% dos alunos pesquisados, a segunda maior porcentagem diz acessar todos os dias. Partindo agora para análise das disciplinas e notas começamos a questionar sobre a disciplina que os alunos tiveram maior desempenho, e a que eles atribuem essa desenvoltura, nas respostas as que mais aparecem é a disciplina Leitura, Interpretação e produção de texto, dizem que o professor era bom e dinâmico, além disso, se disseram gostar muito de ler, por isso a escolheram. Quando perguntados sobre qual disciplina os alunos tiraram a melhor nota, e quanto foi na média das respostas à disciplina de que mais aparece são as de Estágio com nota 10,0. Perguntamos ainda que disciplina sentiram maior dificuldade e ao que atribuem. Nas respostas, a tendência que predomina é alfabetização e letramento, isso por falta de uma boa elaboração dos conteúdos por parte da professora. Quando questionados que disciplina teve menor nota, apontam para: Profissão Docente e Alfabetização e Letramento, ambas inferiores a 6,0. Para finalizar colocamos como questão final a pergunta sobre se já vivenciaram a experiência de uma formação superior em modalidade presencial. E a resposta apresenta-se na imagem abaixo: Gráfico 9: Embasado na questão – Se os alunos já vivenciaram a experiência de uma formação superior em modalidade presencial? Fonte: Formulários Google. Questionário aplicado por meio do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru, cujo suporte e gestão estão na Secretaria de Educação a Distância – SEDIS. 33 Com 53,8% a turma é formada por alunos que já passaram por outra graduação, mas na modalidade presencial. Questionamos então quais as principais semelhanças e diferenças em estudar numa graduação presencial ou à distância, e dentre as resposta temos a seguinte: a diferença seria a organização do tempo com mais flexibilidade; na semelhança, a formação superior e preocupação curricular. Continuando nossa pesquisa, buscamos agora analisar uma tabela com dados gerais do Curso de Pedagogia EaD UFRN, disponibilizados pela coordenação do curso. Para tentar fazer um comparativo dos dados de todos os outros polos com o Polo de Macau – campo de pesquisa. Tabela 1: Dados sobre o Curso de Pedagogia EaD - UFRN, nos distintos polos de ensino. Fonte: Autoria própria. Como podemos ver na tabela acima, o Curso de Pedagogia EaD UFRN acontece em 12 polos de apoio localizados em municípios do interior do Estado do RN. São eles: Macau, Caicó, Currais Novos, Parnamirim, São Gonçalo, Caraúbas, Grossos, Luiz Gomes, Martins, Marcelino Vieira, Nova Cruz e Natal. Todos esses polos tiveram turmas abertas no semestre POLO: Maca u Caicó Currai s Novo s Parnamiri m São Gonçal o Caraúb as Grosso s Luiz Gome s Martin s Marcl . vieira Nova Cruz Natal Nº DE TURMAS 02 02 02 02 01 02 01 01 01 01 01 01 INICIO 1ª TURMA 2012. 2 2012. 2 2012. 2 2012.2 2012.2 2012.2 2012.2 2012. 2 2012. 2 2012. 2 2012. 2 2012. 2 INICIO 2ª TURMA 2014. 1 2014. 1 2014. 1 2014.1 2014.1 2014.1 - - - - - - VAGAS OFERTADAS EM CADA VESTIBULAR 2012. 2 60 2014. 1 50 2012. 2 60 2014. 1 50 2012. 2 60 2014. 1 50 2012.2 50 2014.1 50 2012.2 50 2014.1 50 2012.2 50 2014.1 50 2012.2 50 2014.1 - 2012. 2 50 2014. 1 - 2012. 2 50 2014. 1 - 2012. 2 50 2014. 1 - 2012. 2 60 2014. 1 - 2012. 2 58 2014. 1 - ALUNOS MATRICULAD OS NAS TURMAS (2012.2/2014.1) 67 - soma 63 - soma 73 - soma 58 – soma 31 72 - soma 36 31 28 35 47 28 ALUNOS QUE EVADIRAM 36 30 38 41 17 28 11 16 18 14 06 29 TUTORES PRESENCIAIS POR POLO 02 02 02 02 02 02 01 01 01 01 01 01 TUTORES A DISTÂNCIA POR DISCIPLINA 02 02 02 02 02 02 02 02 02 02 02 02 PROFESSORS ATUANDO 09 09 09 09 09 09 04 04 04 04 04 04 PROFESSORS MESTRES. 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 PROFESSORS DOUTORES. 08 08 08 08 08 08 03 03 03 03 03 03 34 de 2012.2, já no semestre 2014.1, apenas seis desses polos tiveram a oferta de uma segunda turma, conforme apresentado no quadro acima. No que concerne às vagas ofertadas em cada turma, podemos ver que no semestre 2012.2 Macau está entre os quatro polos com maior oferta - 60 vagas. Já no semestre 2014.1 a oferta de vaga é semelhante aos seis polos que tiveram vestibulares, com o numero de 50 vagas. Somando os alunos matriculados nas duas turmas (2012.2 e 2014.1), o Polo de Macau fica em terceiro lugar com 67 alunos no curso de pedagogia. Pois de acordo com o quadro acima 36 alunos evadiram do curso, mas para fecharmos essa conta, levando em consideração vagas ofertadas e alunos matriculados, cerca de sete alunos também devem ter abandonado o curso, mas ainda não foram contabilizados no momento desta análise. Vale salientar que esse Polo também fica em terceiro lugar no que concerne ao índice de evasão. Acerca dos tutores presenciais temos uma média de um ou dois por polo, conforme descrito no quadro acima. Já a tutoria à distância descreve-se dois para cada disciplina, no entanto, como aluna, percebo que em algumas disciplinas chega a ter uma quantidade de três tutores. Sobre os professores que fazem parte do quadro que ministram ou ministraram as disciplinas no Curso Pedagogia EaD - UFRN, pesquisamos na coordenação do curso suas titulações e pontificamos da seguinte maneira: 1 com Pós Doutorado, 10 Doutores, 3 Mestres, 3 não informaram sua titulação no site de busca da UFRN, e apenas 1 tem vinculo temporário com a instituição. Portanto, a turma que ingressou no semestre 2012.2 começará a ter concluintes agora no semestre 2016.1, no entanto, com exceção de 3 alunos que solicitaram antecipação do curso, e já o concluíram antecipadamente, segundo informações da coordenação. Os demais então caminham para uma conclusão e foi nessa perspectiva que buscamos nesse trabalho de pesquisa analisar o perfil dos alunos do Curso de Pedagogia EaD – UFRN (Polo de Macau/RN). Em suma, percebemos a aceitação dessa modalidade de ensino, onde a flexibilidade de horários para estudo é o elemento mais citado como mecanismo favorecedor para uma gama de contribuições na formação desse profissional que estará sendo instruído e capacitado a atuar, de modo responsável, na sociedade ao qual está inserido, trazendo benefícios