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Orientação a pais
Neste módulo abordaremos o treino parental ou orientação a pais em TCC. Serão abordados alguns aspectos que devem ser trabalhados com os pais.
Psicoeducação
A primeira estratégia de trabalho com os pais é a (psico)educação. O terapeuta deve dar aos pais informações básicas, como conhecimento do comportamento adequado ao desenvolvimento e o conhecimento de antecedentes e consequências do comportamento. A psicoeducação pode ser realizada através de discussões, leituras e modelagem, oferecendo aos pais recursos como livros, folhetos informativos e lista de leitura sobre terapia cognitivo-comportamental e desenvolvimento infantil. É importante conversar com os pais sobre o diagnóstico se houve um. Além das atribuições de leituras, tarefas de casas serão úteis para que os pais consigam implementar as estratégias comportamentais. Às vezes, a psicoeducação começa informando aos pais que a terapia infantil contará com a participação deles. O terapeuta deve comunicar que essa inclusão no processo de terapia é uma parte fundamental da solução de problemas com a criança e não ter a ver com culpa. Isto é, muitos pais podem se sentir culpados ou achar que fizeram algo errado ao serem convidados para participar do atendimento. Por isso, é importante comunicar aos pais desde o início que isso ocorrerá.
Atenção e reforço diferencial
Muitos pais procuram a terapia buscando aumentar os comportamentos “bons” de seus filhos. Técnicas para aumentar os comportamentos desejáveis são geralmente aplicadas antes que um comportamento negativo tenha ocorrido. Os pais estão ensinando seus filhos a se comportar de forma mais adequada. Nesse sentido, será ensinado aos pais a reforçar o comportamento adequado ou esperado. O termo reforço se refere a um estímulo que aumenta a frequência do comportamento. O reforço é uma estratégia comportamental básica para aumentar o comportamento desejado, podendo ser implementado de muitas formas. O reforço, ou recompensa, pode envolver dar alguma coisa positiva, como elogios, abraços, um brinquedo ou remover alguma coisa negativa, como ter que cumprir tarefas domésticas. Muitos pais negligenciam o reforço, focando apenas no comportamento negativo. Isto é, quando os pais deixam a criança sozinha ou não reconhecem o comportamento adequado, estão deixando de reforçar esse comportamento. Porém, quando dão atenção ao comportamento inadequado, passam a reforçá-lo.
O reforço se constitui de dois tipos: positivo e negativo. Devemos ensinar aos pais o que é reforço do comportamento adequado, para isso enfatizamos que, o reforço é tudo aquilo que aumenta o comportamento desejado. O termo positivo é quando algo bom é adicionado ao ambiente com o intuito de aumentar o comportamento, e o termo negativo é quando um estímulo aversivo é retirado para que o comportamento aumente de frequência.
Hora de brincar: sugerimos aos pais passar um tempo com seus filhos todos os dias. O tempo no chão é simplesmente um momento de brincadeira em que os pais se dedicam a brincar com a criança, seguindo a liderança dela. É indicado que os pais passem pelo menos 10 minutos por dia com a criança. Nesse momento de brincadeira, a criança é reforçada e o vínculo com os pais é fortalecido. Além disso, esse é um momento oportuno para modelar o comportamento da criança e ensinar estratégias de resolução de problemas.
Permitir escolhas:  permitir que a criança faça escolhas é outra forma de recompensa. Escolher é uma experiência muito rica para a maioria das crianças e adolescentes. Permitir a escolha também contribui para o desenvolvimento da autonomia da criança
Diferentes formas de reforçar crianças: a modelagem envolve reforçar passos graduais em direção ao comportamento desejado. Inicialmente reforça-se um pequeno passo, até que esse seja estabelecido firmemente. Posteriormente, passa-se a passos mais avançados. Exemplo: primeiramente reforça-se quando a criança leva a roupa limpa para o quarto, depois reforça-se quando ela também guarda a roupa no armário. O reforço deve ser imediatamente após o comportamento. O terapeuta deve ensinar aos pais diferentes formas de reforçar seus filhos como elogios verbais, reforço físico, atividades prazerosas e reforços palpáveis.
Dar ordens efetivamente
Ensinar os pais a dar ordens simples e efetivas diminuirá a frequência e número de ordens dadas e ainda, aumentará a taxa de obediência da criança. Recomenda-se aos pais que começam prestando atenção aos comandos que estão dando às crianças e deem apenas ordens que estão dispostos a cumprir. Dar inúmeras ordens que não terão consequências apenas ensina a criança que ela pode evitar cumprir as ordens.
Os pais precisam aprender também que dar um comando significa dar uma ordem e não fazer um pedido. Portanto, não se deve pedir que a criança faça algo a menos que os pais estejam dispostos a aceitar um “não” como resposta, uma vez que um pedido abre margem para uma resposta. Ao dar uma ordem, a probabilidade de recusar os comandos. A desobediência deve então resultar em consequências específicas.
 Outro erro comum é usar a palavra “vamos” para dar ordens. Os pais só deveriam dizer “vamos” se eles estão dispostos a realizar a tarefa com a criança. Essas declarações desorientam a criança e ensinam que não realizar a tarefa não terá consequências negativas. Para dar ordens efetivas, os comandos deveriam ser específicos e incluir estruturas de tempo para o término esperado (ex: você deve lavar a louça após o jantar). Dar apenas um comando de cada vez aumentará a chance de obediência. Tarefas múltiplas apresentadas de uma só vez, ou comandos em cadeia, provavelmente serão esquecidas; além disso, elas deixam pouco espaço para o sucesso, já que todas as instruções devem ser obedecidas para que o sucesso ocorra.
Fazer planos de controle da contingência
O controle de contingência é uma utilização específica do princípio do reforço. Seu objetivo é fornecer motivação externa necessária para que a criança obedeça a certos pedidos. O processo envolve o reforço positivo de comportamentos alvos em um esquema estabelecido. A criança ganhará recompensas ao realizar determinados comportamentos por um número de respostas ou por uma quantidade de tempo fixo. Para começar, os pais devem decidir quais comportamentos farão parte do plano de controle de contingência. Seja qual for o comportamento escolhido, os pais devem discutir com a criança a fim de que as expectativas parentais sejam claras. De maneira similar, o reforçador deveria ser claramente identificado e combinado com a criança. O reforçador deve ser estabelecido antecipadamente para que a criança saiba pelo que está trabalhando.
Extinção e time-out
Usar atenção e reforço diferencial, dar ordens efetivamente e fazer planos de controle a contingência aumentarão os comportamentos desejáveis. Porém, a momentos que os pais precisarão lidar com os comportamentos indesejáveis dos filhos. A atenção dos pais é um reforçador poderoso e os pais podem acabar reforçando o comportamento indesejado dando atenção a ele. Ignorar o comportamento é uma técnica parental na qual o adulto nega ou retira a atenção do comportamento inadequado. Dessa forma, ensinaremos os pais a ignorar os comportamentos indesejáveis, enquanto os comportamentos mais desejáveis são reforçados.
Ignorar os comportamentos de uma criança inclui desviar toda atenção, incluindo o contato visual e respostas verbais ao comportamento. Quando vamos ensinar os pais a ignorar os comportamentos, precisamos que eles se certifiquem que podem ignorar o comportamento, considerando que um comportamento destrutivo e de risco nunca pode ser ignorado.
O time-out é uma das técnicas parentais mais usadas. Essa técnica remove a criança de uma situação reforçadora e também pode ser chamada de “suspensão de reforçadores generalizados”. A remoção é temporária e planejada para servir como um instrumento de aprendizagem. Após breve remoção, a criança tem permissão para retornar a situação. Se um comportamento desejável é emitido, ela poderá continuar na atividadee ser reforçada. Se ela apresentar novamente um comportamento indesejado, nós a retiramos de novo e, então, será punida pelo comportamento. Os pais devem estabelecer quais são os limites para aplicar o time-out e uma vez estabelecido o comportamento que será tratado, os pais devem estar dispostos a continuar até o fim. Os pais devem estar cientes que no processo de extinção, antes de o comportamento melhorar haverá uma piora. O terapeuta deve reforçar que caso os pais cedam, pode diminuir as chances de o comportamento ser extinto. Em seguida, os pais escolhem uma cadeira e uma peça da casa para o time-out, um lugar que deve incluir distrações mínimas e nenhum reforçador. Então explicam o processo para a criança. O tempo no time-out deve coincidir com a idade da criança, sendo um minuto para cada ano da criança. Quando a criança estiver apresentando o comportamento alvo e o pai decidir implementar a técnica deve dizer para a criança ir para o time-out e o tempo que ela deve ficar lá.  Completando o tempo, a criança pode se levantar e sair.
 
 
Atividade Extra
 
Sugestão: Educar para poder confiar / Educate so you can trust | Marcos Piangers | TEDxPorto.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=C-MoChugxZk
 
 
Referência Bibliográfica
 
FRIEDBERG, Robert D.; MCCLURE, Jessica M. A Prática Clínica da Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes-2. Artmed Editora.2019.