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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA SHIRLEY DE OLIVEIRA FRANÇA VASCONCELOS A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA RECIFE 2022 SHIRLEY DE OLIVEIRA FRANÇA VASCONCELOS A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Trabalho de Pré-projeto apresentado como exigência da disciplina Pesquisa e Prática da Educação – Pré-Projeto. Orientador(a): VIVIANE DA COSTA LOPES RECIFE 2022 1. RESUMO Palavras-chave: Educação Inclusiva, ensino lúdico, brincadeiras, metodologias de ensino. INTRODUÇÃO O brincar faz parte da aprendizagem na educação, pois desenvolve o pensar, acelera o raciocínio, a coordenação motora e tátil, como também o desenvolvimento visual e auditivo de cada aluno. Desde o início da humanidade está presente jogos e brincadeiras e quando é utilizado para o aprendizado se alcança os interesses principalmente das crianças e uma vez que é desenvolvida a capacidade para determinado conhecimento, dificilmente se perderá, pois a aprendizagem fez sentido de alguma forma para a criança. Na análise de Piaget (1971), a brincadeira é entendida como ação assimiladora, e surge como forma de expressão da conduta, dotada de características espontânea e prazerosa, onde a criança constrói conhecimentos. Para Piaget (1971), quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objetivo não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui. O brincar representa uma fase no desenvolvimento da inteligência, marcada pelo domínio da assimilação sobre a acomodação, tendo como função consolidar a experiência passada. Ao brincar a criança a criança descobre seu mundo, suas habilidades, sua capacidade de reconhecimento, seu cognitivo intelectual, entre outros aspectos. Os jogos têm regras e ao mesmo tempo transmite o ensino de maneira prazerosa e significativa é um recurso muito importante para auxiliar a aprendizagem da criança na educação infantil. Segundo Venturini (2016): “A brincadeira projeta a criança em um universo alternativo excitante, no qual ela não só pode viver em situações sem limitações, mais também com menos riscos”. Afirma ainda que a brincadeira requer a tomada de decisão, para as crianças a brincadeira não é inata, não é natural, porque produz relações entre elas próprias com outras crianças e supõe-se que tenha uma aprendizagem social” (p.15). Seguindo o conceito de Venturini a brincadeira propõe a interação social, que é uma dificuldade para os alunos especiais e sabendo que é uma dificuldade delas essa metodologia se determina: Funcional e atrativa para quebrar essa barreira social. É possível trabalhar com jogos na escola sabendo que o educador precisa integrar o conteúdo com a atividade lúdica, pois os jogos é uma estratégia utilizada para o ensino e não a única. A atividade lúdica é uma estratégia usada para melhor interação dos alunos, proporcionando condições para o melhor desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo e social. Assim desenvolve a criança em um todo fazendo com que o educando avance no raciocínio, desenvolvendo o pensamento e estabelecendo contato social. É importante citar que através das brincadeiras a criança conquista seu espaço, constrói sua própria identidade, descobre suas limitações e aprende a enfrentar seus anseios, compreendendo as situações do brincar relacionando com seu cotidiano e aprendendo a respeitar os limites. E como integrar o lúdico na educação inclusiva? Seguindo a abordagem de Piaget: No inicio é predominante o jogo de exploração, por meio do estagio sensório-motor, em que o aluno manipula e explora os objetivos, consolidando os movimentos de repetição e reorganização; no pré- operatório, a atividade dominante é o jogo simbólico, nele a criança pode perceber que um objeto pode figurar outra coisa; e por fim, as operações concretas: nesse período a atividade dominante é o jogo de regras, sendo fundamental para o desenvolvimento das capacidades intelectuais. Nele a criança começa a compreender suas obrigações perante o coletivo. A criança com deficiência tem algumas limitações, seja ela intelectual, cognitiva, motora e social e a inclusão do ensino lúdico agrega a ingredientes indispensáveis no relacionamento interpessoal, na interação e criatividade estabelecendo uma relação de confiança no processo aprendizagem e construção do conhecimento. Segundo ROSA (2020): “A possibilidade de educar crianças e jovens com deficiência em um espaço escolar. Em seu sistema educativo, eram considerados os conhecimentos que cada criança possuía e, a partir disso, planejava atividades que partiam do conhecido para o desconhecido; do simples para o complexo”. Sabendo cada criança é que capaz de aprender se faz necessário uma abordagem do educador observando a individualidade de cada aluno e daí preservando a compatibilidade entre eles para assim fazer um planejamento que consiga incluir de maneira produtiva e eficaz todos os alunos sendo eles especiais ou não. Para a realização da pesquisa a respeito da importância do lúdico na Educação inclusiva, os principais autores lidos foram: Piaget (1896), Venturini (2016), Rosa (2020). Este estudo está fundamentado em pesquisas bibliográficas de metodologia qualitativa buscando uma compreensão da realidade da educação inclusiva. As bibliografias utilizadas são de autores que abordam a importância da atividade lúdica como recurso metodológico na aprendizagem da criança com deficiência intelectual, buscando contribuir como metodologia para o aluno da Educação Inclusiva. REFERÊNCIAS ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 2005. ANTUNES, C. Educação Infantil: prioridade imprescindível. Petrópolis: Vozes, 2004. ANTUNES, C. Educação inclusiva: disfunções cerebrais e a inclusão. Florianópolis: Ceitec,2006 BRASIL. Referencial Curricular Nacional para educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental, v.1, v.2, v.3, Brasília: MEC/SEF, 1998. KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e materiais pedagógicos nas escolas infantis. Educação e pesquisa, São Paulo, 2001. KISHIMOTO, T. M. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo. Ed. Pioneira, 2003. A concepção de jogo infantil. In: KISHIMOTO, Tisuco Morchida (Org.) O brincar e suas teorias. São Paulo: Ed. Pioneira & Ed. Thomson Learning, 2006. ROSA, K. N. S. da. Deficiência intelectual: primeiras experiências de escolarização. Curitiba: CRV, 2020 VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.