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CAPÍTULO 15
PRIMEIROS SOCORROS
15.4.7 - Procedimentos a serem observados no transporte de Feridos
Deve-se verificar: condições da respiração e circulação; contenção de hemorragias;
fraturas/luxações imobilizadas; ferimentos tratados; dor controlada (quando possível); prevenção de
estado de choque; fixação da vítima durante o transporte.
a) Improvisação de equipamentos para transporte
Nem sempre se pode contar com equipamentos ou materiais adequados para transportar uma vítima.
Portanto, faz-se necessário ser criativo para improvisar o transporte, utilizando “material de
fortuna” como: portas, tábuas, escadas, bambu, cabo de vassouras, paletós, lençol, cobertor etc.
b) Como levantar uma vítima com segurança
Se o ferido tiver que ser levantado antes de um exame para verificação das lesões, cada parte de seu
corpo deve ser apoiada. O corpo precisa ser mantido sempre em linha reta, não devendo ser
curvado.
c) Como arrastar um ferido para local seguro
Um ferido deve ser arrastado pela direção da cabeça ou pelos pés, mas nunca pelos lados. É preciso
se certificar de que a cabeça está protegida.
d) Como transportar uma vítima
Para o transporte de uma vítima sem a maca, deve ser escolhido o método de uma, duas ou três
pessoas, dependendo do tipo, da gravidade da lesão, da ajuda disponível e do local (escadas,
paredes, passagens estreitas, etc.).
Caso se suspeite de que há fratura de coluna, não se deve mover a vítima. Para tanto, estando a
vítima consciente, solicita-se que ela mova os dedos dos pés edas mãos. Não se deve tentar levantar
a cabeça e nem mover a coluna.
Havendo suspeita de fratura de pescoço, não mover o acidentado em nenhum caso, pois isto poderá
provocar a morte. Calça-se ao redor do corpo sem colocar nada embaixo do pescoço. Se houver
absoluta necessidade de movimentar o ferido, apenas uma pessoa deverá sustentar a cabeça e o
pescoço, sem deixá-los movimentar-se, enquanto outros guarnecem o restante do corpo.
Os métodos que empregam um ou dois socorristas são ideais para transportar uma pessoa que esteja
inconsciente devido a afogamento ou asfixia. Todavia, não servem para carregar um ferido com
suspeita de fraturas ou outras lesões graves. Em tais casos, usa-se sempre o método de três
socorristas.
e) Transporte em viaturas
O transporte de acidentados em viaturas (ambulâncias ou quaisquer outros veículos) também
merece cuidados. Deve-se orientar o motorista quanto a freadas bruscas e balanços contínuos que
poderão agravar o estado da vítima. O excesso de velocidade, longe de apressar o salvamento do
acidentado, poderá causar novas vítimas.
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f) Tipos de transporte de feridos
I) Utilização de cobertor
Arrastando a vítima com auxílio de um cobertor (Fig 15.24).
Fig 15.24
II) Transporte quando a vítima pode andar (Fig 15.25)
Fig 15.25
III) Transporte com dois socorristas (Fig 15.26)
Fig 15.26
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IV) Elevação manual direta
Dois socorristas se ajoelham próximo a vítima do mesmo lado, para um melhor equilíbrio, os
socorristas devem tocar o solo com o mesmo joelho. Os braços da vítima devem ser fixados sobre
seu tórax. O socorrista 1 fica próximo a cabeça da vítima e coloca um braço sob o pescoço da
vítima e o outro sob o dorso ao nível da região lombar. O socorrista 2 coloca um dos braços sob a
região glútea da vítima e o outro abaixo dos joelhos. Após o comando do socorrista 1, a vítima é
elevada do solo e pousada sobre as coxas dos socorristas, com movimento simultâneo, após o
comando do líder. Os socorristas flexionam seus antebraços após comando do líder, podendo
transformar a vítima junto ao tórax. A técnica é mais facilmente executada com três ou mais
socorristas, devendo desta forma dividir os locais para segurar a vítima, e um socorrista ficará
somente para estabilização da cabeça/pescoço da vítima, quando se fizer necessário (Fig 15.27 a
15.31).
Fig 15.27
Fig 15.28
Fig 15.29
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Fig 15.30
Fig 15.31
V) Transporte tipo bombeiro
É indicado em vítimas inconscientes. Deve-se posicionar a vítima em decúbito dorsal, dobrando
seus joelhos. Acocorar-se pisando sobre os pés da vítima, segurando-a firmemente pelos punhos,
puxando em sua direção utilizando o seu peso para tanto. Depois, deve-se apoiar a vítima sobre os
ombros (Fig 15.32 a 15.34).
Fig 15.32 Fig 15.33
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Fig 15.34
VI) Transporte com maca improvisada (Figs 15.35 a 15.37)
Fig 15.35
Fig 15.36
Fig 15.37
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VII) Transporte de Vítimas não Traumáticas
- dor torácica - decúbito dorsal com o tronco elevado;
- dispnéia - semi sentado, pois esta posição permite um melhor funcionamento do diafragma;
- choque - decúbito dorsal com as extremidades inferiores elevadas (30º). A cabeceira baixa é contra
indicada, pois dificulta a respiração;
- inconsciente - decúbito lateral (deitado de lado) esquerdo para prevenir a bronco aspiração;
- dor abdominal - decúbito dorsal ou lateral com os joelhos dobrados; e
- gestantes - decúbito lateral esquerdo para descomprimir a veia cava e melhorar a oxigenação do
feto.
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