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Comunicação Terapêutica - CT 
Manoela Rodrigues 
2021 
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Definição 
• Competência do profissional de saúde em usar o 
conhecimento sobre comunicação humana para ajudar o 
outro a descobrir e utilizar sua capacidade e seu potencial 
para solucionar conflitos. 
 
• Reconhecendo as limitações pessoais, ajustando-se ao que 
não pode ser mudado e enfrentando os desafios à 
autorrealização, procurando aprender a viver da forma 
mais saudável possível, tendo como meta encontrar um 
sentido para viver com maior autonomia possível. 
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Componentes básicos 
1. Empatia 
 
O enfermeiro não perde sua identidade ou seu papel profissional, 
apenas tenta perceber a experiência do outro e como o mesmo a 
vivencia. 
 
Quando esta percepção acontece ocorre a comunicação empática, que 
pode ser transmitida de modo verbal ou não verbal. 
 
Essa capacidade está intimamente relacionada aos sentimentos de 
confiança, envolvimento emocional e respeito mútuo. 
 
• OBS: Na identificação, o enfermeiro perde sua identidade profissional 
(vive a vida do outro). 
 Na simpatia, há julgamento de valor. 
 
 
 
Embora parecidos, seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações 
diferentes. 
 
 Ambos contribuem para um bom desenvolvimento das relações humanas, mas são 
conceitos distintos. 
 
 Simpatia é o que nós sentimos em relação aos outros ou o que transmitimos para os 
outros. 
Empatia é tentarmos entender os outros, termos a capacidade de ver e compreender a 
realidade através dos olhos dos outros. 
 
A simpatia tem como objetivo estar com o outro e agradar e a empatia tem como objetivo 
conhecer e compreender. 
Lembre-se: empatia é diferente de 
simpatia! 
2. Confiança 
 
É o sentimento que permite à pessoa aprender a lidar com o mundo e 
resolver problemas. Inclui respeito, honestidade, consistência, fé e 
esperança. 
 
É preciso: 
 
• Congruência 
• Consistência e empatia 
• Ajudar o paciente a aceitar-se como ele é 
• Cumprir promessas 
• Manter contato visual 
• Respeitar seu silêncio 
• Suas crenças e valores 
• Atender preferências possíveis 
• Oferecer esquema das atividades diárias 
• Promover alívio de sua ansiedade 
 
 
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3. Respeito Mútuo 
 
Ter respeito pela pessoa é 
acreditar em sua dignidade e seu 
valor, independentemente de seu 
comportamento. É aceitá-la sem 
julgá-la. 
 
• É preciso saber colocar limites 
de forma terapêutica quando as 
manifestações de 
comportamento do paciente 
não podem ser aceitas. 
 
• Demonstre franqueza e 
honestidade. 
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Características que auxiliam o 
enfermeiro a ser eficiente na sua 
comunicação: 
 
• Flexibilidade : Capacidade de ajustar-se à condições esperadas e 
inesperadas. 
 
• Exige capacidade de observar o paciente, perceber suas mudanças de 
comportamento, compreendê-las e reagir de maneira adequada, com 
maleabilidade em relação aos resultados esperados para cada um em 
particular. 
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• Eficiência: Ocorre quando as mensagens 
enviadas pelo enfermeiro possuem clareza, 
simplicidade e sua transmissão e percepção pelo 
outro são efetivadas. 
 
• Ocorre quando há disposição do receptor para 
ouví-las. 
 
• Inclui também ausência de termos técnicos e 
jargões profissionais. 
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• Propriedade: Falar o certo, no 
momento certo, para a pessoa 
certa, com a linguagem e 
informações certas, no 
ambiente certo. 
 
• Sintonizar no momento em 
que o receptor vivencia a 
situação. 
 
• A comunicação tem que 
responder à necessidade do 
paciente em seu todo, sem 
menosprezar ou supervalorizar 
uma ou outra questão. 
 
 
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• Resposta: É o efeito da mensagem, que deve incluir uma 
possível correção da informação. 
 
• Tem função controladora da comunicação, informa o 
outro sobre o impacto de sua própria comunicação. 
 
• Oferece uma informação que constitui a base para a 
tomada de decisão e determinação da ação. 
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Estratégias de CT 
• São técnicas de CT estimular o paciente para que 
verbalize e clarifique seus sentimentos e 
pensamentos 
 
• E ajudar o paciente para que perceba as relações 
entre causa e efeito e identifique sua participação 
na experiência. 
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Ouvir reflexivamente 
• Quando ouve o paciente o enfermeiro 
deve ter em mente: 
 
 “O que ele disse?” 
 “O que significa o que ele disse?” 
 “O que não está sendo dito?” 
 
• Para demonstrar que está ouvindo 
pode dizer: 
 
“ Continue...” 
“Estou ouvindo” 
“E então...” 
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Usar terapeuticamente o silêncio 
• Antes de decidir se deve ou não 
intervir no silêncio do paciente o 
enfermeiro deve pensar no seu 
porquê. 
 
• Bloqueio? Resistência? Medo? 
Reflexão? 
 
• É preciso para saber quando falar e 
quando permanecer em silêncio. 
 
• Aqui a comunicação não verbal tem 
importância fundamental 
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Verbalizar interesse 
• Chamar pelo nome 
 
• Respeitar títulos que fazem parte de sua história 
 
• Verbalizar que percebeu que o paciente realizou alguma atividade, sem 
julgar (bom, mau, feio, certo, errado) 
 
“Vejo que o sr. conseguiu sentar fora do leito hoje. Amanhã vamos tentar 
de novo” 
 
 “ Soube que a sra. conseguiu lembrar do exame de urina” 
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Usar frases com sentido aberto ou 
reticentes 
• O interesse aqui é o benefício do 
paciente e não sua manipulação. 
 
• Em geral repete-se a informação dada 
pelo paciente com certa inflexão de 
voz para que convide-o a continuar 
falando... 
 
“O sr disse que queria licença para...” 
“ Depois que o sr. Teve alta chegou em 
casa e...” 
“A orientação sobre o curativo foi...” 
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Repetir comentários ou últimas 
palavra ditas pelo paciente 
• Demonstra interesse e 
atenção. 
 
“ A senhora disse que está 
cansada de tomar soro e...” 
 
“ Você me disse que quando o 
médico chegou estava 
almoçando e...” 
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Fazer pergunta/ devolvê-la 
• Deve ser feita com clareza e 
respeitando o tempo do 
paciente. 
 
• Deve ser feita com calma 
 
• Evite perguntas fechadas 
(SIM/NÃO) 
 
 
 
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• Use frases descritivas e 
afirmativas. Evite conselhos. 
 
• Permita que o paciente 
escolha o assunto. 
 
• Coloque em foco o assunto 
principal (saiba interromper 
sem ser mal educado). 
 
• Verbalize dúvidas (ajude a 
reorganizar seus 
pensamentos/ ex: punção 
venosa demorada). 
 
 
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Diga não 
• Use honestidade e coerência 
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Use terapeuticamente o humor 
• Tenha senso de oportunidade 
aguçado 
 
• Conheça primeiro o paciente e 
a situação 
 
• Use temas gerais se sentir 
espaço para isso 
 
• Evite usar o próprio paciente 
como tema 
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Peça que o paciente esclareça termos 
incomuns 
• Regionalismo, gírias... 
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Para validar a mensagem 
• Repita a mensagem ao 
paciente 
 
• Peça que ele repita o que 
foi dito 
 
• Resuma o conteúdo da 
interação 
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Comunicação e Enfermagem 
O bom uso das tecnologias e 
mídias sociais 
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Profissionalmente... 
• A boa comunicação aprendida 
e aplicada na prática, fortalece, 
capacita e instiga profissionais 
e clientes a se conhecerem 
melhor e a praticarem suas 
próprias escolhas e o auto-
cuidado 
 
• Aspecto fundamental em 
qualquer processo de 
promoção, prevenção, cura e 
restabelecimento da saúde. 
 
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• Porém, eventos adversos ocorrem e 2/3 
deles são causados por falha na 
comunicação 
 
• Na Enfermagem: os mais comuns são 
aqueles relacionados ao: 
 
1. Processo de medicação; 
2. eventos de queda; 
3. úlcera por pressão; 
4. infecção hospitalar; 
5. eventos na manipulação dos artefatos 
terapêuticos (sondas, drenos, tubos 
endotraqueal, traqueostomia); 
6. manipulação de equipamentos 
 
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No Brasil... 
• Caso Neymar 
 
• Caso Cristiano Araújo 
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Caso Marisa Letícia 
• Mais de 80% dos médicos residentes divulgam informações sigilosas de pacientes 
nas redes sociais, revela um estudo realizado na Unifesp. 
 
• O levantamento feito pelo pesquisador das leis e códigos, tanto nacionais quanto 
internacionais, esclarece que é ilegal e antiética a divulgação de imagens de 
pacientes em ambiente público, mesmo com a autorização dos expostos. 
 
• A veiculação só é legal e ética se a captura for obtida com consentimento do 
paciente, exclusivamente para fins acadêmicos ou assistenciais. Mesmo quando a 
informação é divulgada sem a identificação do doente, ela continua sendo 
considerada ilegal e antiética. 
 
 
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Alguns comportamentos relacionados ao Código de 
Ética que podem afetar nossa imagem e reputação 
• Publicação de comentários/imagens caluniosos 
ofensivos, depreciativos ou difamatórios relativos 
a profissionais e colegas de trabalho (mesmo sem 
a indicação do nome da pessoa). 
 
• Fique atento ao Capítulo 1 – Das Proibições – 
Artigo 8º: Promover e ser conivente com a injúria, 
calúnia e difamação de membro da equipe de 
Enfermagem, equipe de saúde e de trabalhadores 
de outras áreas, de organizações da categoria ou 
instituições. Atente-se ainda aos artigos 6º e 85. 
• Violação do sigilo profissional: publicação de 
comentários e imagens de pacientes sem 
autorização prévia (mesmo sem citar nomes). 
 
• Fique atento ao Capítulo II – Responsabilidades e 
deveres. Artigo 82: Manter segredo sobre fato 
sigiloso de que tenha conhecimento em razão de 
sua atividade profissional, exceto casos previstos 
em lei, ordem judicial, ou com o consentimento 
escrito da pessoa envolvida ou de seu 
representante legal. Atente-se ainda aos artigos 
85, 106 e 108. 
• Violação da imagem institucional: publicação de 
comentários ofensivos à instituição, de fotos 
comprometedoras usando uniforme, ou tiradas 
na instituição, e divulgação de documentos 
institucionais. 
 
• Fique atento ao Capítulo IV – Responsabilidades 
e deveres – Artigo 108: Inserir imagens ou 
informações que possam identificar pessoas e 
instituições sem sua prévia autorização. Atente-
se ainda aos artigos 8º, 85 e 106. 
• Publicação de comentários e/ou imagens nas 
redes sociais durante a jornada de trabalho. 
 
• Fique atento ao Capítulo I – Responsabilidades 
e deveres – Artigo 5º: Exercer a profissão com 
justiça, compromisso, equidade, 
resolutividade, dignidade, competência, 
responsabilidade, honestidade e lealdade. 
Atente-se ainda ao artigo 21. 
Muita atenção 
• Por desconhecimento, podemos considerar a 
Internet um território sem lei. 
 
• Ideia equivocada 
 
• Legislações como a Constituição Federal, os 
Código Civil e Penal, a Consolidação das Leis do 
Trabalho, as Leis dos Direitos Autorais e de 
Imagem, entre outras, são também aplicáveis ao 
mundo virtual. 
 
• Material publicado na Internet pode ser aceito 
como prova nos processos éticos, civis e penais. 
Mesmo que a pessoa não se identifique ou crie 
um perfil falso nas redes sociais, pode ser 
rastreada por meio do endereço IP do 
computador e responder pelas infrações 
cometidas. 
 
• Ainda em dúvida quanto ao que publicar? 
Pergunte a si mesmo: quero? Posso? Devo? 
 
• Se a resposta for sim, siga em frente! Porém, se 
houver uma única resposta negativa, repense! 
 
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Ruídos à vista 
• Recrutamento/seleção/promoção 
 
• Posicionamento na redes/Grupos que participa 
 
• Festa de fim de ano. 
 
• “Finalmente é sexta-feira” 
 
• Até onde pode chegar sua informação virtual? 
 
• Atualize suas redes (empregos antigos/desconexão com realidade) 
 
• Assumir posição de desempregado 
 
 
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#ficaadica 
Dê as pessoas o seu amor 
 e não apenas o seu 
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Referências 
• Bastable SB. O enfermeiro como educador – Princípios de ensino-aprendizagem para a prática da enfermagem. 
Porto Alegre: Artmed, 2010 
 
• Cianciarullo T (org). Instrumentos básicos para o cuidar: um desafio para a qualidade de assistência. São Paulo: 
Atheneu, 2005 
 
• Cianciarullo T (org). A comunicação nos diferentes contextos da enfermagem. 2 ed. rev. e amp. Barueri, SP: 
Manole, 2012. 
 
• Potter PA; Perry AG. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 
 
• Horta, WA. Processo de enfermagem.São Paulo: EPU.EDUSP,1979 
 
• Santaella, L. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2006 
 
• Bordenave, JED. O que é comunicação. São Paulo: Brasiliense, 1997 
 
• Fontes MCF; Utyama IKA; Rodrigues IG. Comunicação no currículo integrado do curso de graduação de 
enfermagem da Universidade Estadual Londrina. Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem. Maio de 
2002. http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext 
 
• Alberto Roitman, in Canal Vida Moderna “ Dicas de comportamento nas redes sociais para conseguir ou presevar 
emprego” - ww.vidamoderna.com.br 
 
• Ilustrações disponíveis no Google Imagem 
 
 
CONTATO: mmanoelarodrigues@bol.com.br 
 
 
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000052002000100012&script=sci_arttext
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